Metamorfose escrita por Mia Elle


Capítulo 18
Capítulo XVII


Notas iniciais do capítulo

E AÍ, TODO MUNDO PRONTO PRO FINAL?



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“But of all these friends and lovers, there is no one compares with you,
And these memories lose their meaning when I think of love as something new.”

- In My Life – The Beatles

Brian não demorou muito; em pouco mais de meia hora ele tinha tomado banho, trocado de roupa e feito uma pequena mala para levar consigo. Encontrou com os garotos novamente na sala. Frank estava sentado no sofá, admirando o teto, e Gerard observava com atenção os quadros pendurados em suas paredes quando ele entrou na sala, um tanto animado.

- É isso então? – Gerard perguntou só para ter certeza, desviando os olhos do quadro que estivera olhando com atenção no último minuto – Vamos?

O homem assentiu, mas Frank grunhiu em discordância. Gerard olhou para ele, questionando-o com o olhar.

- Eu estava pensando – o menino disse, levantando-se do sofá – se nós não poderíamos comer em algum lugar decente antes de irmos? Eu realmente estou com fome.

Gerard riu, mas concordou, então perguntou a Brian se existia algum lugar por ali que abrisse aos domingos onde eles pudessem comer, mesmo que já fosse mais de quatro da tarde.

- Hm, acho que sim – o homem respondeu, pensativo – tem alguns restaurantes. Eu realmente nunca vou em nenhum, mas imagino que algum ainda vai estar aberto – ele começou a caminhar para a porta – o almoço é por minha conta! – Acrescentou, sorrindo, enquanto abria a porta de casa.

Por fim, encontraram um restaurante que ainda estava aberto. Algumas famílias finalizavam seus almoços, sentadas em grandes grupos barulhentos. Brian, Gerard e Frank escolheram uma mesa longe destes grupos, e depois de fazerem seus pedidos, puseram-se a esperar.

- Deve ser divertido – Frank murmurou, olhando de esguelha pra uma mesa que reunia cerca de vinte pessoas, todas visivelmente da mesma família, entre crianças, mulheres, homens e senhores de idade – ter uma família desse tamanho, sabe – ele não realmente achava isso, só estava tentando puxar assunto, visto que o atual silêncio o incomodava um pouco.

Brian riu.

- Acho que eu nunca vou saber – os dois adolescentes lançaram-lhe olhares indagadores, ao que ele respondeu – meus pais já morreram, e eu jamais me casei ou tive filhos. Estou sozinho nesse mundo. Vivo apenas para os negócios.

Frank e Gerard trocaram um olhar até um pouco feliz, por saber o Brian não tinha ninguém além de Stefan. Sem saber exatamente o que responder para esse comentário, o pequeno disse:

- O que exatamente você faz, Brian?

- Ah, eu basicamente compro coisas e depois vendo elas mais caro – ele disse, e depois riu. Frank demonstrou que não tinha entendido exatamente, então ele explicou – quando meus pais morreram, eu herdei uma certa quantia em dinheiro. Eu peguei essa quantia, e investi no mercado de ações. Acabei descobrindo que eu levo jeito pra essa coisa de investir – ele riu novamente – acabei multiplicando muito o dinheirinho que meus pais me deixaram.

Neste momento, o garçom voltou com os pratos que eles haviam pedido. Depois de distribuir corretamente a comida, ele se retirou. Enquanto desembrulhava os talheres do saquinho de plástico aonde foram entregues, Brian continuou:

- Mas não é algo que eu aconselho a ninguém, essa minha vida. Eu sou um pouco sozinho – ele constatou, mas não havia tristeza em sua voz. Parecia ser algo com o qual ele estava acostumado – talvez se as coisas com o Stefan tivessem dado certo, eu seria uma pessoa completamente diferente da que eu sou hoje.

Nem Frank nem Gerard soube exatamente o que responder para isso, portanto apenas olharam o homem ao começarem a comer de seus pratos, extremamente satisfeitos com a comida.

- Por isso, quando eu vejo um jovem casal como vocês- – Brian continuou, mas foi interrompido por Frank engasgando com a comida. Rapidamente, abriu uma das garrafas de água na mesa e serviu um copo, entregando a Frank. Assim que o menor parou de tossir, ele perguntou – está tudo bem?

Frank não respondeu, ainda se recuperando do engasgamento. Gerard, meio divertido com a situação, respondeu.

- Nós não somos um casal. Acho que ele se assustou com a sua suposição, só isso – e virou o rosto para encarar Frank, que estava vermelho.

- Não são um casal? – admirou-se Brian, depois riu – me desculpem então. Mas vocês deviam considerar essa hipótese, sabe? Vocês realmente combinam.

Dessa vez, Gerard ficou um pouco vermelho também, e não encarou nem Frank nem Brian. Apenas concentrou-se em terminar sua comida. Enquanto isso, ao seu lado, o outro menino, também corado, fazia o mesmo.

O almoço terminou sem maiores incidentes, e, depois de Brian pagar a conta, eles voltaram para o estacionamento. Brian devia seguí-los pela estrada com sua camionete, já que ele precisava de um meio para voltar para casa depois. Gerard estava esperando que eles não se perdessem dessa vez. O que, de fato, não aconteceu. Frank, pelo jeito, havia entendido como consultar o mapa, e acabou que a viagem de volta foi consideravelmente mais curta e mais tranqüila que a de ida. E menos divertida também. Constrangidos pelo que Brian dissera no almoço sobre serem um casal, nenhum dos dois falou muito. Ficaram em silêncio, ouvindo a música que Gerard colocara para tocar, trocando apenas as palavras necessárias.

Os dois pensavam praticamente na mesma coisa, e, se soubessem disso, talvez tivessem parado de guardar seus pensamentos em segredo dentro de si mesmos, e confessado um para o outro logo, sem medo. Mas não sabiam. Apenas desconfiavam, e isso não era o suficiente para lhes dar a coragem que precisavam.

Mas Frank tinha uma dúvida a mais na cabeça. Uma coisa que não lhe saíra do pensamento desde quando eles estavam no restaurante. Por que não fazia o menor sentido. Quando Brian dissera que eles deviam considerar a possibilidade de ser um casal, Gerard fizera a mesma coisa que ele. Apenas corara e não respondera. Era de se esperar que ele risse e esclarecesse que era heterossexual, ou então ridicularizasse a idéia de alguma forma. Mas tudo que ele fizera fora agir exatamente como Frank, que, na verdade, concordava com Brian. Será que....? Ele não se permitiu pensar nisso, por que havia prometido a si mesmo que não ira mais se iludir em relação ao maior.

Mas tinha que perguntar uma coisa.

- Gerard? – ele chamou, mais ou menos na metade da viagem, desviando seus olhos da janela, onde estiveram fixos até então.

- Hm? – o outro grunhiu sem tirar os olhos da estrada.

- Que é que... – ele parou, respirando, depois continuou – Quando é que você vai finalmente me dizer isso que você quer me dizer há tanto tempo, e nunca diz?

O maior prendeu a respiração, sem saber o que responder. Droga, droga, droga! Frank tinha que perguntar isso bem quando ele estava dirigindo? Não era assim que ele imaginara falar aquilo que queria falar. E se Mikey estivesse mesmo certo e seus sentimentos fossem correspondidos? Eles não iam poder nem- Bufou, e, aproveitando um momento de calmaria na estrada, virou-se para Frank.

- Agora não Frank – ele disse, tentando manter-se controlado – quando a gente chegar eu prometo a você que se você me perguntar de novo eu não vou fugir – Frank ergueu as sobrancelhas – Sério.

Os dois sorriram, e voltaram a ficar em silêncio. Gerard concentrado no trânsito e Frank na paisagem que via pela janela. De vez em quando, olhava pelo espelho retrovisor para checar se a camionete de Brian continuava ali. Sempre continuava. Ele estava tão feliz que eles tinham conseguido fazer isso por Stefan! Mal podia esperar para chegar na St. Martin e mostrar-lhe a surpresa.

E perguntar de novo a Gerard sobre o que ele queria dizer.

Logo as paisagens começaram a ficar mais conhecidas, e eles já estavam dentro da própria cidade, tomando cuidado para não passar nenhum sinaleiro que Brian não conseguisse, impedindo assim que ele continuasse a seguir o carro de Gerard. Finalmente, então, os dois carros foram estacionados, um em frente ao outro, debaixo de uma das árvores agora floridas defronte a St. Martin.

Depois de descer do carro, Frank caminhou até Brian, que observava a casa, parecendo muito nervoso. O homem engoliu em seco, e depois olhou para o pequeno, sorrindo forçado.

- Vai ficar tudo bem – Frank sentiu necessidade de dizer, para acalmar o homem – tenho certeza que Stefan vai ficar tão contente em vê-lo quanto você ao ver ele.

O homem desviou o olhar, encarando o chão por um momento, antes de respirar fundo e responder.

- Eu só tenho medo de que ele não me perdoe. Eu sinto como se tivesse arruinado a vida dele.

O menino não soube o que responder, então aproveitou a deixa da aproximação de Gerard para começar a caminhar em direção ao portão. Brian hesitou um pouco, mas logo seguiu os dois garotos, ainda parecendo muito nervoso.

A casa estava aberta, e várias pessoas ocupavam os bancos na varanda, como sempre acontecia nos domingos. Os três entraram na sala, cumprimentando algumas pessoas que acenaram para Frank e Gerard, mas, antes que eles pudessem começar a subir uma das escadas em direção ao primeiro andar, foram impedidos pela Sr. Lee, que apareceu repentinamente de dentro da salinha da coordenação.

- Oi meninos! – ela cumprimentou, sem reparar em Brian – que fazem aqui hoje? – ela ergueu os olhos, e finalmente encarou o homem de olhos azuis atrás dos meninos – e quem é este? – indagou, simpática.

- Sou Brian Molko – o homem respondeu, estendendo a mão para ela, que lhe cumprimentou, ainda parecendo um pouco confusa.

- Bom, em que posso ajudá-lo, Sr. Molko?

- Na verdade – Frank tomou a palavra – ele está aqui para visitar Stefan. Sabe se ele está acordado? – indagou.

A Sr. Lee entreabriu os lábios, parecendo um pouco surpresa. Talvez estivesse ligando o nome à pessoa, por que ela sorriu largamente depois de alguns segundos e disse:

- Eu fico realmente muito feliz que o senhor tenha vindo – disse, soando sincera – vou deixar que os meninos lhe mostrem onde fica o quarto de Stefan, e já subo com um café para vocês dois – e, dizendo isso, ela foi em direção à cozinha, desaparecendo pela porta.

Depois de observarem a mulher partir, Frank começou a subir à escada, dizendo:

- É por aqui – para que fosse seguido por Brian.

Quando chegaram à porta do quarto de Stefan, fizeram sinal para que ele entrasse. Tinham trocado algumas palavras no carro sobre isso, e chegaram à conclusão que era preferível que os dois se encontrassem a sós, visto que eles tinham muitas coisas para por em dia, e seria constrangedor tanto para eles, quanto para os meninos, estarem presentes numa conversa tão íntima. Mas Brian respondeu com um sinal negativo com a cabeça, e sussurrou:

- Não! Vocês vêm comigo, por favor. Se não fosse por vocês, eu nem sequer estaria aqui para vê-lo.

Um pouco relutantes, os dois meninos acompanharam o homem para dentro do quarto, que era extremamente bem higienizado, e continha apenas uma cama de hospital, os aparelhos ligados a ela, um criado mudo e uma cômoda, com uma televisão de imagem ruim em cima. Stefan estava dormindo, de modo que Gerard foi até a cama para acordá-lo. Precisou chamar seu nome apenas uma vez para que ele abrisse os olhos e, depois de situar-se no espaço-tempo, reconhecesse Gerard e lhe sorrisse. Antes que pudesse dizer alguma coisa, porém, o adolescente falou:

- Stef, tem alguém aqui que gostaria de te ver. Espero que fique feliz com a visita.

E, sorrindo, se afastou da cama, liberando o campo de visão do homem para que Brian entrasse nele, também sorrindo, apenas um pouco culpado. Uma lágrima rolando por seu rosto branco antes mesmo de falar com o homem.

- Qu-? – Stefan começou a dizer – Brian? – ele disse numa voz um tanto suplicante – Brian, é você mesmo?

O outro assentiu, visivelmente emocionado demais para dizer alguma coisa, e cumpriu o espaço até a cama do outro, esticando as mãos para tocá-lo. Embora parecesse fraco, Stefan sentou-se imediatamente, parecendo não acreditar no que via, e logo começou a chorar também. Por um momento foi apenas isso, os dos se olhando, emocionados. O que estava incomodando os dois garotos, que, apesar de estarem muito felizes também, sentiam-se bastante constrangidos. O que só aumentou quando Brian começou a dizer:

- Me desculpe – ele murmurou, a voz um tanto embargada – me desculpe mesmo, eu sinto tanto. Se eu pudesse mudar tudo isso, eu juro que eu- - mas ele não conseguiu continuar, então se interrompeu, engoliu o choro e falou numa voz mais sensata – se Gerard e Frank aqui não tivessem ido me procurar, eu provavelmente nunca mais o veria – e dizendo isso, ele se virou para os garotos, o rosto vermelho e molhado de lágrimas – obrigado.

Gerard sorriu, constrangido e respondeu.

- Eu acho que nós vamos deixar vocês a sós agora – Brian assentiu, então ele e Frank deixaram o quarto, aliviados. Sem falar nada, desceram até o térreo. Quando já haviam chegado ao jardim, sentaram-se nos degraus da varanda, permanecendo em silêncio. Silêncio que foi quebrado por Frank, quando ele disse:

- Hm, Gerard? – e, conseguindo a atenção do maior, continuou – e o que é que você queria me dizer?

Gerard engoliu em seco.

- Sabe Frank, eu nunca realmente te pedi desculpas pelo que aconteceu no vestiário aquele dia, não é?

Frank suspirou, exasperado, antes de responder, batendo as mãos nas coxas e se virando para o maior.

- Você está fugindo do assunto!

- Não, eu não estou – ele se virou para Frank, olhando-os nos olhos – só me deixa falar, ok? – Frank assentiu, então ele continuou – como eu ia dizendo, eu queria te pedir desculpas por aquele dia, por ter te batido e tudo mais.

- Você já está desculpado, Ger – o menino disse sorrindo – faz tempo. Você tem sido tão legal, eu vejo que realmente mudou.

- E eu queria pedir desculpas também – ele disse, ignorando o que o outro dissera – pelo que eu disse no julgamento. Sobre você ter me agarrado e tudo mais. Por que eu sei que não foi exatamente isso que aconteceu – a esse ponto, ele ficou constrangido, e baixou os olhos para as mãos, não querendo encarar Frank – por que eu sei que aquilo não foi um beijo... digamos, sem o meu consentimento.

Ele ficou em silêncio por uns segundos, tentando encontrar as palavras para continuar a dizer o que já tinha começado. Por fim, resolveu-se:

- Você disse que eu mudei, mas eu vejo que eu não exatamente mudei – ele não encarava Frank ainda, por que sabia que se o fizesse, poderia perder a coragem – eu acho que tudo isso sempre esteve aqui dentro de mim, e eu só tentava esconder, sendo aquele idiota que eu era. Acho que o que aconteceu naquele vestiário confirma isso. E depois que eu vim pra cá, e comecei a conviver mais com você, e com as pessoas daqui, eu vi que tentar esconder isso é besteira. Por que afinal, não dá pra ficar perdendo esse tempo que a gente não tem. Veja só o Stefan!

Frank estava ainda um pouco confuso sobre aonde Gerard queria chegar com aquela conversa. Ele tinha um palpite – um palpite que vinha rondando a sua mente há dias – mas ele não queria acreditar.

- E esses meses aqui só me ajudaram a descobrir quem eu sempre fui e o que eu sempre quis – ele engoliu em seco, finalmente erguendo os olhos para Frank, que o encarava, parecendo assustado – e quem eu sempre quis – ele completou.

Eles se encararam por um momento, e, como se tudo aquilo tivesse sido ensaiado, se inclinaram um em direção ao outro, finalmente tendo aquele contato que ambos queriam há muito tempo. Por um momento ficaram apenas assim, sentindo a sensação de um lábio no outro, para só depois Frank se aproximar mais, e levar uma mão à nuca do mais velho, pedindo passagem com sua língua para aprofundar mais o beijo.

Quando finalmente se separaram, alguns momentos depois, eles não sabiam ao certo como agir. Apenas se olharam, não conseguindo evitar de começar a rir do próprio constrangimento.

Neste exato momento, a Sra. Lee apareceu no batente da porta de entrada, dizendo:

- Ah, aí estão vocês! Venham aqui, preciso de ajuda para levar o café até o quarto de Stefan – e desapareceu pela porta novamente.

Não sem antes trocarem mais um olhar divertido, os dois meninos levantaram, seguindo a mulher até a cozinha. Quando adentraram o recinto, ela já estava pegando uma bandeja com um bule e alguns biscoitos preparada de cima do balcão da cozinha, para se encaminhar para a saída carregando-a, dizendo que era para os meninos levarem as xícaras e a garrafa térmica que ela deixara separada. Depois de o fazerem, eles seguiram a mulher até o quarto.

Ela já estava lá dentro, colocando a bandeja em cima de uma daquelas mesas de refeição hospitalares para se comer em cima da cama. Brian tinha puxado uma cadeira para a beira da cama de Stefan, e estava inclinado sobre ela, segurando a mão do outro, e observando a mulher, que tagarelava sem parar. Os dois pareciam muito felizes. Depois de entregarem a garrafa e as xícaras para a Sra. Lee, que começou a servir café para todos, os dois foram em direção a cama de Stefan. Seguravam na mão um do outro.

- Olá garotos – o homem doente disse, sorrindo – nem tive tempo de agradecer a vocês! - os meninos sorriram, e Gerard lançou um olhar significativo ao amigo, olhando depois para sua mão atada à de Frank – oh! – ele exclamou, sorrindo largamente – vejo que temos novidades! – e depois riu.

Os meninos ficara um pouco constrangidos, mas logo confirmaram que estavam juntos. A Sra. Lee serviu o café a todos, que beberam o líquido quente, conversando sobre alguma banalidade qualquer, e rindo. Como uma família. Stefan, como previra Gerard, até parecia mais saudável, como se tivesse recebido um novo sopro de vida.

Ao final, tudo tinha se resolvido. Estavam todos felizes. Tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

É isso, gente, espero não ter decepcionado ninguém com o final ;; obrigada quem leu e acompanhou a fic, e não se esqueçam que amanhã ainda tem o epílogo da fic, ok?