Daddy's little child, breathes new life to the morning time for me

(A garotinha do papai, respira vida nova da manhã para mim)

Harry acordou mais cedo do que de costume. Olhou no relógio que ficava na mesinha de cabeceira. 5:28! Tentou sem sucesso voltar a dormir. Quando desistiu calçou os chinelos e foi até a cozinha tomar um copo de leite quente.

A casa toda havia sido decorada ao gosto de Ginny, e a cozinha não fugia à regra. Era branca, porém vários objetos, uma das paredes, e as portas de alguns armários eram laranja. Harry gostava daquilo. Lhe transmitia uma atmosfera feliz. Estavam no fim da primavera, mais algumas flores persistiam abertas no jardim.

As pálpebras pesavam, o corpo parecia reclamar que não tinha descansado o suficiente. Harry, porém não podia voltar a dormir. Não agora que já eram seis e trinta. Como o tempo tinha passado rápido! Deu um sorriso, mas na realidade parecia triste: Hoje is ser um dia daqueles.

Ia seguindo o caminho para seu quarto. Ia tomar banho e depois resolveria o que comeria no café da manhã. Parou na frente da porta cor-de-rosa que agora estava enfeitada de borboletas e flores. Era estranho, mas às vezes ele parava ali e sorria. Lily era a sua caçula, a sua menininha. A sua "fada encantada". Fora assim que ele começara a chamá-la depois que ela começou a brincar de "ser uma fada".

Entrou no quarto e sentou por cima da colcha grossa rosa e roxa com borboletas (sempre as borboletas!). Acariciou os cabelos ruivos da filha e deu um sorriso. Este não seria mais um dia entediante e estressante, e sim um dia alegre com a perspectiva de voltar para casa e encontrar a sua fada encantada.

Era como se ela fosse a alegria, criasse a alegria, respirasse a alegria. Pelo menos para ele. Levantou-se e seguiu o caminho para o trabalho, sempre com uma fada encantada lhe fazendo sorrir.