Say When escrita por JK2_Faberry


Capítulo 8
Blame it on the alcohol


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse rapidinho mas ate que gostei dele,espero que voces gostem tbm *;*



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— Estou entediada. Essa é apresentação mais ridicula que eu já vi.

Tinha de discordar de Sue Silvester. Por mais que odiasse as cheerios aquela coreografia da Califórnia gurls era perfeita e com certeza elas venceriam as regionais. Não era meu passatempo favorito ficar vendo os treinos das cheerios, mas tinha que tomar conta de Quinn que depois de toda a história que descobriu de Finn, estava passando por uma fase um tanto “rebelde”. Queria ir a todas as festas, beijar todos os meninos, beber todas as bebidas e eu sempre ficava de baba atrás dela garantindo que pelo menos chegasse viva em casa. Santana começou me ajudando com isso por sentir a consciência pesada por ter sido o cupido que uniu Quinn e Finn. Então revezavamos, assim um dia eu cuidava de Quinn no outro Sant, mas acabava eu tomando conta das duas ou das três quando Britt ficava chateada com as atitudes de Sant e resolvia beber também.

Era sempre assim, acabava a aula eu levava Quinn pra casa, ou a qualquer lugar que ela precisasse ir. Se fosse a alguma festa, eu ia junto e quando não podia entrar por que o dono não me conhecia devido a minha insignificante popularidade, ficava esperando por ela do lado de fora. Minha vida era 24 horas de Quinn Fabray e sinceramente eu não me importava. Toda vez que a deixava em casa e ela me agradecia com um beijo no rosto, eu sabia que aquilo valia à pena.

Quando o treino acabou, desci da arquibancada pra encontrar Quinn que estava conversando com Santana. Quando me aproximei e escutei a conversa tive vontade de arrancar a cabeça de Sant:

—Então seus pais vão sair hoje à noite e só voltam de manha?

— Sim. Minha tia vai fazer uma cirurgia e eles passarão a noite la com a família.

— Você sabe o que isso quer dizer, certo?

— Não o que?

—Festa Quinn. –Santana pulava de empolgação e eu resolvi intervir

—Não acho que seja uma boa ideia – na verdade era péssima

— Gente fala sério. Quinn quer prova maior de que você superou o Finn do que dando uma festa, sua festa?

— Santana tem razão. Eu vou esfregar na cara daquele idiota que não penso mais nele, que não preciso dele.

— Quinn, você é linda, inteligente, tem uma fila de caras afim de você, é visível que você não precisa dele.

— Exatamente Rach e eu vou provar isso dano a melhor festa que o McKinley já viu. – Quinn olhou pra Sant. –Festa na minha casa hoje.

—Issoo! Meninas festa na casa da Quinn hoje, é pra chamar todo mundo. -Santana gritou e enquanto eu encarava Quinn com uma expressão seria.

—Por que você nunca me escuta?

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Entramos no carro e dirigi ate a casa dela sem dizer uma palavra enquanto ela contava todos os preparativos para a grande festa. Parei o carro quando chegamos à sua casa e fiquei esperando Quinn descer.

— Você vai vim certo? – ela me perguntou empolgada

—Não Quinn. – disse soltando o ar, já estava cansada de ver Quinn ignorar tudo que dizia pra ela não fazer e seguir os sábios conselhos de Sant.

—Olha Rach eu sei que parece bobagem pra você, mas eu realmente sinto que esse é um jeito de eu não pensar no que o Finn fez. – ela parou de falar como se esperasse que eu falasse algo, coisa que eu não fiz – Vou gostar muito se você vier. – ela soltou o cinto e se aproximou de mim. Já esperava por um beijo no rosto, mas Quinn segurou meu rosto e beijo o canto da minha boca. Fechei os olhos e quando abri novamente ela já estava saindo do carro. – Te vejo a noite Rach.

Quinn entrou na casa enquanto eu tentava voltar pra terra e ligar o carro. Eu sabia que aquilo era uma forma de me chantagear, mas ainda assim eu não ia naquela festa.

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Depois de lutar contra meu bom senso e vencer, resolvi ir ate a festa quando já era por volta das 21 horas. Quando cheguei vi tantas pessoas que podia jurar que todo o McKinley estava la. A mansão Fabray parecia pequena pra tanta gente. As pessoas estavam por todos os cantos da casa, principalmente perto da piscina onde avistei Santana e Quinn conversando e fui ate elas.

—Olha quem resolveu aparecer. – Santana tinha um copo de qualquer coisa na mão, mas não parecia bêbada, ao contrario de Quinn.

—Que bom que você veio Rach – ela me abraçou derramando um pouco de vodka na minha blusa. – Ops desculpa. Olha não sai daqui tem uma pessoa que quero te apresentar. – Quinn saiu atrás dessa tal “pessoa” e eu fiquei com a Santana.

— Não esta bebendo?

—Não. Britt ficou chateada comigo, disse que não devia ter dado a ideia de Quinn dar uma festa e que era pra eu estar cuidando dela como uma boa amiga. Todo o blábláblá que você já falou comigo.

—Concordo totalmente com a Britt. Às vezes acho que ela é mais esperta do que você.

—Ela é. Por isso fiquei a festa toda do lado da Quinn sem beber nada. Estou tentando me reconciliar com ela e pra isso tenho que mostrar que sou responsável, que eu posso cuidar dela quando precisar.

—Isso é muito bonito Sant, mas caso você não tenha percebido a Quinn esta bêbeda, seu trabalho não vendo sendo muito bem feito.

— Ela não esta bêbada, só esta um pouquinho feliz por estar dando uma festa. Olha como ela esta alegre

Quinn vinha segurando a mão de um garoto que eu nunca tinha visto.

— Rach, esse é o Blaine, nos estudávamos junto na minha antiga escola e ficamos amigos desde então. - Blaine era muito bonito e devo admitir, sabia se vestir melhor do que eu, o que não era uma tarefa difícil.

—Prazer Blaine, Rachel Berry. – dei um beijo no seu rosto.

—O prazer é meu Rachel. A Quinn me falou bastante de você – engraçado que de você ela nunca me falou nada.

— A Rach, o Blaine também canta no glee club da escola. Vocês têm isso em comum. – Quinn se aproximou de mim e cochichou no meu ouvido – fora que ele é uma gracinha ne? –afastou e piscou pra mim – vou deixar vocês a sós pra se conhecerem melhor.

Foi pra isso que ela queria que eu fosse naquela droga de festa? Pra conhecer um cara? De qualquer forma entramos na casa que também estava lotada e conseguimos por magica sentar no sofá e começar uma conversa sobre musicas e coisas aleatórias que foi rendendo, ate que depois de um tempo Santana apareceu segurando Britt e me chamou:

— Já fiz as pazes com a Britt e estamos indo para casa terminar a reconciliação, tudo bem?

— Não, você não vai. Hoje é seu dia de cuidar da Quinn esqueceu?

—Rach é questão de força maior. Eu estou acompanhada.

—Eu também estou Santana, não esta vendo? – Sant olhou para Blaine e voltou os olhos pra mim.

— Ate parece que você vai transar com o Miss Simpatia ali ne?. –Santana tinha razão - Vamos la Rach quebra essa,eu cuido dela na próxima.

— Ta bom. Vai logo antes que eu me arrependa.

— Por isso que eu te amo berryzinha. – me deu um beijo e saiu correndo puxando Britt com ela, e eu voltei pro meu nem tão acompanhante.

Continuamos a conversar, ou ele continuou e eu só concordava, de olho em Quinn que cedia às investidas de Puck num canto da sala.

—Então em quais faculdades você pensa quando se formar?

—Apenas em uma. Julliard é um sonho que eu pretendo realizar.

— Claro, não podia ser diferente. E o que seus pais acham disso? – Olhei de novo para Quinn que já estava aos beijos com Puck.

— Eeee...Azul.

—Ham?Azul o que?

— Você perguntou minha cor favorita certo?

—Não eu perguntei o que seus pais acham de você ir pra Julliard.

— A desculpa. Eles acham que é isso, só um sonho.

—Posso te perguntar outra coisa?

—Já não esta fazendo? – Blaine riu

— Claro, quero dizer uma pergunta pessoal.

—Ooookay. – la vem esse mane perguntar se sou virgem.

—Você gosta dela não é? – Disse apontando para onde eu estava olhando noite toda.

— Da Quinn? – o meu Deus. –É claro que gosto, ela é minha amiga.

—Não como amiga, eu sei que você entendeu minha pergunta.

—Por que você acha isso? – será que eu to dando muita pinta?

— Do jeito que você olha para ela, ou melhor, do jeito que você não para de olhar para ela, e como você não consegue prestar atenção na nossa conversa por estar preocupada com ela se esfregando com outro cara. -Fiquei calada, realmente eu estava dando muita pinta. - Pode me contar se quiser, eu meio que entendo sua situação.

— Como assim?

—Eu sou gay Rach.- o que?

— A Quinn sabe disso? – se soubesse não tentaria juntar nos dois.

— Não. A família dela é muita conservadora e eu sei que o pai dela não permitiria nossa amizade caso descobrisse.

Eu conhecia Russel Fabray e sabia de toda a sua descarada homofobia, e como era um homem extremamente ignorante,o que era mais um dos motivos para não contar o que eu sentia pra Quinn.

— Mas me diz, quando você começou a gostar dela?

— No momento que eu a vi no McKinley.

—E quando descobriu sua sexualidade?

— Poucos dias antes de conhece-la.

— Caramba. Deve ter sido difícil, quero dizer, foi rápido.

—Não é? – Blaine e eu rimos e continuamos a conversar por um bom tempo. Ele me contou coisas da vida dele, coisas sobre o primeiro namorado, como a família reagiu a tudo e outras coisas. A essa altura Quinn já estava dando alguns amassos mais forçados com Puck. Blaine notou também e sugeriu:

—Quer acabar com essa festa?

—Sim. Tem algo em mente.

—Qual o jeito mais rápido de acabar com uma festa de menores de idade com muita bebida alcoólica?

Entendi o que Blaine queria dizer com aquilo, levantamos do sofá e começamos a gritaria.

—Policia galera, policia.

— Sujou gente!

Puck foi o primeiro a correr deixando uma Quinn sozinha e um pouco tonta sem entender nada. Em 5 minutos a mansão Fabray estava deserta, parecia que havia passando um furacão por ali tamanha à bagunça.

—O que aconteceu?

— A festa acabou Quinn. – Blaine disse rindo para mim. –Rach precisa de ajuda? – Blaine sabia que seria difícil arruma aquela zona.

—Não, eu me viro. - Quinn estava deitada no sofá e não parecia muito bem.

Levei Blaine ate a porta e nos despedimos.

—Não menti quando disse que ela fala bastante de você, e se quer saber, ela também te olha de um jeito especial.

—Serio? – não pude conter a empolgação.

—Sim, mas se isso é difícil para você, pode ter certeza que é muito mais para ela. Você tem dois pais gays, ela tem a família mais conservadora de Ohio.

— É eu sei.

— Deixe ela saber como você se sente okay. Não tenha medo de demonstrar, e tenho certeza que você vai faze-la muito feliz.- Blaine me abraçou e foi embora. Talvez se ele gostasse da fruta e eu não gostasse tanto de Quinn, poderíamos dar certo, mas por hora, era dela que eu precisava cuidar.

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Quinn estava visivelmente tonta, mas ainda conseguia andar, meio cambaleando, mas conseguia, o que facilitou levá-la para cima, ate seu quarto. Entramos e ela se sentou na cama colocando uma mão na cabeça.

—Acho que eu não devia ter bebido tanto.

—Não se preocupe ainda. Amanha você vai se arrepender muito, muito mais. - Nos rimos e eu me sentei ao lado dela.

—Meus pais vão me matar quando virem àquela zona.

—Relaxa, eu cuido disso. – O celular de Quinn vibrou e ela forçou as vistas tentando ler a mensagem que havia chegado, depois sorriu e olhou pra mim.

—Você está sempre cuidando de mim não é Rach? - ela segurou minha mão – e eu sempre falhando com você.

—Tudo bem. Já é meu hobby preferido, cuidar de Quinn Fabray.

—Porque você faz isso? Porque esta sempre do meu lado quando eu preciso, pra tudo? – pensei no que Blaine tinha acabado de me falar sobre demonstrar, deixar Quinn saber o que eu sentia e foi o fiz.

—Porque a melhor parte do meu dia é quando eu estou com você, quando eu vejo seu sorriso, quando eu escuto a sua voz. - Disse olhando para o chão, mas disse.

Quinn apertou a minha mão e com a outra segurou meu rosto virando em direção ao dela. Nossos olhos se encontraram e eu pude sentir meu coração parar de bater quando Quinn começou a se aproximar, seus olhos mirando a minha boca antes de se fecharem. Ela juntou nossos lábios sem tirar a mão do meu rosto. Passei a mão pelos seus cabelos e segurei seu pescoço sem fazer força. Queria lembrar as coisas que fiz com Sant e dar o meu melhor beijo em Quinn, mas não conseguia pensar em nada e acabou sendo aquele beijo único, sem ensaio. Quinn parecia querê-lo muito mais do que eu, ela separou nossos lábios apenas para abrir um pouco a boca e passar a língua de leve nos meus lábios e descendo, beijou meu queixo. Parecia que era eu que estava tonta e quando minha língua encontrou a de Quinn, que tinha um gosto forte de álcool, foi que me lembrei que era ela quem estava.

— Quinn, acho melhor a gente parar. – meu bom senso ganhou dessa vez e me afastei dela.

—Por quê? Você não quer? - ela se aproximou de novo.

—Quero Quinn, nossa você não faz ideia do quanto, mas eu quero você sóbria.

—E se eu nunca tiver coragem de fazer isso sóbria?

— Droga...então eu vou passar o resto da minha vida imaginando como seria. – vou cometer suicídio assim que chegar em casa.

—Own. – os olhos de Quinn brilhavam, antes de suas bochechas incharem, ela abaixar a cabeça e vomitar no meu tênis.

— Tão romântico – falei irônica enquanto segurava Quinn. – vem, você precisa tomar um banho.

Levei Quinn ate o banheiro, coloquei-a sentada e tirei o meu tênis que com certeza nunca mais iria usar. Depois comecei a tirar as roupas dela deixando apenas com as intimas, tentando ao máximo não olhar para aquele corpo perfeito e mandar meu bom senso pro espaço. Abri o chuveiro e entrei com Quinn que se apoiava em meus braços enquanto a água caia molhando muito mais a mim do que a ela.

Sai do chuveiro peguei suas roupas de dormir, a ajudei a se vestir e ela foi arrastando para a cama enquanto eu fui ate a cozinha preparar um café.

—Rach, fica comigo esta noite? Não quero dormir sozinha. – Quinn me dizia segurando a xícara de café

—Não posso Quinn, estou toda molhada e fedendo, preciso mesmo ir pra casa.

— Você pode tomar banho aqui, tenho roupas que devem servir em você. Por favor Rach, fica comigo?. - não tem como dizer não para aqueles olhos.

—Ta bom Quinn. Vou ligar pros meus pais, ai tomo um banho e fico aqui com você.

E foi o que eu fiz, liguei para meus pais explicando o que havia acontecido, tomei um banho rápido, vesti umas roupas que Quinn me arrumou e rezei pra quando saísse do banheiro ela já estivesse dormindo, mas não estava. Me sentei numa poltrona de frente para a cama e fiquei a observando.

—Rach, deita aqui. – Quinn passou a mão num espaço da cama indicando meu lugar.

—Okay. –Me levantei e deitei do lado de Quinn que se aconchegou no meu corpo colocando sua cabeça no meu peito e sua mão em volta da minha cintura.

—Boa Noite Rach.

—Boa Noite Quinn.

Fiquei ali apenas esperando Quinn adormecer, por que jamais conseguiria dormir ali e perder um segundo que fosse ao lado dela.


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Notas finais do capítulo

QPra quem pediu felicidade pra Rach kkkk..Quinn partindo pra cima.Proximo cap tem a visao de Quinn nisso tudo..*;* me deixe saber se vcs gostaram okay