Youre My Soul escrita por BiiaahOShea, CaahOShea


Capítulo 13
Preparada


Notas iniciais do capítulo

Oiii geente!
Miil desculpas pela demora! Estão terriveis esses meses... Mas quando chegar julho vai ter tantas postagens q vcs vão se cansar de mim! hahah
Beem, esse capítulo é como se fosse uma especie de prólogo para os aconteciimentos seguintes. Tanto para a incursão como para algumas supresiinhas q vcs terão! É a partir de agora que a fic começa pra valer ;D
AMEI AMEI AMEI AMEI os comentariooos!! Vcs me fazem a escritora mais feliz do mundo! haha Amamos de verdade!!
Entaaão, queria agradecer a paulatays, allison, Iara Ribeiro, Flor do Cerrado, Kalianne, Flor de Lys, Dudu, Lindona, Cici OShea, Flávia, Dorothy e Rachelg pelos reviews lindos!!
Obrigada por continuarem acompanhando e não desistirem de nós!
Bora ler? ;)



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No capítulo anterior:


-Olá, Peg. Há quanto tempo. – Falou uma voz perturbadoramente conhecida.

Meus olhos voaram para a pessoa detrás de mim e eu gritei automaticamente.

E com um leve sorriso nos lábios, aquele rosto me encarava taciturno.

De relance pude ver Ian virando-se, correndo até onde eu estava. Seus braços me envolveram como que me protegendo e no mesmo momento me senti segura.

-O que está fazendo aqui? – A voz de Ian foi dura e ríspida.

Lucas deu uma risadinha baixa. Algumas pessoas começavam a se acumular atrás de nós.

-Vim pegar minhas coisas. Não vou mais atrapalhar o casalzinho feliz. Vou ficar por um tempo na casa de Nate e quem sabe daqui a um tempo eu regresse. – Seus olhos se voltaram para mim – Caso mude de opinião sobre aquilo que nós conversamos... – E deu uma piscadela.

-Isso não vai acontecer – Falei de modo inflexível.

-Não tenho tanta certeza quanto a isso. – Escarneceu.

-Lucas, Lucas. Como é que vai? – Jeb disse, passando entre as pessoas. Percebi que seu tom de voz, embora estivesse normal, escondia uma certa preocupação.

-Bem, obrigado – Eles deram um aperto de mãos. – Estava dizendo agora mesmo que ficarei um tempo com Nate. Ele está precisando de ajuda em algumas coisas.

-Oh. Diga a ele que mandei lembranças. – Ele se virou para trás – O que vocês todos estão fazendo aqui? Imagino que já tenham acabado as tarefas.

As pessoas se dispersaram aos poucos com murmúrios baixos. Ian me puxou consigo, olhando uma ultima vez para Lucas por cima do ombro.

Abracei-me mais forte contra ele, dizendo silenciosamente que estava tudo bem.

-Está tudo bem? – Melanie perguntou, indo até nós.

-Sim, está. Ele não vai mais nos perturbar. – Respondi.

-Não tenho tanta certeza quanto a isso – Ian disse com os dentes cerrados.

-Ei, Peg, Ian! – Jamie gritou, correndo em nossa direção. – Aconteceu alguma coisa?

-Não, Jamie. Volte para a escola, sim?

-Mas o que houve? – Seus olhos se voltaram para a irmã, implorando por alguma explicação plausível.

-Não houve nada, querido. Vá para a escola. Sharon deve estar te procurando.

Ele soltou um murmúrio de reclamação.

-Por que eu sempre sou o único a ficar fora de tudo? – E continuou a reclamar, dando-nos as costas e voltando a passos preguiçosos e frustrados.

‘’Coitadinho do meu Jamie’’, pensei. Mas não queria que ele ficasse sabendo de tudo o que ocorria aqui nas cavernas. Ele era novo demais para se preocupar com assuntos que sequer entendia.

Melanie acompanhou sua volta com os olhos e depois se voltou a mim e a Ian.

-Qualquer coisa que precisarem pode contar comigo e Jared. Sabemos tão bem quanto vocês o canalha que aquele Lucas é.

-E o pior de tudo é que tem gente que o defende, mesmo depois de tudo que aconteceu – Ian disse.

Melanie assentiu.

-Obrigada, Mel. – Falei.

-Tudo bem. Só espero que ele fique fora de nossas vidas.

-Eu também – suspirei – Eu também.

[..]

À noite tudo estava em paz novamente. Nada parecia ter acontecido mais cedo. Nós jantamos do mesmo modo que fazíamos todos os dias – sem preocupações.

Estávamos conversando hoje sobre o casamento de Melanie. A maioria dos detalhes já estavam acertados; eu iria junto com Cal comprar as coisas que precisávamos. Melanie e Jared queriam algo bem simples. Afinal, depois daquele imprevisto com os buscadores todos tinham medo de sair das cavernas. Mas eu estava tão acostumada a lidar com as almas que insisti em fazer essa incursão. Por fim, eles cederam.

-Quando você acha melhor sair, Cal? – Perguntei.

Ele deu de ombros.

-Pra mim tanto faz. Decida você e me avise; qualquer horário está bom.

Assenti e desviei os olhos, deparando-me com os dedos de Cal acariciando a mão de Arrepiada de leve; um movimento involuntário. Pisquei algumas vezes, surpresa e perplexa com a intimidade criada pelos dois. Pelo visto, eles estavam se dando mais do que bem!

O único problema nisso tudo foi convencer Ian a ficar. Eu não queria de modo algum que ele fosse conosco. Não tínhamos certeza se os buscadores ainda rondavam a área, mesmo depois de ter se passado algum tempo. Eu queria preparar algo especial para Melanie e Jared, por isso me ofereci para organizar uma nova saída. Se já fora complicado convencer os dois, imagine Ian! Fora quase uma luta.

#Flashback On#

-Você não vai a essa incursão sozinha – Ian disse nervoso.

Suspirei.

-Mas eu preciso. Ian, não posso levar você comigo sabendo que poderá correr riscos. E é rápido, prometo. Nós tomaremos cuidado. – Tentei falar calmamente.

-Não, Peg!

-Cal estará comigo. Eu só preciso comprar algumas coisas. Em pouquíssimos dias nós estaremos de volta.

-Peg, se alguma coisa acontecer...

Coloquei minhas mãos em seu rosto.

-Nada irá acontecer. Confie em mim, está bem? Por favor, Ian. Por favor.

Ele suspirou, vencido.

-Quantos dias?

Reprimi um sorriso.

-Provavelmente quatro.

Ele me encarou.

-Está bem, eu vou ficar. Mas é só dessa vez.

-Obrigada, meu amor! – Dei um selinho em seus lábios.

-Ei, você está muito contente... – Ele acusou, brincando – Ficou feliz em não me ter por perto, é? Aposto que nem vai sentir a minha falta.

-Não, eu não vou sentir a sua falta. – Eu ri, entrando na brincadeira.

-Ah é? – Ian me lançou um olhar malicioso – Tem certeza?

-Uhum.

-Então vem aqui que você vai ver agora! – Ele me empurrou na direção da cama e eu caí de barriga para cima. Ele se posicionou de modo que ficasse em cima de mim e começou a fazer cócegas na minha barriga. Eu me contorcia, engasgando de tanto rir.

-Ian! Para – Eu gritei, buscando ar por entre as gargalhadas.

Ele ria junto comigo, embora fosse de uma maneira bem menos frenética.

-Você vai sentir saudades, Peg? – Perguntou sorrindo.

-Vou... Eu vou... Sentir... Muita... Muita... Saudade.

Seus dedos pararam e eu tentei regularizar minha respiração arfante.

Ele ainda ria.

-Bobo – Falei.

Suas mãos me apertaram contra seu peito e eu descansei minha cabeça em seu ombro.

# Flashback off#

Depois de conversarmos sobre a incursão, pensei que seria muito melhor sairmos amanhã de manhã. Assim poderíamos descansar bastante esta noite e aproveitar o dia seguinte.

Procurei por Cal e ele consentiu; estava marcado. Ele se encarregou de avisar tanto a Jeb quanto a Nate e nós nos despedimos.

-O que vai levar na mochila? – Perguntou Ian, fechando a porta do quarto.

-Só o básico. Água, roupa.

-A que horas vocês vão?

-Bem cedo. Assim que o sol raiar. É mais fácil, não vai ter ninguém na estrada, e dessa forma não chamamos atenção. – Disse, enfiando as roupas dentro da bolsa.

-Me acorda antes de você partir?

-Sim – Sorri e envolvi seu pescoço com as mãos, colando nossos lábios por um breve momento.

-Está certo, então – Ele devolveu o sorriso.

Logo depois que eu terminei de arrumar minhas coisas, deitei ao lado de Ian, e entrelacei nossos dedos.

Fechei os olhos e esperei pacientemente pela inconsciência.

[...]


 Eu já estava acordada desde que o sol começou a aparecer. Os escassos e tímidos raios de sol que nos atingiam eram o suficiente para enxergar nas dependências da caverna.

Eu aproveitei para tomar um banho antes de sair e colocar uma nova muda de roupa. Enchi as garrafas com água e verifiquei se não faltava mais nada.

-Bom dia, Peg – Cal saudou, vindo até mim.

-Bom dia! Já está pronto?

-Sim. E você?

-Quase. Só vou me despedir de Ian.

-Então eu vou pegando o carro enquanto isso.

-Ok.

Larguei a mochila em cima da mesa e andei até o quarto.

Ian dormia feito uma criança, todo estendido na cama.

Sorri.

Ele era lindo. Meu Ian. E essa beleza toda se refletia em seu interior também, o que me fazia estar mais apaixonada a cada dia.

Sentei na cama e balancei-o suavemente.

-Ian? Acorda, amor. Eu já estou indo.

Seus olhos tremelicaram e por fim se abriram.

-Peg – Ele sentou e passou a mão no rosto.

-Eu já estou indo. – Repeti - Cal foi buscar o carro.

-Tome cuidado. Por favor, Peg. Ainda acho que eu deveria ir com você.

-Não, fique aqui. Vai ser mais seguro. E eu volto logo. Ajude nos preparativos, ok? – Sorri.

-Mel sabe que é hoje?

-Sabe. Já falei com ela.

-Entendi... Eu vou com você até a porta, então.

-Não precisa, amor. Deita e dorme mais um pouco. Ainda é bem cedo.

-Não, tudo bem. Eu quero – Ele sorriu de leve e se levantou.

Fomos de mãos dadas até a cozinha e coloquei a mochila nas costas.

-Peg! – Gritou uma voz ao fundo. Virei-me.

-Oi, gente – Cumprimentou Mel – Peg, você já vai?

-Já, estou saindo agora.

-Tem certeza de que quer fazer isso? Peg, não há necessidade alguma, eu e Jared não nos importamos mesmo.

-Ei, Mel, já disse, e repito. Eu quero fazer essa incursão. Deixe-me dar um presente de casamento a vocês!

-Mas Peg, não precisa! Só a sua presença ali vai ser um presente enorme!

Ri.

-Deixe de bobagem, Mel. Já decidi, e Cal se ofereceu a ir comigo também. Mas agora eu tenho mesmo de ir, o carro já deve estar na porta.

Ela sorriu um pouco.

-Obrigada, minha irmã. E boa sorte!

-Pode deixar!

Abracei-a apertado e nos despedimos. Logo, já estávamos na saída da caverna, com o carro sedan a nossa frente.

Abracei Ian.

-Tchau, meu anjo – Ele disse – Se cuida.

-Eu prometi que o faria, não fique preocupado.

Puxei seu rosto para o meu e beijei seus lábios antes de me separar dele para entrar no veiculo.

Joguei a mochila no banco detrás e apertei o cinto de segurança.

-Pronta? – Cal perguntou.

-Pronta.

Acenei uma ultima vez para Ian e Cal deu a partida no carro.

E estávamos viajando deserto a fora.

POV FERNANDA

-Você tem certeza que consegue? – Lucas perguntou pela milésima vez.

-É claro. – Respondi, analisando o frasco em minhas mãos.

-Ótimo. Então preste muita atenção: Se isso der errado, vai complicar para o nosso lado, está ouvindo? Tudo tem que sair do jeito que combinamos. E sem gastos; já foi difícil o suficiente conseguir isso no hospital. Não quero ter que ir lá novamente.

Revirei os olhos.

-Você fala como se estivéssemos armando o plano mais difícil do mundo. Relaxa, ok? Eu sei o que estou fazendo.

-O que você fará, porque até agora quem fez tudo sozinho fui eu. Estou sendo muito bom com você, não se esqueça desse detalhe.

-É você que quer a Peg, não eu. – Acusei.

-E você nem está olhando aquele humano. – Ele rebateu. Sorri presunçosa.

-Ele não é de se jogar fora. Não mesmo.

-Que bom que acha isso – Lucas disse de modo doce, sarcástico.

Bufei.

-Esse seu tom de voz me irrita, sabia?

-Você inteira me irrita, e não é por isso que eu fico reclamando.

Fulminei-o. Ele estava me dando nos nervos.

-Voltando ao assunto – Ele esticou as palavras – Dentro desse frasco tem o suficiente para causar uma overdose. Cuidado.

-Sim, eu sei, eu sei. Não sou burra a ponto de não saber como usar isto. – Parei por um minuto – Espera, para que tanta enrolação, afinal? Não seria mais fácil mata-lo de uma vez?

-Minha querida, isso seria fácil demais. Aquele Ian vai perceber quem é que manda aqui. E a Peg, coitadinha, vai notar que o namoradinho dela não é tão perfeito quanto acha.

-Se acha que ela virá correndo para os seus braços, sinto em lhe dizer, mas ela não o fará.

Lucas bufou.

-É claro que não, disso eu sei. Errei feio ao ter me precipitado. Mas isso não vem ao caso. O que eu quero é separar aqueles dois. Por diversos motivos. – Abri minha boca para perguntar quais eram, mas no mesmo momento ele percebeu e me parou – No entanto, isso não convém ao caso. 

Cruzei os braços.

-E o que o senhor tem de tão misterioso, posso saber?

Ele deu um sorrisinho.

-Não.

Revirei os olhos.

-Então é isso. Antes do retorno, não é?

-Isso mesmo. Agora me de o frasco para eu guardar.

-Deixe-o comigo.

-De maneira alguma! Acha que eu vou confiar o meu único recurso a você? Ande, pode ir me dando agora. Sei bem quais são as suas intenções, Fernanda.

-Poxa, não confia em mim? – Disse, fingindo frustração.

Ele riu e me encarou.

-O frasco.

Entreguei-o de má vontade e saí de seu quarto, dirigindo-me a qualquer lugar em que pudesse ter um pouco de paz.

POV ARREPIADA


Estava sentada junto com Cal, próximos a praça central, conversando. Ele me contava sobre o mundo do fogo e eu, interessada, exigia cada vez mais informações.

-É extremamente quente. Não é um mundo recomendável a almas sensíveis demais, por causa do calor e perigo. As chamas quentes incineram qualquer coisa que você jogar nelas. Quando eu vivi lá, cheguei a presenciar um larvazamento, como chamamos. É como um vulcão aqui, a diferença é que no planeta do Fogo é cem mil vezes mais quente. Imagine uma espécie de rio contendo larva aquecer numa quantidade tão absurda a ponto de criar uma reação química e explodir. É lindo, só que assustador para quem não está acostumado com tal coisa.

-Nossa! Eu nunca ouvi muita coisa a respeito do mundo do Fogo, para ser sincera. Preferia palestras sobre os golfinhos ou aranhas, na verdade. Mas se eu soubesse que é tão interessante assim não teria hesitado em procurar alguma alma experiente – Ri.

-Oh, sim! Mas e você, onde viveu?

-Mundo das Flores, três vidas. Vivi também com as Bestas de Garras Afiadas, mas foi uma passagem, digamos.

-Entendo. Mas e daqui, você gosta?

-Muito. Acho que é o melhor planeta. Nada é comparável com as sensações humanas, os costumes. Sem contar que é um planeta lindo! Cheio d’agua, diferentes espécies de plantas, animais.

-É mesmo. A Terra também é meu planeta preferido. Ou, pelo menos, por enquanto – Ele sorriu e o acompanhei reflexamente.

Então, senti Cal pegar a minha mão. Baixei meus olhos no momento em que ele a apertou e ergui os olhos para encará-lo.

Seu rosto estava suave, a expressão um pouco indecisa.

Eu não larguei sua mão. Não queria, e achei estranho esse tipo de comportamento. E a sensação... Não era como ter a mão entrelaçada a de uma criança ou um amigo; era mais que isso. Não como um conforto, mas sim como uma necessidade de estar perto.

Prendi a respiração quando Cal se aproximou um pouco, avaliando minha reação. Eu sabia o que ele faria e estava ansiosa por aquilo. Seu rosto se aproximou lentamente do meu e eu fechei os olhos, encurtando a distancia.

E então ele me beijou. Na boca.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? A Arrepiada e o Cal formam um casal fofo, não? xD
E aí, quem quer saber como vai ser a incursão?? Proxiimo capítulo, gentee!!
Quero ver vcs comentando, hein!!
E recomendações? Que tal? *---*
Tudo bem, eu sei que eu sou mto pidona kkk
Vejo vcs nos comentarios, ok?
Beeeijooos!!