What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 14
Capítulo 13 - Breath Of Life


Notas iniciais do capítulo

Oii, geente.
Dessa vez eu nem demorei tanto, né?
Ok, esse capítulo tem forte emoções....
Bom, eu vou deixar vocês descobrirem por si mesmos...
Espero que gostem...
Ele é dedicado a vocês, meus lindos!!
Nos vemos lá em baixo.
:*



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Capítulo 13 - Breath Of Life



Hermione estava sentada no Salão Principal, entre Gina e Harry. A sua frente, Minerva e Harfang comemoravam animadamente a volta de Charlus e Septimus.

– Eles devem chegar dentro de uma hora, o mais tardar. – Harfang falou, antes de engolir duas torradas.

– Amanhã recomeçam as aulas. – Minerva comentou com um sorriso – Graças a Merlin! As aulas devem distrair a todos...

Hermione viu Harfang revirar os olhos e ela reprimiu o riso, mas uma pergunta latejou em sua mente: seria esta a reação de Harry, Ron ou Gina quando ela falava algo a respeito da escola, livros e pesquisas? Um olhar cúmplice entre Rony e Harry confirmou a pergunta.

– Também estou animada com a ideia, Minerva. – Hermione falou – Ainda que esteja um pouco apreensiva, mas o currículo de ensino não pode ter mudado tanto, não é?

– Creio que não. – respondeu a futura professora – Mas, de qualquer forma, vocês poderão se distrair... Principalmente nas aulas de Transfiguração! Dumbledore é um professor divino!

– Obrigada, Srta. McGonagall. – a voz de Dumbledore soou atrás deles – Poucos alunos admiram minhas aulas como a Srta.

Hermione podia jurar que viu o rosto de Minerva ficar alguns tons mais escuros. Dumbledore voltou seus olhos para ela, Harry, Gina e Ron.

– Tenho um assunto importante para tratar com vocês quatro, mas vejo que agora não é o momento mais oportuno... – ele pausou – Depois que tomarem o desjejum vão, por favor, ao meu gabinete. É importante.

O professor deu as costas e saiu com a capa esvoaçando atrás de si. Gina parecia preocupada, assim como Rony, mas Hermione estava tranquila... Se fosse algo muito urgente, Dumbledore os teria os tirado da mesa do café.

– O que será? – a ruiva perguntou baixinho, alguns segundos depois.

– Não creio que seja nada de mais, Gin. Mas, de qualquer forma, acho que devemos nos apressar com esse café...

A castanha tomou um generoso gole do chocolate quente a sua frente. Sentiu sua garganta queimar um pouco ao contato com líquido quente, mas se sentiu bem. A sensação do recomeço das aulas faziam as coisas parecerem mais com 1996 desde que tinha chegado ali. E isso era ótimo já que agora, mais do que nunca, ela não queria aparentar estranheza ou preocupação... Jurara a si mesma que faria as coisas voltarem a ser como eram, mesmo que tivesse a Marca Negra no braço agora.

Ainda estava em choque e enojada com o fato de ter a Marca em seu braço. Quando acordou, pensou que havia sido um sonho, que ainda tinha o braço liso e sem nenhuma “tatuagem” sombria, mas ao levantar a manga, percebeu que tudo aquilo havia sido muito real.

É claro, que ainda estava envergonhada, mas não havia nada o que fazer. Como diria sua avó, Remy, agora Inês era morta. Não havia nada o que pudesse fazer para mudar o que havia feito, sua única solução era levar seu plano adiante até que, finalmente, pudessem deixar o passado.

– Mione, vamos? – Gina chamou.

– Sim, é claro.

Harry e Rony já estavam de pé. Hermione acenou para Harfang e Minerva, a última lhe deu um sorriso confiante ao acenar de volta.

Nenhum dos quatro trocou uma palavra sequer até chegarem ao gabinete do futuro diretor. Hermione formulava ideias do que poderia se tratar o tal assunto importante que Dumbledore tinha com eles, mas não chegou a nenhuma conclusão. Não deve ser nada demais, afinal...

Foi Harry quem bateu na porta do professor. Hermione sabia que mesmo estando em um tempo diferente Harry se sentia ligado a ele, e não poderia ser diferente. Na mente da castanha, Dumbledore era para Harry bem mais do que o diretor de Hogwarts, era uma espécie de mentor especial.

– Entrem, por favor. – a voz de Dumbledore cortou o imenso silêncio.

O professor acenou com a varinha e duas poltronas confortáveis surgiram para fazer companhia as que já estavam dispostas frente à mesa.

– Sentem-se, por favor. – eles obedeceram e Dumbledore voltou a falar – Preciso conversar com vocês a respeito de suas grades curriculares.

Hermione escutou o suspiro de alívio de Gina, que relaxou quase que completamente na poltrona.

– Acho que seria, pelo bem de todos, se vocês continuassem cursando as mesmas matérias de 1996. Não acho que tenham ocorrido tantas mudanças no ensino... – ele sorriu e os encarou por de trás dos oclinhos de meia lua – O que vocês acham?

– Estou de acordo. – Hermione disse, ela não tinha nenhum interesse em deixar de fazer qualquer uma de suas aulas.

– Também. – Harry e Rony falaram quase em sincronia.

– Por mim tudo bem. – Gina falou.

Dumbledore sorriu e passou um pergaminho com todas as matérias escritas nele e uma pena para cada um.

– Se vocês pudessem assinalar as matérias às quais cursam, ficaria mais fácil de encaixar vocês nas salas.

A lista fora escrita com uma caligrafia pequena e rebuscada, o que dificultava um pouco a leitura das palavras, mas Hermione conseguiu identificá-las vagarosamente.

Adivinhação

Aritmancia x

Astronomia x

Defesa Contra as Artes das Trevas x

Estudo dos Trouxas

Feitiços x

Herbologia x

História da Magia x

Poções x

Runas Antigas x

Transfiguração x

Trato das Criaturas Mágicas

Depois de marcar as disciplinas que cursava, ela devolveu o pergaminho à Dumbledore e esperou que os outros fizessem o mesmo. Hermione estava completamente animada com a ideia de ter aulas novamente, de poder se concentrar em algo que não fosse culpa e mentiras.

– Está bem, então. – disse Dumbledore depois de pegar o pergaminho de Harry – Vejo vocês amanhã, certamente, já que todos aqui cursam Transfiguração.

Eles deixaram a sala rapidamente e seguiram para Torre, mas, agora, andavam vagarosamente e não havia aquele silêncio incômodo no ar.

– Ah, ainda bem que era só isso... – comentou Ron.

– E o que mais poderia ser? – perguntou Harry, rindo.

– Não sei. Mas sempre que somos chamados é porque algo de estranho ou ruim aconteceu.

– Ah, Ron! – Hermione disse, também rindo – Mas isso em nosso tempo...

Gina começou a gargalhar.

– Gina, o que foi? – Harry perguntou.

– Nada de mais... Mas... A gente tem um tempo?

Dessa vez os quatro caíram na risada. Sim, Gina tinha razão. O fato de quatro adolescentes terem um tempo era absurdamente engraçada.

– É. A gente tem um tempo. – Hermione confirmou, enxugando o olho que começou a lacrimejar de tanto que ela riu.

– Isso é no mínimo... Estranho. – Gina disse devagar.

– E quando foi e algo foi normal por aqui? – Ron perguntou e Harry riu.

Quando eles chegaram frente ao buraco do retrato, a Mulher Gorda os olhou com tal espantou que os fez gargalhar ainda mais.

– Vocês estão bem?

– Sim, muito bem. – Gina respondeu.

– Sei. – a Mulher Gorda sussurrou – Parece até que entornaram uma garrafa de firewhisky... A senha, por favor?

– Veritasserum. – Hermione disse.

Eles entraram no Salão Comunal ainda rindo e ocuparam um lugar no fundo da Sala. Minerva e Harfang não estavam em nenhum lugar a vista.

– Desculpa dizer – Gina começou – mas a Mulher Gorda tinha razão... O que foi que deu na gente?

Hermione não sabia, mas tinha uma teoria. Aqui eles não eram vistos como certinhos ou salvadores da pátria bruxa, eram apenas estudantes vindos do futuro que pareciam alegres demais, mas nada além disso. Imagine como seria em 1996 se eles resolvessem fazer isso? No mínimo, iriam parar na enfermaria e Madame Pomfrey os olharia com um desgosto palpável.

Harry tirou um livro de dentro das vestes e pôs-se a lê-lo, quando Hermione viu quase teve uma síncope.

– Por Merlin, Harry! Eu não acredito!

O moreno ergueu a cabeça do livro e olhou para amiga, assustado.

– O que foi, Mione?

– Achei que você tivesse dado um fim nesse livro.

– Por quê?

– Não vi você com ele há mais de uma semana, então...

Harry fechou a cara para a amiga.

– Mione, pare de implicância, por favor! O livro não tem nada demais... – ele balançou a cabeça e voltou seu olhar para o livro novamente – Eu achei algo no livro.

– Algo que indica de quem é? – perguntou a castanha, quase saltando no sofá.

– Talvez. Está com a data desse ano... Isso quer dizer que o príncipe mestiço estuda nessa época de Hogwarts.

– Isso é perfeito! – disse Hermione, animada.

– Claro que é. – Rony comentou com sarcasmo – Vamos intimar todos os alunos da escola... “Ei, você! Você é o Príncipe Mestiço?”.

– Muito engraçado, Ronald. – a castanha falou – Mesmo que você ache a informação inválida, pelo menos é um ponto de partida. O tal príncipe estuda aqui, talvez já o tenhamos visto...

Planos começaram a ser traçados na cabeça da castanha. Por mais que ela odiasse admitir o fato, deveria ser uma pessoa inteligente, já que inventava feitiços; sendo inteligente, deveria frequentar a biblioteca, regularmente, no mínimo. Talvez... Se Hermione fizesse uma visita casual um dia, para observar... Ou fizesse algumas perguntas a Jean Pince...

Ela não era muito boa com investigações “cara-a-cara”, mas aquele era um assunto importante, desde que vira o livro pela primeira vez Hermione decidiu-se que iria descobrir quem era o tal Príncipe.

Minerva e Harfang entraram pelo Salão Comunal, trazendo Charlus e Septimus a reboque. Hermione ficou um pouco espantada, achou que o trem tivesse adiantado, mas quando consultou o relógio de Rony, percebeu que o tempo realmente tinha passado rápido.

– Ei! Vocês voltaram... – Gina comentou, sorrindo.

– Sim, sim. – Charlus respondeu – Nunca, em toda a minha vida pensei que você dizer isso, mas estou feliz pelas aulas recomeçarem.

Septimus deu um risinho, mas Minerva contraiu os lábios ao máximo que podia. Ela parecia estar preocupada.

– Está tudo bem, Minerva? – Gina perguntou.

A garota piscou.

– Sim, Gina. Só... Estou preocupada. Septimus e Charlus me contaram que a Guerra está cada vez pior... Grindelwald está ficando cada vez mais insano e...

Ela não terminou a frase, não precisava. Por mais que Hermione soubesse que a Guerra iria terminar bem, ela devia imaginar que viver no período que Grindelwald estava no poder não deveria ser tão reconfortante... E mesmo que eles viessem a saber que tudo ficaria bem, nenhuma das vidas tiradas poderiam ser compensadas.

– Ah, Minnie! – Charlus falou, abraçando Minerva pelos ombros – Pare com isso, por favor! Eu e Sep estamos de volta... Fique feliz conosco pela terrível tortura que vai ser a aula de Poções!

Minerva soltou um muxoxo de desaprovação que fez Charlus rir. Septimus e Harfang sentaram a frente de Harry e Rony.

– Mas agora vamos falar de algo realmente importante. – ele mirou cada um dos três – Como foi o treino?

#*#*#

Tom estava na biblioteca, um título qualquer aberto em cima na mesa. Ele não estava prestando a menor atenção no livro que havia pegado, sua mente estava cheia...

Duas semanas, duas malditas semanas, sem um único ataque! Não posso fazer tudo sozinho, não posso simplesmente escolher uma vítima ao acaso, não mais! Todo mundo está tão precavido que é mais fácil descobrirem que eu sou o Herdeiro do que realmente conseguir matar alguém!

O garoto estava frustrado. Mais do que frustrado, aliás. Ele tinha feito um esforço enorme para trazer Hermione para seu lado, para sua causa, que tinha se esquecido completamente do resto!

Mas agora ele tinha que voltar a se focar em seu plano... E rápido.

Fechou o livro num rompante e o devolveu a Jean Pince, que estava parada algumas mesas atrás dele.

– Gostou do livro, Tom?

– Encantador... – ele deu um sorriso torto – Vou voltar a meu Salão Comunal. Com licença, Sra. Pince.

Ele deixou a biblioteca com a mente em polvorosa. Era arriscado, ele sabia que era, principalmente porque a vigilância do castelo deveria ter sido aumentada quinhentas vezes com a volta dos alunos... Mas ele não tinha alternativa.

Na verdade, até tinha, mas não estava disposto a esperar. Calma e paciência não eram importantes no momento.

Entrou no Salão Comunal e o percorreu cirurgicamente com os olhos. Precisava achar seus comensais e tinha que ser rápido. Eles tinham dever a cumprir essa noite.

Depois de alguns segundos, ele achou Amatha e Gunther sentados ao fundo do Salão, mergulhados em uma longa conversa sobre algum assunto no qual ele não tinha o mais remoto interesse. Tom se aproximou deles com um sorriso nos lábios... Não esperava encontrar Gunther por ali.

– Ora, ora, ora... Olha quem está de volta. – disse baixo, mas alto o suficiente para Gunther e talvez Amatha ouvirem.

– Milorde. – Gunther cumprimentou. Um sorriso brincava na ponta de seus lábios, mas Tom podia ver que ele estava se segurando para não ataca-lo naquele exato momento.

– Ora, Gunther, fui informado que foi atacado... Foi, inclusive, para o St. Mungus... Uma pena. Não vejo motivo algum para alguém querer atacar você. – ele sorriu – É uma boa pessoa.

– Obrigada, Milorde. – respondeu Gunther – Mas talvez, simplesmente, não houvesse um motivo contra mim, não é?

Tom contraiu os lábios. Então ele percebeu que tudo foi um plano para atingir Jade? Hm. Se ele não fosse um fiel Comensal da Morte seria obrigado a convertê-lo agora mesmo.

– Com certeza. – comentou, pronunciando cada sílaba vagarosamente – Agora, tenho algo importante para falar com vocês...

A tensão se instaurou no local, Amatha trocou um olhar ligeiro e apreensivo com Gunther e depois voltou a olhar para Tom.

– Do que se trata, Milorde? – a garota perguntou, num sussurro.

– Uma reunião. – ele disse – Hoje, á meia noite em ponto. Não se atrasem, é um assunto importante. E avisem os outros. – Amatha assentiu – Principalmente Jade... – ele acrescentou procurando algum sinal da morena pelo Salão – Aliás... Onde é que ela se meteu? – perguntou.

– Ela foi ao corujal. – Amatha disse – Enviar uma carta ao irmão.

Tom assentiu.

– Pode deixar, Milorde, avisaremos Jade sobre a reunião. – Gunther falou.

Algo no tom de Gunther não agradou Tom nem um pouquinho.

– Claro que irão. Até breve.

Saiu do Salão Comunal e tomou o rumo de volta a biblioteca. Por mais que nada tivesse acontecido com Gunther, por mais que ele não tivesse tentado ataca-lo ou algo do tipo, Tom não gostou nada do olhar dele. Um olhar maquiavélico que ele estava acostumado a ver em si mesmo.

Um olhar de quem tramava.

Gunther era apenas um bajulador barato, que havia aceitado virar Comensal da Morte por causa de sua melhor amiga, mas Tom não estava interessado em pessoas tramando contra ele – não importava quem fosse – porque ele gostava de ter o controle da situação.

O garoto abanou a cabeça. Não importava o que ele fizesse, Gunther nunca iria conseguir se rebelar. Tom tinha um conhecimento muito mais amplo sobre maldições e feitiços do que qualquer aluno... Talvez mais amplo do que grande parte de seus professores.

O quanto Tom já havia pesquisado, o quanto ele já havia praticado... Ainda mais na arte de magia negra... Nem Dumbledore domina essas artes. Ele pensou, com orgulho de si mesmo, pois até ele tinha que admitir que Dumbledore era um excelente bruxo. É covarde demais de mais... Todos são. Todos são covarde para descobrir... E o que eles perdem... O que eles perdem com isso... Com medo de tudo... Com medo do dito “julgamento pós morte”...

Tom sorriu para si. Sim, ele se achava grande. Podia ter apenas dezesseis anos, apenas um jovem, mas ele era um bruxo mais desenvolvido do que muitos... E ainda, em nome de Merlin, ainda serei o maior de todos... O mais temido... O mais conhecido... O grande Lorde Voldemort.

#*#*#

Hermione suspirou enquanto tentava se concentrar no livro que tinha pegado na biblioteca há cerca de uma semana. Ele era absolutamente interessante, mas ela simplesmente não conseguia concentrar em uma palavra sequer que estava escrita nele. Primeiramente, porque Harry, Ron, Septimus e Charlus não paravam de falar sobre quadribol ao seu lado, e, em seu segundo lugar, porque ela queria descobrir algo sobre o tal Príncipe.

A castanha odiava admitir, mas estava tão interessada nele por um motivo simples e que tinha quase que certeza que os amigos considerariam completamente irrelevante. O Príncipe Mestiço se provara mais inteligente que ela, provara ser alguém que burlava as regras dos livros e conseguia resultados completamente novos. Eles eram perigosos, é claro, mas isso não deixava de ser intrigante.

Hermione estava tão acostumada em seu a bruxa mais inteligente de sua época, que nem ao menos cogitou que houvesse alguém em outra época com tamanha perspicácia... Uma perspicácia que se sobrepunha a dela própria.

Ela bufou e levantou-se do sofá em um rompante. Simplesmente não conseguia se concentrar no Jogo do Tempo, queria ir à biblioteca... Buscar algum ou título e, quem sabe, encontrar alguns indícios de quem poderia ser o tal Príncipe Mestiço...

– Hm... Pessoal? – ela chamou – Eu vou dar uma passada na biblioteca. – disse, sorrindo amarelo – É coisa rápida, espero eu. Preciso devolver esse livro.

– Eu vou com você. – disse Ron na mesma hora.

Déjà vu, ela pensou instantaneamente. Por mais que amasse Rony e tê-lo por perto fosse tão bom e revigorante para ela, Hermione sentia que não podia deixa-lo ir. Claro, ele era seu amigo e já tinham conversado sobre a última vez que haviam ido a biblioteca juntos, mas... Hermione o amava, realmente o amava demais... Ela não poderia suportar se ele tentasse beijá-la de novo e depois dissesse que a situação era um erro. Na verdade, ela não sabia se podia ficar a sós com Rony e continuar fingindo para ele que não o amava.

Ela sabia que isso estava errado, que ele tinha uma namorada e que eles se amavam, mas isso era inevitável. Esconder seus sentimentos estava se tornando completamente insustentável... Mas ela não podia fazer nada em relação a isso.

– Obrigada, Ron. – ela disse – Mas acho melhor você ficar aqui. – quando Harry lhe olhou indagativamente, ela achou que precisava de uma desculpa mais contextual – Ora, vocês estão se divertindo tanto... Falando de quadribol, passes e tantas outras coisas das quais eu não entendo nem um quarto... Não quero interromper. Vou à biblioteca para me distrair... – ela sorriu.

– Merlin! – Charlus disse – Você Minnie são idênticas! Ir a biblioteca para se distrair! Aquele lugar é um tédio!

Hermione riu. Estava mais do que acostumada com esses comentários.

– Nos vemos daqui a pouco.

Saiu do Salão Comunal, andando devagar pelos corredores. Sim, ela havia notado que ela e Minerva eram parecidas... A companhia da futura professora ou até mesmo de Gina seriam muito bem vindas, mas a primeira e Harfang estavam conversando com Dumbledore a respeito de alguns detalhes da monitoria; e a segunda estava no banho. Mas Hermione estava bem, ela gostava de ir à biblioteca sozinha, principalmente quando tinha intenções investigativas.

A primeira coisa que fez ao chegar a biblioteca foi entregar o livro a Jean. Elas conversaram por alguns preciosos instantes nos quais Hermione tentava descobrir quais eram os alunos que frequentavam a biblioteca assiduamente. A lista não era longa...

Primeiro, Jean falou sobre Minerva, que, segundo a bibliotecária, era uma das alunas mais dedicadas que ela já vira em toda sua vida. Depois, falou de um tal de Derek Parson, um corvinal muito aplicado. E, por último, de Tom Riddle.

Minerva jamais seria o Príncipe, Hermione sabia disso... E, apesar de saber que Riddle já se intitulava Lorde, ela acreditava que se ele fosse escolher um apelido de monarca provavelmente seria rei, mas Hermione não poderia descarta-lo sem antes ter certeza... Agora, Derek Parson parecia ser um suspeito potencial.

Ela sorriu. Já tinha algo mais do que uma simples data e um milhão de alunos para trabalhar, agora ela tinha pistas mais coerentes...

Entrou na seção de Estudo dos Trouxas e procurou por alguns clássicos que eram obrigatórios aos estudantes que cursavam a matéria. Ela procurava arduamente “O Morro dos Ventos Uivantes”, mas a busca parecia quase vã...

Então ela viu o livro, seminovo, de capa dura e pequeno em cima de uma cópia de “Os Lusíadas”. Pegou-o e seguiu para mesa, onde o abriu aleatoriamente. Estava completamente mergulhada na leitura, quando ouviu uma voz atrás de si, recitando sua frase favorita.

“Se tudo o mais acabasse e ele permanecesse, eu continuaria a existir; e, se tudo o mais permanecesse e ele fosse aniquilado, eu não me sentiria mais parte do universo.” – Hermione se virou e deu com Riddle inclinado acima de si – Hermione... Não sabia que gostava de romances trouxas.

Ela sorriu. Precisava de alguma frase que atestasse quanto odiava o que ela própria era. Mas a única coisa que disse foi:

– Sim, eu gosto. São escritas maravilhosas, repletas de situações inusitadas...

Riddle abaixou mais o volume da voz e disse:

– Achei que os odiasse.

Que ótimo, Hermione! Viu o que dá ficar fazendo planos idiotas!

– Não significa que odeie o que eles escrevem. Deve admitir, Tom, a escrita deles é realmente boa. – Hermione sussurrou tão baixo o quanto pode e pediu a Merlin para que ele a ajudasse a sair daquela bela enrascada em que havia se metido.

Tom se afastou dela e sentou-se na cadeira a sua frente.

– Sim, eu admito. – ele disse, resignado – Mas não escolheria esse livro como o melhor... Talvez uma peça de Shakespeare... Macbeth, provavelmente, mas não um romance como esse. – ela notou que ele havia pronunciado romance como se fosse algo horrível.

– Ora, Tom. Gosto de romances, principalmente desse aqui. Ele prova que até mesmo pessoas más e egoístas podem amar.

O rapaz fez uma ligeira careta.

– Acho que você ainda não percebeu isso, Hermione, mas amar não algo bom.

Hermione refletiu sobre a frase dele. Sim, talvez o amor já tivesse propiciado mais dor que felicidade, mas quando ela estava perto de Ron era como se o resto do mundo não existisse...

Ela deu de ombros, não queria discutir.

– Bom, tem uma coisa que eu preciso te dizer. – ele baixou o tom de voz e aproximou-se dela – Vai haver uma reunião essa noite, a meia noite em ponto, naquela mesma clareira... Não sei se você lembra.

– Lembro, sim. – ela respondeu e voltou a mirar o livro.

– Então esteja lá, sem atrasos dessa vez. – ele disse e quando ela voltou a olhar para frente, Tom havia desaparecido. Ela revirou os olhos e continuou a ler o livro.

Hermione entendia Cathy, apesar do egoísmo da personagem principal, ela entendia as razões da personagem para omitir seu amor por Heathcliff... O que todo mundo pensaria desse amor ridiculamente proibido? Mergulhada em um universo completamente diferente do seu, Hermione perdeu a noção do tempo. Quando deu por si, já estava nos capítulos finais do livro e o céu já havia escurecido atrás de si.

Seu estômago roncou e ela achou por bem colocar algo nele antes que desmaiasse. Levou o livro até Jean, que o abriu na última página e colocou o nome de Hermione nele.

– É um livro maravilhoso, esse. – disse Jean – Um dos meus preferidos, se quer saber.

– Gosto muito dele, também. É... Perfeito.

Hermione sorriu para a mulher e pressionou o livro contra o peito. Queria deixa-lo em seu dormitório e depois ir para o Salão Principal, se não estava enganada estava quase na hora do jantar.

Quando chegou ao Salão Comunal suas especulações se provaram verdadeiras. Não tinha ninguém lá e ela correu para seu dormitório de o livro em cima de sua cama e voltou aos corredores.

O Salão Principal estava completamente cheio e ela percorreu os olhos meticulosamente por ele para achar seus amigos. Felizmente, não foi um trabalho difícil, dando que Ron tinha dois grandes pratos enormes a sua frente e Charlus e Septimus o olhavam espantados.

– Olá. – ela disse, tomando um lugar ao lado de Harry e olhando para Ron com cara de desgosto – Ron! Por Merlin! Parece até que você nasceu primeiro que a comida!

Ele ergueu os olhos do prato, onde metade de um peito de frango fora devorado e encarou Hermione.

– Mione, não venha com gracinhas... Estou com fome e você sabe como eu adoro a comida de Hogwarts! É deliciosa! Mas... – ele a examinou por alguns segundos – Você ficou esse tempo todo na biblioteca?

– Sim. – ela respondeu prontamente, comendo seu roast dinner*.

Rony olhou para ela como se ela fosse maluca e depois deu de ombros.

O jantar foi agradável. Minerva e Hermione ficaram analisando os pontos de seus livros e matérias favoritas, enquanto Gina e os meninos conversavam animadamente sobre quadribol.

Quando eles terminaram a refeição, Dippet ergueu-se e sorriu para seus alunos.

– Boa noite, alunos! Espero que tenham apreciado o banquete. – ele sorriu – Amanhã recomeçaremos as aulas, interrompidas pelo feriado. – o sorriso do diretor se desfez – Creio que devo informá-los que a segurança do castelo foi reforçada, por motivos que não vou enumerar nesse momento, mas espero que todos tenham a bondade de colaborar. Nada de ficar nos corredores depois das aulas ou sair dos dormitórios após o toque de recolher que deve soar dentro de uma hora. Devem estar sempre acompanhados de seus professores, monitores ou monitores-chefes ao andarem pelos corredores e durante as trocas de aulas. – ele olhou para cada uma das mesas, devagar – Espero que estejamos todos entendidos. Boa noite.

Minerva e Harfang se levantaram quase instantaneamente e começaram a passar ordens aos que pareciam ser os outros monitores da Grifinória. Quando Hermione deu por si, estava espremida entre Harry e Rony, seguindo Gina e Charlus e mais uma horda de alunos grifinórios.

Quando, finalmente, chegaram ao Salão Comunal, Hermione e Gina foram para seus dormitórios e a ruiva se jogou em sua cama, enquanto a castanha fechava a porta.

– Merlin, Mione! – a ruiva exclamou – Parece que estamos de volta ao meu primeiro ano e ao seu segundo... Agora estamos sendo escoltados... De novo. – a ruiva suspirou – Deve haver algo que possamos fazer!

A castanha sentou-se na cama da ruiva e olhou para a amiga.

– Gin, certamente há algo que possamos fazer... Mas o quanto isso pode mudar na nossa vida? Isso é tão confuso. Só de estar aqui podemos estar afetando nosso futuro inteiro ou não... Isso é muito relativo, mas acho que, no momento, temos que esperar.

– Esperar o que? Murta morrer? Hagrid ser expulso? – Gina balançou a cabeça.

– Gina, me escute. – Hermione falou, desta vez com a voz firme – Mal sabemos se estaremos aqui quando tudo isso acontecer... E se, simplesmente, não pudemos interferir?

A ruiva não parecia saber o que responder. Elas ficaram minutos incontáveis em silêncio até que Gina entrasse no banheiro para se trocar e escovar os dentes; e Hermione voltasse a ler seu livro.

A castanha tentou se concentrar novamente no universo de “O Morro dos Ventos Uivantes”, mas isso não foi possível. Ela tinha percebido que ela não poderia ir a tal reunião de Comensais de Riddle.

A garota começou a andar de um lado para o outro. Estava feliz, é claro, não estava com muita paciência naquele dia para Riddle e seus planos ridiculamente maquiavélicos, mas... Ela puxou a manga alguns centímetros e viu a Marca Negra gravada em sua pele. Não era algo contra o qual ela pudesse lutar ou desistir, já estava feito e agora ela tinha que arcar com as consequências de seus atos...

Mas não posso simplesmente ser pega em frente ao retrato da Mulher Gorda fora do horário... Isso seria no mínimo prejudicial para mim. Fora que eu teria que explicar a Harry, Rony e Gina o que estaria fazendo fora da cama... Ah, que maravilha!

Mione, que está fazendo? – Gina perguntou, tirando Hermione de seus pensamentos.

– Nada. – ela respondeu rapidamente – Só estou pensando... Pensando no... Livro. Sim, não gosto de algumas partes, apesar de amá-lo. – a castanha sorriu amarelo para Gina.

– Hm. Sei. – algo no tom de Gina confirmou a Hermione a ideia de que a amiga não havia acredito em uma palavra sequer que havia saído de sua boca.

Hermione voltou para sua cama, pegou o livro e abriu na página que havia parado, esperava encontrar alguma solução para chegar sã e salva na floresta.

Ela suspirou. Havia algo que podia fazer, era arriscado, era insano, mas que outra opção ela tinha? Esperaria Gina dormir e sairia de fininho. A castanha sabia que não conseguiria enfeitiçar Gina novamente.

Ela fechou os olhos e quando chegou a hora, assim o fez.

#*#*#

Jade abriu os olhos devagar. Onde diabos estou? Ela perguntou a si mesma antes de se lembrar de tudo que havia acontecido na manhã daquele dia

De Gunther e sua prima. Dos conselhos desesperados. De sua fuga para seu esconderijo.

Ela se ergueu devagar e sacudiu a cabeça devagar e olhou em volta. Já estava de noite, o céu estava completamente escuro e a floresta estava um breu sem tamanho. Que horas são, por Merlin?

Jade não sabia e tinha certeza de que não iria descobrir olhando o para céu. Seguiu em direção ao Castelo o mais rápido que pode, mas deu um encontrão com alguém no meio da floresta.

– Hermione? – ela perguntou olhando para a garota de cabelos castanhos – Que horas são?

– Quase meia noite. – respondeu a garota – Jade, onde você estava?

A morena abanou a mão. Essa história de Gunther estar se engraçando com sua prima realmente a tinha deixando completamente maluca... Ela havia dormido o dia inteiro, mas ainda se sentia tão cansada... Mas ela sabia que esse era um cansaço emocional e não físico. Tom é um completo tirano, mas ele tem razão quanto aos males do amor.

Não importa. – respondeu a morena rispidamente – Tenho que voltar ao Castelo... Amatha deve estar preocupada comigo. Mas... O que você está fazendo essa hora da noite na floresta?

Jade viu Hermione comprimir os lábios.

– Você não sabe? – perguntou a castanha – Da reunião?

Jade balançou a cabeça e Hermione explicou rapidamente sobre uma reunião que Tom havia marcado para aquela noite.

– Não. Eu passei o dia inteiro na floresta... Bom, não importa. – elas começaram a andar juntas em direção a clareira – Mas você ignorou meu conselho não é mesmo? Você...? – ela deixou a frase inacabada e olhou para a castanha.

– Sim. Desculpe. – ela disse – Eu...

– Não precisa se desculpar para mim. – disse Jade, embora seu tom tenha ficado um pouco mais frio – Mas tenha certeza de que fazer isso, de que ser o que eu sou, do que você é agora, não vai influenciar na sua vida...

Jade suspirou. Eu destruí a minha por causa disso.

Eu não vou deixar, Jade. – a castanha falou – Acho que chegamos.

Elas entraram na clareira onde usualmente se faziam as reuniões. Todos já estavam lá e todos pareciam estranhar as duas estarem chegando juntas, principalmente depois da última reunião e toda a raiva de Jade por Hermione. Eu, simplesmente, não tenho nenhum motivo para odiar essa garota. Não mais. Só espero que ela seja esperta e não cometa o mesmo erro que eu.

Hermione ocupou um lugar ao lado de Druella e Jade foi para o lado de Tom. Era bom que continuassem a manter as aparências, então, ela entrelaçou os dedos nos de Tom e lhe deu um sorriso.

– Ora, Jade, onde se meteu o dia inteiro? – ele perguntou baixinho.

– Não te interessa. – ela respondeu no mesmo tom – Mas por que diabos você resolveu convocar essa reunião?

– Você verá, Jade.

Jade levantou as sobrancelhas, mas nada disse.

– Acho que vocês não fazem ideia do porquê de estarem aqui. – Tom falou alto, chamando atenção de todos – Mas ainda não conseguimos nenhum progresso com nossa pequena causa. Nenhum sangue-ruim foi morto e vocês, meus queridos Comensais, não parecem se importar...

Ele soltou a mão de Jade e ela cruzou os braços.

– Aliás, alguns de vocês... Andam me desrespeitando! – ele olhou para Gunther e depois para ela própria – Acho que andaram perdendo o respeito por suas vidas inúteis... Na verdade, estou começando a ter certeza desse fato, mas acho que vocês precisam se lembrar e aprender de que nós temos uma causa... E que temos que fazer isso dar certo. – ele fechou os olhos – Vocês querem que isso dê certo, querem o mundo livre dessa escória nojenta ou preferem me desobedecer e terem o mesmo castigo que o Avery aqui?

Jade viu os olhos de Druella e Amatha se arregalando e Abraxás de Órion trocando olhares espantados. Ela não esperava que aquela reunião servisse para aquilo... Para assustá-los, ameaça-los...

– Minha próxima vítima é Alice Jeannings. Ela é uma corvinal e vive falando sobre direito igualitários entre famílias de sangue sujo e famílias de puro sangue. Espero que possamos nos livrar dela o mais rápido possível, estamos entendidos? Não queremos que seus pensamentos ridículos contaminem os alunos puro sangue de Hogwarts.

Ele deu um sorriso que poderia ser considerado assustador.

– Podem ir e... Tenham a bondade de se certificarem de que não serão pegos por nenhum professor... – ele lançou um olhar a Jade.

A clareira foi esvaziando rapidamente. Jade se aproximou de Tom rapidamente.

– O que foi isso? – ela perguntou.

– O que? – ele perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Você dizendo que castigou Gunther porque ele te desobedeceu?

– Ele foi pego, Jade. Isso é uma forma de desobediência, mas... Sim. A culpa foi sua, entretanto, não achei que fosse quisesse que isso fosse exposto... Ou relembrado.

Ela bufou e se caminhou para a saída da clareira, mas antes que pudesse sair Tom falou:

– Espero que esteja comigo, Jade. Não gosto dessa sua mudança e não espero ter que fazer você se lembrar por.. Hm... Um modo eficaz de como você era.

Ela virou para trás e lhe deu um sorriso frio.

– Isso não será necessário, Tom. Você sabe que sempre estarei nessa causa, sempre contra os sangues ruins.

#*#*#

Tom estava cansado. As coisas não saíram exatamente do modo como ele imaginava, ele esperava um pouco mais de... Boa vontade da parte de Jade, mas ela parecia mais revoltada do que qualquer outra coisa. Ele sabia que ela estava desejando vingança pelo que ele havia feito a Gunther, mas fora tudo culpa dela. Ela havia provocado aquilo e agora teria que lidar com as consequências de seus atos.

(n/a: link da música: http://letras.mus.br/florence-and-the-machine/breath-of-life/#traducao)

Ele precisava urgentemente esfriar a cabeça, no fim das contas, ele era Lorde Voldemort. Ele nunca se deixava abater, mesmo que isso significasse ter que aplicar outra lição em Jade por sua rebeldia desenfreada. Passou pela clareira deserta e se embrenhou na floresta. Quase não entrava luz naquela parte da floresta, mas havia um pequeno feixe por onde penetrava a luz da lua. E havia uma pessoa parada de pé ali, olhando diretamente para a lua.

Eu procurava por um sopro de vida

Um toque de luz celestial

Mas os coros em minha cabeça cantavam não

Ter um sonho de vida de novo

Uma visão do começo no final

Mas os coros em minha cabeça cantavam não

Tom ergueu a varinha, pronto para jogar uma maldição em quer que fosse, mas a pessoa virou alguns graus e ele pode ver o lado direito de seu rosto. Era Hermione.

E eu preciso de mais um toque,

Outro sabor, um ímpeto divino

E eu acredito, acredito que é;

E eu preciso de mais um toque,

Outro sabor, um ímpeto divino

E eu acredito, acredito que é;

Hermione jamais teria um comportamento como esse. Jamais seria como Jade... Tom não pode deixar de compará-la a Jade. Um sorriso estranho formou-se em seu rosto quando uma estranha ideia formou-se em seus pensamentos desfocados. Ela seria a garota ideal para ter ao meu lado.

De que lado eu estou?

De que lado estou?

Não. Isso talvez fosse demais, mas ainda era uma ideia tentadora... Ele imaginou quando fosse o grande Lorde Voldemort... Quando todos o temessem mais do que a tudo, como seria importante ter alguém como ela ao seu lado, lhe apoiando. Ele olhou de esguelha para a castanha, que brincava com o galho de árvore, parecia distraída com isso. Tão distraída que não viu Tom se aproximando dela.

De que lado eu estou?

De que lado estou?

– Tom! - ela exclamou um pouco alto - Você me assustou! Achei que você já tinha saído da floresta como os outros.

– Esse era o plano. - ele deu um sorriso torto - O que você está fazendo aqui?

E a febre começa a se alastrar,

Do meu coração até minhas pernas,

Mas o quarto está tão silencioso.

E apesar de eu não estar enlouquecendo,

Era um refrão tão sublime

E o quarto está silencioso demais.

Ela deu as costas para o rapaz e voltou a olhar para a lua. Merlin! Ela é realmente bonita. Tom, por favor, foco!

– Eu gosto de observar a lua, Tom. Não sei... Me dá alguma espécie de paz... Algo que vem de dentro.

Eu procurava por um sopro de vida

Um toque de luz celestial

Mas os coros em minha cabeça cantavam não

(Eu acredito)

Ter um sonho de vida de novo

Uma visão do começo no final

Mas os coros em minha cabeça cantavam não

Tom estava quase hipnotizado. Ele sacudiu a cabeça... Estava ali por um propósito, não era? Não para ficar observando o quão linda Hermione parecia iluminada pela Lua. A mão do garoto pousou no braço da castanha, que virou quase que instantaneamente para ele. Parecia tão assustada e letal que Tom teve vontade de rir.

É uma maneira mais difícil

E veio para nos requerer

E eu sempre digo

Nós devíamos ficar juntos

E eu vejo embaixo

Porque tem algo aqui

E se você se foi

Eu não pertenço aqui

– Que está fazendo, Tom? - o tom dela era ríspido, mas havia algo nos olhos da castanha que fazia com que ele se sentisse a vontade a prosseguir.

E eu comecei a ouvir de novo

Mas dessa vez não era o ar

E o quarto estava tão silencioso

E meu coração é uma dor vazia

Onde o demônio dança de novo

E o quarto estava silencioso demais

– Nada, por enquanto... - ele deu um sorriso torto. Ele se aproximou seu rosto do de Hermione e depois uniu seus lábios ao dela. A castanha não tentou recuar, na verdade, ela passou as mãos por seu pescoço e correspondeu o beijo.

Eu procurava por um sopro de vida

Um toque de luz celestial

Mas os coros em minha cabeça cantavam não

Sim, por mais estranho que fosse ou parecesse, Tom podia se ver ao lado de Hermione Granger. Talvez porque houvesse algo nela que despertasse alguma coisa nele que nem ele mesmo soubesse, mas, de algum modo, gostava.

– Mas, por Merlin, que diabos está acontecendo aqui?



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Notas finais do capítulo

*Roast Dinner: composto por fatias de carne assada, acompanha por verduras cozidas, batata assada e yorkshire pudding (uma panqueca ao forno), com o molho da carne servido por cima.
...............
Ok, não me matem por parar nessa parte haushuahsu
Mas o Tom está cada vez pior, não é mesmo? E agora? Como será que a Hermione irá se sair em sua primeira missão como Comensal da Morte?
E Jade? Gunther com Callidora e ela cada vez mais presa ao laço de namoro com Tom, mesmo que ele não de muita bola para isso e traia Jade na maior cara de pau.... Mas, como ela mesma disse, são apenas aparências.
E ai, pessoinhas? O que acharam do capítulo??
Assim... Sei lá... Se algum leitor fofinho quiser recomendar a fic... Haha... ~nemsoupidona~
Bom, aguardo vocês nos reviews...
Até o próximo capítulo
:*