Por detrás da Rosa escrita por Danda


Capítulo 33
Cada lugar teu


Notas iniciais do capítulo

Esse é apenas o encerramento da fanfic.

Mas a mesma contará com apêndice...momentos que se passaram durante ela, no qual eu não aproveitei no decorrer da mesma)



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Já o sol havia se posto, quando da Casa de Sagitário, ouvia-se uma forte discussão que saía da sala de TV. Como um grande festejo, o forte som enchia as redondezas de vozes acaloradas. A mais alta era de Mascara da Morte, que vez ou outra soltava um palavrão em sua língua natal.

Em outros tempos, o dono da casa se sentiria incomodado com todo o barulho que suas visitas faziam.

Aldebaran erguia a voz, tentando fazer-se ouvir meio a confusão, que era aquecida, pela 5 garrafa de vinho, servida a pouco.

E de todos que estavam presentes, Shaka, Mu e Shion, permaneciam no canto, apenas observando.

Shion, não escondia seu desagrado em ver tal situação, pois além da elite de Athena estar embriagada, discutiam ao som da televisão, com um locutor chato e tagarela, que narrava incessantemente um jogo de futebol, no qual não se dera ao trabalho de ver sobre quem era.

Do sofá, via Shura, Dohko e Mascara da Morte contra o brasileiro na poltrona, que conseguia com seu bom humor tirar os outros do sério. Sentados sobre o tapete, e contribuindo para o alvoroço, estava Miro, que vez ou outra levava um olhar gélido do amigo aquariano, que se sentia desconfortável ali, se perguntando porque aceitara vir a Sagitário.

O Grande Mestre suspirou, vendo Aioria entrar na sala com mais uma garrafa de vinho.

— Não acha que é melhor servir suco? – Indagou, fazendo todos se calarem e lhe fitarem atónito.

Shion assustara-se com repercussão que sua simples questão trouxe.

— Não seja chato Shion – Dohko dissera serio – Deixa o rapaz trazer mais vinho...venha Aioria! – Iniciou sorrindo, esticando os braços convidativo – Vamos beber! – Era o que todos precisavam ouvir para reiniciar a discussão no ponto onde pararam.

Shaka mirou o Grande Mestre de forma descontente, enquanto Mu juntava-se ao grupo, unicamente para ver o jogo que havia a pouco entrado no intervalo.

Aioria, sorriu para a cena.

Tudo ideia sua, que ao mirar o irmão voltar do vilarejo, previra dias difíceis para o moreno. Então decidira levar a todos para um pequena reunião em Sagitário.

O que poderia dar errado?

— Só faltam Kanon e Saga – Disse ao passar pela porta da cozinha, fazendo o irmão que se encontrava no balcão temperando a carne, voltar-se para lhe fitar. Tinha um pequeno sorriso no lábio e, o mais novo percebeu que ele deveria estar com o pensamento longe quando entrou no recinto. – Isso se Saga vier...

— Muito pouco provável – Aioros disse sem dar importância. Sabia muito bem que Saga não gostava de estar nesses tipos de reuniões – Eira – Chamou a moça que mexia uma panela sobre o fogão – A carne já está pronta.

— Sim senhor – a moça largou o que estava fazendo para colocar a carne pronta no forno.

Aioria fitou a moça bem humorada. Ela não precisava falar para sentirem o estado de espírito desta.

— Eira, você comanda a partir daqui – Aioria iniciou, chamando atenção da moça que apenas acenou positivamente – Vem irmão...vamos nos juntar na sala, antes que Shion comece a disparar Extinções Estelares – Concluiu puxando o irmão, que rindo deixou-se guiar.

— Também, servindo vinho antes da comida – Eira resmungou quando os dois saíram da cozinha.

— Aioria! – Shura gritou ao ver o amigo passar na porta. Perto da poltrona, apontara o acento – vamos ver esses brasileiros perderem...

— Isso é o que vocês queriam...

— Em quantas garrafas vocês já vão?

— Seis – Shion se adiantou, vendo Aioros sentar na poltrona, enquanto o mais novo sentava no chão perto do irmão, de forma a ver a TV. Ainda vira uma almofada voar na cara de Aldebaran.

— Isso é agressão , Mestre – O grande homem gritara, fazendo os outros rirem e, pela primeira vez o lemuriano riu também.

— Não sabia que você gostava de futebol Mu – Aioria dissera.

— Eu também não sabia – Uma voz animada invadiu o local.

— Kanon! - Recebendo uma calorosa boas vindas dos embriagados

— Vocês começaram sem a gente...

— Sem a gente...? – alguém ia dizer, mas calou-se ao ver o gémeo de Kanon passar sorridente pela porta.

— Olha quem veio – a voz do italiano se fez sentir, atraindo um olhar estranhamente cúmplice de Saga.

— Ué – Kanon estranhara que Saga não o acompanhava com Aioros após a conversa em gémeos – Você não vem?

— Tenho que falar com Mascara da Morte. Vão na frente – Não ligara para a surpresa dos dois amigos, apenas se dirigiu para escadaria que levava a Câncer.

Sua intenção era ser breve, dado que qualquer tipo de conversa com Mascara da Morte poderia ser muito desagradável, consoante seu humor.

Desta forma, entrara demonstrado toda a sua presença e, tal facto, trouxera o dono da casa ao seu encontro no salão principal. O italiano vestia suas roupas de treino, e sua cara demonstrava que não estava muito virado para conversas, de modo que o mais velho não hesitara.

— Preciso que fale com Afrodite – Disse a queima roupa, fazendo o outro se surpreender, para em seguida dar um sorriso debochado.

— Sobre...?

— Dora.

— Ele já não disse tudo o que queria e o que não queria – Disse ainda sorrindo – Aquela menina nunca vai cativar ele.

— Você sabe que não é bem assim – Saga permanecia serio.

Mascara da Morte perdera o sorriso, suspirando alto. Olhara um ponto no chão e, voltara a fitar Gémeos.

— Porque você mudou de ideia?

— Ela irá embora – Saga respondeu rápido, e Mascara recuou um passo.

Desde que voltara da Ilha Kanon, começava a ver aquela história toda com outros olhos. Aquela moça, amava tanto Albafica que voltara, enfrentara Afrodite de forma a tentar reaver seu amor, e Afrodite só fez criar mais espinhos. E ele, que lá no fundo, queria uma nova oportunidade para ver Giocca...

Saga vira Mascara da Morte mordiscar o lábio inferior de forma pensativa.

Não se enganara. Naquele dia, Mascara da Morte experimentara algo novo, que rasgaria o estigma de seu passado...e nem mesmo ele se apercebia disso.

— Eu vou falar com ele...

A troca de olhar cúmplice durara pouco, pois que uma presença na porta, chamara a atenção de todos.

O silencio fora de tal ordem, que o homem que acabara de entrar estancara na porta.

— Bem me pareceu que estava acontecendo uma festa aqui...

— Afrodite... – Aioros se levantou fitando o rapaz de forma séria.

Na verdade não sabia o que dizer. Ninguém sabia... mas, apesar disso, estranharam o gesto simples que Afrodite fizera com a mão de forma a que não falassem.

— Bem, eu trouxe uma convidada especial – Disse sorrindo, fazendo muitos trancarem o semblante.

— Convidada...?

Afrodite abrira passagem para que imagem nítida de Dora, sorridente, aparecesse.

Seus olhos voltaram-se para o rapaz moreno que abrira o sorriso e os braços convidativos a um acalorado abraço, que não tardara.
De repente tudo voltava a seu lugar. Era assim que Aioros sentira ao ter Dora em seus braços. Ela voltara para o lugar que pertencia...o lugar que era seu.

E vendo Aioros, de sorriso no rosto e ânimos repostos, os outros Cavaleiros deram-se por felizes. Aquela reunião que tinha por fim animar Aioros, seguira como comemoração do retorno a harmonia, pois que Afrodite não se fizera de rogado em estar próximo de Saga e, este, retribuíra com acolhimento amistoso a iniciativa de Peixes.

Na verdade, não havia nada a ser feito, se não esperar pelo desfecho óbvio que seguiria um ano depois.

Apesar do fundo de mal-grado de Sagitário a revelia de Leão, diante das divindades, a taça de vinho era vergada e o nome da filha de Aioros era proferida por Afrodite de Peixes. Sim, este era o desfecho esperado, também pelas divindades presente, até mesmo da deusa do Amor.

Se antes guardara algo de rancor, agora compreendia que sua jogada era desde o principio falha. Não demorara para que Eros lhe demonstrasse onde tudo começara a dar errado (1).

Dora fora guiada com cuidado pela bela loira que a retirou de perto de Aioros para entregar a um sorridente Peixes.

Estava feito.

Todos tiveram seu tempo de adaptação para o que acabara de ocorrer. E isso notava-se melhor na face de uns que de outros, mas no geral, Athena pode ver que tudo ficaria bem.

Nessa mesma noite, onde as estrelas imperavam majestosas no céu, Aioros se encontrava sentado na arquibancada obscurecida da arena. Estava tão absorto em seus pensamentos, que não dera pela chegada de Saga, que sem cerimonia sentara a seu lado.

— Está uma noite tranquila – Fez-se presente fazendo o moreno despertar e lhe fita surpreso.

Saga nem se quer lhe fitou, continuava a mirar as estrelas.

— A casa de Sagitário estava muito silenciosa – Aioros observou, fazendo Saga finalmente voltar-se para sua pessoa. Tinha um semblante sereno, e sorria calmamente.

— Você, como todos os pais se acostumam...

— Eu já tive que me acostumar com muita coisa, em muito pouco tempo – Falou amuado.

— Você tem se saído bom – Saga observou, alargando o sorriso.

Aioros sorriu, coçando o nariz.

— Sabe o que eu lembrei – Saga disse, começando um tom brincalhão, chamando a atenção do moreno – Que Afrodite é como seu genro – completou voltando-se para a Casa de Peixes.

Aioros engoliu em seco.

— Eu sou muito novo para ser sogro...

— E no entanto é – Saga sorriu, voltando-se para Aioros, que lhe fitou longamente, antes de lhe dar um tapa na cabeça, ouvindo um resmungo.

— Cala essa boca!


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Notas finais do capítulo

(1) Referente ao cap. "Esqueça". No final do cap. "Após a tempestade", a deusa Afrodite faz uma proposta a Eros. Durante a fanfic essa não foi explorada...mas ela se encontrará no apêndice, tanto nos tempos de Dora ficara em Gémeos como nos últimos cap.

Mais uma vez muito obrigada a todos que aguardaram pacientemente pelo final da fanfic. Vocês são absolutamente espectaculares! MUITO OBRIGADA MESMO!



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