Between Good And Evil escrita por Hoppe


Capítulo 5
Crazy Dream


Notas iniciais do capítulo

OIOI *-* qria pedir desculpas, pke eu havia dito q postaria ontem mas naum consegui :$ desculpem pessoal....

Enfim....espero q gostem e boa leitura :D


KISSES S2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151069/chapter/5

Meus olhos estavam parados na entrada do Salão Principal.Eu queria vê-lo, queria saber se ele estava bem...se....

Sacudi minha cabeça e voltei minha atenção ao meu mingau.Emily falava freneticamente ao meu lado e começava uma conversa com Gregório Goyle, como se ele fosse entender alguma coisa que dizem a ele.

Revirei os olhos, deixei o mingau de lado.Meus olhos involuntariamente voltaram à entrada do Salão Principal, justamente na hora em que ele entrou.

Meu coração disparou.

Theodore estava menos pior.Não estava tão pálido como ontem, as olheiras haviam diminuído, e os seus olhos que sempre tive certeza de que eram negros, estavam em um azul profundo.

- Lizzie! – a voz de Emily soou em meus ouvidos me assustando e fazendo com que eu derrubasse mingau em sua saia – Elizabeth!

Voltei a olhar para ela.

- Desculpe, Em.... – falei pegando a varinha e limpando sua saia.

- O que esta havendo com você? – ela perguntou me encarando desconfiada.

Engasguei com o suco de abóbora e tossi por um tempo.Eu a encarei.

- Comigo? – perguntei e comecei a gaguejar – hm...na-nada....eu só não....não consegui dormir a noite.

Ela me lançou um ultimo olhar de desconfiança, antes de voltar a conversar com Goyle.Voltei a olhar para onde Theodore estava sentado, a tempo de vê-lo discutir com Pansy Parkinson.

Em seguida, ele saiu enfurecido do Salão Principal.Me levantei da mesa.

- Eu....eu tenho que ir para o dormitório... – falei – esqueci meu livro.

- Tudo bem....- ela sorriu – volte logo...

Saí tropeçando para fora do Salão Principal e olhei para os dois lados, a procura dele.Eu o achei já um pouco longe.

Comecei a segui-lo, mantendo uma certa distância.

Ele começou a subir as escadas, até o sétimo andar.Passou pela tapeçaria três vezes, e uma porta apareceu.

Theodore adentrou na sala rapidamente e logo que a porta se fechou, eu corri até ela.Toquei a maçaneta, e antes de abri-la, respirei fundo.

Puxei a porta e a abri silenciosamente.Hesitante, pisei na sala olhando para todos os lados.

A sala, dessa vez era cheia de entulho, com velharias empilhadas, e um grande espelho sujo.Comecei a adentrar naquele lixo silenciosamente, e por um tempo me perdi no meio deles.

Naquela sala, só havia uma janela, por onde a luz do sol iluminava o piso de madeira.Me virei para o outro lado, mas senti mãos agarrarem minha cintura.

Minhas costas bateram contra a parede gélida e eu soltei um gemido de dor.As mãos continuaram presas na minha cintura, firmes.Os dedos frios me causavam arrepios.

Olhei para a pessoa que me prensava contra a parede e mais uma vez meu coração disparou.

- O que faz aqui, Dolohov? – perguntou Theodore – Agora não tenho dúvidas de que anda me seguindo...

- Não estava te seguindo! – exclamei.

- Ah! Não? – perguntou ainda com aquele sorriso estranho – Então... o que faz aqui?

Fiquei em silêncio, sem saber o que responder.

- Não era você que me achava o idiota, mesquinho, filho de Comensal? – perguntou colocando mais força no aperto.

- E você é um idiota, mesquinho, filho de Comensal – falei – mas não muda o fato de que você esta desesperado! É uma missão de Você-Sabe-Quem, não é?

- Como sabe sobre tudo isso? – perguntou cerrando os olhos.

- Se esqueceu de que sou filha de um Comensal também? Quando recebia uma missão do Lord, meu pai costumava a ficar agressivo e muitas vezes desesperado!

- Quem disse que estou agressivo? – perguntou aumentando o tom de voz.

- Você esta, nesse exato momento, me machucando.... – falei olhando em seus olhos e ele diminuiu o aperto, mas continuou com as mãos em minha cintura.

- Não estou desesperado! – ele falou e eu arqueei a sobrancelha.

- É claro que esta... – falei – vejo isso em seus olhos....E, afinal, por que saiu daquele jeito?

- Anda me observando demais, Dolohov – ele falou.

- Vai me responder o do por quê daquele seu comportamento? – perguntei.

- Não lhe devo respostas! – falou ríspido voltando a apertar minha cintura.

- Me solte.... – falei reprimindo um gemido de dor.

- Quer mesmo que eu solte? – perguntou – Você...parece gostar....

Sentia sua respiração bater em meu pescoço, me causando mais arrepios.Suas mãos afrouxaram o aperto e elas subiram para as minhas costas.

Fechei os olhos, tentando reprimir um gemido.

- Ninguém vai ouvir os seus gemidos, Elizabeth... – ele sussurrou como se soubesse o que eu tentava não fazer.Suas mãos entraram debaixo da minha camisa, fazendo um caminho de carícias pelas minhas costas com os dedos frios, me causando mais arrepios.

Respirei fundo, abrindo os olhos.Me levantei da cama, imediatamente, e coloquei a mão em minha cintura, quase certa de que ainda sentia aqueles dedos frios contra a minha pele.

O céu ainda estava escuro, e o tempo ainda era frio.Meu corpo estava quente, gotas de suor escorriam pelo meu pescoço e meu coração ainda disparava.

Ainda não conseguia acreditar que havia sonhado com Theodore Nott.Queria entender o por quê daquilo....

O sonho havia sido tão...real....

Um arrepio passou pelo meu corpo.Voltei a me deitar na cama, me encolhendo no cobertor.Fechei os olhos, me forçando a não pensar mais naquele sonho um tanto....pornográfico.

- Lizzie...você esta bem mesmo? – perguntou Em, vendo que eu tentava inutilmente enfiar o livro na minha bolsa, sem sequer piscar.

- Ahaam...eu...eu estou ótima – falei sentindo um nó na minha garganta se formar.

- Então...eu vou indo para o Salão, tomar café, tenho aula de Adivinhações hoje – ela falou e eu apenas balancei a cabeça.

Ela saiu pela passagem oculta na parede e eu suspirei, me sentando na cadeira.Pressionei minhas têmporas, na tentativa de fazer a dor de cabeça parar.

Ouvi passos lentos descerem as escadas do dormitório masculino e na hora, minha posição se tornou rígida.

Parei de respirar, enquanto ouvia os passos se aproximarem de mim.

Theodore passou por mim e olhou em minha direção rapidamente.Sua pele não estava mais tão pálida, as olheiras sob seus olhos estavam menos profundas e os seus olhos....os seus olhos estavam menos escuros, fazendo com que o brilho do azul ofuscasse.

- Perdeu alguma coisa, Dolohov? – ele perguntou percebendo que eu o olhava.

Desviei meus olhos rapidamente e voltei a guardar meus livros na bolsa.Ouvi sua risada mínima e em seguida ele saiu do Salão Comunal, pela passagem oculta na parede.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!