Através do Espelho escrita por Lirium-chan


Capítulo 1
Prince of Evil


Notas iniciais do capítulo

É isso...Se eu começar mais alguma fic sem ter terminado uma outra podem passar com o Road Roller por cima de mim que eu mereço -.-" Tem que ser doida pra arrumar mais coisa pra terminar xD Enfim... Esse capítulo é completamente baseado nesse PV: http://www.youtube.com/watch?v=DbpdZ4Ps2V0&feature=related Eu vou postar o próximo (e ultimo) capítulo o mais breve possível...E depende também de eu receber reviews xD Boa leitura :)



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Era uma vez, há muito, muito tempo atrás, havia um reino que as pessoas não tinham coragem de visitar, era um reino extremamente perverso;

Era o Reino de Amarelo.

E o seu soberano era um garoto tão mau, um jovem príncipe de apenas quatorze anos, ele possuía um amável cavalo chamado Inovador, seus objetivos eram luxuosos e ao seu lado sempre se podia encontrar sua fiel empregada, de rosto tão parecido com o dele.

–Rin?! Onde está meu desjejum? Já me encontro desperto!- Exclamava o jovem com a voz ecoando pelas paredes douradas de seu imenso quarto. Estava perfeitamente acostumado a ser acordado pelo toque insistente da garota que sempre dizia que ele precisava cumprir com algum dever, nenhum desses deveres lhe agradava, eram sempre tediosos ao extremo e ele não via sentido na maioria deles, mas ela geralmente sabia convencê-lo e sempre fazia com que se tornasse melhor ou o ajudava a terminá-las mais cedo. Contudo, nesse dia ele havia acordado mais cedo do que o de costume e não havia encontrado olhos azuis insistentes sobre os seus, e isso o havia incomodado ao extremo.

–Pode entrar!- Falou menos aborrecido ao constatar o barulho de mãos delicadas contra sua enorme porta banhada em ouro.

–Vossa Alteza!- Falou a garota de maneira cordial enquanto fazia uma pequena reverência, na verdade, falar que os seus rostos eram semelhantes é um pouco errado, seus rostos eram idênticos, Rin era sua irmã gêmea, esta usava um vestido amarelo e branco simples que era o uniforme padrão para as servas do castelo.

–Já lhe disse pra parar de me chamar assim quando não tem ninguém por perto, somos irmãos lembra?-Disse sorrindo, quando os outros o chamavam assim se sentia superior, mas não lhe agradava de forma nenhum que ela lhe chamasse assim- E porque se demorou tanto afinal?

–Oh! Desculpe-me vossa alte...Digo...Len! Eu achei que gostarias muito deste bolo de banana que acabei de assar- Ela falou sorridente revelando a bandeja com o café da manhã onde se encontrava o bolo.

–Brincas comigo? É claro que eu gostaria! Você sabe!-Disse avidamente pegando a bandeja das mãos da garota- Isso é bolo de laranja? Eu te amo!-Falou enquanto começava a comer apressado o bolo feito pela garota sorridente.

–Ah! Eu sei! Será que ainda me amaria se eu não soubesse fazer bolo irmãozinho?-Ela disse brincalhona enquanto sentava ao lado dele na cama.

– É...Provavelmente!-Disse depois de pensar um pouco, ela bateu nele e ambos começaram a rir.

–Está tudo delicioso! Bem sabes!-Falou entre uma garfada e outra.

–Que bom...Hoje você tem que ler algumas cartas que vem do povo, responder alguns convites que te fizeram, participar de algumas reuniões tem de...-A garota ia listando animada e categoricamente enquanto o outro fazia caretas.

–Eu sabia que havia coisas por trás do bolo...Sempre tem algo por trás do bolo não é?...- Se martirizou o jovem príncipe com um bico em face.

–Ora! Deixe disso! E vá se vestir!-Ela falou abrindo as cortinas e deixando a luz entrar no quarto ignorando os protestos do outro, logo depois disso ela saiu porta afora à espera do soberano.

Tudo que era de seu desejo pertencia a ele.

Quando o dinheiro estava em falta, “Então tire do povo! Seu idiota!” era a sua resposta para o ministro da economia.

Todos que tinham idéias opostas às suas eram mortos tragicamente.

–Vossa Alteza! Tem uma camponesa no portão que deseja vos falar!- Disse um guarda ajoelhado em frente ao seu trono.

–O que? Mande-a embora! Estou cansado de todas essas pessoas querendo falar comigo!-O guarda olhou em súplica pra Rin.

Vossa Alteza!-Ele a olhou com uma raiva contida, mas sabia que era assim que ela devia chamá-lo quando haviam pessoas ao redor, mesmo assim, ele não gostava nem um pouco disso- Devo lembrá-lo que é a sua obrigação ouvir o que o povo tem à dizer! E por favor, mantenha a calma- Ela disse, pois pela vigésima vez naquele dia ele havia acabado de “perder a paciência” com quase todas as pessoas que adentraram aquele local.

–Só porque estás me pedindo! Mande-a entrar! Rapído!-Falou como num rosnando e dando um longo suspiro em seguida. Rin adicionou mais uma pessoa na sua lista mental dos que ele havia gritado naquele dia.

O guarda, que antes se encontrava atônito, correu rapidamente para fora do portão, deixando uma mulher entrar, ela usava um longo vestido vermelho desgastado, andou pelo longo corredor e os seus sapatos produziam um barulho alto em meio ao silêncio que se fazia por ali, olhava atônita para as paredes cobertas de ouros e vários objetos luxuosos que se encontravam em meio à decoração.

–Meu nome é Sakine Meiko,eu vim até Vossa Majestade porque...-Ela começou claramente nervosa e intimidada pelo olhar aparentemente reprovador do príncipe.

– O que? Não vai se ajoelhar?-Sua voz soou imperialista e Rin começou a ficar inquieta, temendo pela camponesa.

–Como disse?-Perguntou confusa.

–Ajoelhe-se para mim! Imediatamente!-Exclamou quase aos gritos, Rin quase teve o ímpeto de se curvar ela mesma em um gesto de pânico.

–Claro!Vossa Alteza! Eu entendo! Sinto muito pelas minhas maneiras! Eu sinto muito mesmo!-Ela exclamou de uma vez só em uma série de mesuras frenéticas e atrapalhadas.

–Agora está bem! O que você planejava me dizer?- Falou com uma voz cheia de impaciência, Rin, por outro lado, sorriu à mulher para lhe dar confiança.

–O povo não tem comida, estamos todos passando fome, os impostos estão muito altos, minha família não tem como ficar de pé e...-Ela disse olhando para o chão e o desespero era presente em seu tom.

–Quer saber? Estou cansado de todas essas reclamações com o dinheiro, eu acho que ninguém valoriza o quanto é tedioso ficar aqui trabalhando pelo bem do povo...Eu ainda sou recompensado com isso? Um bando de ingratos! Que não valorizam o que eu faço!-Ele começou com uma voz trovejante e queixosa, enquanto Rin se remexia desconfortável e Meiko o olhava completamente chocado com a atitude tomada pelo garoto.

–Mas entenda! O povo tem problemas e é o dever de seu soberano cuidar deles...Se o povo tem problemas você deve achar um solução! Com todo respeito Vossa Majestade!-Ela gritou fazendo sua voz se sobressair à dele em uma atitude de perfeita coragem, Rin apenas fechou os olhos esperando o pior.

–Oh! Claro! Como estava errado...-Ele disse com um tom calmo porém frio, seus lábio foram tomados por um sorriso sádico-Eis a solução para o seu problema senhorita Sakine! Vamos jogar a sua família na prisão, assim eu duvido muito que você não consiga se alimentar não é? Veja como eu resolvi o problema, está bom assim?

–Não! Não está nada bem assim! Você é completamente mau, louco, tirano!

–Veja quem acabou de matar o próprio marido!-Exclamou com a voz seca.

–Não!Pare! Seu garoto mimado, cruel e egoísta!-Ela gritava contra a voz dele enquanto chorava compulsivamente.

–Guardas! Levem-na daqui!-gritou virando as costas para a mulher-Guardas!-Exclamou mais ume vez impacientemente, pois eles estavam paralisados e não sabiam se realmente deviam obedecê-lo naquele estado de humor, mas o fizeram, a mulher se debatia desesperadamente, porem, nada adiantava diante da força dos homens de armadura.

O garoto estava no auge de seu descontrole mental quando um guarda adentrou novamente pelo salão:

–Vossa Alteza!-Exclamou durante a reverência- Gostaria de saber se devemos cumprir as suas ordens?-Seu tom de voz era bastante desconfortável - Quero dizer...Devemos mesmo matar o marido daquela mulher e prender seus filhos?

–É claro que deve seu idiota! Porque motivo não deveria?-Seu tom era mecânico e sem vida. Rin ainda estava ali, e era quem se encontrava mais desconfortável com a atitude do jovem.

–É que Vossa Alteza parecia tão fora de si que eu...-Começou a falar muito nervoso.

–Cale-se! Eu nunca estive tão bem quanto agora! Estou indo para os meus aposentos! Rin! Acompanhe-me por favor!-Ele esbravejou, seu tom era imperativo e então ele começou a andar em direção ao seu quarto, sendo seguido por sua irmã que permanecia calada e com o olhar baixo. Tudo que se ouvia no salão eram os passos largos e impacientes do garoto seguidos por um barulho leve e delicado produzido pelos calçados de sua empregada.

Ele entrou em seu quarto e deixou a porta aberta, se jogou em meio aos lençóis recém-arrumados de sua cama e enterrou sua cabeça em meio aos travesseiros.

–Você fez de novo...Bem sabes!-Disse num tom repreensor enquanto fechava a porta, mas não queria começar á brigar com ele.

Não era a primeira vez que perdia a paciência com algum camponês e acabava arruinando a vida deste, não era a primeira, e nem seria a última.

–Eu sei...-Murmurou emburrado, assim como um criança que fez alguma travessura.

–Então porque não volta atrás com o que fez? Você pode!-Ela disse enquanto afagava os cabelos dourados do irmão.

–Não! Eu não posso Rin! Meu povo não necessita de um soberano que perde a cabeça e depois volta atrás com a sua palavra! Eu não posso decepcioná-los!Não! O que foi dito da minha boca está mais do que feito!- Ele disse enquanto abraçava uma almofada de maneira desolada e carente.

“Não é nisso que desapontas seu povo!” ou “O nome disso é orgulho!” Várias frases assim se formularam na cabeça de Rin, no entanto, ela não teve coragem de sentenciar nenhuma delas, talvez ele a escutasse, mas a garota sabia que ele precisava de seu apoio naquele momento, não de um sermão, no entanto, se resignou em continuar afagando os cabelos dele com os pensamentos distantes.

–Rin?-murmurou melancolicamente.

–Sim, Len?-respondeu em tom semelhante.

–Você me faz um bolo de banana e não se fala mais nisso? Eu prometo que vou tentar mais da próxima vez!- Falou mais animado.

“Você não acha que prometo é uma palavra forte demais?” Só que ela não ousou dizer isso, sabia que ele tentava, sempre soube.

–Sim! O seu desejo é uma ordem! Vossa Alteza!-Disse brincalhona enquanto fazia uma pequena mesura segurando nas pontas de seu vestido.

Ele a chamou de boba, e ambos riram, então ela saiu para fazer o bolo ordenado.

Flor das trevas que florescia caoticamente, com um colorido cheio de vida, e mesmo as pequenas ervas que gostariam de ficar, eram mortas de qualquer jeito para lhe alimentar.

Apesar de ter sido conhecido por sua maldade e crueldade, muitas eram as garotas que se sentiam atraídas pelo jovem soberano, mesmo que fosse uma rosa muito bela, ela tinha espinhos demais e não poderia ser tocada por qualquer um.

No entanto, o príncipe tirano estava apaixonado, pela princesa de cabelos verdes do reino vizinho, mas ela não se sentia atraída por ele, estava enamorada pelo homem que usava azul vindo do reino do outro lado do oceano.

Completamente tomado pelo ciúme, ele chamou um de seus ministros e disse num tom de voz baixo e macio “Destrua o país de Azul imediatamente!”

Montes de casas se queimaram, montes de vidas se perderam, mas os gritos de sofrimento das pessoas... Ora! Esses não chegavam aos ouvidos do príncipe.

“Ah! É a hora do lanche!” murmurou a sua frase preferida, sorridente, enquanto andava atrás de Rin pra se informar com a mesma sobre o que seria o lanche da vez.

Para derrotar o príncipe das trevas, várias pessoas resolveram pegar em armas, logo um exército foi formado, e ele era liderado pela mulher guerreira em sua armadura vermelha, Sakine Meiko.

–Len! Len!Len!-Gritava Rin desesperada enquanto subia as escadas as escadas rapidamente.

–O que foi? Rin!-Ele disse se levantando da cadeira onde estava lendo um livro. O fato de a garota estar gritando seu nome pelo castelo sem se importar que alguém ouvisse era algo que não tinha presenciado ainda.

–O povo está vindo para o castelo!-Disse com o pânico presente em sua voz e no seu olhar.

–É um revolta?-Indagou.

–Não! É uma revolução!-E assim ele entendeu como a situação tinha tomado proporções drásticas.

A guerra começou, mas os soldados do príncipe não puderam contra o povo.

Finalmente o castelo foi cercado,todos os criados haviam fugido, o príncipe, que nada podia fazer sozinho, foi capturado.

“Sua mulher maldita!” Foi o que disse quando a lâmina da espada de Meiko estava perigosamente apontada para o seu pescoço.

Flor das trevas, que floresce caprichosamente, com um colorido tão triste, o paraíso que ele criou para si mesmo se mostrou o inferno que era pros outros e se desintegrou rapidamente.

A execução foi marcada às três da tarde em ponto, quando os sinos da igreja batessem.

A pessoa que um dia foi o príncipe daquele país, estava agora aprisionado sem dignidade.

O momento finalmente chegou, os sinos da igreja tocaram familiarmente marcando o momento final, e sem olhar para os rostos na platéia, ele disse com o olhar fixo nos ponteiros do relógio “Ah! É a hora do lanche!”

Flor das trevas, que floresce caoticamente, sem o seu colorido tão vivo.

Agora que o povo reagiu sem pensar duas vezes, o filho do mal colheu o que plantou.



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Notas finais do capítulo

E aí? Eu tentei fazer o len não muito malvado, mas parece que eu falhei xD Eu não gostei muito tipo...O Len é muito fofo e shota pra ser malvado assim ç.ç Mas eu queria fazer isso pra variar um pouquinho xD Não consegui fazer isso direito...mas...O que vocês acharam? O próximo capítulo vai ser maior e eu vou tentar fazer o Len parecer menos mal xD Eto...Não me matem que eu fiz o melhor que pude @.@ MANDEM REVIEWS!!!!! :3