Fome Insaciável escrita por Shadow


Capítulo 10
Get out Alive II


Notas iniciais do capítulo

Yohhhhhhhhhh hellho pessoas!!
Desculpem pelos seculos sem postar.
Foi mal aew os erros de portugues e coisas estranhas que devem estar pelo texto eu tentei ser nerd na hora de escrever e acabei por me empolgar e estou sem tempo de revisar o que eu escrevi então vai ficar da forma que está (muito louco e esquisito).



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P.o.v Desconhecido


A mulher olhava para todos os lados em busca de uma saída em meio à multidão antropófaga que se aproximava alarmantemente delas, ela já havia começado a se conformar com suas mortes quando seus olhos encontraram uma brecha no lado esquerdo da horda, com uma pontinha de esperança segurou firmemente a criança e correu em disparada derrubando os mortos em seu caminho, mas a sorte não estava do seu lado, sua rota de escape foi se transformando em sua cova. Braços cheios de pus com mãos adornadas de mordidas a puxavam em todas as direções, suas roupas começaram a rasgar, arranhões profundos se formavam em seu corpo.

Largando a menina no chão a única coisa que ela pensava era em gritar para que ela corresse, mas as palavras não saiam de sua boca. Para a sorte da pobre criança, os mortos a estavam ignorando, ao menos enquanto se ocupavam em devorar sua mãe.

Enfim a mulher recobrou sua voz, mas para a infelicidade de ambas, o que saia de sua boca era um grito horrível de dor. A menina estava estática, talvez fosse por estar tendo uma ampla e privilegiada visão da morte de sua mãe assim como viu a de seu pai, ou talvez fosse por que estava hipnotizada pelo sangue que esguichava de todos os lados, ou ainda quem sabe não fosse por estar presa em meio os zumbis e com medo de chamar atenção para si.

Ali em meio ao banho de sangue, literalmente falando, pois o sangue de sua mãe espirrava sob a garotinha e se derramava sob o chão, ela recobrou o seu senso de preservação, compreendendo então que seu fator “anonimato” não estaria ativo para sempre, ela engatinhou pelo meio das pernas dos assassinos de sua mãe, que ainda gritava ao que parece os mortos queriam prolongar o sofrimento de sua presa, mantendo-a ainda com o coração batendo, mas chegaria o momento em que pararia.


P.O.V Penélope

Eu tinha medo, muito medo, e também dor, eram sentimentos que tinham igual lugar bem no meu coração. Ver mamãe morrer, fez lembrar-me da morte do meu pai. E eu sabia que havia sido culpada em ambas as mortes.

Assim que saí por entre as pernas daquelas pessoas, pude perceber que os gritos de mamãe estavam se tornando cada vez mais fracos. Eu estava em um dos muitos corredores que havia naquele lugar. Além das pessoas estranhas que matavam minha mãe, não havia sinal de outros iguais a eles.

Pude ouvir entre os gemidos dos mortos e os gritos de minha mãe, o som de mastigação. E quando eu achava que não podia ser pior ouvi seu ultimo pedido era o mesmo que papai havia feito.

–Corra! Corra agora... – E então os gritos cessaram, minha mãe estava oficialmente morta. Eu me levantei e virei para tentar ver minha mãe ou que sobrara dela.

Apesar de eu ser uma daquelas crianças gênios ou como todos falam “superdotadas”, eu estava me sentindo como qualquer criança de sete anos se sentiria após ver cenas como aquela, amedrontada e sozinha, como se meus pais estivessem fora e eu em casa no escuro e um monstro estivesse louco pra sair do meu armário e me matar.

Uma daquelas coisas mortas virou seu rosto deformado e manchado de sangue em minha direção, ele parecia com um dos meninos que me perturbavam por eu estar na 8ª serie sendo uma pirralha de sete anos. Ele começou a fazer uns sons estranhos parecidos com rosnados ou grunhidos, os outros começaram a se levantar e então eu corri com eles atrás de mim.

Eu por um descuido caí e eles já estavam muito perto, perto demais, quando eu estava prestes a me levantar vi um duto de ventilação, era grande o suficiente para que eu pudesse entrar e pequeno o bastante para nenhum deles me seguir. Eu sabia disso por experiência própria, sempre me escondia do meu pai em um desses.

E foi em um desses que eu me escondi quando meu pai morreu.


Flashback

Nosso dia havia começado como todos os outros até onde eu me lembro, papai veio me acordar enquanto mamãe começava a preparar o café da manhã. Eu ainda tinha resquícios de uma noite mal dormida estampada no rosto.


Papai afastou gentilmente o lençol que eu havia puxado ate cobrir minha cabeça.


–Acorde dorminhoca. – cantarolou ele.


–Só mais um pouquinho! – choraminguei.


–Nada disso já esta na hora de acordar, sua mãe já esta quase acabando de arrumar a mesa do café.


–Ah pai, por favor, hoje é sábado! – implorei inutilmente.


–Não me venha com: hoje é sábado! – ele fez uma imitação ridícula da minha voz.


Suspirei dramaticamente e puxei o lençol de volta para minha cabeça me encolhendo em uma bola e agarrando o travesseiro. Papai começou a me fazer cócegas, comecei a rir histericamente.


–Para pai! Chega! Já vou levantar! – falei entre risos.


–Acho bom mesmo. – disse ele com uma falsa cara séria, eu só bufei e ele saiu do quarto.


Pulei da cama e fui ao banheiro para começar meu dia, tomei meu banho e me vesti rapidamente fui ate a cozinha, mamãe já estava arrumada para trabalhar, eu ainda não havia “acordado” direito mesmo com o banho então eu meio que cambaleei ate a mesa. Papai só sairia mais tarde quando minha babá viria comi lentamente.


Antes de mamãe sair ela me deu um beijo na testa e se despediu de papai também com um beijo, fiz um som de nojo e eles riram. Mamãe saiu. Depois que eu terminei de tomar café nós fomos ver TV na sala. Passaram-se meia hora e nada da Nany a minha babá, se passaram uma hora e ela ainda não havia chegado.


Papai já estava atrasado para ir ao trabalho, ele ficava ligando para ela e ela não atendia, papai foi ate a varanda e ficou uns dois minutos olhando para baixo com o celular encostado na orelha, ele se virou lentamente foi abaixando o celular, alguém começou a bater na porta freneticamente, fiquei assustada papai correu e olhou pelo olho- mágico, suspirou e abriu a porta, Nany entrou desesperada e bateu a porta com toda a força e a trancou. Ela estava chorando e escorregou escorada na porta.


Papai a puxou ate o sofá, a forçado a se sentar, fiquei parada ao lado dela, Nany sangrava muito e o cheiro daquela ferida era horrível parecia que algo havia morrido e estava em estado avançado de decomposição.


Depois do que pareceram horas, ela parou de chorar e ficou apenas soluçando, papai entregou um copo com água e açúcar ela bebeu rapidamente apesar das mãos dela tremerem muito.


–Naiany, você esta melhor? – papai perguntou se sentando na mesinha em frente a ela.


Nany balançou a cabeça e papai pegou o copo e foi ate a cozinha. Ouvi ele ligando para mamãe e falando apressado, só entendi que ele estava pedindo para ela voltar para casa e tomar cuidado pelo caminho. Nany encostou a cabeça no sofá, fechou os olhos e apoiou o antebraço na testa.


Papai estava voltando da cozinha quando ouvimos um barulho alto vindo de algum lugar do nosso prédio, Nany deu um pulo que fez meu coração bater mais forte. Papai veio correndo e me abraçou por trás e segurou o pulso de Nany nos afastando da sala.


Nany e papai ficaram encarando a porta com uma cara de medo. O barulho ficou cada vez mais alto pareciam passos, passos de muitas pessoas, ouvimos barulhos de portas caindo e de pessoas gritando. Parecia ser no primeiro andar, mas eu não saberia dizer, a única coisa que eu sabia era que estava se aproximando e razoavelmente rápido. Até mesmo por que morávamos no terceiro andar.


Ouvimos as portas dos outros apartamentos se abrindo e papai resolveu sair para ver o que estava acontecendo do lado de fora, talvez por causa da falsa segurança que nossos vizinhos davam ao sair de seus apartamentos também. Mal sabíamos que aquela seria uma terrível ideia, afinal o ditado é verdadeiro: a curiosidade matou o gato. Nany e eu saímos logo atrás de papai. Nossos vizinhos estavam armados com facas, bastões e cabos de vassouras. Só agora eu notei que papai também tinha uma faca. Os passos se aproximavam, assim como os gritos.


–Entrem no apartamento agora! – papai gritou para mim e Nany. Corri para abraçá-lo, mas ele me empurrou. – Eu disse agora! Não dá tempo para abraços agora! Entrem!

Get Out Alive: Three Days Grace

No time for goodbye he said

Não há tempo pra dizer adeus, ele disse

As he faded away

Enquanto desaparecia


Ele apontou para as escadas onde vultos das sombras de pessoas correndo começaram a aparecer. Então eles finalmente apareceram no nosso campo de visão. Eles eram nossos vizinhos, mas ao mesmo tempo não eram, havia também pessoas desconhecidas, eles estavam sangrando e babando, ainda tinha algumas pessoas correndo junto com eles, bem correndo junto com eles não era bem a palavra, pareciam mais correndo “deles”. Papai e alguns dos outros vizinhos correram para ajudar e eu o perdi de vista.

Nany me largou no meio do corredor e correu para dentro do nosso apartamento e trancou a porta me deixando do lado de fora.


–Nany abre a porta por favor! – gritei desesperada. – Naiany! – gritei seu nome, mas ela me deixou lá.


Don't put your life in someone's hands

Não ponha sua vida nas mãos de alguém

Their bound to steal it away

Elas são presas pra te roubarem

P.O.V Terceira Pessoa

Nany entrou no apartamento deixando a garotinha do lado de fora, a garotinha de quem ela cuidou por três anos, e que agora chorava desesperada do lado de fora. Nany estava com medo de abrir a porta.


–Por Deus, e se um deles entra? – era a desculpa que dava a si mesma para não abrir a porta.


Por fim resolveu fingir que não tinha feito nada, as batidas na porta haviam cessado, duas coisas poderiam ter acontecido ou a garota havia morrido ou havia desistido, pensou consigo mesma. Deu de ombros e se sentou no sofá esperando a loucura do lado de fora passar para poder voltar para a sua casa.


A culpa resolveu dar o ar da graça e ela começou a pensar o que devia ter feito. Mas um lado dela o mesmo lado que havia a feito fechar a porta e deixar a garotinha do lado de fora, disse para esquecer isso e descansar. Alem do que aquela mordida estava incomodando, ela não saberia dizer o que era pior, sentir o cheiro daquela ferida ou senti-la latejar em seu braço.


Don't hide your mistakes

Não esconda os seus erros

'Cause they'll find you, burn you

Porque eles irão te encontrar, te queimar

As batidas recomeçaram, mas não eram as mesmas batidas de antes, eram mais fortes e não pareciam ser de apenas uma pessoa, parecia ser de varias pessoas, no entanto não eram feitas por pessoas necessitadas de ajuda e sim de monstros carnivoros, mas ela não sabia disso, talvez por que estava começando a delirar por causa da mordida.


–Saia daqui! – gritou ela, mas isso foi um erro por que no mesmo instante as batidas ficaram mais fortes e incistentes, por fim a porta cedeu dando lugar aos mortos que a olharam com suas orbitas desprovidas de humanidade, o que era ate ironico naquele momento, por que a moça que estava lá dentro era tão humana quantos eles, ja que havia deixado a gorotinha para morrer do lado de fora. Tudo o que vai volta.


–Não! – gritou , antes que a horda a pegasse e cada um agarrasse um pedaço seu.


P.O.V Penelope

Continuei batendo na porta ate que desisti, me virei e vi as pessoas fazendo coisas estranhas, estavam mordendo umas as outras, um homem me viu e veio corrrendo ate mim.


–Saía daqui garota você quer morrer? Saía daqui! Corra! – disse ele.


Then he Said

Então ele disse

If you want to get out alive

Se você quer escapar vivo

Oooh run for your life

Oooh, corra pela sua vida

If you want to get out alive

Se você quer escapar vivo

Ouvi o som de portas caindo e depois um grito vindo de dentro do meu apartamento, e logo em seguida vi Nany sair correndo e pelo jeito ela estava novamente chorando, ela também estava sangrando muito, parecia que havia sido atacada por alguém, varias pessoas saíram do meu apartamento atrás dela e ela caiu no chão bem perto de onde eu estava segundos atrás.


–Eu vou morrer! Sai daqui! – ela gritou olhando para mim.


Oooh run for your life

Oooh, corra pela sua vida

This is my last time she said

–Essa é a minha ultima vez -ela disse

Os mortos começaram a arrancar mais partes do corpo dela e então sem querer ver mais daquilo eu corri o mais rápido que as minhas pernas permitiram. Tendo como ultima visão o corpo de Nany desaparecendo em meio aquelas pessoas.

Eu estava com medo de acabar como ela, eu não queria mais olhar para os lados por que eu sempre via alguém morrer. Era horrível havia muito sangue e gritos por todos os cantos. Quando ela me mandou correr eu sabia que aquilo era um tipo de compensação por ter me deixado do lado de fora. Talvez ela estivesse me salvando mesmo que temporariamente de morrer como ela.

As she faded away

Enquanto ela desaparecia
It's hard to imagine

É difícil imaginar,

But one day you'll end up like me

Mas um dia você vai terminar como eu
Then she said
Então ela disse
If you want to get out alive

Se você quer escapar vivo


Era estranho que mesmo sabendo o que eu deveria fazer eu tinha que receber ordens de outras pessoas para que meu corpo me obedecesse, era como se eles me comandassem e não eu mesma.

Oooh run for your life

Oooh, corra pela sua vida

If you want to get out alive

Se você quer escapar vivo

Foi correndo em meio aquela multidão de pessoas comendo umas as outras que eu vi meu pai, eu quase chorei de alivio, mas cometi o pior erro de toda a minha vida.


–Pai!


Ele se virou e me encarou confuso, foi o suficiente para o monstro com quem ele lutava o atacar, era um homem gordinho, o reconheci como o Sr. O’Brian nosso porteiro, seu macacão estava ensopado de sangue e ele babava. Assim que meu pai virou o rosto em minha direção o Sr. O’Brian se agachou e correu, o grito de dor que meu pai deu foi alto e me fez chorar mais. Fiquei parada olhando enquanto papai enfiava a faca na papada dupla do Sr. O’Brian que caiu logo depois.


–O que você esta fazendo aqui? – papai perguntou vindo em minha direção segurando o braço com uma careta de dor.


–Nany morreu. – respondi simplesmente, de alguma forma eu não queria explicar o que tinha acontecido alguma parte de mim não queria ou não achava certo colocar a culpa em uma pessoa morta, mas mesmo que eu quisesse não daria tempo já que estávamos em meio de uma luta. – Pai cuidado!


Nossa vizinha veio correndo com os braços abertos e dentes a mostra, se eu não tivesse visto o sangue em seu vestido de tartan acharia que ela queria dar um abraço em algum de nós com um sorriso no rosto.


Oooh run for your life

Oooh, corra pela sua vida


If you want to get out alive (If you want to get out alive)

Se você quer escapar vivo (Se você quer escapar vivo)

Oooh run for your life (Life)

Oooh, corra pela sua vida (Vida)


Papai virou bem a tempo de desviar da mulher ossuda e desgrenhada, ele agarrou meu braço e começamos a correr para os andares superiores junto com alguns sobreviventes e é claro com aqueles monstros atrás de nós. Papai correu comigo ate o sétimo andar, sem parar para respirar ou descansar, nosso prédio só tinha doze andares, estávamos sendo seguidos por nossos vizinhos vivos e mortos-vivos. Passaram-se no máximo dois minutos e os monstros já estavam chegando perto, já podíamos ver as sombras subindo as escadas.


–Vamos ter que subir mais. – a Sra. Miller falou preocupada e já começando a subir as escadas.


–Quanto mais subirmos mais encurralados ficaremos. – papai falou com dificuldade.


–E o que sugere que façamos? – perguntou a Sra. Miller com uma voz irritada. –Lutar não é uma opção não temos chances e se esconder também não dá, nossos amados vizinhos se trancaram! – gritou a ultima parte, para as pessoas que estavam trancadas em seus apartamentos.


–Mamãe! – Sebastian gritou olhando para as escadas, ele era meu vizinho do andar de cima por assim dizer, eu nem havia notado que ele estava aqui, mas não havia tempo para conversas, uma coisa ruim de morar em meu prédio era que não tínhamos um elevador logo estávamos todos correndo escada acima novamente.




If you want to get out alive (If you want to get out alive)

Se você quer escapar vivo (Se você quer escapar vivo)

Oooh run for your life
Oooh, corra pela sua vida


Dessa vez não esperamos os mortos chegarem perto corremos ate o décimo segundo andar que estava em reforma, de lá já não havia para onde ir já que o terraço era trancado por correntes.


–Vocês estão ouvindo isso? – perguntou um homem que eu nunca tinha visto antes.


–Ouvindo o que? – Sra. Miller perguntou com aquela voz enjoada que ela sempre teve.


–Não é o que estamos ouvindo é o que não estamos ouvindo – papai falou em um sussurro preocupado e franzindo a testa.


Ficamos em silencio e o mais estranho era que os gritos pararam ficamos encarando a escada como se ela fosse o próprio demônio, mas o silencio era opressivo. Papai suava frio e sua mão apertava meu ombro com força, o silencio logo deu lugar a gemidos altos e guturais. Arrepiei-me de medo, papai me soltou não vi para onde ele foi eu estava em choque olhando as escadas assim como os outros.


Agora o inferno recomeçava os mortos derrubavam mais portas e as pessoas gritavam e de novo vinha o silencio, então o processo se reiniciava, gemidos, portas caindo, pessoas gritando e correndo e então silencio de novo, foi assim ate chegar ao andar em que estávamos.


O barulho de vidro quebrando nos despertou de nosso transe, desviamos nossos olhares da escada e vimos meu pai com um machado de bombeiro, mas ao contrario do que eu esperava, ele jogou o machado no chão e retirou à mangueira de incêndio, um dos moradores do prédio pegou o machado e o jogou de uma mão para a outra como se estivesse medindo o peso de alguma forma, por fim ele fez um aceno positivo com a cabeça e segurou o machado com as duas mãos. Papai vendo que estávamos confusos com o que ele havia feito se explicou:


–A mangueira de incêndio tem pressão muito forte podemos empurrá-los de volta lá para baixo.


–Boa idéia! – exclamou o cara do machado – e eu aqui achando que você era louco. – sorriu.


–Bem é só o que temos no momento, alguém pode procurar uma escada de incêndio para podermos da o fora daqui? – disse uma garota meio estranha, ela tinha várias espinhas e usava um óculos de fundo de garrafa.


–Eu vou. – respondeu o pai de Sebastian.


Sebastian gemeu e agarrou a camisa do pai, a mãe dele o segurou e o pai retirou gentilmente a mão do filho de sua camisa e foi andando pelos corredores a procura da tal escada.


Papai e os outros estavam conversando e planejando o que fazer rapidamente já que os mortos estavam no décimo andar ou no décimo primeiro, eles podiam matar rapidamente mais não andavam tão bem na escada, digamos que isso nos deu uma pequena vantagem para formar um plano... Quase bom.


Seria da seguinte forma, éramos onze pessoas sendo que duas delas eram crianças, papai e o cara do machado dividiram assim: o pai de Sebastian foi atrás da tal escada, o cara do machado ficaria perto do meu pai para matar os mortos-vivos que possivelmente conseguiriam passar pela barreira de água, a Sra. Miller foi atrás de alguma coisa para usar de arma já que ela cuidaria de mim e de Sebastian, a garota nerd e estranha junto de um homem do quinto andar e um senhor de cabelos ruivos iriam arrombar algum apartamento para esconder a mim a Sebastian e a Sra. Miller, e mãe de Sebastian ficaria atrás do meu pai com uma vassoura.

If I stay it won't be long

Se eu ficar isso não vai durar

Till I'm burning on the inside

Até que eu esteja queimando por dentro

Todos já estavam pondo o plano em prática. Depois de alguns minutos a garota estranha apareceu com os dois homens que ficaram perto do meu pai e ela nos levou para um apartamento no fim do corredor a Sra. Miller havia desaparecido magicamente em algum lugar. Em menos tempo que eu achei que aconteceria os mortos subiram as escadas, papai ligou a mangueira e a maioria deles rolou escada abaixo.


–Fiquem aqui e só saiam se dissermos que é seguro entenderam? – disse a garota nerd e estranha fechando a porta e ouvi o som de seus passos soando pelo piso provavelmente ela estava correndo para ajudá-los.


If I go I can only hope

Se eu não for, só posso torcer

That I make it to the other side
Que eu faça isso do outro lado

If you want to get out alive

Se você quer escapar vivo

Ficar dentro daquele apartamento era relativamente seguro dadas as circunstâncias atuais, grudei meu ouvindo na porta tentando imaginar por meio do som o que estava acontecendo do lado de fora. O barulho de água cessou.


Oooh run for your life

Oooh corra pela sua vida

P.O.V. Narradora (Anassis: Olha sou eu!!!!^.^) (Voz interior: Não capeta é o Bin Laden ¬¬’)

O plano já estava em andamento à mangueira já havia sido desenrolada quando os zumbis apareceram então foi fácil derrubá-los com a água o difícil foi quando a água parou de jorrar, um pequeno momento de paralisia foi compartilhado pelos vivos presentes. Os mortos que caíram se levantaram com mais dificuldade do que já tinham normalmente por conta do piso molhado e os que rolaram escada abaixo recuperaram a distancia entre eles e seu alimento.


À medida que os mortos avançavam uma luta sangrenta se iniciava em cada canto do décimo segundo andar, com um grito de guerra digno de um guerreiro espartano o homem com o machado se lançou contra a multidão de corpos reanimados, mas um machado não pode fazer milagre contra uma Horda gigantesca de zumbis.


A garota nerd se chamava Ângela ela lutava em um canto mais afastado juntos com os dois homens.


–Sabe isso ate seria divertido se não fosse real. – disse ela.


–É verdade, mas eu acho que não me daria bem nem se fosse de mentira. – disse o ruivo.


–Ahh!


O terceiro integrante do trio acabara de ser apanhado por um zumbi de cavanhaque e tentava de todas as maneiras de libertar- se do abraço mortal de seu algoz, mas o zumbi não abriria mão de sua refeição tão facilmente e logo mais e mais zumbis vinham para abater a presa.


O homem ruivo e Ângela olharam a cena estarrecidos, mas nada poderiam fazer já que estavam travando suas próprias lutas por sobrevivência...Digamos apenas que pedaços de madeira e ferro não foram suficientes para garantir que continuassem vivos. Um a um os integrantes do grupo que fugira para o décimo segundo andar foram abatidos. Havia apenas cinco que ainda permaneciam vivos.

_____________x_____________

Um homem branco de cabelos pretos andava por entre os corredores restantes a procura de uma escada de incêndio ou que fosse para poder sair com sua família e vizinhos daquele prédio infernal ele ainda não acreditava no que estava acontecendo.


–Por que diabos as pessoas estão se comendo?


E ao notar que suas palavras tinham duplo sentido começou a rir sozinho. Entre a curva de um corredor e outro começou a ouvir os gritos dos que ele havia deixado para trás em busca de uma rota de fuga.


Ele correu para alcançar os outros e tentar ajudar, mas ao virar à esquerda topou com a senhora de cabelos loiros tingidos que estava caída de bruços, como era mesmo o nome... Sra. Masen? Não era esse, era Sra. Miller, talvez? Isso era esse o nome. Havia um homem perto dela com uma aparência meio estranha ele estava cambaleando e tinha um cheiro desagradável. Estaria bêbado talvez? E como não o vimos subir? Pensou.


–Senhor? Senhor? – ao ver que não obtinha resposta tentou se aproximar do homem estranho, mas o mesmo se virou revelando uma arma que sustentava em suas mãos.


–Fica quieto ai meu irmão! – disse ele de forma arrastada digna de um bebum de beira de esquina.


–Fique calmo Sr.? – tentou parecer corajoso ao fazer a pergunta/comando mais sua voz soou baixa e fraca.


–Meu nome não interessa nesse inferno...


If you want to get out alive

Se você quer ficar vivo


Oooh run for
Oooh, corra pela...


If you want to get out alive (If you want to get out alive)

Se você quer ficar vivo (Se você quer ficar vivo)


Não havia mais tempo para discussão os zumbis apareceram aos montes e avançaram contra os três, o homem bêbado bem que tentou atirar contra a massa pútrida de corpos decompostos, mas a bebedeira dificultava na mira e no equilíbrio. Sem ter para onde fugir as três vitimas foram devoradas e mesmo que uma delas estivesse inconsciente ainda sentia alguma dor.


_____________x_____________

Já no quarto em que as crianças estavam escondidas elas aguardavam a resposta positiva para sair já que do lado de fora estava um silencio meio alarmante. Não que ficar sem ouvir gritos de dor das pessoas ao ser devoradas e gemidos dos mortos fosse algo ruim, não mesmo, apenas era estranho essa calmaria era como antes de uma tempestade primeiro vinha o silencio e depois o céu desabava com todo a sua fúria em cima das pessoas.


Os dois estavam com os ouvidos bem grudados na porta tentando apurar a audição ainda mais para conseguir captar o mínimo ruído que fosse.


–Eu acho que um de nós deveria sair e ver o que aconteceu com os outros! – Sebastian opinou. Os dois se afastaram da porta para conversar.


–Tenho certeza de que isso não é uma idéia muito boa. Alem do que você ouviu os gritos é meio óbvio o que aconteceu, todos morreram. – disse ela tentando segurar o choro.


–Não diga isso! –gritou o menino.


A porta se abriu com tamanha violência que lascas de gesso voaram em direção ao chão. Os dois assustados não contiveram um grito de puro medo quando a figura ensanguentada entrou.


–Shi! Calma!


–Papai! - a garotinha gritou e correu em direção ao pai que agora estava em posse do machado.


Sebastian sabia que se quisesse sair não deveria perder essa oportunidade que apareceu tão repentinamente, sem nem ao menos repensar no assunto o garoto se lançou porta a fora sobre protestos de um homem moribundo e sua filha. A cena que o garoto presenciou assim que chegou onde havia se despedido dos outros sobreviventes era no mínimo lastimável e horrenda. Pedaços de carne humana jogados a cada centímetro do chão antes limpo, manchas de sangue desenhavam um quadro obsceno de terror nas paredes outrora imaculadamente brancas. O que ele não notara ate então era que havia uma figura ao canto o espreitando, com os olhos leitosos brilhando diante da primeira refeição depois de um despertar repentino para outra vida... Ou seria para uma não vida?


–Uargh! – a figura grunhiu, o menino assustado se virou e trombou com a figura pálida e banhada em sangue.


Oooh run for your life

Oooh, corra pela sua vida


If you want to get out alive (If you want to get out alive)

Se você quer ficar vivo (Se você quer ficar vivo)

Oooh run for your life

Oooh, corra pela sua vida


–Mãe?


Logo o corredor encheu-se novamente com a melodiosa orquestra de gritos infantis. O homem dentro do quarto tapou os ouvidos da filha e tratou de fechar a porta ele sabia que os comedores de carne iriam chegar onde eles se escondiam.


–Ouça-me eu quero que você encontre um lugar para se esconder agora, entendeu?


–Sim papai! Virá comigo não?


–Não. – respondeu firme – Agora procure um local para se esconder e fique lá ate estar seguro. Se não conseguir corre o máximo que suas pernas aguentarem.


If you want to get out alive (If you want to get out alive)

Se você quer ficar vivo (Se você quer ficar vivo)


Oooh run for
Oooh, corra pela...

If I stay, it won't be long

Seu ficar, isso não vai durar


Till I'm burning on the inside

Até que eu esteja queimando por dentro

If I go I can only hope

Se eu for, só posso torcer

That I make it to the other side

Que eu faça isso do outro lado


If I stay, it won't be long

Seu ficar, isso não vai durar


Sabendo que não adiantaria discutir a garota vasculhou o apartamento ate que encontrou o que procurava atrás de uma das lonas translucidas que se encontravam penduradas nas paredes entre um emaranhado de ferros que servia de apoio para os homens que ali trabalhavam antes desse caos, retirou a grade e entrou de onde estava tinha uma boa visão de seu pai, este lhe deu um sorriso encorajador que não chegou a seus olhos. Ele se apoiava na porta que agora era esmurrada violentamente pela horda de mortos que urravam em frustração. Não mais que míseros segundos depois os zumbis conseguiram seu intento e despedaçaram o homem que mal teve tempo de levantar seu machado. As figuras acinzentadas não notaram a garotinha que havia assistido aquele episodio.


Momentos mais tarde a menina havia reunido coragem o suficiente para sair daquele prédio infernal e se encontrara com sua mãe que havia tido o mesmo destino dias depois em um outro prédio, em um outro lugar e em uma mesma circunstancia.


A garota agora estava sozinha, mas não por muito tempo do lado da rua um grupo de pessoas observava a cena esperando o momento certo de agir.

Till I'm burning on the inside

Até que eu esteja queimando por dentro


If I go, and if I go
Se eu for, seu eu for...

Burning on the inside (x3)

Queimando por dentro (3x)


Nos próximos capítulos


–Essa merda de monstro não morre? – Malcon gritou.

A coisa vinha disparada em direção ao carro. Em um momento eles estavam fugindo de um monstrengo feioso e no outro os pneus cantaram no asfalto e o carro estava rolando pela pista Livy e Ivy foram cuspidas para fora enquanto um monstro urrava satisfeito pelo seu novo lanche.

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Assim que abri meus olhos eu sabia que alguma coisa estava errada comigo eu sentia uma fome descomunal era como se houvesse um buraco negro dentro de mim, meu corpo estava meio adormecido, minha mente um tanto entorpecida e meus pensamentos bastante anuviados eu era incapaz de formar alguma frase minha voz simplesmente não se projetava para fora da garganta. Levantei e senti uma leve tontura, cambaleei completamente sem forças.

–Livy? – minha irmã chamou com um misto de medo e nervosismo. Virei-me lentamente para a direção de sua voz e comecei minha marcha lenta e continua em sua direção pude ver seus olhos se arregalaram e ficaram do tamanho de pratos quase saltando de suas orbitas......

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Era completamente doloroso ver Ivy amarrada sendo estuprada por aqueles homens nojentos enquanto eu esta impotente acorrentado em uma cadeira de modo a olhar aquilo acontecer.

–Está vendo o que eu faço com sua linda esposinha seu panaca? É assim que o homem de verdade transa com uma mulher gostosa como essa e ainda por cima grávida. – ele lambeu os lábios e cheirou o cabelo de Ivy.

–Não toque nela seu filha da ...- um soco do outro homem não me deixou continuar

–Fique calado e olhe como eu acabo com essa vadia....


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Notas finais do capítulo

Pessoas bonitas se gostaram deixem reviews
Se não gostaram deixem reviews. Não sabe se gostou ou se não gostou manda algo tipo assim: o/ eu li essa merda e sobrevivi.
Eu ia falar algo mais só ki esqueci..........Ah sim eu vou tentar não demorar (seraummomentodejavu?) rsrs
Mais uma coisa essa negada não é o pessoal que a Livy viu quando deu uma de Moises é só uma coisa que eu coloquei pq...sei lá... enfim comentem. ^.^