Say When... escrita por EllahJackson, Héracles


Capítulo 17
The One That Got Away


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores da Ellah!
Música do capítulo: The one That got Away - Katy Perry
http://www.vagalume.com.br/katy-perry/the-one-that-got-away-traducao.html



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Eu ainda me vingo daquela filha de Afrodite infeliz! Fiquei bastante chateado com Sophie. Ela não tinha o direito de estragar meu carro. Qualquer coisa era só amaldiçoar a Ashley. A mãe de Sophie não era craque em maldições? E ainda aconteceu algo pior, a Sophie tentou me comprar com roupas. Está bem que não eram tão ruins, eu até gostei, mas eu não era um de seus irmãos obcecados em moda. Aquilo tampouco apagava o que ela fez no carro.

Depois que o tumulto de Phobos havia se resolvido, nós nos dividimos nos quartos, e eu evoquei uma magia para induzir sono que Hipnos me ensinara. Por que uma magia de sono? Fácil. Porque eu queria “desligar” as caçadoras por algum tempo, acho que alguns minutos. Na verdade, eu queria desligá-las por muito, mas muito tempo mesmo, porém, não poderia porque precisávamos delas para a missão (e também porque a deusa Ártemis não era a mais amigável do mundo). O meu sentimento de “pequena aversão” em relação às caçadoras ainda continuava desde que Ártemis fora sequestrada – sim, aquele mesmo sentimento de quando Grover encontrou o folheto na mochila de Annabeth – e eu não queria outro incidente com Ashley. Precisava de um tempo a sós com Annabeth.

Então, peguei uma espécie de varinha no meu bolso. Era nela que se concentrava o encantamento de sono. Fui até o quarto que Thalia e Ashley dividiam, mirei a varinha em Thalia, e um raio verde saiu do objeto e acertou Thalia. Nada de mais aconteceu, porém eu não escutei nada que ela estava pensando, nenhuma sensação. Aquilo havia funcionado! Então mirei em Ashley e a mesma coisa aconteceu.

Acho que não precisaria fazer algo com a Gabriela. Ela não era tão rigorosa assim. Não preciso nem falar da Sophie. Ela até aprovaria. Como o Nico estava bastante chateado, ele estava recluso em seu quarto e provavelmente não repararia na minha saída. Mesmo que reparasse, também não ligaria.

Antes de ver Annabeth, fui comprar uma caixa de chocolates. Depois, me transportei até ao quarto dela. Deparei-me com Annabeth assistindo um documentário no canal History sobre a Odisseia, de Homero.

– Olá – eu disse fazendo Annabeth se assustar.

– O que está fazendo aqui? Eu não posso, Percy, você sabe! Eu já te falei! – ela disse se levantando da cama e se aproximando de mim.

– Eu sei, Annabeth – respondi – eu só trouxe chocolate! Vamos conversar sobre a missão! – terminei abrindo a caixa.

Annabeth arregalou os olhos e pegou a caixa como se os chocolates fossem sangue e ela, um vampiro sedento. Começou a comê-los sem ao menos me olhar ou me oferecer um. Ela sentou-se e tocou a cabeça.

– Phobos te machucou? – perguntei – qualquer coisa eu perfuro ele com a espada de novo.

– Nada de mais – respondeu – o que quer dizer com de novo?

– É que um dia ele estava ameaçando a Clarisse, quando estávamos numa missão e...

Você ajudando Clarisse? Desde quando? Percy, ela traiu Chris com você? – e rimos.

– O quê? Uma caçadora pensando besteiras? Eu não queria ninguém na mira de Ares. Nem ela. – Annabeth assentiu. – Mas... Espera aí, você acha que eu faria algo com a Clarisse?

Annabeth riu novamente, mas pareceu um pouco forçado.

– Obrigada pelos chocolates, Percy. É melhor você ir. As caçadoras chegarão. Nós praticamente temos uma espécie de elo empático..

– Elas não virão. – eu afirmei.

– Como você sabe? – Annabeth questionou.

– Eu joguei uma magia de sono nelas para nós podermos conversar. Estratégia Annabeth. Estratégia. Atena sempre tem um plano, certo? – ela arregalou os olhos e abriu a boca.

– Percy estratégico? Nossa! O que a Sophie andou fazendo com você?

– Não foi ela, Annabeth. Na verdade, foi a convivência com você. E não. Não estou reclamando. – ela sorriu e mudou de canal. O novo canal foi um de clipes que me esqueci do nome.

– Por que mudou de canal? – pergunto.

– É ruim ficar vendo o que você já viveu, sabe, os lestrigões, Polifemo.... – ela se interrompeu vendo o clipe.. Sentei-me ao lado de Annabeth e prestei atenção na música. Falava de um amor perdido, arrependimentos. Nada de novidade.

– Ironicamente, Percy, essa música combina com a nossa situação não é mesmo? – assenti, corando. Tomei coragem e passei um braço ao redor dos ombros de Annabeth e ela encostou a cabeça no meu pescoço.

De repente, algo na música chamou a minha atenção. Falava sobre tempo... Instintivamente me lembrei da guerra contra Cronos.

– Annabeth, as histórias falam que quando Zeus derrotou Cronos, ele pegou um pouco dos poderes, certo? – fiquei de frente para ela.

– É, acho que sim, não me lembro bem. – Ela respondeu.

– Eu vi uma biblioteca aqui perto, vamos pesquisar sobre isso? Eu tive uma ideia. – comecei a me afastar da cama, mas vi Annabeth parada e novamente de boca aberta.

– O que foi? – questionei.

– Se eu tivesse um diário eu escreveria assim: “ Meu querido diário, hoje, meu coração deu um salto quando Percy foi estrategista, quando teve uma ideia e quando me chamou para ir a u,a biblioteca. Isso é um sonho? “– Ela riu até não aguentar mais. Eu só fiquei observando. Mesmo depois de muito tempo, ela ainda adorava caçoar de mim.

Annabeth colocou um casaco e me abraçou de lado, e juntos, saímos do hotel e fomos de fininho, para não acordar Gabriela, Sophie e Nico, e nos dirigimos até a biblioteca.

A biblioteca municipal não era das melhores. A seção de mitologia não tinha mais de três livros de uma média de cem páginas. Pude ver o desapontamento de Annabeth e então sugeri:

– Vamos à biblioteca do Olimpo? Lá deve ter mais opções de procura, claro. – E então Annabeth me abraçou do tipo quase me enforcando.

– Eu sempre quis ir lá, Cabeça de alga! Minha mãe nunca deixou porque disse que existiam segredos que mortais não poderiam saber, Ártemis nunca quis me levar lá! Ah, qual era a sua ideia?

– Se essa lenda é verdade, quem sabe se quando eu derrotei, bem, derrotei parcialmente Cronos, eu não possa ter pego alguns dos poderes dele, e quem sabe eu possa voltar no tempo para eu tomar as decisões corretas? – ela corou, mas não protestou.

– Então vamos? – Ela perguntou animada.

– Sim, deixe-me chamar Féres. – Concentrei-me em chamá-lo, mas nada aconteceu. Forcei, mas não obtive nenhum resultado.

– O que foi? – Annabeth perguntou notando a minha expressão.

– Não consigo chamar Féres. Acho que ele foi sequestrado!


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Notas finais do capítulo

E aí, como ficou? Pelo menos cheguei a parecer com a qualidade da Ellah? rs