POV de Edward.

Depois da conversa a tarde com Jasper, abrir o jogo e disse que iria ver ela, ainda mesmo naquela noite e era isso que eu estava fazendo, eu estava a encarando, quero dizer, primeiro vir os seios dela, mas seu rostinho, a ultima parte que deixei para admirar parecia agora mais sereno. Ela estava meio corada também.

Ela enrugou o cenho e depois sorriu de leve.

_Tudo bem, Edward?

_Não, não esta nada bem. Você vive me ignorando e...

_Acho melhor entrar – ela abriu mais a porta e me levou para a sala, a sala era incrível tudo nela dava o ar de graça de Bella, mas percebi que tinha um toque de Alice e de Esme, até um pouco dos de Bella mesmo.

Quando virei ela me encarava sentada de um sofá da cor marrom, pressionava o seu hobbi com força para se cobrir, a noite estava fria, mas eu sabia que ela estava com vergonha de eu a ver de baby-doll, e que baby-doll. Sorri em segredo, não havia nada ali que eu não conhecesse como a palma da minha mão. Obviamente, Emmett não exagerou. Bella tinha agora um par de seios fartos, mas de um tamanho bom para o seu corpo, suas pernas continuavam grossas e seus quadris ganharam mais volume deixando sua cintura ainda mais fina.

Rosálie era dona de uma beleza impagável, mas Bella tinha um corpo de uma mulher num rostinho de menina inocente. E eu amava, ainda amo, cada pedacinho dela. Não a trocaria por nenhuma moça de beleza impagável, a não ser que a moça fosse ela, a minha pequena Bella.

_Você quer um chá, café ou uma cerveja talvez? – ela me perguntou, ela escolhia as palavras eu sentia.

_Você agora bebe? – indaguei

_Eu não, Charlie e Emmett continuam bebendo. Sorriu

_Charlie esta aqui? – perguntou curioso.

_Não mais, ele se foi na semana retrasada, mas vai vim para o thanksgiving. – respondeu.

_Você parece bem – finalizei, talvez, eu devesse ir embora, pensei.

_E você parece péssimo... Que modos os meus! – exclamou – Como você está Edward?

_Pare com isso Bella, ou quer que eu a chame de Isabella? – bufei – Nós nos conhecemos, não somos estranhos e você sabe como eu estou, estou péssimo ao contrario de...

_Eu estou péssima também. – ela me cortou. – E não, eu prefiro Bella. Se sente, por favor, Edward.

_Pensei que me expulsaria... que me mandaria embora, que diria que não me quer e bateria a porta na minha cara.

_Eu nao teria forças de fazer mais isso, estou cansada de tentar te afastar de mim – suspirou.

_Se você fizesse isso hoje, eu desistiria Bella, eu tentaria seguir minha vida, mesmo que em vão. E não te procuraria mais... – disse cada palavra olhando nos seus olhos agora assustados com a declaração.

_E depois de um tempo, acho que eu que iria atrás de você, me humilharia se fosse capaz. – ela sorriu tristemente, seus olhos estavam marejando. Pensei em ir lá consolá-la, mas me contive. Ela baixou a vista e brincava com o tecido transparente em seus dedos.

_Parece fria as palavras que eu te disse, mas eu só quero verdades agora, quero que saiba tudo que esta passando por mim, quero saber tudo que perdi de você. Quero você de novo.

Silencio.

_E se a gente começar do zero, bem, se começarmos saindo? Como amigos? – falei amargurado, porque obviamente eu queria agora mesmo sentir seus lábios e sentir seu cheiro de morango e com um toque de lavanda no final. Falar que sentia muito e me ajoelhar, mas temia a sua reação. Depois de tantas rejeições, Bella me deixar entrar agora na casa onde ela vivia, já era uma vitoria pra mim.

_Sair? – ela indagou. – Como amigos? – perguntou surpresa, acenei minimamente, ótimo, ela não quer ser nem minha amiga, pensei.

_É – respondi num muxoxo

_Um jantar? – questionou

_Se você quiser, pode sim. – sorri fraco.

Minhas esperanças se refaziam enquanto a garota dos olhos chocolates, a mesma garota que tinha meu pobre e quebrado coração se enrolava com seus pensamentos, eu torcia internamente enquanto ouvia da delicada boca dela as palavras que aguardava, prendi um grito de felicidade e prendi também o impulso de ir até ela e beijá-la de contentamento. Eu só fiquei parado, sentado no seu sofá de cor marrom no meio da sala dela, da casa onde ela vivia.

POV de Bella

Fechei a porta, nenhum aperto de mãos, nenhum beijo na bochecha apenas uma despedida, de conhecidos, os conhecidos mais íntimos que já viveu no mundo. Um jantar, repeti na minha mente, um jantar com Edward.

Fechei a porta para o homem que acabara de entrar novamente na minha vida, encarei uma porta fechada e as promessas que ecoavam na minha cabeça:

_As nove e meia eu passo pra buscá-la então?

_Pode ser - respondia. Com certeza, pensava.

E pensar que ele ia desistir. Sendo Alice ou não eu tinha que agradecê-la. Também não tenho como negar que fiquei bastante abalada, eu sentia lá no fundo, mas sentia que se eu o rejeitasse hoje nunca mais o veria, foi uns dos principais motivos de me sentir agradecida, agora não só por Alice, mas por mim mesma, obviamente estou sendo meio injusta com ele, enquanto eu vejo a família dele todo dia, ele mal fala com eles, não sei se por medo... E Edward merece uma chance apesar da palhaçada toda, dele só vim atrás de mim agora. De mim não, mas dos pequenos que infelizmente ou felizmente ele ajudou a fazer.

Não conseguir mais assistir ao filme, mesmo ele sendo bom, eu não conseguia tirar Edward da minha cabeça, pensando em como fosse se ele apenas tivesse entrado e me levado ao andar de cima me beijado e depois faríamos amor loucamente, mas também queria saber qual seria a reação de Renée a me ver sendo tão cordial a ele, depois de tudo que prometi – prometi acima de tudo nunca olhar pra cara dele – a ela.

Suspirei frustrada.

Já no andar de cima, depois de ir ver os pequenos, tirei meu hobby e me lembrei, agora, a reação de Edward a me ver, ele não escondeu e claramente ele me encara com um enorme desejo. Mesmo que na hora tenha ficado com vergonha e receosa, agradeci agora mentalmente Alice pelas novas camisolas e ainda mais por essa que tinha um decote grande.

Deitei na cama e não dormir tão cedo quanto esperava.

Na manhã seguinte pouca coisa aconteceu, tive que acordar as seis por causa de Marie e Edmundo, tentei dormir novamente, mas não conseguia tirar o pensamento que eu e Edward estávamos nos falando ali naquela sala do cômodo do lado e que mesmo que ironicamente, já que tínhamos filhos, teríamos um encontro, como amigos. Frisei. O que eu não gostei nada, Edward parecia receoso e eu esperaria ansiosamente pra  rever o sorriso do Edward brincalhão que eu conheço.

Deixou-me triste saber que ele estava ruim, ruim mesmo, os olhos eram sinceros, mas o dentro é triste. Eu me vi naquele mar azul esverdeado. Vi-me e compreendi, talvez fosse outro motivo da minha súbita aceitação.  E pensar que ele estava ali a ponto de desistir, uma dor súbita e um aperto vinha ao meu peito. Meus olhos estavam marejando. Mas que droga, exclamei.

_O que você tem querida? – mamãe desceu as escadas e me encarou, sentada sozinha a mesa. Alice faz falta em momento assim. Sorri triste.

_Nada, mas bateu uma saudade... Uma saudade de um monte de coisa, uma saudade de Alice, do papai... – completei.

_Isso não explica muita coisa, seu pai sempre liga e Alice esta a uma hora dessas dormindo depois de uma longa noite de sexo – ela completou.

_Mamae! – repreendi.

_Estou brincando, querida, mas você sabe que sempre estaremos com você né? Me conte o que esta ocorrendo com você?

_Eu, não sei o que fazer da minha vida, Edward parece um total estranho pra mim agora e... Eu não queria que fosse assim.

_Vai tudo voltar ao seu lugar, estou lhe dizendo, mas o que Edward tem haver com isso? Pelo o que eu saiba não se falam a tempo

_Bem... – corei – Ele veio aqui em casa ontem. E iremos sair, eu sinto que é hora de deixar as minhas raivas de lado e começar a ser verdadeira com ele e aceitar que os meus bebês, quer dizer, nossos... Tem um pai.

Mamae me olhava estática meio receosa e alivio também passou por seu rosto.

_Hm, bem, eu acho bom que vocês tenham começado a se dar bem... Não quero que nenhuns dos dois saiam feridos nisso. Você sabe...

_Obrigada mãe.

O resto do dia foi bem, mamãe saiu com Esme e fiquei em casa quase o resto do dia, ao entardecer fui ao supermercado e quando bateu a noite mamãe e eu jantamos normalmente, Alice ligou dizendo como foi ontem, eu tive que a agradecer de alguma forma e ela perguntou porque...

_Obrigada Alice, mesmo – estava no telefone e no quarto dos bebês, tinha acabado de fazer uma massagem em Marie e agora amamentava Edmundo.

_Pelo o quê? – perguntou assustada pelo o telefone

_Por me ter feito aceitar conversar com seu irmão e por mandá-lo ate aqui.

_Bella... eu não mandei ele ir ai, fiquei sabendo porque ele me mandou uma mensagem na hora que estava indo praí, por isso te mandei aquela mensagem eu sentir que deveria te avisar e te acordar um pouco... – Suspirou

_Então a agradeço, mas agora pelos motivos certos... – Antes que ela falasse completei – Depois de uma conversa demorada que tivemos ontem, ele acabou me dizendo que se eu por acaso o rejeitasse ele desistiria de tudo. – Alice deu um suspiro, tentou colocar algo pra fora, mas ela parecia hesitante por fim disse

_Ham, e então? Vocês conversaram e o que mais? – mordi o lábio inferior

_A gente vai sair Alice, não queremos nada de mais, no fundo to me sentindo confortável com tudo, mas parece que nunca fomos próximos, existe algo entre nós... Eu não sei... Eu preciso que você fique com os bebês pra mim, você e Jasper não quero atrapalhar o final de semana namoro de vocês, podem ficar aqui, depois que eu colocar os bebes no berço o a única coisa que precisariam fazer é de vez em quando olhar eles...

_Ouwn, mas seria maravilhoso Bella. Muito bom mesmo, quero dizer, você e Edward estão começando a se entenderem, poderão colocar os assuntos e duvidas em dia... Hm Bella, sobre isso eu queria depois talvez amanha mesmo conversar com você.

_Ok – dei de ombros – Aproveite a noite Allie, eu preciso dormir urgentemente. – bocejei – Boa noite!

_Boa noite e ate amanha Bellinha. – nos despedimos e desligamos.

Depois que Edmundo terminou eu o massageei um pouco e ele dormiu. Passei no quarto de Renée e ela falava com Charlie ao telefone, me bastou apenas ir pro meu quarto. Mas uma coisa não me saia da cabeça: Que diabos Alice queria falar comigo que envolvia duvidas.

Dormi, sonhei com ele, com nós.

A noite do dia seguinte eu andava ansiosamente pela casa me arrumando, faltava apenas dez mais ou menos para Edward aparecer, Alice e jazz já estavam ali e Alice parecia meio ociosa por algo. Deixei pra lá, parecia que eu ia pra um primeiro encontro com alguém. Com o meu vestido de renda preto e com os saltos pin up de couro bege terminei de me arrumar, estava agora mesmo retocando o meu batom de cor bege e terminando de arrumar minhas madeixas levemente enroladas.

Me olhei no espelho, Alice sabia fazer milagres.

_Está mesmo tudo bem Alice né? Voce sabe, de olharem por umas duas horas os pequenos? – perguntei enquanto ia ao quarto dos bebês.

_Sem problemas – sorriu amarelo, Alice estava estranha.

Fui até o berço de Edmundo que estava mais agitado do que o normal e dei um pequeno beijinho nele, as vezes ele fazia umas caretas, mas acho que era só coisas da minha mente, por nunca os deixar a noite. Marie estava com a boquinha aberta as vezes mexia as mãozinhas que estavam com pequenas luvas por causa das unhas que as vezes a arranhavam, amanha eu teria que cortar as unhas dela.

_Talvez seja uma boa hora pra gente conversar Bella...

_Que tal amanhã? – desvencilhei e descia as escadas com Alice no meu pé, Jasper estava no sofá e Renne estava com Rosie, Emmett e talvez Esme.

_Bella é importante – a ignorei

_Jasper por favor, se algo acontecer me ligue ok? As mamadeiras estão na geladeira, Alice sabe como esquentar...

_Tudo certo Bella – ele sorriu e voltou a assistir. Fui em direção a cozinha, Edward estava atrasado ou eu estava muito adiantada. Urght!

_Você não esta me ouvindo Bella – Alice falou. A ignorei novamente e bebi um copo de água. – Dá pra parar? E me escutar?

_Alice! – falei irritada – O que for que seja você vai esperar, eu não quero que me faça mais nervosa agora que vou sair com seu irmão

_Mas é sobre isso...

_Chega! Você não vai me fazer adiar esse encontro...

_Por favor Bella! Voce precisa entender... – ao longe escutei uma buzina, suspirei.

_Agora não Alice! Não fique brava comigo ok? – dei a ela um meio abraço, antes de fechar a porta a ouvir sussurrar: mas pode ser tarde demais.

_Você esta muito bonita Bella. – ele sorriu assim que entramos no restaurante, pelo o que parecia era um italiano, muito se deve também por causa do cheiro de massa no ar.

_Você também. – sorri meio tímida, corei eu tenho certeza. Edward foi a recepção e o maitre nos levou ao uma mesa, dois minutos depois uma moça chegou com o cardápio.

_Olá, meu nome é Daphini e eu irei servi-los essa noite. – ela sorriu, bem não pra mim, mas para o homem a minha frente. – O que você deseja? – perguntou a Edward, acho que ela percebeu que não tínhamos entrando muito íntimos, poderíamos facilmente nos passar por amigos. Edward arqueou a sobrancelha esquerda e deu um sorriso torto, talvez ele soubesse que eu estava irritada. Abriu o cardápio e vasculhou com os olhos, eu sabia que ele não estava realmente vendo aquilo.

Bufei.

_Hm... Eu não sei. – ele sorriu para a loira na frente dele. Ela ficou tão mole que  pensei que iria cair na minha frente, a garota estava hiper ventilando. Revirei os olhos. Peguei o cardápio da mao dele, Edward é do tipo que gosta de irritar quando quer. – Ok, o que você vai querer querida? – ele sorriu pra mim.

_Que tal se você parar com isso e só pedir? – bufei, ele rio.

_OK! Que tal um Fettuccine clássico à bolognese com cogumelos? Pra dois? - olhou pra mim e assentir - È isso, pra dois, e um bom vinho por favor? - Perguntou para a moça todo sorridente.

_Clar-ro – ela gaguejou.

_Não acredito que acaba de fazer isso na minha frente -  eu sabia que era so pra me irritar.

_Isso o que? – perguntou confuso

_Voce estava dando em cima da moça – revirei os olhos.

_Eu estava sendo educado Bella, não seja absurda – revirou os olhos.

_Eu absurda? Quer saber, faça o que quiser, nunca mandei em você quando estávamos juntos, não é agora que irei. – Franziu o cenho

_Você esta terminando comigo? – levantou a sobrancelha, de repente o senti meio agoniado

_Edward... – Suspirei – Você terminou comigo.

_Não terminei não...

_Mas nunca se fez provar o contrario...

_Mas do que eu fiz? Bella você estava me ignorando, ok que você se sentiu magoada, depressiva, mas foi eu que vi você com aquele lá aos beijos, não é lá muito romântico quando se quer fazer uma surpresa a namorada – debochou.

_Você não entende Edward, você não me deixou explicar, simplesmente aceitou sair do país e me deixou a cargo de tudo.

_OPA! Eu não deixei você a cargo de tudo, você que quis assim... Sabe perfeitamente bem que se meses depois eu quis falar com você, mas você resolveu ficar zangada comigo. – Soltou de uma vez, estávamos cada vez mais pertos do assunto principal, um encurralando o outro.

_Como assim? Voce sabe como eu sou Edward, nunca fui do tipo que pediu ajuda a ninguém, mas mesmo assim você me abandonou aqui

_Eu precisava de um tempo pra pensar, droga! Nenhum de nois fomos santos e muito menos um menos infantil com o outro. Admito que devíamos ter parado e conversado, mas...

_Mas oquê?

_Você me deu motivos claramente vívidos para temer o pior, ainda por cima agora, você sabe que eu quis me aproximar...

_Você me deu motivos o suficiente para não nós querer perto de você, palavras que você usou: “Nada que você me diga me fará mudar de idéia sobre pegar esse avião e ir a Londres” Lembrou?

_Eu fui um idiota, eu me arrependo, a cada segundo que eu passei lá eu sentir sua falta, como nunca sentir... Bella eu quero fazer uma vida boa com você, quero felicidade acima de tudo. – Suspirou frustrado. A mao que estava apoiada em cima da mesa foi prontamente envolvida pela dele de uma forma que imaginei nunca mais sentir.

Fomos interrompidos pela atendente, com nossos pratos. O restante do jantar tentamos desviar do assunto que eu tanto precisava chegar: a paternidade, a responsabilidade dele como pai, falando dos outros, da casa... Da família

_E como está Alice? Bem, eu vejo ela, mas ela é muito estranha – ele fez uma careta.

_Voce sabe, Alice é Alice. Talvez se não fosse por ela eu tinha pirado no começo, ela me ajudou muito. Quero dizer, todos ajudaram – sorri, percebi que logo ao longo de tudo a maioria deles estavam mais comigo do que com Edward.

_E Emmett? – mudou de assunto – Eu falei com ele esses dias, e estou agora constatando que ele tem razão.

_Razão com o quê? – perguntei.

_Seus olhos, eles mudaram... De um jeito que eu não queria. – Edward me encarou, minha garganta apertou e meus olhos tentaram sem sucesso lacrimejar e despejar jorros de lagrimas.

_Voce sabe – mudei de assunto – Emmett é sempre Emmett e todos amam ele, Emmett é como meu irmão.

_E Rosálie? – perguntou hesitante.

_Bom... Rosálie te odeia, pelo obvio motivo, mas acho que isso passa. Quero dizer, ela me odiou quando me pegou com, ham, você sabe...

_Hm, e como conquistou ela? – ele brincou

_Rosie, bem ela não é ruim de todo o caso, e eu realizei um desejo pra ela... – sorri, de ser tia, completei mentalmente

_Ah sim, nada como uma pequena extorsão. – brincou.

_È. – Sorrimos e terminamos de comer.

_Sobremesa?  - ele perguntou

_Claro – ele levantou o dedo e a moça que estava ainda relativamente abalada se aproximou dele. – Duas panna cottas, por favor?

_Pensei que ia pedir um Tiramisu, você gosta que eu sei – falei e dei de ombros

_Mas você gosta de pannas, preferi lhe acompanhar... – ele sorriu, eu corei obviamente, levei um grande susto quando sentir sua mao alisando minha bochecha. – Eu sentir falta disso, porra Bella, como eu sentir sua falta. – Retirou a mao e me encarou, era agora. Agora que eu deveria falar com ele.

_A gente precisa colocar algumas coisas em dias Edward...

_Nada que a gente não espere.

_Edward por favor, é sobre... – minha bolsa começou a vibrar, mas que porra! Olhei pra tela e Alice me ligava, recusei, mas quando tentei falar novamente com Edward ela me liga novamente – Desculpe Edward, mas preciso atender – ele apenas assentiu e a moça acabava de chegar com as duas pannas. Peguei o meu celular, já no quarto toque atendi.

Oi?

Eu preciso que você saia daí agora. – ela berrou

Eu não vou sair daqui agora, Alice – rolei os olhos

Por favor? A gente precisa conversar e Edmundo precisa de você... – ela suplicou

O que houve? – exclamei

_Eu não sei, sua mãe não esta. Estávamos eu e Jazz namorando e ele começou a se contorcer e chorar, já tentamos de tudo Bella, mas não dá.

Cinco minutos – anunciei pra ela e desliguei, Edward me encarava preocupado, mas queria transparecer calma.

_Preciso ir – eu disse me levantando

_Voce nem comeu sua sobremesa

_Eu realmente preciso ir, mas obrigada mesma assim... – me levantei

_Eu te trouxe, eu levo você.

_Não precisa, eu pego um taxi.

_Eu vou pagar a conta e eu te deixo na sua casa sem problemas – ele deu de ombros, mas tinha um vinco na testa.

_Não precisa se preocupar Edward. Sei que esta tenso, mas Alice so precisa de mim, não é nada relacionado ao jantar. – sorri

_Eu insisto, e irei levar você pra sua casa.

Três minutos depois estávamos dentro do carro e íamos em direção a minha casa, eu estalava meus dedos nervosamente.

_Você tem certeza que esta tudo bem? – hesitei um pouco, mas não queria falar disso assim, não queria ele esfregando na minha cara que sou uma péssima mãe e que a culpa era minha já que não o deixava vê-los

_Está sim, Alice é meio dramática e gosta das coisas na hora dela... Ela só, hm... precisa da minha ajuda.

_Ok, Bella. – suspirou, ele estava magoado. Porque obviamente sairimos depois e chegaríamos mais tarde, não as onze como eu constava

_A gente, quer dizer, poderíamos sair depois? – perguntei, uma luz se acendeu no olhar dele

_Claro, afinal, temos muito o que conversar – disse, droga: Ele iria fazer o quê? Me denunciar por não deixar ver os bebês? Bem, ele não quis saber deles, certo?

_Cl-aro – gaguejei, virei meu rosto para a minha janela, entravamos agora na rua da minha casa. Pouco tempo depois ele estacionou na frente da casa, não sabia o certo como me despedir dele, então apenas me inclinei para ele e dei um beijo em sua bochecha. Sem dizer nada sair do carro. Quando ia entrando em casa ele saiu do carro e gritou:

_Espero vê-la em breve, Bella. – apenas sorri pra ele – Eu ligarei pra você – finalizou

Ele deu a partida e eu fechava agora a porta. Já dentro Alice descia as escadas e corria ate mim. Antes mesmo de dar um passo ela me empurrou e sufocou com seus braços em um aperto de aço

_Graças a deus está de volta! – suspirou

_Ok Alice, o que Edmundo tem?

_Ahh Bella, eu não sei. Tentamos dar mamadeira, trocar frauda, mas ele sempre tão quietinho esta tão agitado e não para de chorar. – ela saiu me puxando para o meu quarto, cheguei lá encontrei Jazz com o pequeno no colo, tentando o acalmar. – E bem, o trouxemos ao seu quarto, tem seu cheiro e é mais familiar que o meu.

Tirei meu salto, minha bolsa coloquei de lado e cheguei na cama para pegá-lo de Jasper.

_Desculpa ter atrapalhado a noite de vocês – eu disse

_Me desculpe eu ter atrapalhado a noite de vocês, não sabe como esperei esse dia e acabei atrapalhando você e meu irmão – falou Alice frustrada.

Depois de examinar o pequeno Ed, olhar frauda, tentar mamadeira e ele continuar chorando, percebi que ele se encolhia um pouco. Tirei seu pijama todo o deixando apenas de frauda e peguei o pequeno frasco de óleo infantil ao lado da minha cama e comecei a passar em Edmundo o óleo dos pés a barriga, sempre pressionando. Ele ainda chorava, mas parecia melhorar.

_Alice por favor traga pra mim um tylenol para bebês, talvez outro remédio pra dor, mas pediátrico?

_Porquê?  Ele esta doente?

_São cólicas Alice, não sei por que, não me lembro de ter comido algo fora do indicado e muito menos de não o ter colocado pra arrotar. Talvez apenas tenha sugado um pouco de ar enquanto mamava.

_Hm – ela se aliviou um pouco e desceu para ir trazer o remédio.

_Jazz você pode mandá-la fazer um chá de camomila, assim ajuda ele a dormir. – Jazz sorriu e desceu.

_Tudo bem querido, mamãe esta aqui e vamos tirar essa dor de você. – sussurrei. – Se não adiantar teremos que ligar pra Ellen, o que não queremos ne bebê? – Edmundo estava tão vermelho que dava pena, já não chorava como antes, mas ainda soluçava um pouco alto.

Limpei minha mao na fronha e o coloquei de barriga pra baixo com a minha, tive que tirar o vestido e me cobrir com o lençol afinal Jasper esta aqui. Comecei a massagear as costas dele, Alice entrou no quarto com uma bandeja, um lado com um remédio na seringa e o outro o chá na mamadeira e numa xicara.

_Não esta quente pra não queimar a língua dele, e coloquei pouco porque sei que ele não pode tomar nada a não ser leite.

_Cadê Jasper?  - perguntei

_Está lá em baixo, mas já sobe. – deu de ombros, peguei Edmundo e o coloquei meio sentado nas minhas pernas que estavam levantadas, dei o remédio e logo em seguida duas colheradas de chá pra acalma-lo. Comecei a tomar o cha também, afinal tudo que como e bebo vai pro leite.

_Xiii, xiii. Pronto bebê. Mamãe ta aqui. – o levei ao peito e ele começou a mamar. Se acalmou instintivamente, eu cobri meu corpo com o lençol assim que escutei passos. Jasper entrou e percebeu que eu dava o peito a Ed

_Desculpe – murmurou

_Não tudo bem, pode entrar. – sorri

_Na verdade, eu preciso falar com você Bella. É serio – Alice disse, e Jasper saiu do quarto fechando a porta.

_Pode falar. É sobre o que? – ela parecia hesitante

_Sobre Edward, você e os bebês... – ela começou

_Alice! – repreendi, ela ia me dar sermão agora ia?

_... E sobre Edward não saber que é pai. - ela terminou. Meu queixo caiu devo admitir. Como assim? A informação não ia bem pro meu subconsciente

_Para de brincadeira Alice, claro que ele sabe. Ele deixou bem claro isso a quase nove meses atrás quando foi a Londres – Edmundo dormia agora o coloquei deitado de barriga pra baixo e sem perceber mordia os lábios e estalava os dedos, ou seja, nervosismo

_Bella, no começo eu e Jazz pensamos que poderia ser um engano nosso, mas porra! Todos os sinais que vimos indica o contrario – bufou – Jazz tinha ido passar o fim de semana lá com Edward uma vez e ele pareceu avoado, mas deixamos de lado porque ele estava sempre triste. Ficamos confusos quando ele não se importou com as escolhas das madrinhas e sempre que Jazz falava sobre vocês sem citar nada ele sempre frisava querendo saber de você, não dos outros, como se fossem Jazz e o resto da família.

Eu percebi que não conseguia respirar direito, talvez um soluço estivesse preso.

_Bella respira – Alice suplicou

_Alice e se você estiver certa? – perguntei angustiada

_Porque? Bella por favor, me diz que não falou sobre isso hoje – ela suplicou

_Não, mas quase. Alice! – desespero me batia

_O primeiro passo de estarem juntos, já estão dando ritmo, o pior era ele descobrir do pior jeito possível! Que ele vai ficar zangado vai, vocês teram que conversar e entrarem em um acordo. O pior será se ele pensar que ficou grávida de outro – estremeci com esse pensamento.

_Ele não faria, ou faria? – me virei pra ela, mal tinha percebido que olhava pra Edmundo dormindo na cama.

_Pior, se ele achar que os separou de verdade... Edward seria capaz de tira-los de você Bella. – Alice soluçou, ela estava tão ruim quanto a mim.

_Ô deus Alice, ele não pode fazer isso! Não pode tirar meus bebes de mim. – chorei.

_Pois eu acho melhor você se aproximar dele e contar assim que tiverem mais próximos e bem lentamente... – Suspirou.

Comecei a chorar, copiosamente. Não sei qual a pior parte Edward não saber ou ele poder tirar os meus pequenos de mim. Talvez a parte que possa nunca tê-lo de volta. Com isso chorei mais ainda.

_Vou levar Edmundo pro quarto dele, tente dormir Bella – Alice sussurrou e se foi, levando meu pequeno com ela.

Não sei quantos minutos fiquei ali chorando, o celular fez um bipe ao longe:

Você esta bem? Parecia preocupada...

- Edward

Quis chorar mais ainda, a única pessoa que poderia me ajudar era a única que eu estava querendo evitar agora. Rapidamente respondi

Estou sim.

_Bella

Porra! Droga de mentira! Segui para o banheiro, dez minutos sai de lá e fui me vestir. Sentia-me lesa, mas não saberia mais o que fazer, não agora. Droga! Exclamei de novo. Esse com certeza não era o jantar que eu esperava. Não mesmo. O que é que eu iria fazer?