Shadow Kiss por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Chega de enrolação!!!



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“Rose, eu sei que você está chateada, mas não punimos as pessoas deste jeito. É... selvagem.” Falei, ainda a olhando com preocupação. Ela estava começando a ficar agitada novamente, mal conseguindo se manter sentada.

“É? E qual o problema com isso? Eu aposto que os impedira de fazer de novo. Eles precisam sofrer pelo que fizeram! E eu quero fazer isso! Eu quero machucar todos eles! Eu quero matar todos eles!”

Ela estava tremendo, sendo possuída  por aquela raiva. Ela tentou se levantar, mas rapidamente a segurei pelos ombros, a mantendo na cama. Ela estava totalmente descontrolada e eu não sabia mesmo o que fazer. Não me vinha nenhum argumento que pudesse ser usado diante daquele surto, era algo que eu não tinha controle. Eu odiava isso: não saber como agir em uma situação.

“Rose! Pare com isso!” eu gritei “você não está falando sério. Você esteve estressa e sob muita pressão – o que faz com que este terrível evento lhe pareça pior do que foi.”

“Pare você!” Ela gritou ainda mais alto do que eu, realmente estávamos fora de controle “você está de novo fazendo isso – como sempre faz. Sendo razoável, não importa o quão horrível a coisa seja. O que aconteceu com a ameaça que você fez de matar Victor na prisão? Porque não tinha problema ali e agora tem?”

“Por que ele exagerou. Você sabe disso. Mas agora... agora é diferente. Tem algo errado com você agora.”

Ela me olhou de uma forma que eu conhecia bem. Ela estava planejando algo, então coloquei toda minha atenção nela.

“Não, tem algo certo em mim. Eu quero agir. Se isso é errado, então, sinto muito. Você fica querendo que eu impossivelmente seja uma boa pessoa, mas eu não sou. Eu não sou perfeita como você.”

“Nenhum de nós é perfeito. Acredite em mim, eu não-“  Enquanto eu falava, ela se levantou rapidamente, obviamente pensado que eu estava distraído. Mas eu não estava. Imediatamente, eu a segurei novamente e a prendi na cama, usando o peso do meu corpo contra ela. Ela começou a se mexer de forma feroz, parecendo um animal que havia sito capturado por uma armadilha.

“Me solta!”

“Não!” eu gritei novamente, já sentindo que o desespero estava tomando conta de mim. Eu não estava conseguindo reverter aquela situação e não sabia mais o que fazer. Eu nunca tinha visto Rose daquela maneira, principalmente, sem dar ouvidos ao que eu dizia. “Não, até você parar com isso. Essa não é você!”

“Sou eu sim! Me solta!” ela continuou gritando e começando a chorar.

“Não é! Não é você! Não é você!” eu grite, sentindo o desespero me vencer.

“Você está errado! Sou-“ ela parou abruptamente, como se algo tivesse se iluminado dentro dela. Então ela me olhou nos olhos.

“Rose” foi só o que eu consegui dizer, na esperança da minha Roza ainda estar ali. Na esperança de ela não ter se tornado um animal irracional. Eu não podia perdê-la assim. Se isso acontecesse, eu nunca mais seria eu.

Ela continuou me olhando e eu pude ver sua expressão se suavizando e seu corpo se acalmando. Seus olhos retornaram ao brilho natural, sem aquela fúria irreconhecível. Ela não iria mais lutar contra mim, finalmente ela havia percebido que não era contra mim que deveria lutar, então, eu a soltei.

“Oh, meu Deus” ela falou em meio às lágrimas. Eu passei os dedos delicadamente em suas bochechas, me sentindo totalmente aliviado por ela estar se restabelecendo.

“Rose, você está bem?”

“Eu... eu acho que sim. Por enquanto.”

“Acabou.” Falei, passando a mão por seus cabelos, os afastando do seu rosto. Como eu adorava aqueles cabelos dela “Acabou. Está tudo bem.”

“Não. Não está. Você... você não entende. É verdade – tudo que me preocupava. Sobre Anna. Sobre eu pegar a loucura do espírito. Está acontecendo Dimitri. Lissa perdeu o controle com Jesse. Ela estava descontrolada. Mas eu a parei porque puxei a loucura dela e a coloquei em mim. E foi – foi horrível. É como se eu fosse, eu não sei,  uma marionete. Eu não conseguia me controlar.”

“Você é forte. Não vai acontecer de novo.” Falei, sabendo que ela tinha razão. Nós tínhamos que encontrar um jeito de livrar Rose deste destino. Ela não podia terminar como Anna.

“Não.” Sua voz saiu fraca, enquanto ela tentava se sentar “vai acontecer de  novo e eu vou ser como Anna. E eu vou ficar pior e pior. Dessa vez, eu tive sede de sangue devido ao ódio. Eu queria destruir eles. Eu precisava destruir todos eles. E da próxima vez? Eu não sei. Talvez seja uma loucura como a da Sra. Karp. Talvez eu já esteja louca e seja por isso que eu estou vendo Mason.  Talvez eu fique deprimida, como Lissa costumava ficar. Eu vou continuar caindo e caindo nessa loucura e então eu serei como Anna e vou me matar-“

“Não,” eu a interrompi gentilmente, me aproximando muito dela “não vai acontecer com você. Você é forte. Você vai lutar contra isso, como fez agora.” Eu repetia aquilo, mais para mim do que para ela. Eu também não podia lidar com o pensamento de perder Rose desta forma. As palavras de Rhonda ainda ecoavam nos meus ouvidos e sempre que acontece algo com Rose, fico imaginado se chegou a hora daquela previsão se cumprir. Não podia ser dessa forma. Não podia ser assim, tão cedo. Tão irreversível.

“Eu só consegui porque você estava aqui.” Ela falou fragilmente, encostando a cabeça no meu peito. Então, eu a abracei, sentindo meu coração disparar “eu não consigo fazer isso sozinha.”

“Você consegue.” Minha voz saiu trêmula, revelando o medo que eu estava sentido em perdê-la “Você é forte – Você é tão, tão forte. É por isso que eu sempre vou amar você.”

Ela fechou os olhos, como se aquelas palavras lhe soassem com uma bela música. Uma bela e triste música “você não deveria. Eu vou me tornar algo horrível. Eu já posso ser algo terrível.”

Eu me afastei um pouco dela, o suficiente para olhá-la nos olhos. Então, segurei seu rosto com as minhas duas mãos. Ela era tão linda. Mesmo machucada, mesmo chorando, mesmo triste. Eu não conseguia ver nada horrível ou terrível nela. Ela era a pessoa mais linda que eu já tinha conhecido. Senti meu coração doer no meu peito, de tanto que eu a amava.

“Você não é. Você não será. Eu não vou permitir. Não importa o que aconteça, eu não vou permitir.”

Ela me olhou com o rosto iluminado por emoções que eu não arriscaria descrever. Eu também me sentia tomado por toda paixão que eu sentia por ela, não era algo que eu pudesse manter trancado em mim. Ela passou os braços pelo meu pescoço e se aproximou ainda mais. Eu a olhei profundamente nos olhos, por poucos segundos, antes dos nossos lábios se tocarem.

Parecia que fazia muito, muito tempo que eu não a beijava. No começo, foi um beijo doce e puro, desprovido de qualquer culpa ou dor. Eu tentei colocar naquele gesto todo amor que eu sentia por ela. Logo, a  intensidade do beijo aumentou, se tornando cada vez mais ardente. Rose tentou se afastar de mim, mas claramente não conseguia. Nem eu queria me afastar dela, não podia. Eu a deitei na cama, ainda a beijando. Eu queria ter ela, muito então a puxei pela cintura, descendo pelo quadril, trazendo suas pernas em volta de mim.

De repente, nós nos afastamos, ao mesmo tempo, nossas respirações ofegantes.

“Não podemos” eu falei com o último fio de juízo que eu ainda me restava.

“Eu sei” ela falou e eu não me contive em beijá-la de novo e de novo. Era algo mais forte do que eu. Por muitas e muitas noites e dias eu lembrei daquela noite o feitiço, por muito tempo eu a desejei, mas hoje, não era um feitiço que me levava até ela, era algo maior, algo que eu tinha que obedecer, a única coisa que eu queria e pensava naquele momento era estar com ela.

Rapidamente, começamos a tirar as roupas um do outro, como se pudéssemos esperar mais nenhum minuto para nos amarmos. Rapidamente, comecei a beijar todo o seu corpo, e como era perfeito, eu sentia que ela respondia a cada toque, e cada beijo. Havia muita paixão ali e muita luxúria, mas, ao mesmo tempo, Rose tinha uma pureza e uma doçura que revelavam que ela nunca tinha feito amor com ninguém. Ao mesmo tempo em que ela estava muito excitada, tinha um certo nervosismo também.

Apesar de sua inexperiência, ela também me procurava de forma faminta e apaixonada. Eu olhava nos olhos e só conseguia ver amor ali. Pacientemente, assumi o comando e a possui, da forma como eu sempre pensei e desejei todo esse tempo. Quando terminamos, ela deitou no meu peito, totalmente satisfeita.

E eu me sentia completo. Essa era a palavra. Completo. Nunca havia me sentido assim. Eu já tinha tido muitas mulheres na minha vida, muitas delas só por diversão, mas nunca tinha sido tão incrível como foi com Rose. Eu tinha vontade de gritar que a amava para que todos ouvissem. Eu sentia minha alma gritar isso dentro de mim.

“Eu amo você, Roza.” Eu a beijei, nunca me cansando de fazer isso “eu sempre estarei lá por você. Eu nunca deixarei nada de mau acontecer com você.”

“Eu também não deixarei nada de mau acontecer com você. Eu amo você”

Nós nos beijamos novamente, fazendo com que qualquer outra palavra sumisse ali.


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