Say When... escrita por EllahJackson, Héracles


Capítulo 30
Just


Notas iniciais do capítulo

E ai, povo? De boa? Hey, eu sei que demorei e sei que é a milionésima vez que peço desculpas, mas como as aulas começarão no mês que vem e nem eu nem o Heracles teremos tanto tempo pra escrever nós vamos tentar adiantar a fic o quanto nós conseguirmos. Isso significa capitulos mais frequentes. E também agora estamos quase na linha final e (FINALMENTE) vai ter alguma ação. Bom, falei o que tinha pra falar, boa leitura.
Aqui o link da musica do capitulo: Just - Startisan http://www.youtube.com/watch?v=jnwb7kN-eHc



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P.D.V Sophie McCullen

  Ri quando vi Annabeth vermelha. Não preciso nem ler seus pensamentos para saber o que está pensando. Olhei em volta mais uma vez. O que será que há? Odeio essa sensação, me lembra de quando meu pai me perseguia querendo “vingança”.

   -O que mais querem saber?

   -Sophie, eu reparei que até agora você não disse quem era seu pai – Annabeth olhou para mim.

  Eu parei de andar. Olhei para ela, para seu ferimento ainda não cicatrizado na testa.

   -Promete não ficar com raiva? – é bobo dizer isso, eu sei. Mas não posso deixar de me sentir culpada pelo que aconteceu com ela.

   -Por que eu ficaria com raiva?

  Ergui a mão e toquei sua testa. Annabeth franziu o cenho, provavelmente pela minha aproximação exagerada e inesperada, mas não fez nada.

   -Meu pai é Phobos, é por isso – me afastei e continuei andando.

   -O seu pai é... Espera ai, Phobos também não é filho de Afrodite?

   -É sim, eu sei que é estranho. Mas não se importe com isso – parei e olhei para trás. - Vamos?

  Ela e Thalia começaram a andar e nós continuamos até o ponto de encontro.

   -Sei que não vai adiantar, mas eu queria pedir desculpas.

   -Pelo que exatamente, Sophie?

   -Meu pai te encurralou e te tacou contra uma parede.

   -Sim. O seu pai, não você.

   -Mas foi só porque eu estou na missão. Ele nunca me considerou capaz de nada útil.

   -Não foi culpa sua. E você é incrível.

   -É mesmo. Acho que não conseguiria fazer metade das coisas que você pode – Thalia a apoiou.

   -Obrigada. Mas... Ah, quer saber, deixa pra lá. Se pra você estiver tudo bem, Annabeth, então tudo bem pra mim. Vamos nos concentrar na missão.

  Chegamos numa espécie de clareira, só que pouco iluminada (faz sentido isso?), perfeita pra armar acampamento.

  Armamos tudo em silencio. Barracas, e até uma fogueira. Acendemos ela com um isqueiro que Annabeth tirou de sua bolsa mágica. Cara, eu preciso de uma dessas.

   -Agora esperamos? – perguntei.

   -Agora esperamos – Thalia confirmou.

  Meia hora depois eu já não aguentava mais, eu me sinto um meio-sangue com déficit de atenção. Olhei em volta, dessa vez realmente prestando atenção. Annabeth estava ocupada lendo um dos livros que pegou com sua mãe e Thalia vigiava de cima de uma arvore. Os pinheiros e carvalhos pareciam inocentes e a floresta comum, vi até um coelho numa rocha a uns 20 metros de onde eu estou. Nada fora do normal, e isso é estranho.

   -Vamos mesmo fazer isso? Quer dizer, a Ashley está lá com uma legião inteira de monstros e nós aqui a salvo. Parcialmente.

   -Não temos muita escolha, temos que esperar por eles – Annabeth me respondeu sem tirar os olhos do livro.

  “Eu também não fico muito feliz com isso.” Ouvi ela me dizer isso em pensamento. “Nós podemos ir e tentar ajudá-la, mas provavelmente seriamos massacradas. É um exercito feito pra destruir o Acampamento e provavelmente os deuses, e sem uma estratégia e poder de fogo realmente impressionantes nós não conseguiríamos fazer nada, muito menos sem os outros integrantes da missão. Sem falar que se ela conseguiu se camuflar nós iríamos estragar tudo chegando lá”.

  E assim se foi o dia. Annabeth procurando por informações, Thalia vigiando e revezando comigo. No começo da noite resolvemos comer alguma coisa, é impressionante que ninguém se lembrou disso até Thalia comentar que era hora do jantar.

   -Na boa, uma hora eu vou roubar essa bolsa de você – comentei de graça quando vi ela tirar uns sanduíches da bolsa. – Você consegue tirar de tudo dessa coisa?

  Ela riu.

   -Quase de tudo.

  É muito chato esperar. Ashley também não voltou até agora. Thalia quis ir atrás dela, mas Annabeth a impediu. Eu e Thalia fomos dormir um pouco enquanto Annabeth pegou o primeiro turno como sentinela. Eu pegaria o terceiro.

  Acordei de repente e percebi um vulto perto de mim. Minha reação foi automática, pulei em cima dele/dela com uma adaga em punho.

   -O que ta fazendo Sophie? – olhei para a filha de Zeus, agora em baixo de mim.

   -Ah, desculpe por isso – sorri envergonhada. – Reflexos.

   -Estava tendo um pesadelo?

   -Não. Eu acho que não. Não lembro – ri um pouco.

   -Ainda bem que você me reconheceu. Essa faca é bem afiada – ela passou a mão no pescoço. – Boa noite.

   -Boa noite.

  Distanciei-me alguns poucos metros do pequeno acampamento e subi em um pinheiro. As vantagens de ser invisível de estar em uma árvore são que eu tenho uma boa visão de tudo que acontece em volta e também tenho uma boa camuflagem, já que geralmente as pessoas se esquecem de olhar para cima.

  Eu estava me sentindo receosa, ainda estou, porque quando a guerra estourar, eu não vou poder estar lá. Zeus e aquele seu orgulho estúpido. Ouvi os trovões. Ah, não me venha dizer que é mentira. Quando eles forem à batalha, eu voltarei ao Olimpo, em segurança. Não poderei proteger ninguém, principalmente... Não, eu não vou pensar assim. Tenho que manter a esperança. Nossa. Isso foi tão filme de Sessão da Tarde, como diria o Percy.

  Olhei a lua. Uma noite escura, noite de lua nova. Senti um vento frio passar por mim e com ele pequenos sussurros. Minha respiração acelerou. Olhei em volta, tentando prestar atenção nos mínimos detalhes e então eu achei.

  Ele estava ali, com uma calça jeans e armadura de batalha. O elmo revelando apenas os olhos na escuridão da floresta. Começando a tremer eu disse.

   -Phobos.

   -É assim que trata seu pai, Sophia? – ouvi seu riso sarcástico. – Nome estúpido. Nem é grego.

   -O que veio fazer aqui?

  Ele de repente apareceu ao meu lado me encarando friamente. Perto demais, o que me forçou a encolher-me contra a arvore.

   -Já disse, garota. Respeito. E eu vim te levar ao Olimpo. Essa palhaçada se alongou o suficiente. Nossa mãe a quer de volta.

   -Não vou enquanto não terminar a missão.

  Senti uma de suas mãos firmemente posicionada em volta do meu pescoço. Engasguei com a violência.

   -Vai me obedecer. Essa guerra não é sua. Quando vai se dar conta? E aquele seu pequeno caso... – meu pai sorriu de novo.

   -Vou continuar. Eles são meus amigos e precisam de mim.

   -Seus amigos? Se pensa assim então foda-se. Você está sobre minha supervisão, lembra? Se você fizer algo errado, eu serei punido. É bom que isso não aconteça.

  Phobos pulou e olhou de novo para mim.

   -Saia antes que Zeus descubra – e sumiu com uma explosão de corvos (N/A: Para os otakus de plantão, é exatamente como o Itachi).

  Recostei-me no tronco. Respirando rapidamente. No fim, eu vou ter mesmo que abandoná-los.

P.D.V. Gabriela Hawkins

  Depois da cantoria, tentamos descansar o máximo possível. Dormi sozinha num banco enquanto Percy e Nico se escoravam e babavam um no outro.

  Ai você pergunta: mas esse trem não tem comida? Na verdade, passou uma mulher com um carrinho cheio de salgadinhos e doces umas duas vezes aqui. Não que seja uma refeição decente, mas é o suficiente.

  Quando acordei, o Sol ainda não havia nascido ainda. Senti o trem tremer de uma maneira estrondosa.

   -Percy. Nico. Acordem seus preguiçosos.

   -O que? Ah, to acordado – Percy se levantou rapidamente, o que fez com que Nico, deitado em seu ombro, caísse.

   -Eu não vou nem comentar essa posição de vocês ai.

   -Ahn... Obrigado.

  Dessa vez, sentimos um solavanco. Percy se desequilibrou e quase caiu em cima de mim.

   -O que ta acontecendo? – perguntei.

   -Não sei, mas com certeza não é bom. Tem idéia de onde estamos?

  Olhei pela janela.

   -Sim. Estamos passando de Quebec, na fronteira com os EUA.

  Todo o lugar/veiculo balançou e Percy foi até a porta.

   -Eu vou ver o que ta acontecendo, tenta acordar o Nico.

  Assenti.

  Olha, eu juro que tentei de tudo mas o moleque não acordava. Tentei dar tapas, gritar com ele, jogar água no rosto, mas nada adiantava. Deuses, ele é impossível. Até que tive uma idéia. Desculpa te iludir Nico.

  Me aproximei dele, bem mais perto do que deveriam.

   -Hey, nós temos comida – eu sussurrei. Vocês pensaram o que? Que eu ia beijá-lo? Na boa, não poderia nem se quisesse. Por três motivos. Primeiro por meu juramento, segundo isso seria uma traição com a Ashley e terceiro... Ah, vocês não precisam saber disso. – Bolos, lasanha, batata-frita...

   -Cadê a comida?

   -Aleluia ein. Nada te acorda.

   -Nem amanheceu ainda. O que aconteceu?

   -Não sabemos, o Percy foi descobrir isso.

  Nico olhou em volta, como se só tivesse percebido isso agora. Olhou para fora e franziu o cenho.

   -Onde estamos?

   -Já devemos ter entrado no Maine, não dou duas horas até Fort Kent. (N/A: desculpa a falta de cuidado nas fronteiras, mas isso não ia se encaixar na fic, ia dar problemas demais e eu estou sem tempo pra pensar neles. Você pode pensar que é preguiça, mas... Ah, é preguiça mesmo, só que não vai afetar a historia, então...)

   -Não acha que ele está demorando demais?

   -Tem razão. E o trem parou de balançar – respondi.

  Exatamente depois de eu terminar de falar, ouvimos um grito, mas ele não parecia ser do Percy. Segundos depois o filho de Poseidon abriu a porta da cabine desesperado, com a camisa chamuscada e espada na mão com sangue pingando.

   -O que aconteceu?? – perguntei.

   -Vamos sair daqui. Agora!

   -Por onde?

   -Qualquer lugar. A janela.

  Quando percebi, Contracorrente foi jogada contra o vidro, o quebrando em milhares de pedaços.

    -Vão. Vão logo.

  Me inclinei sobre a janela e vi a velocidade que o trem ia. É hoje que eu morro, pensei. Fechei os olhos e me arremessei logo atrás de Nico. Percy veio depois.

  Protegi minha cabeça com os braços, mas acho que nem assim consegui parar os danos. Tive tempo de perceber uma explosão pelo canto dos olhos antes de cair na escuridão.

  Acordei com uma imensa dor de cabeça e olhei onde eu estava. No banco de trás de um carro velho com cheiro de mofo.

   -Ainda bem que acordou – o filho de Hades sorriu para mim do bando da frente. – Quer água?

  Assenti. Ele me ofereceu uma garrafa de água e uns dois comprimidos. Me sentei e me recostei no banco.

   -Onde estamos? O que houve lá trás? Quanto tempo eu dormi?

   -Hey, calma ai, desesperada? – Percy disse sem humor com os olhos na estrada. – Estabeleça prioridades.

   -Onde estamos?

   -Fort Kent. Sophie me mandou uma mensagem de Iris, elas estão na Reserva Florestal do Maine. Teremos que enganar a segurança. Elas marcaram o caminho, devemos nos encontrar um paredão de rochas.

   -Quanto tempo eu dormi?

   -Não muito, acho que uma hora. Talvez uma hora e meia.

   -O que aconteceu?

   -Tentaram nos matar – Percy sorriu levemente. – De novo.

   -Quem?

  Qualquer traço de humor em seu rosto se foi. Vi seus dedos se apertarem ao volante até ficarem brancos.

   -Féres. Meu dragão nos atacou. Féres e Diego.


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Notas finais do capítulo

FÉRES VOLTOU!!! Mas não da maneira que esperávamos. Alguém ai ta curioso pra saber porque o fiel Féres se virou contra seu dono? E no próximo capitulo (meu) vamos descobrir o que aconteceu com o Percy. E com a Ashley também.
Eu mereço alguma coisa?? Reviews? Recomendações? Nada? #BOLADISSIMA



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