Tente Me Perdoar escrita por perfect_six6


Capítulo 36
Capítulo 36 - Era ela.


Notas iniciais do capítulo

Do fundo do meu coração, desculpem a demora. Minhas ferias terminando, eu trabalhando, festas rolando e eu falando muito aqui D:
Bom, ai está o capitulo. Já estava pronto a algum tempo, mas mudei algumas coisas e também só deu de postar hoje. Espero que gostem.
Musica: Parachute - She is love.
Beijos ♥



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Pov. Selena

Não lembro ao certo por quantas horas eu falei, lamentei-me e chorei. Precisava fazer isso, não que eu tivesse tudo reprimido dentro de mim... Claro que não, afinal alguns de meus amigos sabiam de tudo, ou quase tudo o que tinha acontecido.

Laís fez o que nem um ainda tinha feito me diz o que nenhum ainda tinha dito. Fez exatamente nada e me disse menos ainda. Pôs-se a me ouvir, não a conhecia bem, mas percebi que não era do tipo de amiga conselheira e sim a ouvinte prestativa. Não se importou quando molhei sua camisa com minhas lagrimas, ou quando a apertei fortemente em um abraço. Não se importou se falei ou se chorei demais. Não se importou nem quando fiquei sofrendo em silencio durante alguns minutos.

– Queria ao menos uma vez saber o que fazer.

– Hey Sel. Essas pessoas que sempre sabem o que fazer não curte o melhor da vida. Agem toda vez dentro do que elas acham que sabem e não se arriscam. Qual graça tem na vida se não arriscar, fazer escolhas erradas, ser impulsiva?

– Não estou falando disso, quero dizer que... Ah! Por um lado você está certa, mas tenho medo de errar mais uma vez quando se trata dela. E nesse caso, fazer uma escolha errada pode acabar com tudo, se é que ainda existe alguma coisa.

– Claro que existe. Existe o amor de vocês duas. Sabe o que isso significa?

– O que? – deitei em suas pernas recebendo um carinho confortante em meus cabelos.

– Velho. O que vocês sentem é de invejar qual quer pessoa. Não é aquele amor clichê e comum, é novo. Novo até pra mim.

Não me deixei responder. Fechei meus olhos e pensei, pensei por um bom tempo, tempo demais acredito. Pensei em meu amor, não o amor abstrato o sentimento em si... Não. Refiro-me a Demi. Sabia que o meu melhor fazer era pensar nela ou simplesmente imaginar coisas que no final sempre se relacionavam a ela.

– Sel. Acho que seu celular tocou – despertou-me suavemente. Levantei-me com dificuldade, meu corpo estava cansado e com desanimo.

Era uma mensagem. Uma mensagem inesperada, outra vez o numero desconhecido. Não tinha empolgação para trocar mensagem no momento, porém minha curiosidade prevaleceu como em todas as outras vezes que recebi um SMS seu.

“Desculpe por mais uma vez te fazer chorar. Desculpe por voltar e te fazer sofrer ou apenas me desculpe por ter entrado em sua vida. Esperarei até meu ultimo suspiro de vida por sua vinda. E mesmo que com o passar do tempo você esqueça as coisas que vivemos os momentos que passamos juntas e foram tão perfeitos, tente, mesmo que seja difícil, mas tente se lembrar que você é o meu amor, que te amo mais que minha própria vida e que mesmo sem fazer nada as pressas, continuarei lutando por você e no caso te esperando... Para sempre”

Uma reação?... Meu choque não permitiu que houvesse alguma após ler a mensagem. Pensei sim desde o inicio das mensagens que poderia ser alguém conhecido apenas brincando, mas não, nunca passaria por minha cabeça ser ela.

– Você está bem ai?

Na verdade responder não era uma opção quando eu não sabia o que falar ou como. Devia estar a uns cinco minutos, parada olhando para o telefone celular que ainda não tive coragem de soltar. Li mais de dez vezes as mesmas frases, frases que me fizeram rir e chorar, toda via fiz apenas internamente.

Olhei novamente para Laís que ainda esperava por uma resposta. Passei meu celular para que lesse as palavras digitadas e mandadas a mim. Não a encarei depois disso, olhei para todos os lugares da pequena sala em que estávamos menos para ela, o tempo que fiquei assim acredito que já tivesse lido, entretanto não se preocupou em comentar nada comigo.

– Sente-se aqui comigo Sel. – bateu duas vezes a mão no acento ao seu lado. Respirei e segui andando em passos lentíssimos até onde minha amiga estava finalmente chegando e me aconchegando.

– É ela – pousei minha cabeça mais uma vez ao dia em seu ombro.

Suspirou conformada com o que já sabia, seu silencio talvez fosse por que estava à procura de palavras certas para dar-me. Sabia bem que qual quer coisa que proferisse neste momento poderia me deixar ainda mais confusa.

– Dos amores verdadeiros que eu conheci em minha vida 99% foram em livros, filmes, novelas, essas coisas e o outro 1% foi o de vocês.

Ri de seu comentário. Laís era daquela garota que nunca colocou o amor em primeiro lugar, sempre se focou mais nos estudos, musica e afazeres de seu gosto que namorados e paqueras. Também não me pareceu de muitas amizades, aquela que sai para festas enche a cara e usa algum tipo de droga pelo menos uma vez por semana. Não era um ideal que ela buscava alcançar, era o seu jeito.

– Você me faz bem sabe Lah. E de um jeito estranho por que eu te conheci esses dias, na verdade faz dois dias. Você ficou aqui comigo sem nem me conhecer direito, me apoiando, tentando me dar forças para ficar melhor, cara, obrigada.

– Não precisa agradecer. Desde quando te vi no café sabia que não morava aqui e que sua visita a nossa cidade tinha alguma razão muito importante, acho que senti curiosidade.

– Mas e se eu fosse uma psicopata?

– Conheço psicopatas pelo olhar, e no seu tinha sentimento então não, você não se sairia bem como uma.

– Só acho que em mim há sentimentos demais – suspirei.

– E é por isso que eu gostei tanto de você – abraçou-me sem medir forças, desta vez demorou bastante. Porém foi Laís que não quis me soltar facilmente. Afagou meus cabelos, apertou-me um pouco mais e por fim, soltou-me dando um beijo em minha bochecha.

– Aceita um conselho de quem realmente quer seu bem?

– Claro.

Sorriu de lado, mas logo virou encarando o “nada” a sua frente e pela primeira vez contando do dia em que nos conhecemos me sentir mal por não ter lhe dito quem sou de verdade, meu nome todo, o que faço da vida... Eu.

– Não a deixe escapar. Já pensou que essa pode ser a única oportunidade? – acariciou meus cabelos colocando uma mecha para trás da orelha – Volte para ela, siga seu coração. Sei que é isso o que você quer, porém está com medo de errar outra vez, mas se errar... – olhou em meus olhos marotamente – Continue e não deixe que nada te impeça de ser feliz.

– Mas eu... – soltei todo o ar que havia em meus pulmões – Será?

– Vai lá Sel. Seja feliz do jeito que sei que você sente falta, siga em frente, mas siga com ela e a ame com vontade e com saudade.

– Quero muito isso.

– Tenho certeza que sim.

– Mas não vou agora, nesse momento. Vou esperar mais um pouco, dar um tempo a mim e a ela para pensar.

Laís concordou e levantou. Não sei se iria embora ou ficaria, mas se fosse não pediria para ficar, já tinha feito demais por mim. Tentava esconder a ansiedade de ver Demi novamente, de me entregar a ela e como minha linda ruiva havia dito “ser feliz do jeito que eu sinto falta”.








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Notas finais do capítulo

Reviews?
Amo muito vocês D: sz