What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 29
Capítulo 28 – Jar Of Hearts


Notas iniciais do capítulo

Olá, povo!
E aí, como é que vocês estão?
O capítulo de hoje tem algumas reviravoltas...
Depois me contem o que acharam!
Beijos
p.s.: tem aviso lá embaixo



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Capítulo 28 – Jar Of Hearts

Alguns dias se passaram. Uma imutável onda de preocupação ainda era predominante no castelo, mas nenhum ataque havia ocorrido depois do de Tom Riddle e o Diretor Dippet se sentia mais tranquilo. Ainda sim, o antigo mestre de Runas Antigas de Hogwarts não se deixava enganar e continuava apostando em uma alta vigilância.

Tom não estava exatamente saltitando de alegria com essa notícia, mas após todo aquele tempo enclausurado na Ala Hospitalar, seu humor entrou numa constante de tédio infindável. Ao se ver rodeado de todos os sangues ruins que colocara ali, seu ódio crescia ainda mais em seu peito. Enclausurado com a escória! Era só o que me faltava! Por vezes considerou matar todos, finalizar o trabalho de vez; tinha sua varinha em mãos e podia muito bem lançar uma maldição da morte, não seria sua primeira vez executando o feitiço…. O fato é que não havia como fazer isso sem que fosse descoberto na hora que ele era o Herdeiro, que ele era o responsável pelos ataques… Fora que ele vivia cercado por Pomfrey e Lupin, que também estavam em quarentena.

Hermione aparecia de vez em quando. Tecnicamente ela não podia, mas Lupin havia convencido seu colega e o Diretor de que se ela não fizesse visitas constantes ao rapaz ele acabaria morto de tédio ou sua condição poderia vir a piorar.

As visitas eram curtas, mas após um número relevante delas ele notou que a castanha estava pálida e abatida. Já tinha percebido isso antes… Mas nunca tivera tão tentando a lhe perguntar o que acontecia como na última vez que ela apareceu para lhe ver.

Depois de resistir até o último, proferiu apenas três palavras “você está bem?”. Ele não sabia o que tinha lhe dado para fazer isso… Como resposta obteve um olhar bem intimidador da parte de Hermione e uma resposta bem mal educada. Com isso ele não mais perguntou se ela estava bem, mas ele sabia que algo estava errado com a garota…

– Tom? – chamou-lhe Dr. Pomfrey.

– Bom dia, Doutor! – respondeu o rapaz, procurando ser polido, mesmo que quisesse apenas encarar o homem sem dizer uma palavra e esperar que ele fosse embora.

– Ora, rapaz! Melhore essa expressão de desânimo! Tenho uma notícia muito boa para lhe dar!

Tom teve vontade de olhar para Pomfrey com desdém, mas apenas suspirou e disse:

– Que notícia, Doutor?

– Está liberado! – declarou o curandeiro, exultante – Observamos você por um tempo além do que necessitava sua recuperação, para ter certeza se nada voltaria a acontecer… Seu caso foi inédito na história da medicina bruxa, meu caro! Estávamos preocupados. – Pomfrey acenou com a mãos – Mas agora está tudo bem e você já pode e deve voltar a sua rotina!

Aquilo era música para os ouvidos do sonserino! Tudo o que mais almejava era sair daquele lugar!

Tinha contas a acertar com quem o pusera lá.

Conversou mais um pouco com o curandeiro e depois recolheu suas coisas e colocou suas vestes habituais, seguindo para o Salão Comunal da Sonserina. Ainda estava na hora do café, então a grande maioria das pessoas estava no Salão Principal, ainda degustando da deliciosa comida de Hogwarts!

No Salão Comunal da Sonserina, entretanto, havia uma única pessoa escrevendo o que parecia ser uma carta. Essa pessoa era Jade Amethyst Bulstrude.

– Tom! – ela exclamou ao vê-lo – De alta?

– Sim. Finalmente. – olhou para todo o Salão, reabsorvendo qualquer detalhe que pudesse ter perdido em sua ausência; depois voltou seus olhos para Jade novamente – Escrevendo para seu irmão?

– Sim! Tenho que atualizá-lo sobre minha vida vez ou outra. – ela pausou – E você? Já atualizou um certo alguém de que deixou a Ala Hospitalar?

– Não vejo quem poderia se beneficiar da notícia, além de mim. – disse ele, mesmo sabendo que a ideia de procurar uma certa grifinória tenha martelado em sua mente algumas vezes.

Balançou a cabeça, procurando se livrar do pensamento.

– Ah, sim. – disse Jade – E eu sou a Morgana! Vou fingir que eu não ouvi a escola inteira comentando que uma certa garota do futuro lhe fazia visitas. – ela riu.

Tom se frustrou. Que diabos Jade quer com isso?

– Jade – chamou ele –, explique logo qual é o seu grande problema, pois não vejo onde quer chegar com essa conversa.

– Ora, Tom! Não se faça de sonso! – Tom se via a um segundo de aniquilar Jade, mas esta prosseguiu – Eu sei que é uma contradição a suas próprias crenças, mas você pode admitir pra mim, somos amigos agora. E eu já passei por isso, você sabe… Eu sei que você está apaixonado pela Hermione – ela sorriu – Diria mais. Você a ama.

Um turbilhão de emoções que ele nem fazia ideia de que era capaz de sentir golpearam o rapaz com uma força avassaladora. Ele, Tom Marvolo Riddle, apaixonado?

Amando?

– O que foi que você disse, Jade? – ele perguntou, tentando se manter indiferente, mas sua voz saiu estrangulada e furiosa.

Os olhos da morena se esbugalharam.

– Oh, meu Merlin! Você ainda não tinha percebido?

Claro! Tão óbvio! Pensou ele, com ironia. Porque a primeira coisa que ele julgaria sobre si seria essa: que estava apaixonado! Que estava amando alguém! Estava confuso, tudo parecia errado, o que Jade disse parecia extremamente errado! Não sabia o que estava fazendo, só sabia que se movia. Estava em choque, em transe… Em algum tipo de encantamento que o fazia, verdadeiramente, ver algum sentido no fato de ter se apaixonado por Hermione! Ele! Justo ele! Que não tinha emoções em si desde… Sempre? Agora… Amava?

Sim, amava. Essa era a única explicação plausível para o fato de sentir o que sentia quando o assunto englobava Hermione Granger. A explicação mais plausível para querer matar o Ruivo quando ele estava muito perto dela, abraçando-a, quase beijando-a…

Mas ele sabia que amar era a pior coisa! Fora o amor que destruíra sua mãe! Fora o amor que acabara com qualquer chance de Mérope Gaunt ter uma vida.

Amar… Era pior das maldições.

E ele estava sob seu efeito.

#*#*#

Jade mordia o lábio inferior com tanta força que ficou surpresa por ele não começar a sangrar. Após ver Tom Riddle sair desnorteado do Salão Comunal ela ficou imóvel, pensando que tinha acendido o pavio de uma bomba!

Mas ela não podia imaginar que logo Tom pudesse deixar passar algo tão importante e tão grande sobre si mesmo! Era quase inacreditável! Mas quem sou para julgar? Pensou a morena. Fiz a mesma coisa, ignorei o que sentia por Gunther.

– Jade? – uma voz a chamou e ela percebeu que Gunther estava parado em pé atrás dela.

– Gunt! – ela exclamou e se virou para ele – Eu acabei de fazer algo e não tenho certeza de como isso vai repercutir.

Gunther a olhou um tanto espantado e fez um movimento indagativo com a cabeça, perguntando:

– O que houve, Jay?

Ela mordeu o lábio novamente e depois lhe respondeu.

– Eu contei ao Tom que ele está apaixonado pela Hermione. E ele… Ele saiu andando, completamente tresloucado!

Jade esperava que Gunther fizesse qualquer coisa, menos o que ele fez.

Ele começou a rir!

– Gunther! – ela repreendeu, brava com o fato dele levar algo tão sério como se fosse uma piada.

– Jade! – ele enxugou as lágrimas que saiam de seus olhos, devido a risada – Você realmente achava que o Lorde, justo o Lorde, ia aceitar bem uma notícia dessas? – ele balançou a cabeça – Ele deve estar espantando que tem algum sentimento dentro de si, isso sim. Ah, não! Não me faça essa cara… Nós dois sabemos que ele é incapaz de amar… Ou sabíamos… Você tem certeza que ele está apaixonado pela Hermione?

A morena assentiu, percebera aquilo de pronto.

– Sim. Desde de o início… Bom, provavelmente ele não está apaixonado por ela desde que a viu. Mas ele gosta dela, sim. Desde o começo ele mostrou um interesse especial nela. Você lembra disso, não lembra? De como ele não me deixou nem ao menos obliviá-la depois dela ter escutado uma reunião secreta. Logo após, ele a fez sua Comensal… E não é difícil gostar da Hermione. Eu a odiava e hoje a considero minha amiga…

Gunther a abraçou.

– Uau.

– O quê? – ela perguntou.

– Nada, é só… Eu sei o que Hermione fez, mas eu nunca esperava que vocês se tornassem amigas. Como você disse, você a odiava.

– Eu a odiava por motivos que hoje não existem mais… Ciúmes do Tom, medo dela tomá-lo de mim. – ela soltou um muxoxo de desdém – Isso não me importa mais.

– Que bom.

Gunther a beijou calidamente na testa e ela sorriu, percebendo que ele entendera que ele era o motivo de sua mudança. Ele sempre seria a pessoa que fazia melhor, mesmo que ela não fosse uma pessoa inteiramente boa. E Hermione era a razão que ela o tinha, ela a ajudara e a sonserina jamais esqueceria essa dívida.

Só espero que Tom não a machuque. Ela sim é uma pessoa inteiramente boa. E não merece isso.

#*#*#

Hermione Jean Granger havia acabado de bater à porta da Ala Hospitalar, como adquirira o hábito de fazer desde que Tom fora internado. Mas, ao contrário do que acontecia sempre, Edgar Pomfrey parecia bem chocado em ver a garota ali.

– Olá, Srta. Granger. – disse ele.

– Olá, Dr. Pomfrey! Posso ver Tom?

– A senhorita não ficou sabendo? Achei que Tom a procuraria assim que… Bom, ele foi liberado hoje mais cedo. Deve estar sem seu Salão Comunal, creio eu.

A garota ficou feliz – e levemente espantada – ao ouvir que Tom havia sido liberado.

– Oh, sim! – exclamou ela – Isso é ótimo!

Pomfrey lhe deu um sorriso.

– Vocês são um casal muito bonito, Srta. Granger.

Hermione, estupefata, respondeu:

– Não somos um casal, Doutor. Mas obrigada… – eu acho, acrescentou em sua mente. Primeiro Murta, agora Pomfrey!

– Oh! – Pomfrey parecia levemente embaraçado com a sua gafe – Não há de quê, senhorita. Bom, eu preciso… Preciso ver algumas coisas aqui. Tenha um bom dia!

Ela assentiu e se despediu. Ela não havia ficado encucada com isso antes, mas agora parecia que realmente haviam rumores sobre sua relação com Riddle. Ela balançou a cabeça.

Não havia relação, mesmo que por vezes ouvisse burburinhos que sugerissem o contrário. A garota sabia do sentimento que nutria por Riddle, já havia até o confessado aos amigos, era verdade. E mesmo que Dumbledore tivesse lhe dito que talvez seu amor pudesse salvar Tom do que estava dentro dele, ela não sabia.

Com todas as suas forças, ela queria ignorar quem ele era… Ou melhor, quem ele viria a ser. Queria ignorar que, se ele viesse a descobrir que seu sangue não era puro… Céus! Um tremor perpassou pela espinha de Hermione. Será que ela poderia mudar isso? Será que ela poderia mudar seu ódio por nascidos trouxa? Ou isso era uma parte tão profunda dele, que ele jamais consideraria olhá-la de novo se soubesse da verdade?

Em um mundo perfeito teríamos nascido no mesmo tempo e Tom não estaria ameio caminho de se tornar um psicopata! Merlin! Amá-lo? Queria poder me refrear… Queria poder convencer a mim mesma de que isso é muito mais perigoso do que bancar a Comensal da Morte! Por que não consigo? Por que não consigo, nem por um minuto, deixar de pensar nele?

(N/A: link da música: http://www.vagalume.com.br/christina-perri/jar-of-hearts-traducao.html)

Enquanto os pensamentos lhe rodeavam a mente ela percebeu que havia esbarrado em alguém. E, ironicamente, a pessoa era justamente Tom Riddle.

– Tom! – exclamou ela, genuinamente feliz por vê-lo.

Ele estava diferente. Havia lago em seus olhos que parecia alertar a garota para sair dali o mais rápido possível. Ele parecia bêbado de raiva!

Sei que não posso dar mais nenhum passo na sua direção

Pois só o que me aguarda é arrependimento

Você não sabe que não sou mais a sua fantasma?

Você perdeu o amor que eu mais amei"

– Hermione. – ele disse o nome dela com certo desgosto que a surpreendeu.

– Pomfrey me disse que você foi liberado! Isso é ótimo!

– Obviamente.

Eu aprendi a viver, meio viva

E agora você me quer mais uma vez"

A garota começou a se sentir incomodada. Que diabos tinha acontecido?

– Está tudo bem, Tom Parece irritadiço…

Ele a olhou com um desdém.

E quem você acha que é?

Andando por aí, deixando cicatrizes

Colecionando um jarro de corações

Despedaçando o amor

Você vai pegar um resfriado

Do gelo dentro da sua alma

Então não volte por mim

Quem você pensa que é?"

– Irritado? Não sei se essa é palavra correta para classificar meu estado de humor. Sabe, Hermione, um boato se espalhou pelo castelo. Um boato de que somos… Uma espécie de casal. Está familiarizada com esse comentário? Não me leve a mal, é bem bonita, inteligente, preza muitas coisas que admiro, mas não quero esse tipo de rumor circulando por aí.

Ouvi dizer que você anda perguntando

Se eu estou em qualquer lugar para ser encontrada

Mas eu me tornei muito forte

Para nunca cair de volta nos seus braços"

A castanha estava estupefata, para dizer o mínimo.

– E você acha que eu quero? – perguntou – Meu Merlin! O pessoal desse ano não tem o que fazer! Primeiro, eu era namorada de Rony – a castanha não viu, mas os olhos de Tom estreitaram a menção do nome do ruivo – E agora sou a sua? – ela sorriu, um tanto cínica – Mas nunca pensei que pudesse se incomodar com esse tipo de rumor! Afinal, você é Jade eram um casal.

Eu aprendi a viver, meio viva

E agora você me quer mais uma vez"

– Ah, sim. – ele lhe sorriu – Mas eu estava numa fase diferente de meus planos. As coisas mudam. O fato é que não quero que achem que estou em um relacionamento, especialmente com você.

E quem você acha que é?

Andando por aí, deixando cicatrizes

Colecionando um jarro de corações

Despedaçando o amor

Você vai pegar um resfriado

Do gelo dentro da sua alma

Então não volte por mim

Quem você pensa que é?"

A garota sentiu o sangue subir para sua bochecha. O que ele estava tentando insinuar com aquilo? Que ela era indigna ser a namorada do grande e idiota Tom Riddle? Ela só fora chamado por Lupin porque ele havia desenhado-a! Ela buscara notícias dele no dia do ataque, sim, mas depois só continuara aparecendo na enfermaria porque ele se regozijava em sua presença!

Levou tanto tempo para eu me sentir bem

Lembrar de como devolver a luz aos meus olhos

Eu queria ter perdido a primeira vez que nos beijamos

Pois você quebrou todas as suas promessas

E agora você voltou

Você não irá me ganhar de volta"

– Tom… – ela começou, tentando se manter calma, mas ela a interrompeu.

– Aqui está outra coisa que precisamos esclarecer. Assim como o resto de meus Comensais você deveria começar a me tratar por “Milorde”.

Hermione sentiu o sangue fervendo. Aquela era a última gota! Estava farta de todas aquelas sandices que acabara de escutar!

E quem você acha que é?

Andando por aí, deixando cicatrizes

Colecionando um jarro de corações

Despedaçando o amor

Você vai pegar um resfriado

Do gelo dentro da sua alma

Não volte por mim

Não volte nunca"

– “Milorde”? – ela grunhiu, com a voz sarcástica – Ora, Riddle, realmente espera que eu lhe chame de Lorde? Pois sente e continue esperando até morrer! – ela riu, um tantinho desdenhosa – Que petulância a sua! Tudo o que eu fiz foi lhe prestar alguma assistência como amiga – frisou – e você está preocupado com boatos e Merlin sabe mais o quê?! Quer saber? Eu vou facilitar as coisas para você!

E quem você acha que é?

Andando por aí, deixando cicatrizes

Colecionando um jarro de corações

Despedaçando o amor

Você vai pegar um resfriado

Do gelo dentro da sua alma

Não volte por mim

Não volte nunca"

A garota saiu andando em direção à Torre da Grifinória, completamente fula da vida.

Tom Riddle era um energúmeno patético.

E ela o amava.

Ridículo, pensou ao passar pelo Retrato da Mulher Gorda.

Quem você pensa que é?

Quem você pensa que é?

Quem você pensa que é?"

#*#*#

A mão latejava febrilmente. Tom desferira um soco contra a parede depois que castanha desaparecera no final do corredor. Estava com raiva de sim mesmo, por perceber que queria correr até ela e lhe pedir desculpas, e dela, por lhe provocar tais sentimentos.

Pelo amor do bom Merlin! Ele era Tom Marvolo Riddle! Lorde Voldemort, herdeiro dos Gaunt, herdeiro de Salazar Slytherin! Ele tinha um propósito: livrar o mundo bruxo da escória. E vingar sua mãe. Mérope Gaunt.

Quando matou seu pai e seu avós naquela noite em Little Hangleton percebeu que vingar sua mãe incluía muito mais do que fazer o canalha responsável por ela ter definhado pagar por isso. Ele precisava retirar toda a escória do mundo! Precisava de poder! E para obter poder não podia se deixar cometer o mesmo erro de Mérope.

Não poderia amar, jamais.

E agora que se via apaixonado por Hermione, possivelmente amando-a, só via uma alternativa para conseguir o que tanto almejava: se afastar dela. Podiam até ter o mesmo objetivo, mas caso essa história seguisse em frente ele estaria perdido!

Na realidade, já estava. Percebeu isso quando lhe doeu dizer tudo o que falou a ela; quando, ao ver que a tinha magoado, quis retirar as palavras, como se pudesse fazê-lo; quando sua primeira vontade foi a de beijá-la, tê-la para si.

Mas isso não era uma opção viável. Ele precisava seguir seus objetivos e nenhum deles incluía se apaixonar.

E isso nunca mudaria.

#*#*#

Harry estava sentado, sozinho, lendo o livro do Príncipe Mestiço em frente a lareira no Salão Comunal na Grifinória. Pensava que os últimos dias haviam sido os mais solitários e irritadiços de sua vida.

Era ridiculamente engraçado como todos em Hogwarts fofocavam sobre as visitas de Hermione Granger a Tom Riddle. Agora, eles estavam sendo tachados com um “casal”.

Não era possível, para Harry, descrever o quanto aquilo lhe soava absurdo! Aliás, gostaria de poder crer que tais visitas era invencionices de mentes loucas por alguma fofoca, mas sabia que eram reais.

Teve vontade vomitar.

Foi então que a visão da própria Hermione cortou-lhe a linha de raciocínio. Ela passou elo buraco do retrato em um rompante, uma expressão furiosa em seu rosto, mas Harry conseguiu capturar algo que ela estava tentando mascarar. Um relance de tristeza.

Bastou isso para Harry concluir que algo de ruim havia acontecido a ela e, por uma fração de segundo, pensou em ir atrás dela e confortá-la. Era sua melhor amiga e ele a queria tão bem quanto era possível.

Mas deixou o corpo arriar na poltrona. Harry James Potter era um ótimo amigo, mas também era orgulhoso. Hermione havia traído sua confiança e não sentia o menor remorso por isso.

Ainda sim, ele estava preocupado com ela.

Quando Gina passou pelo buraco do retrato ele soube o que fazer. Se aproximou da ruiva, antes que ela pudesse achar um local para sentar e disse, muito rapidamente.

– Hermione não está bem. Ela entrou há pouco e algo parecia muito errado.

Gina abriu a boa e ficou olhando para ele, espantada.

– Certo. – disse, depois de algum tempo – E, Harry?

– Oi?

– Obrigada.

#*#*#

Hermione estava mais brava do que chateada, para falar a verdade. Tudo o que ela queria no momento era entender por que Riddle era tão potencialmente problemático! Porque ele é Voldemort, respondeu a vozinha em sua cabeça. Claro que ela não esperava que os Lorde das Trevas fosse são, mas, com certeza, menos idiota!

A castanha ouviu a porta do dormitório se abrir e virou-se para encarar Gina, que a olhava visivelmente preocupada.

– Você está bem?

– Sim. Não. Ah! – ela grunhiu – Não sei! – Gina sentou-se ao seu lado – Gina, por que eu não podia continuar gostando do Rony?

A ruiva não parecia acompanhar a linha de raciocínio de Hermione.

– Aconteceu alguma coisa entre você e o Riddle? Uma briga… Ou… Não sei. Aconteceu?

– Sim. – respondeu Hermione, evasivamente – Mas não é esse meu ponto. – a castanha suspirou pesadamente antes de continuar – Ele é ou vai se tonar um assassino! Ele matou tanta gente que eu nem consigo numerar e… Como eu posso gostar dele, Gin? Sabendo disso? Sabendo de tudo que eu sei?

A ruiva parecia irriquieta por um instante. Depois, se levantou e foi diretamente até o criado-mudo de Hermione, abriu a primeira gaveta e de lá tirou várias folhas. A castanha sabia o que eram antes mesmo que a ruiva colocasse-as em seus colo: eram os desenhos que Riddle fizera dela, desde o primeiro até o último, que ele desenhara antes de sua última visita ao garoto quando ele ainda estava internado na Ala Hospitalar.

– Eu não sou a maior fã de Tom Riddle da face da terra – começou a ruiva – e eu não vou ser hipócrita e dizer que gosto da ideia de sua paixão por ele. Ela me assusta e muito. Seria tudo melhor e mais simples mesmo se você pudesse gostar de Rony da forma que você costumava gostar, mas não é isso que acontece, Mione. Riddle roubou seu coração. Eu não sei o que você viu nele, mas eu posso te dizer algo, como alguém que está parcialmente de fora da situação, ele ainda não é totalmente das trevas. Eu não estou dizendo que ele não seja mal, ele é. Mas as trevas de Voldemort não estão nele… Olhe para os desenhos – pediu a ruiva e a amiga o fez – Você acha que alguém que possui trevas iguais às de Voldemort poderia fazer algo assim? Algo como esses desenhos?

Hermione ficou em silêncio. Absorveu as palavras da amiga vagarosamente.

– Dumbledore me disse que se há alguém que pode tirar o que tem dentro dele, as trevas, esse alguém sou eu. – disse a castanha, olhando para a amiga.

Gina pegou sua mão e lhe deu um aperto de conforto.

– Eu concordo. Jamais acharia isso possível antes, mas eu vi muita coisa desde que chegamos aqui… E se Dumbledore disse isso, Mione, é porque provavelmente é possível.

Hermione recostou a cabeça no ombro da amiga. Dumbledore acreditar nisso era um fator de peso. Mas Gina? Gina não era imparcial. Se ela dizia isso, talvez realmente houvesse esperança! E era a única coisa que ela podia se agarrar naquele momento!

Contudo, a castanha ainda estava absolutamente brava com o rapaz por aquele showzinho que ele dera… Decidiu que lutaria pelo que acreditava, mas primeiro Riddle precisava de uma lição! Um belo de um gelo!


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Notas finais do capítulo

E aí, gente?
Me contem, o que vocês acharam dessa maravilhosa descoberta do Sr. Tom Riddle! E sobre como ele resolveu lidar com isso...
E também do que acharam da decisão da Mi!!

Ah, o aviso que eu tenho pra dar é o seguinte. Domingo agora e no próximo eu tenho vestibular, então essa segunda e segunda que vem não vai ter capítulo =|
É, eu sei que eu prometi toda segunda e sexta, mas nessas duas segundas não vai ter como mesmo. Se eu me comprometer a postar, provavelmente vou atrasar ou não vou produzir um capítulo coerente e bom. Espero que possam entender =)
Portanto, o próximo capítulo sai sexta que vem dia 27/11

Beijos!



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