- Você acha que ela vai se sair bem? – Hermione perguntou a Ron  ao ver Rose entrar no Hogwarts’ Express pela primeira vez em 2017.

            - Ela puxou muito mais à você do que à mim, por que não se sairia bem, então? – Ele sorriu e a deu um beijo na testa seguido de um gentil abraço.

                                                            ***

“Querido diário, hoje foi mágico – literalmente! Cheguei na escola que tanto desejava depois de ouvir mais de cem histórias de meus pais. Parece um castelo, um pouco menor do que eu esperava pelo que eu havia ouvido, mas me disseram que parte de foi tragicamente destruído por comensais da morte e o próprio Voldemort. Ele é uma lenda! Imagina eu, Rose Wesley, andar em um castelo que foi atacado por tal pessoa tão poderosa! Não que eu o admire, muito pelo contrário, me dá um certo nojo. Ele destruiu a vida de várias pessoas, inclusive a de Alvo Severo. Ah, esqueci de falar! Alvo é um menino que entrou em Hogwarts esse ano comigo. Foi simpático, um pouco tímido talvez. Mas papai diz que eu que sou falante demais, as vezes acabo intimidando um pouco as pessoas.

Assim que chegamos, Aberforth Dumbledore nos apresentou a escola, ele era um velhinho, talvez até demais e meu deu dó pensar que talvez nos meus próximos anos ele não esteja aqui como nosso diretor. Fomos todos conduzidos ao salão principal onde um grande banquete estava à nossa espera. Mas antes de podermos comer qualquer coisa tivemos as seleção das casas. Acho que foi vovó que me disse que antigamente a seleção era feita por um chapéu, que foi destruído também na Batalha de Hogwarts contra Voldemort. Sentamos em um cadeira e algo parecido com uma bússola era colocada em nosso pescoço e apontava pra nossa respectiva casa. Infelizmente, o tal colar não falava como o chapéu. Vou contar agora a parte triste da história, eu fui selecionada para a Corvinal! Vou ser a decepção da família Wesley! Papai vai me matar quando descobrir, ele me pois tanta pressão e eu acabei não indo para a Grifinória como ele queria. Bom, vou fazer jus a minha casa do mesmo jeito e vou fazê-lo orgulhoso no final das contas. Alvo Severo, aquele doce de menino, foi escolhido para Sonserina, o que eu não gostei nada. Sei que não tenho direito de opinar mas essa é...hum, a casa mais... escura de todas.

Já ia me esquecendo! Começamos nossas aulas apenas depois de amanhã, já que o dia de amanhã vai ser dedicado a apresentações, arrumações e pequenos estudos para quem não fazia ideia do o que era magia.

Com amor,

Rose Wesley.”

Rose saiu correndo para a sala comunal da Corvinal logo que viu que estava um tanto atrasada para a integração dos bruxos.

- E você, mocinha, quem é e qual é sua desculpa para se atrasar? – Uma menina, que não parecia muito mais velha, disse. Ela deveria estar no terceiro ano e já se achando.

- Hum, sou Rose Wesley. – Todos pareceram surpresos por ela ser filha de tal guerreiro batalhador amigo do sempre-famoso Harry Potter. – Estava distraída, me desculpa.

- Não há problema algum, não havíamos começado. – Uma velhinha surgiu de trás do sofá. – A Srta. Miller apenas se precipitou.

A menina com os cabelos negros e os olhos tão azuis e puxados abaixou o rosto. Era filha de Cho Chang e Mike Miller. Parecia muito a mãe, apenas com os olhos do pai. Rose automaticamente a reconheceu do Profeta Bruxo, ela estava na capa um dia desses já que havia inventado uma poção brilhante que fazia com que você fosse transportado para fora de Hogwarts, já que lá não é possível aparatar. Rose lembrou também, que tal poção foi proibida e seus materiais, que não eram tão fáceis de se achar, foram eliminado das redondezas.

- Bom, vamos apresentar nossas novas alunas da Corvinal! Rose Wesley, Nina Evans, Destiny Burks, Hanna Black... – Era uma quantidade absurda de nomes que saiam dos lábios da velhinha. Rose ficou extremamente preocupada em como ia decorar todos esses nomes para não parecer rude e errá-los depois.

Rose voltou a seu dormitório, deitou na cama mas quando foi pegar seu livro que ganhou de sua mãe, “Contos de Beedle, o bardo”, algo chamou sua atenção. Havia um vassoura passando perto de sua janela. Pera. Tem uma pessoa em cima da janela. A única coisa que se dava para avaliar dessa pessoa misteriosa era seus cabelos extremamente loiros. Rose notou que a vassoura ia cair e em quanto caia se aproximava mais de sua janela, quando a vassoura tomou mais velocidade, assim caindo mais rápido, ela abriu a janela e segurou as mãos dessa pessoa.

- Ah meu Deus! Está tudo bem? – Ela disse ao trazer o menino para dentro do seu quarto.

- Sim, eu só perdi a hora e, bem, a velocidade. – Ele sorriu. – Gostei do seu cabelo. Você deve ser uma Wesley.

- Bem notado, Malfoy. – Por um segundo Rose queria jogar o menino para fora da janela novamente. Ele era uma réplica do pai quando tinha sua idade, foi o que ela notou pelo o que tinha visto em fotos. Se fisicamente eram iguais, por que não seriam iguais psicologicamente também?

- Calma, Wesley. Já estou de saída. – Ele sorriu de lado. Igual a seu pai. Isso estava começando a irritar ela. – Scorpius Malfoy e você é...?

- Rose Wesley. – Logo, ela começou a empurrá-lo para fora de seu quarto. – Boa noite, não volte nunca.