Fome Insaciável escrita por Shadow


Capítulo 5
Dia dos mortos.


Notas iniciais do capítulo

p**** que droga de trabalho gigante. Mas enfim aki vai outro capitulo. Mas eu ainda estou muito ocupada esses dias. Então eu vou demorqar um pouco com as autalizações e os capitulos.



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-Sim eu. – respondeu Ivy.

-Meu Deus Ivy quase me fez ter um ataque do coração.

-E ai não vai abaixar a arma não?

-Ainda estou pensando sobre o assunto.

-Arre – Ivy bateu na minha mão e eu abaixei a arma.

-Então como você entrou?

-E obvio né cabeção, pela porta da frente.

-Mas a porta estava trancada.

-Ai que coisa Livy eu morava aqui não se lembra? – perguntou irritada - Mamãe sempre deixava uma chave extra no meio das folhas da samambaia que fica pendurada na varanda.

-Eu tinha me esquecido... – encarei o chão e comecei a chorar
tudo o que não havia chorado ontem.

-Livy o que foi?

-Nossos pais Ivy eles... Eles - não consegui terminar de falar, um choro convulsivo tomou conta de mim. Ivy me abraçou.

-Eu sei Livy, eles estão mortos. – olhei para ela, acho que minha cara era um enorme ponto de interrogação por que ela deu um sorriso torto e me abraçou mais forte.

–Eu li aquele papel que o tal Guilhermo escreveu. Livy ele mentiu em algumas partes.

Olhei para ela novamente dessa vez sem entender. Juntei forças contra os soluços e o choro e perguntei:

-Livy do que diabos você esta falando?

-Bem – disse me soltando. Ela se levantou e procurou alguma
coisa nos bolsos traseiros, lutou um pouco com o bolso do jeans ate conseguir tirar a carta de Guilhermo do bolso. – Vamos lá. – Ela limpou a garganta e releu aquela merda.

-Vê esse trecho aqui “Bem mudei minha experiência de uma amostra liquida para uma gasosa, e agora minha descoberta de um soro se transformava numa criação de um vírus mortal capaz de acabar com a população de uma cidade em questão de semanas e Deus me livre o mundo em apenas meses, mas ele não me livrou.” Pois é esse soro nunca existiu, sempre foi um vírus. E quanto à parte da infecção ele esta certo pelo menos em parte.

-Continue.

-Ok. Vejamos, aqui. “No fim consegui capturar meus bichinhos é como os chamo agora.”. Ele não conseguiu capturar todos, um deles sumiu e ele sabia.

-“Mais uma coisa viajei para a Florida sem saber que outro de meus seguranças também fora mordido, e mais uma vez o caos reinou, mas diferentemente da primeira vez o segurança não tinha amigos para dividir o pão e então as vitimas que lutavam contra ele e eram mordidas passavam de saudáveis e inofensivos à ameaças biologias canibais.” Isso não é totalmente mentira realmente um dos seguranças dele foi mordido e saiu mastigando todo mundo, mas ele tinha outro laboratório lá só que este explodiu liberando o tal vírus. E agora a Florida e só dos zumbis e é claro de pessoas que foram comidas ou morreram por conta da explosão. Por isso ele voltou pra cá com o rabinho entre as pernas. Mas quando ele chegou já havia um pequeno grupo de zumbis que a cada hora aumentava mais, e daqui a algumas semanas vamos ficar igual à Florida. – esperei pacientemente ela terminar para perguntar o que eu queria.

-E como você sabe de tudo isso?

-Sabe o meu marido, pois é ele tem um primo que trabalhou de segurança para o Doutor Frankenstein, ele viu tudo desde o começo. Ele ligou para o Malcon e nos viemos para cá, eu não podia deixar você sozinha.

-Ah que meigo. – eu disse sarcástica.

-E né fazer o que você faz parte da família.

-Me diz uma coisa como vocês chegaram tão rápido aqui?

-Do mesmo modo que o Doutor, voando.

-Por acaso você e seu marido tem um jatinho?

-Não, talvez o Doutor tenha, mas nós temos um avião bimotor.

-Wow, igual o da Alice?

-Basicamente.

-Então não podemos sair daqui nele.

-Infelizmente não, mas o primo do Malcon esta aqui e ele tem um Hummer.

-Beleza.

-O plano é o seguinte, sair do país sem sermos comidos.

-Do país?

-Sim do país.

-Mas se o Doutor estiver certo, dentro de alguns meses o mundo todo vai estar infectado Ivy, então sair do país não vai adiantar.

-Então o que vamos ficar aqui e esperar?

-Não, mas não podemos fugir disso. –Ivy bufou e se levantou.

-Tudo bem que seja, mas não podemos ficar parados num mesmo
lugar por muito tempo ainda mais um lugar que foi atacado.

-E para onde vamos?

-Não sei porra. Você cagou o plano todo com essa merda de observação.

-Hum, desculpe.

-Vamos tome banho e se arrume sairemos assim que Will voltar.

-Quem?

-O primo do Malcon, cabeção!

-Ah ta.

-Vou preparar o almoço, sua roupa esta naquela coisa ali. – ela pontou para uma daquelas mochilas que os alpinistas usam.

-Caralho você acha que eu vou carregar essa porra por toda a cidade?

-Eu não acho você vai!

Tomei um banho demorado, lavei cuidadosamente o cabelo duas
vezes, e esfreguei o sangue de Collin para fora do meu corpo. Assim que sai do banheiro, revigorada e pronta para outra rodada, o cheiro delicioso de comida fez minha barriga roncar e dar voltas dentro de mim.

Vesti-me rapidamente, escolhi uma roupa simples e resistente, peguei um jeans que eu amava, ele claro e rasgado em lugares estratégicos, procurei minha camiseta do Linkin Park. Sequei meus cabelos com a toalha já que a luz ainda não havia voltado e os escovei umas dez vezes antes de enfim sederem e voltarem a uma forma quase aceitável não me conformando larguei quilos e mais quilos de creme e fiz um rabo de cavalo, ainda me olhando no espelho vi que minha cara estava uma tremenda merda. Apliquei corretivo nas olheiras que estavam começando a se formar. Gastei metade do meu rímel a prova d’agua. Passei bastante lápis e sombra preta o que me deixou parecida com um guaxinim, mas eu estava pouco me importando.

-E ai cambada. – disse quando cheguei no corredor da cozinha.

Malcon deixou a colher na metade do caminho ate a boca e seu queixo caiu.

-Você virou uma maldita gótica? – perguntou ainda segurando colher no ar.

-Não sei. – disse enquanto olhava para minhas unhas pintadas de vinho com caveiras pretas. – Talvez, mas não sei se gótica seria o termo correto.

-E então como você esta? – perguntou minha irmã.

-De boa. – ela se virou e olhou para mim com a frigideira na mão. – Caralho.

-Só vamos comer isso? – perguntei salivando de desejo  enquanto ela despejava a comida no meu prato.

-Sim. Se fizermos algo mais eles vão ser atraídos pelo cheiro.

-Hum... – disse antes de atacar os ovos e as salsichas.

-Então... – ela começou me observando comer vorazmente. – de quem é todo aquele sangue na sala? – demorei um pouco para responder, engoli os ovos escaldantes.

-Do Collin – disse com lagrimas nos olhos.

-Quem?

-Collin! O garoto que agente brincava há oito anos a trás.- fiquei abanando a minha língua queimada.

-Ah esse Collin. E o que aconteceu com ele?

-Foi mordido por um zumbi.

-Urgh. – Malcon disse. – por isso tinha aquelas bandagens nojentas lá na sala?

-Isso ai. – disse dando outra garfada enorme dessa vez nas salsichas.

-E onde está ele?

-Com os pais. Acho que eles estavam tentando sair da cidade ou algo assim.

-Bom, mas sair da cidade é impossível ainda mais agora que metade da população é zumbi.

-Por que é impossível? – perguntei enfiando mais ovos e salsichas na boca.

-Há uma barreira militar nas “fronteiras” da cidade. – disse Ivy.

-E como iríamos sair daqui? – disse com a boca ainda cheia de comida meio mastigada.

-Não sei porra, mas teríamos de tentar não é? E tenha um pouco de educação, não é por que estamos em uma cidade de mortos que você pode assassinar a educação– disse irritada.

-Me desculpe senhora fresca.

-Vai tomar no cú. – saiu da cozinha batendo o pé.

-Ela esta um pouco sensível por causa da gravidez.

-O QUE? - gritei derrubado a colher.

-Você não reparou? A barriga dela já esta um pouco desenvolvida. Bom vamos terminar de comer.

-Beleza e assim que terminamos de comer vou matá-la. – disse irritada por ela não ter me contado.

-Mulheres. – disse ele simplesmente.

                                          Collin P.O.V.

Eram oito e meia quando desliguei o telefone, conversar com Livy era muito bom ela era o tipo de pessoa que não se importa com as besteiras que falamos ou com a roupa que vestimos.

Tomei uma ducha rápida ou pelo menos achei que fosse rápida, já eram nove e vinte quando sai de casa.

-Collin – mamãe gritou da porta. Virei-me impaciente.

-O que é?

-Collin, o termo correto é senhora!

-Senhora? – disse revirando os olhos.

-Está quase bom.

-Tá mãe o que é?

-Que horas você vai voltar?

-Não sei mãe, por volta das doze.

-Nem pensar! – disse se aproximando de mim na calçada.

-Ta mãe. Vou voltar antes das onze então não vai dar pra ir ao cinema e nem para aproveitar a noite com a Livy. Satisfeita?- ela sorriu.

-E eu irei ligar se você se atrasar para poder pegar você.

-Ai mãe isso tem como ficar pior?

E tinha mamãe me abraçou tão forte que quase não respirei.

-Mãeeee eu não consigo respirar!

-Desculpe. – mamãe me soltou, mas a sessão de carinho constrangedor não havia acabado. Ela puxou meu rosto apertando minhas bochechas e beijou todo meu rosto.

-Te amo bebe! – um grupo de garotos que passavam aquele momento na frente de casa começou a rir e a mandar beijinhos na minha direção.

-Ok mãe. – me afastei empurrando-a lentamente para que não se sentisse rejeitada. Olhei para o relógio e percebi que nossa ceninha durara três minutos.

-Vou indo antes que nem dê pra dizer um oi para Livy.

-Se cuida. – e entrou em casa.

Afastei-me o mais rápido que pude sem correr, arrisquei olhar para trás e vi o rosto da minha mãe colado no vidro da janela, ela me mandou um tchauzinho que fiz questão de ignorar. Andei apressado olhando a todo o momento para o relógio. Pessoas iam e vinham e eu ainda não havia chegado à casa de Livy. Ouvi algumas pessoas correndo pelo mato, não pude ver quem eram ou porque estavam correndo, mas não gostei da sensação de medo que me invadiu. Apressei o passo ainda mais temendo ser visto, ao dobrar a esquina vi um homem no chão meu primeiro pensamento foi que ele era algum bêbado e que a poça a sua frente fosse vomito, mas ao me aproximar vi que a poça na verdade era sangue. Havia um buraco enorme entre o ombro e o pescoço, o homem estava quieto de mais, me coloquei em sua frente e dei um leve cutucão com pé em seu corpo, o homem gemeu e abriu os olhos.

-Me ajude.

Fiquei parado como um babaca olhando para ele levou alguns minutos para eu finalmente voltar a pensar como uma pessoa normal, nesse meio tempo o homem moribundo havia novamente fechado seus olhos.

-E agora? – perguntei em voz alta.

-Me ajude. – repetiu despertando novamente.

-OK.

Levantá-lo foi difícil e andar ate o hospital foi pior ainda a rua deserta não ajudava, por que diabos nenhum carro passava por aqui? Tive que me desviar alguns quilômetros da casa de Livy, mas eu lhe explicaria que tinha sido por uma boa causa. Andávamos há algum tempo, mas quanto mais andávamos para mim parecia que mais longe ficávamos do hospital meus músculos começaram a protestar contra o esforço de carregar o homem pesado e desacordado. Do nada ele começou a se mover e a se contorcer, ao me empurrar caiu no chão tendo convulsões e espasmos fortes ele começou a babar e vomitar.

-Senhor? – o chamei cautelosamente quando ele parou de se mover abruptamente.

Abaixei-me e toquei em seu pescoço verificando a pulsação, não havia pulsação nenhuma e o homem estava cada vez mais gelado do que antes tentei me afastar, mas ele me segurou fortemente e me mordeu.

-Aaaaaaaaaaah- gritei tentando furiosamente me liberar de seu aperto. Ele me puxou, cai em cima de seu corpo, apesar de ser uma posição incomoda dava para lutar. A dor da mordida não seria nada comparada a varias outras que ele concerteza me daria se eu não conseguisse sair dali.

De algum modo consegui sair daquela luta esquisita, o homem correu atrás de mim. Continuei pelo caminho que nós seguiríamos para o hospital com ele em meus calcanhares, a cada passo eu ficava cada vez mais cansado ao chegar ao hospital vi a coisa mais assustadora e inesperada varias pessoas do mesmo jeito que o homem atrás de mim, elas estavam atacando a dentadas umas as outras.

Aos gritos as pessoas fugiam, mas eram mortas logo em seguida por outros canibais, o mostro atrás de mim estava ganhando terreno avancei mais depressa tentando não chamar a atenção dos outros para mim, já era suficientemente ruim ter um deles em minha cola, me embrenhei pelo jardim do hospital pegando um atalho por entre as arvores na esperança de tirar aquele monstrengo do meu pé, o que daria muito certo se não fosse pelo pequeno problema do muro.

-Droga. – murmurei.

 Virei-me a tempo de dar um encontrão em alguém, ou melhor, alguma coisa. A coisa em questão era um ser lunático como o cara que me seguia. – Meu dia acaba de ficar oficialmente melhor.

A mulher estava sem parte do braço que vazava sangue em grandes quantidades. Seu rosto tinha marcas profundas de dentes, por um momento achei que ela me atacaria, mas ela apenas ficou parada como se dormisse em pé.

 Andei vagarosamente sem querer ficar de costas para ela. Seu olhar me acompanhou ate desaparecer entre as arvores. Pensei por um momento que havia escapado, mas ela apareceu correndo e dessa vez ela queria me matar.

Acabei aparecendo no estacionamento, à mulher continuava em meu encalço, havia apenas um carro no estacionamento capaz de sair dali os outros
estavam batidos sugerindo que algumas pessoas tentaram sair de lá ao mesmo tempo e em alta velocidade.

Um tiro cortou o ar ouvi um baque bem próximo de mim, olhei para trás e a mulher que me perseguia estava caída a três passos de mim. Vários homens de verde apareceram e me cercaram.

-Mãos na cabeça agora! – falou um soldado atrás de mim, provavelmente aquele que atirou na mulher louca.

-Ok. – obedeci e então abaixaram as armas e se aproximaram mais.

-Esperem, ele foi mordido. – gritou outro soldado, todos se afastaram adotando uma postura de defesa em minha frente com armas apontadas para minha cabeça.

-Merda. Por favor não atirem. – pedi me cagando de medo.

-Não temos escolha, são as ordens. – disse o soldado que fez alarme da mordida em meu braço, me dando um sorriso cruel. Nesse momento varias daquelas criaturas vieram por trás dos soldados.

-Cuidado – gritei. O primeiro soldado que havia falado comigo foi um único a se virar.

-Merda tem mais dessas coisas a cada minuto. – quando falou os outros se viraram, e aproveitei para fugir enquanto os soldados lutavam com o exercito de canibais.

Corri o mais rápido que minhas pernas tremulas permitiram. A casa de Livy apesar ainda estar longe era o lugar conhecido mais próximo do hospital pelo menos mais proximo do que a minha casa. Procurei por meu celular, mas não o achei em lugar algum, provavelmente deve ter caído enquanto eu lutava com o canibal. Metros e metros me separavam da casa segura de Livy. Então o som de marcha começou, merda será que os soldados estavam atrás de mim? Mas por quê? Só por causa de uma mera mordida?

Uma mera mordida que doía, deformava e destruía meu braço e que a cada minuto ficava pior, estava começando a soltar um cheiro de carne podre com uma mistura desagradável de pus e sangue. Momentos depois as luzes se apagaram, estanquei no meio da rua suado e cansado tentando recuperar o fôlego e entender o que estava acontecendo.

O som de marcha se tornou mais próximo, me escondi em um beco atrás de uma lata de lixo, parado e sem ouvir o som dos meus pés e do meu coração, pude ouvir o som de algo mais junto a marcha incessante dos soldados um barulho de carro, não de carro não, era muito mais alto e pesado. Luzes de lanterna tomaram a rua antes escura e relativamente calma.

 As pessoas que estavam do lado de fora começaram a correr e a gritar com o barulho da gritariam os cachorros começaram a se agitar e a latir, algumas pessoas  saíram de suas casas, os soldados começaram a empurrá-las de volta para elas, inclusive as que estavam na rua, aquele procedimento não fazia sentido. Um alto e com cara de poucos amigos pegou um mega-fone e começou a falar.

-Nada de pânico, estamos aqui para a sua segurança. Pedimos a todas as pessoas que ainda estão na rua para voltarem para casa e caso não seja possível para casa de um amigo ou vizinho. A ordem foi dada, todo aquele que não obedecer será preso e levado em custodia do exercito. Repito todo aquele que não obedecer será preso e levado em custodia do exercito. – ele baixou o mega-fone e sussurrou algo no ouvido do soldado ao lado. Com um aceno afirmativo de cabeça o soldado entrou no tanque, que começou a andar mais depressa. E logo eles estavam fora de vista e repetindo o aviso.

-Mas o que? – disse confuso. Eu estava ficando tonto e então me sentei no meio fio fiquei olhando a rua por onde os soldados desapareceram e percebi que a conhecia era a rua de Livy.

Corri ate sua casa, ofegando esmurrei a porta com toda a força. Continuei batendo, mas ninguém atendeu.

-Tem alguém ai? – gritei. Esmurrando a porta ainda mais, pensei por alguns instantes e fui ate a janela. Livy estava com uma cara de medo, arregalou os olhos e quando me reconheceu correu para a porta. Eu ia lhe dar um abraço quando voltei para a porta, mas ela me puxou com extrema violência para dentro me fazendo quase cair.

-Ai meu Deus, Collin você quase me fez ter um ataque do coração. – disse indo trancar a porta. Sentia-me mais seguro apenas por estar do lado dela.

-Desculpa, eu já estava por aqui por perto, e o cara falou para que entrássemos na casa de algum conhecido. – disse olhando para seus olhos castanhos, a familiar ruga de preocupação apareceu em seu semblante.

-É eu ouvi. - franziu os lábios do jeito que eu tanto gostava - Mais uma coisa seus pais estavam falado comigo agorinha mesmo. Sua mãe está preocupada. – suas palavras me tiraram do transe que seu rosto delicado exercia sobre mim. Gemi, mamãe provavelmente ia ter um chilique por seu bebe não chegar em casa na hora. Me movi pelo escuro e me joguei no sofá confortável apesar da sala estar na penumbra eu conseguia ver tudo quase normalmente, não me importei muito com isso.

-Droga, passei do horário não foi? – perguntei o obvio, já que minha mãe havia ligado como prometera.

-Deve ser. – disse ela um pouco irritada, mas dando de ombros.

-Meu celular descarregou e eu não pude avisar que chegaria tarde. – menti fácil e descaradamente.

-Quer o meu emprestado? – disse indo tatear pela casa a procura do celular.

-Ta mãe, eu também te amo. – ouvir tudo o que ela me disse foi horrível, ainda mais com a minha cabeça doendo tanto e dando voltas cada vez mais longas. Livy esta contemplando o chão com uma cara de choro chamei sua atenção algumas vezes, mas ela não se moveu.

-Err Livy? – chamei de novo, dessa vez ela ouviu.

-Sim? – disse com uma voz chorosa.

-Você tem algum kit de primeiros socorros?

-Hum... Acho que sim por quê?

-Eu fui mordido por um cara antes de vir pra cá.

-Mordido? – por algum motivo desconhecido ela estava nervosa.

-Sim, e os caras de verde surtaram quando viram a marca da mordida no meu braço. – disse me lembrando da cara dos soldados.

-Serio? – agora ela estava realmente nervosa.

Livy saiu tateando como uma cega atrás do kit de primeiros socorros esbarrou em varia coisas no meio do caminho, então se chocou contra o armário e disse vários impropérios antes de respirar fundo e se esticar tentando alcançar uma caixa parecida com a do meu pai.

Levantei-me e parei atrás dela alcancei a caixa ela virou rapidamente dando de frente comigo, ficamos parados olhando um para o outro. Cheguei mais perto, mas Livy se afastou nervosa de novo, essa menina precisava de um calmante urgente se não morreria do coração a qualquer minuto. Suspirei.

-Obrigado - disse ela.

Entreguei o Kit para ela e peguei sua mão a guiando ate o sofá, Livy se ajoelhou em minha frente abriu o kit com certa dificuldade por causa do escuro, vi uma lanterna dentro do kit ao mesmo tempo em que Livy a tocava hesitante.

-O que? – exclamou ela. – Ah uma lanterna, veio em boa hora.

-Concerteza. – eu disse quando suas mãos quentes, macias  e surpreendentemente habilidosas trabalhavam em minha ferida nojenta.

-Você parece saber o que esta fazendo.

-E sei. Papai levava minha irmã e eu para caçar, ele nos ensinou muitas coisas, dentre ela, usar armas e cuidar de alguns tipos de ferimentos.

-Então sobre o que você e sua mãe conversaram? – perguntou.

-Ela esta feliz por eu estar bem, mas também esta furiosa por eu ter quebrado a promessa, e finalmente aliviada por saber onde eu estou. – suguei o ar quando algodão ensopado tocou minha ferida sensível.

-Arre nem esta doendo. – disse rindo.

-Não fique rindo de mim Livy isso não dói, mas arde como o fogo do inferno. – falei irritado com a sua atitude.

-Ah vai, não seja dramático você esta chorando mais que uma criança de três anos. – rolou os olhos.

-Livy? – chamei sorrindo com a voz maldosa.

-Sim? – perguntou ela meio confusa.

-Vai se danar! –eu queria dizer algo pior, mas me conformei com o que disse, é lógico que ela levou a brincadeira a serio. – Aiiiiiiiiii!!!!! – gritei desesperado quando ela apertou o algodão contra a ferida dolorosamente.

-Vá à merda Collin, e cuide você mesmo dessa porcaria ai, esta começando a inchar e soltar pus, não quero que suje minha casa.

-Ei perai. – pedi segurando seu braço. – desculpe, eu só estava brincando.

-Ta legal. – ela disse de um jeito meio afetado, voltando a cuidar de mim.

O local da mordida estava ficando cada vez mais nojento, a todo Livy tinha que desenfaixar meu braço para limpar novamente a ferida, a mistura de sangue, pus e mau cheiro estava poluindo o ar da casa.

-Pronto – disse ela com evidente nojo pegando a lanterna e sentando no chão chutando tudo para longe - esta limpo de novo. – se levantou rapidamente para guardar os materiais no kit novamente e voltando a sentar.

-Que horas são? – perguntei com minha voz um pouco tremula.

-Collin você esta bem? – perguntou preocupada.

-Estou bem – bufei. – bem mal. Ela tocou em minha testa, e respirou fundo.

-Collin você esta gelado como um palito de picolé.

-Estranho eu estou me sentindo queimar por dentro. – tossi uma tosse horrível e molhada. – E então que horas são?

Livy focou a luz da lanterna na parede onde havia um relógio, apertou os olhos e suspirou mais uma vez.

- Faltam vinte minutos para uma da manha. – respondeu.

-Nossa o tempo voa quando nos divertimos.  – falei sarcástico antes de ter outra tosse como a de antes.

-Ah nossa quanta diversão. – disse sem entusiasmo. – Tem uma coisa que eu quero perguntar Collin... – deixou a frase morrer quando a luz da lanterna focou em meu rosto.

-Manda a ver, não temos mais nada de interessante no momento.

-Ah... Bem, por que você demorou tanto pra chegar aqui? Digo você mora longe e tudo mais, mas você chegou aqui praticamente meia noite e vinte.

Pensei por um minuto. Livy virou à lanterna para longe de meu rosto abri a boca para falar, mas tossi e cuspi sangue no chão.

-Eca. – eu disse e mais sangue saiu por minha boca. – Espero que seus pais não se importem de ter um pouco de sangue no chão. – sorri fracamente olhando para a poça enorme no chão.

-Eu acho que não. – falou enquanto se arrastava para longe de todo aquele sangue. Seu rosto demonstrando tristeza.

- Falando nisso onde estão eles? – perguntei e percebi sua mentira.

-Foram na casa de um amigo da família. – disse olhando para o chão.

-E por que você não foi junto? – eu queria pega-la na mentira percebi que ela se irritou com minhas perguntas inconvenientes.

-Por que eu estava dormindo. Agora e a sua vez, por que você demorou tanto pra chegar aqui?

-Bem como você disse eu moro longe mais não tão longe, o verdadeiro problema foi àquele cara que me mordeu. – enquanto eu falava tentava editar a historia - Eu estava andando despreocupado e o vi no meio da rua passando mal, resolvi ajudar, ia levá-lo ao hospital, mas como nenhum carro passava o carreguei, agora sei que foi besteira, eu tinha um celular e dava pra ligar para pedir uma ambulância, mas não pensei nisso na hora. Estávamos na metade do caminho andando há uma hora mais ou menos, quando ele começou a se contorcer e a gemer, ele me empurrou e caiu tendo espasmos e tal foi nojento ele vomitou e babou em si mesmo. E eu fiquei parado lá como um bobão. Então do nada ele ficou lá paradão me abaixei e verifiquei se ele tinha pulso e você não vai acreditar ele não tinha e estava tão gelado e tão morto. –ri de um jeito maníaco. – ai quando eu ia me levantar e chamar alguém ele segurou meu braço, puxei meu braço com toda a força, mas de alguma forma ele era muito mais forte do que eu, eu sabia que era impossível ele ter toda aquela força afinal o cara tava passando mal e bem ele tinha acabado de morrer, mas para encurtar ele me mordeu e o empurrei e corri – o que era uma pequena mentira já que eu lutei com o cara prossegui com á historia - ele foi atrás de mim e fiquei correndo para todo o lugar na tentativa de despistá-lo ate chegar aqui na sua casa – mentira novamente já que eu corria por medo e ia em direção ao hospital - nesse meio tempo eu encontrei os caras de verde e eles queriam atirar em mim vê se pode. E aqui estamos nós. – e terminei com a quase verdade.

-E aqui estamos nós. –repetiu ela.

-E ai por que seus pais não te ligaram? – tentei pega-la novamente.

Seu celular tocou e a música do Iron Maden nos fez pular com o susto, seu rosto demonstrou alivio.

-Alô?

-Ele esta aqui no meu sofá – estendi a mão esperando para ela passar o telefone para mim, mas ela me ignorou. – Senhora Smith ele está muito mal. – dei-lhe um chute.

-Ai. –gritou massageando a canela e me dando um olhar assassino.

-Você não tem que contar nada pra ela. – sibilei.

-Ela vai saber mais cedo ou mais tarde, não sei se você já se viu no espelho, mas você não esta um exemplo de beleza e saúde.

-Desculpa e que seu filho esta tendo um ataque por que eu disse que ele ta passando mal.

-Ele... Err... Bem... – hesitou - Não sabemos.

-Ele quer falar com a senhora. –me entregou o telefone quando ameacei chutá-la novamente.

-E ai mãe, não mãe estou bem sério. – mas o vomito me impediu de falar  e botei para fora mais sangue no chão. Livy tirou seu telefone de minhas mãos .

-Ah nada, só seu filho colocando as tripas para fora aqui em cima de mim. – ouvi Livy dizer.

-E isso ou ele esta menstruando pela boca.- ouvi minha mãe gritar.

-Eu disse para você não falar nada para ela. – falei me deitando no sofá.

-Cala a boca Collin. Senhora Smith? – eu devo ter apagado por que a próxima coisa que ouvi fui Livy gritando.

-Eu vou fazer o que? – gritou. Então apaguei de novo.

Acordei novamente quando o celular de Livy tocou, ouvi um pequeno trecho da conversa.

-Ele está vivo se é isso que você quer saber. – sorri para ela e fechei os olhos voltando imediatamente a dormir.

-Ei – gritei assim que abri os olhos.

-Ai cacete você ainda vai me matar do coração. – disse ela enquanto baixava a arma.

-Engraçado – falei olhando para a arma. – não sou eu quem esta segurando uma arma.

-Desculpe. Seu pai esta te esperando com o carro aqui em frente.

-Papai veio me buscar? –tirei as cobertas.

-Foi o que eu acabei de dizer lerdeza. Vamos. –me ajudou a ficar de pé.

Demoramos a sair porque uma das mãos de Livy estava me segurando e a outra estava tentando desesperadamente abrir a porta.

-Isso esta de dar medo. – falei olhado de um lado para outro a procura do carro vermelho do meu pai. – Cadê meu pai?

-Não sei, ele disse que já estava aqui. – Livy mal terminou de falar quando o carro apareceu no fim da rua.

-Ali vem ele. – eu disse animado.

O carro parou e mamãe saiu e correu para me abraçar chorando, mamãe era sempre dramática.

-Calma mãe.

-Ai meu Deus filho você esta tão gelado. -O que você esta fazendo com uma arma? Você é só uma criança. – gritou mamãe para Livy.

-Desculpe por isso querida. Receio que isso é culpa minha. – papai disse mamãe olhou para ele sem entender.

-Como assim? – depois disso não prestei atenção em nada, minha mente rodava e eu não conseguia entender as palavras ditas pelas pessoas ao meu redor. Percebi que mamãe havia me soltado e agora eu estava dentro do carro minha cabeça ainda girava só que um pouco menos que antes.

-Adeus Collin. disse Livy da janela.

-Adeus. Te vejo por ai. – pisquei e me deitei no banco traseiro.

Pude ouvir barulho de raios e também um barulho enorme vindo da rua atrás de nós me sentei e vi varias pessoas correndo.

-Merda. Pai, temos que voltar – disse vendo Livy pela ultima vez enquanto a multidão se aproximava dela e foi quando virávamos a esquina.

-Não- disse ele me encarando pelo espelho.

-Pai nós temos que ajudar a Livy.

-Livy fez sua própria escolha, que viva ou morra com ela. – mamãe e eu trocamos um olhar espantado.

-Pai...

-Cala a boca Collin. Ema não se meta. – disse quando mamãe abria a boca para protestar.

Então eu desmaiei com um peso enorme no coração, meu ultimo pensamento foi: eu devia ter dito a Livy que a amava.

Dr. Smith.  P.O.V

Últimos momentos de vida.

Collin havia desmaiado no banco traseiro, Ema não falava comigo
desde que gritei com ela e com Collin.

-Você me odeia? – perguntei quando já estávamos a um quarteirão da casa da garota Baker. Ema pareceu pensar por algum tempo.

-Não, não odeio você Robert. Só não acho certo o que você fez com Livy e Collin. Ela vai morrer lá e você sabe disso.

-Os Baker são uma família de pessoas espertas e resistentes. Ela vai sobreviver. – eu realmente queria acreditar nisso.

-Bem nunca saberemos não é? – disse virando rosto para a janela.

A viajem foi silenciosa. Collin teve alguns momentos de consciência, mas a cada instante eles diminuíam.

-Querida tem uma coisa que eu quero que saiba.

-O que?

-Nosso filho ele esta muito doente.

-Você sabe o que ele tem?

-Sim. – ela esperou impaciente para que terminasse.

-Você se lembra por que demoramos a chegar à casa de Livy? – ela confirmou.

-Bem, sabe aquelas pessoas que nos perseguiram?

-Não me lembre daquilo.

-Tudo bem, mas para encurtar, eles estão infectados.

-Infectados com o que?

-Com um vírus.

-Que vírus?

-Eu não sei ninguém sabe.

-Então – começou ela lentamente – como se contrai esse vírus? – falou franzindo a testa.

-Há duas maneiras. A primeira é por meio de uma espécie de gás e a segunda é por meio das mordidas de pessoas infectadas.

-Então ele esta...?

-Sim.

-Meu filho não vai ficar como aquelas pessoas! – gritou.

-Pode ser que não – Ema suspirou de alivio, mas eu ainda tinha mais noticias para dar. – Isso não quer dizer que ele ira sobreviver. - disse calmamente.

-Ele...ele vai...

-Morrer. Você vai ter que se conformar com isso.

-Não! – gritou de novo.

-Meu amor – falei com a voz cansada e triste, Ema olhou pra o nosso filho no banco traseiro – você vai...

-Não – me cortou ela. – não me peça para aceitar a morte de nosso filho.

-Esse não é o único problema Ema – ela me lançou um olhar mortal.

-Então o que é pior do que nosso único filho morrer?

-Ele voltar para nos matar, por exemplo! – gritei exasperado e bati no volante.

-Robert você está enlouquecendo?

-Meu Deus Ema não. – me frustrei – Você viu aquelas pessoas, você viu o estado delas, uma pessoa normal não poderia sobreviver com o peito aberto, quem dirá com os intestinos pendurados como se fosse uma espécie de cinto bizarro.

-Como você pode ter certeza de que ele vai ficar como eles?

-Eu não tenho droga. Acabei de explicar tudo para você!

-Então não me diga que ele vai tentar nos matar!

-Meu amor – disse tomando ar e voltando a tentar fazê-la entender. – ele foi infectado mesmo que não fique como aquelas pessoas, há uma possibilidade de que ele morra.

-Não eu não acredito, eu não posso acreditar me recuso!

-Amor... – tornei a tentar lhe convencer do inevitável, virei-me por uns instantes para olhá-la.

-Cuidado – gritou, antes de nosso mundo virar de cabeça para baixo.

O carro capotou perto de uma barreira militar. Esses caras não deviam estar nas fronteiras da cidade? Fomos jogados para todos os lados, pressionados contra o teto e o chão ate não sabermos mais o que era o que. O carro parou de capotar mais continuou em movimento arranhando o asfalto, soltando faíscas enquanto derrapávamos, há dez metros da barreira o carro perdeu velocidade e parou.

Demorou um pouco ate eu ter certeza de que não havia quebrado nada, virei-me para minha esposa ela estava imóvel e sua cabeça sangrava. Collin estava todo quebrado no banco traseiro, de algum modo não fora cuspido para
fora do carro. Ainda respirava isso de algum modo me incomodou mais do que se ele estivesse morto.

-Ema. – a sacudi quando me soltei do banco.

-Hã. – gemeu ainda desacordada.

-Ema acorde estamos ficando sem tempo.

Collin teve espasmos e começou a babar e então vomitou e ficou imóvel. O tempo havia acabado.

-Ema por favor! – implorei.

-Como esta o Collin? – sua voz estava grogue.

-Morto. – seus olhos se abriram instantaneamente e tentou virar-se para ver o cadáver do nosso filho.

-Não! – chorou ela lutando contra o cinto de segurança.

-Temos que sair do carro, antes que ele termine a transição.

-Como é?

-Ele vai se tornar um deles, só que a transformação dele é uma das lentas.

Dei mais uma olhada para o garoto que um dia chamei de filho, agora em vez de amor eu sentia medo. Ema teve um minuto de paralisia quando o zumbi se mexeu.

-Robert não quer soltar. – se desesperou, por causa do cinto que não abria e também pelo filho que agora era uma ameaça de morte ambulante.

-Deixe-me ajudar. – lutei contra o cinto, Collin estava ganhando vida no banco traseiro, uma vida amaldiçoada e que não era necessariamente uma vida. Ema ajudava como podia, mas nada surtia efeito.

-Vá embora. – gritou para mim.

-Nunca. – Collin levantou-se e por instantes agonizantes ficou parado nos encarando. Encarei seu olhar vazio e desprovido de humanidade ficamos nessa por tempo suficiente para que ele saísse do transe de zumbi e avançasse para cima de mim.

O chutei na altura do peito Collin voou pra trás batendo contra o vidro traseiro.

-Vá. – gritou Ema novamente.

-Não. – insisti. Collin estava se recuperando lentamente e já se movia.

-Eu te amo. Vai agora! – Collin reparou que havia mais uma presa no carro e essa era uma presa fácil. Collin investiu contra a mãe com violência ao mesmo tempo em que ela se virava e recebia uma mordida que arrancou metade de sua bochecha.

-Collin não! – gritei, mas aquele não era Collin, aquele era um monstro sanguinário um assassino e agora um zumbi.

O zumbi mordeu Ema mais algumas vezes no rosto ignorando seus pedidos
por piedade, Ema gritava desesperada sentindo os dentes lhe cortando e arrancando partes de seu corpo, eu assistia impotente, meus olhos encontraram
os dela e pude ver sua dor e sua agonia, observei o zumbi Collin morder o pescoço de Ema arrancando um grande naco de carne e fazendo com que sangue
fosse esguichado para todos os lados, não podendo assistir aquela carnificina
abri a porta o zumbi apenas olhou para mim e voltou a fazer sua refeição.

                                 Cont. no prox. cap. ->


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Notas finais do capítulo

tadinho do Collin.
Desculpem os erros de pt mas eu estou com pouco tempo!
:(