No caminho para a Ilha da Morte, Synder estava na borda do barco quando avista, ao longe, uma garota pedindo ajuda na beira de uma minúscula ilha.

- Hey! Vocês! Por favor, me ajudem! – gritou a garota.

Synder dá a ordem para Ganon, e ele encosta o barco na frente da pequena ilha.

- Baixem a rampa! – gritou Ganon.

Gary baixa a rampa, e como é muito chato, foi dando oi para a garota já querendo paquera-la.

- Olá doçura? Está perdida? – disse Gary flertando com ela.

- Ah, oi. Não, não estou perdida. É que eu gosto de parar em minúsculas ilhas e ficar gritando para todo mundo que passa – disse ela em tom de sarcasmo.

- Eae, tem namorado? – Nesse momento Ganon toca um pedaço de madeira na cabeça de Gary. Ai! Que isso?! – perguntou Gary.

- Deixe a moça em paz, seu enxerido! Você irá flertar com cada garota que encontrarmos por aí? – disse Ganon.

- Não senhor – disse Gary de cabeça baixa.

- Então a deixe quieta. Entendido?

- Sim senhor – disse Gary emburrado.

- Obrigado senhor...

- Ganon, me chame de Ganon – disse ele.

- Senhor Ganon – disse ela sorrindo. Você faz o que aqui senhor?

- Eu sou o sub-capitão deste barco, e comando o leme – disse ele. Mas qual seu nome mocinha?

- Me chamo Tamara Akiye, e fui sequestrada por um bando de piratas malucos que me largaram naquela ilhazinha para morrer, mas sorte que vocês apareceram! – disse Tamara sorridente.

- Ah, agradeça a capitã! Ela que avistou você, hehehe – disse Ganon apontando para a cabine de Synder.

- Sim senhor – disse Tamara indo á cabine.

 ***

- Com licença? Você é a capitã? – perguntou Tamara.

- Ah oi! Sim sou eu, me chame de Synder. Você está bem?

- Sim, estou. Chamo-me Tamara Akiye, e queria agradecer á você! Se você não tivesse me visto, teria morrido naquela ilha. Obrigada! – disse Tamara sorridente.

- Ah, tudo bem! O importante é que está bem, e parece que é nossa nova tripulante! Bem vinda Tamara! – disse Synder cumprimentando-a.

- Obrigada Synder! – disse ela sorrindo.

- Bem, você tem quantos anos Tamara? – perguntou Synder.

- Tenho 16 anos, e você?

- Puxa! Eu também, e minha prima Tetra também – disse sorrindo.

- E os dois garotos ali? – perguntou Tamara.

- Ah, aqueles dois, o moreno tem 16 anos também, mas o loiro, que é meu irmão, tem 18 anos. Meu irmão se chama Thomas e o outro Zuko – disse ela olhando meio apaixonada.

- Você sente algo por ele não é, hehehe – disse Tamara rindo.

- É mais do que isso, é algo mais forte, e ele demostrou que sente o mesmo – disse Synder sorrindo envergonhada. Mas e você? Tem namorado?

- Tenho sim, o nome dele é Leon. Mas ele teve que ficar na sua ilha natal, pois o pai estava doente. Por isso não pôde me ajudar quando fui sequestrada – disse ela com olhar triste.

- Não se preocupe Tamara, mando uma carta para ele dizendo que você está bem e que está em viajem para nos ajudar a salvar algumas pessoas numa ilha – disse Synder sorrindo.

 - Jura? Puxa muito obrigada Synder! – disse abraçando-a. Você é a melhor amiga que eu já tive!

- Ah, obrigada Tamara! Você também é para mim! – disse Synder abraçando-a também.

- Bem vamos prosseguir? – perguntou Synder.

 - Sim capitã! – exclamou Tamara. Vamos nessa! 

***

Synder estava no convés desenhando quando seu irmão Thomas chega...

- Synder...

- Ah, oi Thomas. Tudo bem? – disse ela sorrindo.

- Sim... Bom, mais ou menos – disse Thomas cabisbaixo.

- Ah, o que foi Thomy? – disse abraçando-o.

- Por mais macho que eu possa parecer, eu sinto falta da nossa mãe sabe...

- Eu sei Thomy, sei o que você sente. Mas não se preocupe, estamos perto do nosso destino e de cumprir nossa parte na história... Apenas, tenha paciência.

- Eu sei Syndi – disse Thomas abraçando-a. Mas sabe do que mais eu sinto falta?

- O que Thomy?

- Meu videogame... – disse ele rindo tristemente.

- Thomy! Notícia ótima pra você! Eu trouxe na minha mochila meu videogame pequeno! – disse ela sorridente.

- Ah, eu não acredito! Sério mesmo?! Ah maninha, valeu! – disse Thomas apertando Synder de tanto abraçar.

***

- Tá aqui, divirta-se Thomyzinho meu! – disse Synder apertando as bochechas do Thomas e dando um beijinho.

- Tá, tá. Também não é pra tanto. Deixa que as garotas das ilhas façam carícias em mim, valeu? – disse Thomas dando risada.

- Ah, por que eu ainda tento... Te vejo depois Thomas – disse Synder indo para o leme.

- Tá, tá, até depois – disse Thomas concentrado no jogo.

***

- Synder! – gritou Tetra.

- O que?

- Vem cá, você precisa ver isso!

Synder vai até a parte superior do barco. E depara-se com o horizonte magnífico, com golfinhos e um pôr do sol.

- Puxa vida... Às vezes eu penso que nada acontece por acaso...

- Você quer dizer que seu destino, era estar aqui não é?

- É. Isso mesmo. Sabe, eu realmente desejo que, quando eu e Thomas tivermos que partir para nossa era, vocês se lembrem de nossas aventuras aqui e que fique em nossa memória para sempre – disse Synder olhando para o horizonte.

- Entendo... Também espero isso... Mas Synder... Você quer realmente que o Zuko te reconheça no futuro não é? Você realmente gosta dele... – disse Tetra.

- Sim Tetra. Eu realmente espero isso. A verdade é que, eu não apenas gosto do Zuko... Eu o amo, e sinto que ele sente o mesmo por mim. Sinto também que ele parece ser aquele homem com quem vou passar todos os dias de minha vida.

- E por que não diz isso á ele? – perguntou Tetra.

- Não posso! E se, por um acaso, no futuro Zuko não apareça? Vou amar uma pessoa que não existe na minha era real! Não vou conseguir viver direito, me entende?

- Entendo sim, prima. Mas, mesmo assim, você deve confiar em seu coração. Ele a ama também, e deve esperar o mesmo que você no futuro. Arrisque Synder. Siga o que você realmente sente – disse Tetra.

- Eu vou pensar, pois ainda estou muito confusa com tudo isso... Mas muito obrigada pela força Tetra, amo você prima! – disse Synder abraçando-a.

- Claro Synder, amo você também! E não se preocupe com o que virá á frente... O que importa é o que faremos juntos, certo? – perguntou Tetra.

- Certo!

***

Viajaram por duas semanas, treinando, praticando golpes e fazendo planos. Fazendo paradas em algumas ilhas distantes, perdidas no vasto oceano... E a viajem estava muito cansativa, então resolveram parar numa ilha chamada Ilha Haykei. Todos desceram do barco e foram procurar estadia na aldeia. Era uma ilha onde habitavam pessoas de classe mais elevada, então as estadias tinham muita classe e sofisticação.

- Ah cara! Era disse que eu estava falando! – exclamou Thomas.

- O que Thomy? – perguntou Synder.

- Camas descentes, hehehe – disse sorrindo bem abertamente.

- Ah Thomas – disse ela virando os olhos.

- Com licença moça, você sabe de algum lugar recomendado para passarmos alguns dias? – perguntou Ganon para uma mulher que vendia vasos artesanais.

- Oh, sim. Indico a Estadia do Senhor Chan, é a melhor da ilha, além da classe – disse a moça sorrindo.

- Ah obrigada – disse Ganon seguindo para a estadia, junto com os outros.

Dentro da casa...

- Puxa vida! – exclamou Thomas.

- Nossa, é linda mesmo essa estadia! Olha que lindos móveis – disse Synder.

- É. Realmente vai ser ótimo ficar aqui – disse Tetra piscando.

- Bem, vou registrar todos nós – disse Ganon. Gary! Pegue minha carteira, e venha.

- Sim senhor. Ah, senhor? Posso ficar no quarto com as meninas? – disse Gary com um sorriso.

Ganon bate na nuca de Gary...

- Ai! Por que isso? – exclamou Gary.

- Muito certo, que eu vou deixar você com as meninas, garoto enxerido! Vai ficar comigo e com os rapazes. E vai ficar bem quieto, entendeu?

- Sim senhor – disse Gary abaixando a cabeça, emburrado.