Honix - Saga de Idron escrita por Oliver


Capítulo 9
Capítulo 9 - Desentendimento


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novo com mais um Chapter xD
Leskion volta para o seu mundo ;D
Daki a 8 dias eh meu niver *-*



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Rogg começa a se preparar para atacar, logo Siana se distancia da gente. Eu não vou lutar com ele sem saber o motivo.
            - Não precisa ser assim Rogg! Não vamos lutar contra você sem saber o motivo – eu disse.
            - Isso mesmo. Por que você quer lutar contra nós? – perguntou Klaus seriamente.
            - Não interessa pra vocês, interessa? – disse Rogg.
            - Claro que sim! – gritei furioso.
            - Já vimos que ele não vai contar nada Leskion – disse Klaus tranquilamente.

            Em poucos segundos, Rogg parte para o ataque em direção a Klaus e o soca-o no rosto! Após receber o golpe, Klaus aproveita que Rogg se aproximou, e o chuta no abdômen jogando-o para cima. Logo Klaus forma uma “bola d’água” do tamanho de Rogg.
            - Se não temos escolha, vamos fazer a sua própria escolha! “Habilidade de Dragão: Bola de água!” – gritou Klaus.

            A bola de água estava formada, e Klaus o lança em direção a Rogg. Ainda no ar, Rogg usa o vento com a palma de suas mãos.
            - Finalmente você entendeu trouxa! “Habilidade de Dragão: Sopro Espiral!” – gritou Rogg.

            Rogg inspira profundamente e sopra um vento contra a bola de água vinda em sua direção. Fazendo várias aberturas na bola de água.
            - O quê? Impossível! – exclamou Klaus.

            Quando a bola de água se aproximou de Rogg, ele apenas atravessou pelas aberturas que tinha feito. Ao cair no chão, Rogg improvisa um golpe com a palma da mão usando o vento, e golpeia Klaus novamente. Eu não posso deixar que ele machuque Klaus novamente!
            - Não se esqueça de mim! – gritei.

            Acho que isso não vai dar certo, mas vou tentar criar um golpe novo! Posicionei minhas mãos para chão, olhei para Rogg e disse:
            - Então lá vai! “Habilidade de Dragão: Rajada de Fogo!” – gritei.

Projetei o fogo rapidamente, criando uma rajada enorme e a arremessei contra Rogg! Ele usava seus golpes fracos com o vento, mas não adiantava! Klaus ficou caído no chão só me observando. Siana viu que Rogg não tinha condições de deter o meu ataque e logo gritou:
            - Pare Leskion!
            - Como? Parar... Mas agora é tarde demais! – eu disse manipulando a rajada de fogo.

            Não tinha como parar num momento desses, acho que só há um jeito. Tentei desvia a rajada de fogo contra uma árvore ao lado de Rogg. Quando o fogo quase se encostou à pele de Rogg... A rajada desviou atingindo a árvore! Klaus se levantou, e correu em direção à árvore pegando fogo, antes que começasse outro incêndio e apagou o fogo. Rogg ficou impressionado com o golpe que eu tinha projetado.
            - Não. Não sei o que dizer. Se não fosse aquela garota, eu estava frito! – disse Rogg espantado com seus olhos arregalados.

            Aproximamos-nos de Rogg para tentar entender o motivo da batalha. Eu nem acreditei que tinha criado uma habilidade nova. Rogg ficou sentado no chão frustrado por não ter ganhado a luta.
            - Agora que você teve o que queria, poderia nos contar o motivo de tudo isso? – perguntou Siana.
            - Nem acho que seja motivo. Eu apenas queria ser mais forte... Só isso... Vi o que vocês fizeram e pensei que os derrotando, ficaria mais forte. Mas agora vejo tudo que eu fiz... Só provei a mim mesmo que não sou capaz disso – respondeu Rogg de cabeça baixa.
            - Mas não é dessa maneira que se alcança um objetivo Rogg – disse Klaus.
            - Você tomou as coisas por impulso, sem pensar nas consequências – disse Siana.
            - Sou um fraco mesmo – resmungou Rogg.
            - Não diga isso! Eu fiquei impressionado com o movimento que você usou para deter o golpe de Klaus. Foi fantástico. E como você conseguiu ficar no ar por vários segundos? Acho que nunca vou poder fazer isso. – eu disse com um sorriso no rosto.
            - Você acha mesmo que eu fui bem à luta? – perguntou Rogg curiosamente.
            - Claro que sim! – respondi.
            - Eu quero pedir desculpas á você Klaus. Eu não... – disse Rogg.
            - Sem problemas – disse Klaus.
            - Acho melhor voltarmos para casa de Ozak – sugestionou Siana.
            - Ozak? – perguntou Rogg.
            - Sim. É um amigo meu que mora próximo daqui – respondeu Klaus.
            - Aquele velho bigodudo deve estar preparando alguma coisa. Não está sentindo o cheiro da comida? – perguntei.
            - Parece ser delicioso! Vamos logo – respondeu Siana.

Klaus apoiou nos ombros de Siana e Rogg enquanto caminhávamos até a casa de Ozak. Ao chegarmos lá, vimos Ozak terminando de preparar um peixe enorme na cozinha. Ao ver Rogg entrando em sua casa, Ozak ficou curioso em saber quem era e logo perguntou:
            - Quem é este daí?
            - Foi o garoto que estava em apuros – respondeu Siana.
            - Que sorte hein garoto? Se não fossem eles, você estaria picadinho agora – disse Ozak rindo de Rogg.
            - É verdade. Não sei o que seria de mim – respondeu Rogg olhando para mim, Siana e Klaus.
            - Eu não tinha reparado, mas, você também tem um amuleto! – exclamei.

            No pescoço de Rogg, estava um amuleto com um pingente verde. Acho que eu tinha reparado antes.
            - E você também Klaus, deve ter o seu não? – perguntei Rogg.
            - Na verdade, eu perdi o meu – respondeu Klaus.
            - Perdeu? Mas como você volta pra casa? – perguntei espantadamente.
            - Simplesmente eu não volto. Faz mais de 2 meses que estou aqui em Honix – respondeu Klaus olhando pro chão.
            - Deve fazer 2 dias e 14 horas que você não volta pra casa – eu disse.
            - Então você mentiu pra gente – disse Siana.

Flashback On
- Onde você mora Klaus? – perguntou Siana curiosamente.
- Eu? É... Moro na Alemanha e vocês?
- Moramos no Brasil.
- Já pesquisei na internet sobre esse país. É um lugar muito bonito – disse Klaus.
- Sim! Você não quer vir conosco para o nosso país Klaus? – perguntou Leskion.
- Tenho que voltar mesmo pra casa. Meus pais devem estar preocupados comigo.
- Tudo bem então – disse Leskion.
- Eu vou para o oeste, e vocês leste não é? – disse Klaus.
- Sim. Quando agente se vê de novo Klaus? – perguntou Siana.
- Não sei. Caso vocês apareçam aqui no mundo de Honix, estarei na casa do Lenhador OK?
- OK!

Flashback Off

                - Desculpa pessoal. Mas eu não queria vocês se preocupassem comigo – disse Klaus.
                - Não precisa explicar mais nada Klaus – eu disse e ainda completei. – Você teve seus motivos para não nos contar. Respeito sua vontade.
                - Obrigado. E você Siana, você me perdoa? – disse Klaus.
                - Claro que sim seu bobo! – disse Siana indo abraçar Klaus.

- Vamos deixar dessa baboseira toda. O que vieram fazer aqui? – perguntou Ozak.
                - Viemos comer! – exclamei.
                - Não me façam rir. E o que vocês vão comer? – perguntou Ozak sarcasticamente.
                - Esse peixe aí que você está preparando ora! – respondeu Klaus.
                - Sinto muito informar, mas, Leskion não vai comer nadinha! Os outros podem pegar os pratos no armário – disse Ozak.
                - Como é que é? Por que eu não posso comer? – perguntei.
                - Num sei. Pergunte a si mesmo fedelho – respondeu Ozak.
                - Do que você me chamou? – perguntei furiosamente.
                - Garoto sábio – respondeu Ozak.
                - Não foi isso que eu escutei.

Ozak riu da situação e começar a falar bem baixinho. Eu não estava entendendo quase nada do que ele estava tentando dizer.
                - Criança mimada. Fedelho. Burro – murmurou Ozak bem baixinho olhando pro teto.
                - Ei! Eu ouvi o que você disse! Repete velho fedorento! – exclamei furioso.
                - O que disse? Fora da minha casa já! – ordenou Ozak furioso.
                - Nem precisa mandar! Eu já ia mesmo! – eu disse estirando língua para  o velho.

Fechei a porta com força da casa de Ozak e sai desembestado. Vi uma espada próxima as lenhas que Ozak estava trabalhando. Logo eu tive uma grande idéia!
                - Se ele acha que vou morrer de fome, está muito enganado! – eu disse seriamente.

Peguei a espada e fui em direção a um lago perto de seu quintal. Chegando lá, tentei pescar um peixe enorme pra fazer inveja á aquele velho. Vi só as sombras dos peixes e quando tentei apunhalá-las com minha espada, elas fugiam!
                - Droga! Será que não vou pegar nenhuma? Ei, mas espere ai. Que peixão deve ser aquele? – eu disse apontando para uma sombra enorme de peixe na água.

Era maior que os outros peixes que eu estava tentando pescar. Atravessei a ponte e fui para o outro lado tentar apunhalar o peixão. Ele era rápido, mas de tanto tentar acertar ele, finalmente eu consigo atingi-lo com a espada! Mas algo está errado, ele parou de mexer. Senti uns tremores e de repente o peixão pula da água vinda em minha direção!
                - Ai caramba! Que peixe enorme! Mas não vou recuar, vou pescá-lo e mostrar para aquele velho do que sou capaz! – exclamei. – Pode vir grandalhão!

O peixe deu um salto em minha direção. E parecia que eu não tinha como fugir dessa!
                - Droga! Sai de baixo! Socorro! – gritei desesperado.

Um vulto surge de mim e corta o peixe em pedaços! Fiquei cobrindo meu rosto com a espada na mão. E percebi que o peixe estava morto no chão. O vulto aparece. É nada mais, nada menos que... Ozak!
                - Foi você que fez isso? – perguntei espantado.
                - Tem mais alguém aqui fedelho? – disse Ozak.
                - Pare de me chamar assim! – exclamei.

Peguei a espada que havia soltado quando tinha visto Ozak, e corri para o ataque ofensivo. Ozak parecia estar tranquilo. Ele desviava de todos os meus ataques com a espada. Não adiantava de nada! Nem sequer um arranhão eu conseguia. Quando Ozak se cansou, ele me apunhalou com espada no abdômen!
                - Ah! Seu... Droga! – eu disse respirando lentamente.
                - Acredite. Isso foi pelo seu próprio bem – disse Ozak.
                - Saia daqui! Não se aproxime! – grite.

Ozak veio em minha direção e me carregou em suas costas até a sua casa. Mas caminho eu fiquei resmungando.
                - Me solta seu velho! Me larga, me larga, me larga! – exclamei.
                - Cala essa boca. Além de te carregar, ainda fica resmungando? Ora bolas! – reclamou Ozak.

Já tinha notado que discutir com ele não adiantava, porque ele não iria mudar de idéia. Quando chegamos a casa dele, todos tinham comido o peixe. Ozak me colocou numa cama próxima a sala. Fiquei deitado com a mão no abdômen pra ver se a dor passava.
                - Leskion! O que aconteceu? – perguntou Siana desesperada.
                - Não foi nada. Apenas me cortei com a espada – respondi.
                - Como foi isso? – insistiu Siana.
                - Esqueça Siana. Eu estou bem. Não se preocupa.

Logo Ozak apareceu com uma bandeja em suas mãos e cheios de medicamentos. Eu já imaginava o que ele iria fazer.
                - Mostre-me o corte fedelho – disse Ozak.
                - Não! Eu estou legal, vai passar! – eu disse.
                - Deixa de onda garoto! Vamos logo, mostre!

Ele tirou a minha mão do abdômen e colocou uns esparadrapos no ferimento. Mas doeu bastante com o remédio que ele havia colocado.
                - Ai! Não precisa! – gritei com a dor do remédio latejando o meu ferimento.
                - Deixa de ser molengo Leskion – disse Rogg.
                - Não pedi sua opinião Rogg! – exclamei.

E todos começaram a zoar de mim. Mas fiquei pensando nos movimentos que Ozak tinha feito para me salvar. Queria aprender a manusear espada. E me tornar um espadachim! Acho que eu tive uma grande ideia. Ozak... Aguarde-me.

Acho que a ideia de se tornar um Espadachim é uma boa escolha. Não posso apenas depender do poder do Dragão. Tenho que saber me defender contra os meus inimigos. Então eu tive pensando nisso a partir do momento em que Ozak derrotou o peixão.
                - Ozak – eu o chamei.
                - Pode falar – disse Ozak se aproximando de mim.
                - Eu estive pensando, e cheguei a uma decisão séria!
                - Estou escutando...
                - Eu quero que você me ensine a ser um Espadachim!
                - Não é simples assim garoto.

- Eu sei disto. Justamente, vou me esforçar ao máximo.
                - No momento não estou em condições de te ensinar, quem sabe um dia...
                - Pensa direitinho. Eu já vou indo. Lembrei que hoje tenho que ajudar a minha mãe com o gramado lá de casa.

                Siana e outros estavam me esperando do lado de fora. Eu já podia andar, mas com a ajuda dos meus amigos, acho que dá pra eu chegar até o portal dimensional. Ao sair da casa de Ozak, Rogg se aproximou e perguntou se eu queria ajuda.
                - Precisa de uma mãozinha ai cara?
                - Eu consigo andar sozinho.
                - Estou vendo suas condições.

                Rogg colocou o meu braço e seu ombro e começamos a caminhar até onde Klaus e Siana estavam. No caminho, Siana estava preocupada com o meu ferimento. Klaus estava olhando muito pra mim. Acho que ele deve estar pensando no golpe que eu arremessei contra Rogg. Realmente, eu me inspirei no golpe dele. Sinto-me tão aliviado. Agora estamos empatados.

                Na hora de irmos embora, eu e Siana nos despedimos de Rogg e Klaus. Eles disseram que iriam ficar bem no mundo de Honix. Voltamos para o mundo humano. Enquanto andávamos na calçada próxima a Livraria, uma garota vem correndo desesperada em nossa direção. Siana acha isso estranho, pois ela estar com o emblema da nossa escola.
                - Vocês são do 1° ano? – perguntou a garota.
                - Sim, somos – Siana respondeu.
                - A escola ligou neste exato momento avisando que haveria uma aula extra de última hora. Então se apressem que a aula vai começar ás 11h30min.
                - Mas já são 11h15min. Não dá tempo de ir a nossas casas Siana! – exclamei.

                Corremos até chegar à escola, juntamente com a garota que nos avisou. Felizmente chegamos á tempo na escola. Passando pelos corredores, todos os alunos estavam nos encarando. Não entendi o motivo de todos eles estarem fazendo isso. Até o Zack ficou me encarando, mas isso não é novidade pra ninguém. Siana até segurou no meu braço com medo do que os alunos poderiam fazer... Ao chegarmos à sala de aula, o professor Natvus estava nos esperando sentado em seu birô. A sala estava vazia, e aos poucos os alunos começaram a chegar e sentar nas cadeiras. Eu olhei para Siana e vi que ela estava nervosa. O professor Natvus estava todo desconfiado... As luzes estavam mais escuras do que costume.
                - Muito bem alunos! Vamos começar a nossa prova – disse o professor Natvus.

                Quando ele mencionou a palavra “prova”, fiquei em pânico! Pois eu nem fui informado

O professor Natvus deu um belo sorriso no rosto. Como se ele tivesse ficado feliz ao ver que eu não tinha estudado para a prova de história.
                - Se alguém percebeu, a prova está debaixo das carteiras. Após pegá-las comecem – disse Natvus.

e muito menos estudado para essa prova. Siana parecia estar preocupada comigo, já que ela sabe que eu não estudei esses dias.

- Prova? Mas como assim professor? Você nem avisou o dia! – exclamei.
                - Ah eu avisei... Avisei naquela aulinha em que você estava distraído na janela. Suponho que você seja um “desligado” nas aulas. Em relação a isso, eu infelizmente não posso fazer nada – disse Natvus me encarando.
                - Siana, você saiba disso? – perguntei desesperadamente.
                - Não Leskion. Eu juro que não sabia de nada – respondeu Siana.


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Notas finais do capítulo

Argh! Prova surpresa xD
Esse professor está agindo estranho demais... hum...
Melhor ficar de olho nele ^^