Capitulo 14 – Deveria ser assim, desde... Sempre.

Menos de três dias pra chegar e vê-la, menos de três dias... – eu tentava me convencer e acreditar nisso, porque era nisso que eu queria ter quando chegasse lá. Ver o meu lindo bebê, e o seu sorriso, sentir o seu cheiro doce e dizer que eu fui um total idiota e que foi o pior erro da minha vida te-la deixado.

Mas eu precisava de espaço, precisava pensar. Mesmo agora me vem a cabeça esses dias dolorosos e o dia em que ela estava na mão desse tal Jacob.

Na hora eu sentir nojo por ela ta me enganando, mas agora, agora eu não me importo se ela fez isso ou não. Eu so quero está lá com ela em todos os momentos e presenciar mais que tudo o que o nosso amor pode ser.

Meus amigos já sabiam que eu estaria voltando, minha família já sabia que eu estava voltando. Ela já sabia, mas o que mais me magoava era saber que ela não me queria. Eu sabia que tinha errado feio, sabia de mais, mas ela tem que me perdoar. Estou numa fase de reconquistá-la e é o que importa pra mim agora. Só a ter. È só o que eu preciso.

 Esses quase nove meses que passei longe me fizeram: pensar, sentir, relembrar e me auto-tortura.

Pensei de mais no que presenciei naquele dia, sentir como nunca havia sentido. Muita dor, magoas, angustia e logo depois muita falta. De todos os motivos, de qualquer dia, de qualquer instante e depois de um tempo eu mesmo sem querer me peguei relembrando fatos, rotinas, sorrisos bobos e as nossas noites juntas. Foi uma fase que sentir muito, muito de tudo. Muita dor, saudade, arrependimento...

Desde sempre eu fui uma pessoa orgulhosa, mas eu não queria mais ficar longe dela, por isso tentei ao máximo ficar compenetrado nos estudos e manter minha mente ocupada. Mesmo agora estudando me pego pensando nela e foi por essa e muito outros fatos que me decide por tentar trocar o meu curso pra NY assim que descobrir que iria abrir vagas pra curso lá. Deixou-me completamente extasiado de alegria com uma saudade imensa. Era tudo que tinha pedido uma oportunidade dessas pra pegar minhas tralhas e voltar, me humilhar e ater de volta!

Faltariam 72 horas se eu tivesse a plena certeza que eu a veria, apenas mais três dias, mais 259.100 segundos tirando ainda mais a imensa distância de emoções que nos separavam e uma grande magoa também.

Acredito-me que dias melhores estão por vim. Eu tinha que acreditar, porque era demais tudo isso que estávamos passando. Ela merecia perdão, e eu a merecia.

_Mamãe diz pra alguém lá da cobertura pra arrumar meu quarto...

Bem cedo antes de embarcar tinha ligado pros meus pais pra poderem avisar Jasper ou alguém de lá da cobertura arrumar meu quarto, quando tinha saído de lá verão passado estava uma zona e Alice disse que ninguém havia entrado lá depois que Bella tinha dado ‘‘uma passadinha’’.

_Certo filho, já ti mando um torpedo sobre... – e desligou.

Cerca de dez minutos depois ela me manda um torpedo: Acho melhor você ficar com a gente, seu pai e eu, Rosálie não quer ti ver nem pintando de ouro com diamantes. Palavras dela não minhas. Xoxo U mami :* 

 Como assim Rosálie não... Ai a ficha caiu: Bella, era irmã dela e Rosálie que já não gostava tanto assim de mim, deve me odiar pelo que falei pra sua irmã. Como sou idiota!

Respondi com um simples:  Certo mãe, chegar ai conversamos. Boa noite pra você e beijo! Edward! 

Ahh agora teria que arranjar um apartamento, mesmo tendo que morar lá não iria conseguir ficar lá. Tive muitas lembranças lá... Muitas noites lá.

Acho que foi por isso que Bella deve ter saído de lá. – ela não suportaria as recordações, e nem eu pensando bem. Eu precisaria mesmo de uma casa nova, eu não viveria com meus pais de jeito nenhum, eles passaram a maior parte do tempo cuidando de filhos e não vai ser eu que vou tira isso deles.

Na madrugada do dia onze de setembro recebi uma mensagem que dizia: Hoje é o dia, cara. Legal . Olhei pro relógio que constatei que lá seria por volta da hora do almoço. Primeiro fiquei meio sem entender depois me veio a cabeça que hoje eu pegaria o vôo de Londres daqui a 2 horas. Com essa revelação fiquei logo, nervoso e ansioso. Mas alguma coisa estava me faltando. Não me importava agora.

Tomei logo um quentinho banho e botei um casaco de lã, estaria meio frio agora. Como aqui em Londres e lá em NY também, próximo mês já estaríamos no outono que começa lá pelo meio desse mês, enquanto aqui o outono já começou e estava tudo muito frio, mas lindo. Vai ter dias quentes pra lá, mas Esme me disse que esses dias estavam meios frios. Então melhor prevenir.

 É como se eu nunca tivesse saído de lá, eu sei exatamente quando as folhas começaram a ficar avermelhadas ou meio marrons pro outono, vai ter um dia que dormiremos com um frio imenso que vai ser preciso ligar o aquecedor e no outro dia de manhã vai estar tudo nublado, mas mais pro meio da tarde a temperatura vai estar adequada e não precisaremos mais usar nenhum casaco muito grosso. Vai fazer um clima ótimo pra um jantar, um clima ótimo pra se apaixonar, ter abraços pra aquecer um ao outro.

Era isso, poderia tentar ter la de volta assim!

Tudo ficaria frio e Bella amava o outono, pelo menos ela gostava, mas Emm disse pra mim da ultima vez que falei com ele que ela não sai de casa. Não sei o porquê, der repente ela só tenha ficado mais caseira, pensando.

Eu não queria ficar mais culpado e achar que ela estava magoada demais pra sair com mais alguém.

Olhei novamente pra minha mala, vendo exatamente se tinha colocado tudo que precisava pra agora, minhas outras coisas chegariam daqui a uma semana pela transportadora.

Fui ao pequeno frigobar dei mais uma checada, parecia tudo certo.

Quando deu seis em ponta desci, tinha deixado as cartas do meu quarto pra quando meus amigos, Eric e Carol, os únicos que eu tinha amizade viessem falar com a transportadora. Como eu tinha pedido. Ler depois. Era meio que uma despedida, mas eu já tinha passado a maior parte da semana me despedindo aos poucos, eles estavam torcendo pra que me mudassem pra NY, sabiam que eu sentia falta de algo.

A caminho do aeroporto parei no Starbucks para pedir uma mocha pra mim, era meio que meu desjejum. Fui fazer meu embarque e passei a maioria do vôo lendo os livros de medicina que tinha comprado ou ganho do curso lendo. O vôo chegou as 15h00min, bem na hora do almoço, em Washington DC.

O segundo vôo seria daqui a uma hora e meia, e me deu tempo de comer uma torta e tomar um suco, voltei ao aeroporto pra pegar o vôo para NY, durante esse vôo eu dormi quase o tempo todo.

Não sei que horas cheguei em NY, a minha linda NY, mas já era tarde. Devia ser umas 20hrs. Mandei um torpedo para Carlisle dizendo que tinha chegado e peguei logo um taxi, o mandei parar numa floricultura tinha que encomendar umas flores amanhã seria um dia muito especial... Iria ser o aniversario de minha Bella.

_Boa noite!

_Boa noite, o que você vai querer hoje?

_Quero uma encomenda, amanhã minha namorada faz aniversario e eu quero lhe enviar algumas flores.

_Rosas, lírios... Alguma preferência? – a moça da recepção perguntou.

_Tulipas, mas tem que ser vermelhas... – lembrei me do dia do parque, parecia um passado a muito esquecido a trás de mim. Tulipas vermelhas. Amor eterno. Bella amaria as flores.

_Mas é quase impossível achar tulipas nessa época, quem dá tulipas no aniversario de alguém!?

_Tem um significado especial pra gente, pode me dizer o preço eu não ligo. So quero que seja tulipas e vermelhas entregadas amanhã. Sabe eu não ligo, pega esses duzentos aqui e se for mais caro pode me mandarem o recibo pra minha casa. Escrevi o endereço no papel.

_E quero as tulipas pra manhã de manhã. Nesse endereço – anotei ao lado do meu e circulei como entrega. – Tchau – sorri pra moça.

_Tchau – ela respondeu languida.

Sair de lá fui ao taxi que me esperava pra ir pra casa, cheguei em casa já muito esgotado parecia que não tinha ninguém. Minutos depois meu pais apareceram com roupas como se fossem sair.

_Oi querido, bem vindo de novo.

Mamãe veio me abraçar, me abraçou como nunca e sorriu. Não há via a tempos e eu estava com muita saudade dela.

_Obrigada mãe, mas vocês vão sair? Eu não me importo de qualquer forma.

_Não estamos chegando.

_Alice – meu pai acusou.

Bem sempre era Alice que organizava jantarem em família, mas eu a muito não falava com ela. Larguei minha bolsa e fui abraçar meu pai, a muito não o abraçava como o abracei agora. Suspirei. Eu sentia a falta de todos.

Era pra ter sido assim: sempre.

Maior erro meu ter saído de perto dos meus pais. De perto de todos.

Em vários momentos me sentir a droga de um covarde, porque por mais que eu não quisesse eu tinha agido por impulso e sentimentos ou a falta deles, eu simplesmente só não deixei Bella falar. Eu na verdade não quero que ela fale algo, eu errei cara, errei muito feio.

Entrei no meu antigo quarto, ela parecia exatamente igual. So mais arrumado do que estava desde a ultima vez que estive aqui, o que não foi um dia muito bom. Foi o dia em que falei com Bella pela ultima vez.

Respirei fundo e comecei a desfazer as malas, uma por uma fui colocando as roupas dentro do antigo armário, assim que terminei inspecionei o quarto que parecia não ter mudado nada, alem das cortinas, e dei de cara com a minha mãe me avaliando.

_O quê?

Fui direto ao ponto, mamãe sempre me deu privacidade a menos que quisesse algo.

_Não posso ficar aqui, vendo meu filho?

_Sinceramente mãe, só se me perguntar logo o que quer saber.

_Ah querido, você me conhece tão bem...

_Então? – fui direto ao ponto.

_Porque você voltou?

Agora estava confuso, ela passou a maior parte do meu tempo no telefone com ela implorando, pedindo pra eu voltar. E agora ela diz isso.

_Não queria que eu voltasse?

_Sempre quis, mas...

_Mas o que?

_Mas porque agora?

_Mae pensei que todos vocês quisessem eu de volta...

_E queremos, mas você podia ter voltado antes. Não estou mandando você embora, só dizendo que é um pouco tarde de mais.

_Por que?

_Não é porque, é pra quem...

_Mae, estou tentando concertar as coisas. Estou de volta e tentando ver se ela me aceita de volta...

_Querido, eu nem devia estar falando isso. Não devia esta se metendo na vida de vocês, Carlisle não fez isso, mas eu preciso dizer. Gosto muito de Isabella, filho mais ainda agora e não vou tolerar se você der um de sem coração e magoá-la. Não é o que ela precise agora.

_Eu não quero magoá-la, mas ela também errou.

_Mas todos perdoaram ela, mesmo ela não ter tido feito nada ou feito tudo. Mas você também errou a deixando aqui. E ela superou muita coisa e não quero que ela volte a se sentir como ela estava. Você não estava aqui pra acompanhá-la nas ida aos hospitais, e ela estar bem melhor agora. Não quero que estrague tudo.

_E eu não quero estragar tudo poxa. – suspirei. – Só quero te-la mesmo que ela não queira agora. Sinceramente mãe estou tão confuso quanto exausto. Sei que todo mundo me odeia aqui, Rosálie principalmente, meus irmãos também. Mas eu não queria mesmo que a senhora tivesse dito isso pra mim. Queria ser amado pelo menos por você.

_E eu não estou lhe dizendo que não ti amo, estou dizendo pra você da um jeito nisso. Não por mim, mas por ela. E por eles. Voces deveriam ser uma família, apenas deixem as coisas acontecerem, mas que você foi egoísta foi meu filho...

_Ok, mamãe. Vou tentar falar com ela.

_Certo, boa noite.

Mamãe estava saindo do quarto e voltou.

_Vai sair amanhã?

_Talvez, vou arrumar o resto das malas e ligar pra transportadora. Vou ver uns apartamentos e na segunda vou no hospital ver o necessário pra terminar a minha transferência.

_Você não precisa sair daqui, sentimos sua falta.

_È eu sei, mãe. Mas acho melhor morar em outro lugar. E vocês vão sair amanhã?

_Aham. Alice chamou a gente pra um dia de sol ou coisa assim.

_Hm certo – respondi.

_Boa noite querido.

Meia hora depois do banho ainda estava me revirando na cama. Não conseguia dormir, talvez por ter dormido a viagem toda, talvez por não querer dormir. Ou só por não saber exatamente o que se pode acontecer de manhã.
Eu desde pequeno idealizei algo que digo ser a “Hora de sonhar”. Que são os minutos que eu tiro antes de dormir pra pensar no que eu poderia ter feito ou desfeito. Suspirei.

Eu precisava relaxar, tirar essa tensão de volta á casa, queria eu me sentir menos angustiado, so dormir e não pensar mais em nada. Exausto demais por idealizar algo que não iria acontecer eu dormir.

_Já esta saindo querido?

_Já mãe...

_Mas você nem tomou um cafezinho com a gente. E ontem você saiu...

_E ontem você saiu também.

Hoje era domingo, fazia dois dias que havia voltado pra NY, mas era como se eu ainda estivesse em algum lugar muito distante. Passei quase o dia todo dormindo ontem, pois não conseguir dormir direito na noite em que cheguei. Ontem logo depois de acordar fui na transportadora. Fiquei entre ir ou não na nova casa de Bella, deixar pessoalmente os parabéns, mas não tive coragem. Sempre soube disso.

Estou indo agora ver alguma imobiliária e arrumar um apartamento pra mim. Alice iria comigo. Apesar de estar distante e estranha ainda parece ser a minha mesma irmã que deixei aqui.

_A gente se ver no jantar, possivelmente almoce com Alice.

_Então ta querido, diga pra ela que vou passar hoje lá. Ok?

_ok.

Peguei as chaves de Esme e fui de encontro a alguma confeitaria que Alice tinha me dito, pra encontrá-la. Eu meio que já conhecia aquela confeitaria ela era toda amarela, mas o que sempre me chamou mais atenção foi a torta que eles tinham lá. A mesma torta que Alice desde pequena comia, e agora mesmo estava lá devorando.

De costas eu via a pequena estatura da baixinha, mas ela sempre usou o argumento de dizer que so a achávamos baixa porque sempre a vimos de salto, mas ela bem sabe que é mentira. Ela é baixa mesmo!

Com uma calça Jean de tom azul claro e uma blusa meio bata e de uma cor perolada, Alice estava com uma grande camada de recheia a ponto de ir para a boca. Como ela sempre fazia. “Avaliando o produto” palavras dela não minhas.

_Oi Alice?!

_Edward, que susto que me deu. Podia seilá ser um seqüestrador que rapta adoráveis e inocentes garotinhas...

_Já entendi – cortei logo. – Não faço mais.

_...Então ta. Adivinha o que estou comendo?

_A nossa adorável torta com raspas de limão?

Rimos. Sempre pareceu nossa piadinha particular, apesar de nunca ter nada de mais em comermos a torta. Nem mesmo um único segredinho.

_Aham, isso mesmo – Ela pegou e colocou um pouco de recheio no dedo e me ofereceu.

Abri a boca e ela me deu assim.

_ “Avaliando o produto”. – Dissemos juntos.

_Mas, como está?

_Bem eu acho, mamãe estava pra ficar louca, pra você chegar logo...

_E voce não estava?

_Não... – a encarei e segurei o riso. – Ta um pouco, mas não significa que eu esqueci o que você fez ok?

_Ah Alice, por favor, agora não. So quero curtir um pouco com minha irmã, não quero pensar nisso agora.

_Mas devia, não foi você que passou por um tantão de coisas. Foi eu Edward.

_Eu não queria que acontecesse assim, mas...

_Edward ela teve tantas recaídas que pensei que ela poderia sei lá se matar... Nas primeiras semanas achamos que ela iria enlouquecer. Ela se sentia tão culpada por ter feito aquilo, mesmo que ela não...

_Alice, por favor, não. Também me sentir péssimo por tudo. E foi tudo tão confuso pra mim que sei lá... Eu só não quero falar sobre. E você perdeu mamãe já chegou antes com esse papo. – Sorrir fraco.

Alice suspirou:

_Eu só não quero que ela fique mal nem nada, ela so precisa de descanso agora Edward. Agora ela esta começando a ser feliz. E tenho medo que talvez sua presença aqui piore um pouco as coisas.

_Eu não vou voltar Alice, vou ficar aqui. Vou lutar por aquilo que existiu entre nós antes. – Suspirei.

_Eu sei que vai, e talvez isso seja a coisa certa. Eu so não quero vê lá morrendo no hospital Edward...

_Eu nunca quis isso, você sabe né?

_Sei...

_Eu estava a ponto de pedi-la em casamento...

_Voce estava?

_Era, aquele dia eu so precisava vê-la e saber se a escolha era certa mesma. Mas chegando lá eu vejo... Aquilo.

_Sinto muito mesmo Edward... Vocês devem mesmo conversar.

_Eu sei. Por favor, vamos trocar de assunto. Vim aqui pra ter um dia bom com a minha maninha, não uma discussão do que eu não posso fazer se não ela me mata...

_Claro, mas antes Edward prometa que vai tentar de tudo pra fazer a minha amiga feliz como ela era antes?

_Prometo.

Depois que saímos e comemos a nossa torta Alice me ajudou com as coisas, almoçamos e conversamos. Na hora do almoço ela ligou pra Jasper que iria buscar ela lá onde estávamos. – No shopping no caso, Alice não vive sem um – E eu iria ver as pranchetas, folhetos e as pesquisas que Alice mostrou-me com apartamentos que ela mesma havia procurado. Teve um que gostei muito. Dois quartos, uma suíte, varanda ampla, cozinha com tudo, espaçoso... Alice sempre soube meu gosto.

Amanha a tarde assinaria os papeis depois que saísse do hospital pra resolver as coisas de transferência, tudo. Mas em menos de uma semana já queria meu carro aqui, algumas das mobílias que tinham valores sentimentais pra mim, eu iria querer no novo apartamento... Amanhã resolveria logo tudo.

 Logo que me despedi de Alice e Jasper, fui para casa.

Ainda estava cansado, e o sol mesmo que meio pro outono ainda estava quente e deixava meus dias mais cansativos do que o normal. Cheguei em casa e fui logo a procura da minha mãe, ela não estava mais ou menos meia hora depois ela chegou. Não perguntei nada, não iria cobrar nada e muito menos querer saber sobre o que ou onde ela estava.

Não tinha esse direito de interferir na vida de ninguém muito menos nas coisas que dizem respeito a ela, que por sinal era minha mãe.

Tomei um banho, comi umas besteiras. E como eu dormi, logo assim eu acordei, fiz minha higiene e desci já pronto pra sair. Hoje eu iria pegar minha transferência do curso lá no hospital, talvez visse meu pai se ele estivesse disponível.

Com uma das minhas musicas preferidas tocando no carro fui ao hospital. Estacionei a pouco mais de um metro da entrada. Peguei as poucas pastas e papeis que estavam lá e sair. Olhei pro lado e tinha um rapaz talvez minha idade, ele tentava abrir a porta enquanto ainda mantinha uma cadeirinha com um bebê.

_Você precisa de ajuda?

_Oh não, mas se você quiser me ajudar...

_Claro...

Fui ate lá, abrir a porta do carro e tirei as bolsas, cheia de coisas de bebês.

_Obrigada cara...

_De nada, se fosse comigo também gostaria que me ajudasse. - Sorri. _Ele é lindo - Apontei para a cadeirinha onde um bebê com uma toquinha azul e roupas, obviamente de bebês, brancas. Estava adormecido, ele era bem pequeno na verdade devia ter um pouco mais de uma semana, não sei.

_È ele é. - O rapaz sorriu. _A mãe também.

Ele colocou as duas bolsas que pegou do carro em um braço e fechou a porta.

_Voce pode pegar a cadeirinha pra mim, um segundo?

_Claro

Ele pegou a chave do bolso, fechou a porta do carro e ligou o alarme, passei pra ele a cadeirinha. Apertei a bochecha do garotinho e fui em direção ao hospital. Meio segundo parecia ter passado quando entrei naquele hospital e a vi, parecia pelo menos a minha Bella.

Ela assinava alguma coisa na recepção, papeis. O rapaz que eu vi e ajudei a pouco se sentou com a cadeirinha de bebê esperando talvez a hora que o exame do seu bebê chegasse. Ele passou por mim e me cumprimento, mas eu não dei a mínima minha atenção estava totalmente focada na garota de vestido florido, sapatilhas e cabelos soltos um pouco mais longos do que eu lembrava. Tinha o mesmo tom de pele, entre o pálido, mas sempre muito leitosa. Ela sorria, parecia que conhecia a recepcionista muito bem.

Fez alguma brincadeira com ela pela risada que elas deram e se virou.

Peguei meu celular, fui até lá fora respirar e mandei uma mensagem pra Alice:  Onde todos estão? Tem alguém na sua casa?

Dois minutos depois ela respondeu.  Estamos todos na faculdades, acredite ou não Emmett também apareceu. O que você ta aprontando, não esta pensando em ir lá à cobertura né? Rosie ficaria louca se descobrisse.

Se estavam todos, como Alice disse, Bella estaria com eles certo?  Respondi:  Não eu não iria lá, so tirando uma duvida. Mas e Bella está na casa, está doente?

Não. Não tem ninguém em casa. Ou você quer invadir a casa dela enquanto não tem ninguém? E com certeza Bella não esta doente...

Bella não estava na casa, significava que tinha saído com eles. Ela estaria na faculdade? Provavelmente o que era faria aqui no hospital sem estar doente...

Só poderia colocar isso na minha vontade louca de vê-la e agora comecei a imaginá-la só poderia ser isso.

Claro que não Alice. Boa aula pra vocês.

Deu mais duas lufadas de ar e entrei a garota que a pouco vi e achei ser Bella ia a muito longe no corredor. Em um impulso gritei por Bella, se a garota escutou não se incomodou já que não chamava por ela.

 Aquilo ainda me incomodava.

_Anne?- perguntei à recepcionista.

_Edward? Meu deus quanto tempo...

_È faz um tempo acho que uns sete meses, seilá. Mas me diga você conhece aquela moça que acabou de sair daqui? – Na verdade ele sabia quanto tempo havia passado, não queria lembrar-se

Ela o encarou meio confusa, meio que divertida.

_Conheço é claro Edward. Pare de brincadeiras. Ela é bem legal...

_Haa, e ela freqüenta muito o hospital?

_Não sei dizer, mas não muito... Eu acho. Ah seu pai disse que quando chegasse era pra você ir direto para o consultório dele.

_Claro! -  Ele pretendia fazer mais perguntas, mas perguntaria a Carlisle que desde sempre fora medico de Bella.

Enquanto pegava o elevador ficou pensando. Poderia ser um truque de sua cabeça?! Sabia ele agora que precisava ver Bella urgentemente.

...

_Pai, só pra saber Bella tem consulta com o senhor hoje- puxou assunto como não queria nada.

_Não.  Carlisle de imediato respondeu. _Por quê?

_Nada, fiquei pensando se ela teria tido visita com o senhor...

_Na verdade Bella já não me procura mais, parece que passou esse tempo dela, Edward. Ela está bem na verdade quando a vi ontem. Radiante diria.

_Bom... Desculpe pai, mas já como terminei aqui estou indo o vejo a noite em casa. Próxima semana vou cursar aqui mesmo, que você vai pedir pra me expulsarem de tanto abuso que vai ter, mas agora estou indo atrás de uma casa pra mim. Tchau.

_Tchau filho. Se cuide viu?

_Claro.

Mesmo com a certeza agora que não era Bella, aquela idéia o perturbava. Todos os apartamentos que entrava não agradavam a ele, mesmo que combinasse com ele. Ele estava muito mais concentrado em outras coisas. Como ele poderia confundir outra mulher com sua Bella. Suspirou, decidiu ficar com o apartamento que já havia escolhido dias antes. O que tinha mais sua aparência, mais a aparência dos dois juntos.

P.O.V – Alice.

Ela sorria era a melhor coisa que poderia acontecer desde há oito meses. Sua amiga estava feliz, radiante e espetacular. E agora que o irmão voltara iria arrumar um jeito de ver aqueles dois juntos novamente. Colocou na sua cabeça.

Mas e se essa confissão causar mais estragos? Pensei.

“Jasper e se Edward pensar que...”  balançou a cabeça não queria pensar naquilo.

“Alice, a gente não pode ficar se metendo muito nisso, vamos dar um empurrãozinho e deixar que as coisas tomem rumos. Não é nossa vida...”

“Mas eu tenho medo pelos dois. Bella está errando, privando o pai dos seus filhos de vê-los mesmo que ele tenha feito uma puta sacanagem, mas ninguém tem provas para inocentá-la, Edward ficou inseguro era tudo questão de confiança. Nossa família é muito louca.”

“Com certeza é. Apenas tente abrir a cabeça de Bella com a possibilidade de falar com Edward...”

“Já tentei, e varias vezes... Ela é muito teimosa.”

“Ele também é muito teimoso.”

“Com certeza, mas veja bem... Eu tenho um plano, bem uma continuação pra aquele plano.”

“Que seria?”

“Vai ser assim...”