Naquela Noite II escrita por Talita Sagittarius


Capítulo 5
O Puritano


Notas iniciais do capítulo

Esta é uma fanfic com personagens de Saint Seiya, série criada por Masami Kurumada.
Quando a fala estiver entre # # é porque o personagem está pensando. E quando estiver () depois do nome, é porque está sussurrando.



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 No carro, em uma estrada estreita e movimentada, Shaka dirigia e Dohko ia do lado, enquanto os demais cavaleiros e o jegue iam atrás.

Dohko – Shaka, você está me deixando nervoso, ao menos abra os olhos para dirigir.

Shaka – Eu tenho tudo sob controle.

Shaka quase atropela uma vaca, mas o animal se assusta e foge a tempo.

Aioria – Olha lá! Pobre animal!

Máscara da Morte – Ih, não precisa ter dó do Shaka não. Tem que ter dó da gente, porque se tem que morrer a gente morre, mas o Shaka é igual o Pégaso. Sempre recebe cosmo extra.

Aioria – Eu me referia à vaca.

Máscara da Morte – Ah, sim... Pobre animal indefeso, quase vítima do drogado do Shaka.

Cavaleiros – Iiiihhh...

Shaka para o carro bruscamente e os carros que estavam atrás batem na limusine.

Shaka – Eu já disse que não vou tolerar qualquer desrespeito à minha pessoa, e muito menos quando baseados em acontecimentos passados promovidos por humanos da mais degradante qualidade.

O trânsito para. Vários motoristas furiosos começam a buzinar.

Kanon – Ele já entendeu, agora liga esse carro e vamos em frente.

Shaka – Eu não vou sair daqui até que me peça desculpas.

Máscara da Morte – Eu? Pode desistir. Não falei nenhuma mentira. Você estava doidão sim e não foi efeito de incenso.

Miro – O povo está nervoso aí na rua, olha só.

Shaka – Me peça desculpas.

Aioros – Ahh, saia do volante que eu vou dirigir então.

Shaka – Não vou sair.

Shura – Aioros, você não renovou sua carteira de motorista depois que ressuscitou, né?

Aioros – Que carteira?

Aldebaran – É, que carteira? Alguém aqui tem alguma?

Máscara da Morte – Tenho a carteirinha de entrada do santuário.

Shura – Ninguém tem carteira de motorista?

Mu – O Shaka tem uma que ganhou no pau de sebo... – Shaka se vira para Mu com uma expressão odiosa no rosto - Digo, digo... Aioros ganhou no tiro ao alvo, acho que foi isso.

Aioros – É falsa, não adianta.

Saga – Então se não quisermos confusão com a polícia, é melhor sairmos daqui.

O povo enfurecido continua gritando e começam a dar tapas no carro.

Camus – Esse povo está me irritando.

Um sujeito bate no vidro do lado do motorista.

Sujeito – Ae, cara. O que tu pensa que ta fazendo? Tira essa merda de carro do caminho, que já tem quase dois quilômetros de engarrafamento por sua causa.

Sujeito 2 – Sai do carro, maluco! Você vai pagar o estrago do meu carro, seu corno. – Esmurrando mais o vidro ao ver que Shaka estava de olhos fechados, virado para o volante – Você está dormindo, é?

Uma mulher de vestido de noiva se aproxima. Era alta, cabelos lisos e rosa choque até a cintura, pele clara e olhos azuis.

Mulher – Ow! Da para sair do caminho? Eu tenho que casar! Você está atrasando tudo!

Kanon – Vandimariuza!

Vandimariuza – Puta que pariu!

Kanon – Ahhh é assim, né? Não tem nem três horas que me dispensou e já vai casar!

Vandimariuza – Mas o que é que você está fazendo aqui? Ah, já sei... Veio estragar meu casamento. Pois não vai conseguir não!

Kanon – Não, espera aí, vamos conversar direito.

Kanon sai do carro.

Saga – Kanon, entra nessa droga de carro!

Afrodite – Ahh, que inferno! Porque essa mulherzinha cismou de casar às três da madrugada? Só falta esse povo todo estar indo para o casamento.

Vandimariuza – Pois está sim. É uma festa muito chique e vocês não foram convidados.

Afrodite – Eu nem quero ir. Coisa baranguérrima dessas... Hunf! – Olhando com inveja para o vestido de Vandimariuza.

Vandimariuza pede para os sujeitos que estavam gritando e buzinando pararem, pois ela iria resolver tudo.

Dohko – Shaka, para de ser infantil e liga logo esse carro.

Shaka – O indivíduo aí atrás vai ter que se ajoelhar ao meus pés, esfregar a testa contra o chão e implorar minha misericórdia.

Máscara da morte – Hahahahahahahaha... Nunca! Hahahahahaha...

Miro – Sabemos que ele não vai fazer isso, portanto vamos tirar o Shaka do volante e eu dirijo.

Shaka – Não vou sair daqui. E se demorar mais, eu vou exigir que após implorar meu perdão, lamba as solas do meu sapato.

Dohko – Ele não vai fazer isso, Shaka...

Máscara da morte – Jamais!

Camus – Tudo isso tinha que ser culpa desse arregaçado...

Máscara da morte – Queeeeem é arregaçado?

Camus – Você.

Máscara da morte e Camus começam uma lutinha dentro do carro. Tony entra na briga.

Aioria – AAHH! PAREM COM ISSO!

Miro e Afrodite saem do carro. Mu, Shura, Saga e Aioros tentam sair, mas não conseguem. Aldebaran está sendo esmagado pelos três briguentos.

Kanon - Quem é o desgraçado?

Vandimariuza – Não fale assim dele! E não é da sua conta com quem vou me casar.

Miro – Vandi vai casar comigo. Fala pra ele, meu bem. – Abraçando Vandimariuza pela cintura.

Vandimariuza – Eu jamais me casaria com algum amigo desse cafajeste! – Empurrando Miro.

Miro – Ahh, Kanon, você está queimando meu filme com as mulheres!

Vandimariuza – Hunf! Agora tirem essa lata velha daqui que estou atrasada para o meu casamento.

Miro – Mas eu não sou amigo dele! Sou inimigo, olhe! – Da um murro em Kanon, que ao ser pego de surpresa, cai, se levanta furioso e parte para cima de Miro. Os dois rolam pelo chão tentando se esmurrarem.

Vandimariuza os ignora e bate novamente no vidro do lado de Shaka.

Vandimariuza – Tire logo este carro daqui ou vou chamar a polícia.

Camus, Tony e Máscara da morte param de brigar. Miro e Kanon param de rolar abraçados pelo chão.

Aioros – Polícia não!

Vandimariuza – Polícia sim! – Pegando o celular, mas Kanon e Miro o tomam das mãos dela.

Kanon – Não vamos nos estressar por tão pouco, né?

Miro – É! Sério, uma mulher tão bonita como você não precisa se preocupar com essas coisas. Já vamos tirar o carro daqui, certo, Shaka?

Shaka – Certo...

Dohko – Aleluia!

Shaka – Quando o cavaleiro de Câncer se ajoelhar e...

Kanon – Máscara da morte, vê se pede desculpas para ele logo e Shaka, não seja tão fresco, aceite as desculpas e vamos embora.

Máscara da morte – Eu não.

Shaka – Afff!

Vandimariuza – Devolvam meu celular agora mesmo!

Miro – Você vai ligar para a polícia?

Vandimariuza – Vou.

Miro – Então não.

Dohko – VAMOS PARAR COM ESSA PALHAÇADA! – Cavaleiros se assustam e ficam quietos – Máscara da morte, retire o que disse à Shaka.

Máscara da Morte – Ah... Er... Shaka não é um drogado. É um ex-drogado.

Dohko – Muito bem. Shaka, aceite as desculpas dele.

Shaka – Isso não foi desculpas, ele só...

Dohko – ACEITE!

Shaka – Aceito, mas só porque sou um ser evoluído e não me importo com palavras.

Máscara da morte – Estou vendo...

Dohko – Miro e Kanon, entrem no carro.

Miro – Vandi, me da seu telefone. Eu ligo para a gente sair. Eu até te daria meu número, mas é que eu não tenho, hehehe...

Dohko – Miro!

Miro – Agora eu vou, que o velho está estressado, mas me da seu número de telefone para a gente...

Dohko – MIRO!

Miro entra no carro.

Kanon – Vandimariuza, não se case! Lembre-se que eu sou o granulado que falta no seu brigadeiro, o fósforo que falta na sua caixinha, a tampa que falta no seu penico, o...

Dohko – Kanon...

Kanon – Espera aí... Vandimariuza! Eu vou te fazer uma surpresa e aí você larga o seu noivo... Qual o nome dele?

Vandimariuza – Jazicrugueitão.

Kanon – Saúde.

Vandimariuza – Está zombando do nome do meu noivo?

Kanon – Nome? Ah, era o nome... Claro que não! Na verdade...

Carros voltam a buzinar.

Dohko – KANON!

Saga – Aqui... Não grite com meu irmão.

Dohko – PORQUE, EIN?

Saga – Nada, nada... Pode gritar.

Kanon – Me da só um beijinho, e... – Vandimariuza lhe da as costas e volta para o seu carro. Kanon entra e fecha a porta.

Shaka liga o carro.

Mu – Eu quero ir no banheiro.

Aioros – Logo agora?

Dohko – Não foi antes porque não quis. Agora aguenta.

Mu – Mas eu quero fazer xixi. Estou muito apertado. – Cruzando as pernas com força.

Afrodite – Ah, não, querido. Você não vai mijar no carro como fez na última vez que saímos.

Aldebaran – De jeito nenhum! Eu tive que jogar fora minha calça.

Shaka começa a avançar com o carro.

Aioros – O Mu mijou em vocês?

Máscara da morte – Sim. Estragou o estofamento todo também. Soube que o carro fedia tanto, que Saori teve que comprar outro.

Kanon – Isso é novidade! Saori meter a mão no bolso...

Mu – Ela deu o antigo carro para ficar a serviço do orfanato. Agora parem o carro para eu fazer xixi.

Dohko – Se parar o carro, vai atrapalhar todos esses carros que estão aí atrás.

Kanon – Vandimariuza vai casar... Snif!

Saga – Ah, você nem gosta dela de verdade.

Kanon – Não importa. Eu não consigo suportar o fato de que tenha me esquecido tão rápido.

Miro – Qualquer um esquece! Mas se fosse eu... Ela estaria implorando de joelhos para se casar comigo. Isso, claro, se você não tivesse queimado meu filme com ela.

Kanon – Não invente desculpas. É claro que depois de ficar comigo, ela não se contentaria com tão pouco.

Miro - O sonho de toda mulher é ir para a cama comigo.

Cavaleiros (menos Mu, que se risse, iria se dar mal) – HUAHUAHUAHUAHUAHUA…

Camus – Você se engana demais, meu amigo.

Miro – Hunf! Vocês não sabem de nada.

Mu – Gente, desculpem aí, mas eu não aguento mais.

Saga – Eu também não.

Shura – O quê? Ah, não, você também? Shaka, pare o carro.

Aioros – Saga tomou muita bebida no show.

Saga – Tomei não.

Aioria – Ares tomou... E o corpo é seu, né...

Saga – Deus maldito!... Queeem é maldito? Oh, não, você de novo!... Eu não vou te deixar em paz! – Saga da um soco na própria barriga – Ahhh, não faça isso logo agora que eu quero fazer xixi.

Ao ver Mu vesgo e roxo, apertando com mais força as pernas, Afrodite abre o vidro do carro.

Afrodite – Abaixe as calças e faça.

Aldebaran – Isso mesmo. Se mijar aqui, você não volta vivo para o santuário.

Saga continuava se debatendo. Tony se assusta e da patadas em Saga.

Saga/Ares – SEU FILHO DE UMA ÉGUA!

Máscara da morte – Mas ele é mesmo. Fala para ele da sua mãe, Tony.

O jegue mexe na coleira e tira uma foto dele com uma égua.

Máscara da morte – Ooh, que coisa linda!

Camus – Coisa ridícula!

Com um olhar assassino, Tony ataca Camus.

Miro – Mu, o que está esperando? A janela ta aberta!

Mu – É que eu tenho vergonha...

Shura – Ninguém aqui está afim de ver sua bunda.

Mu fica vermelho.

Afrodite – Eu tô. Digo, digo... Nem eu estou.

Enquanto se espancava, a calça de Saga começa a molhar.

Dohko – Ta cheirando mal isso aqui.

Shaka – Como se já não bastasse aquele banheiro fedido e traumatizante. Oh, Buda, por mais quantas provações ainda terei que passar?

Shaka para o carro bruscamente. Os carros que estavam atrás novamente batem na limusine. Mu e Saga são postos para fora do veículo e ambos correm para a reserva florestal que ficava ao lado da estrada.

Meia hora depois, depois de gritos, xingos, buzinadas, ameaças de morte e de chamar a polícia, Shaka resolve tirar o carro da estrada para que Vandimariuza e seus convidados pudessem ir na frente. Enquanto o cavaleiro de Virgem tentava fazer uma baliza e consequentemente, batia em mais carros e árvores, Mu e Saga voltam meio arranhados, cheios de folhas na cabeça.

Saga – Olha lá! Estão deixando a gente para trás!

Mu e Saga saem correndo atrás da limusine por uns dois quilômetros, acenando loucamente, até que esta para de mau jeito, batendo em quatro carros ao mesmo tempo, mas de um jeito que dava passagem aos outros.

Saga e Mu os alcançam e entram no carro.

Aldebaran – Por que demoraram tanto?

Mu – Fomos perseguidos por capivaras.

Dohko – Tivemos que tirar o carro. Estavam enchendo o saco porque a gente interditou a passagem...

Saga – Então vocês não tentaram deixar a gente para trás?

Aioros – Não, mas não seria má ideia.

Shura – O Shaka dirige mal pra caramba. Arrebentou o carro todo.

Shaka sai do carro.

Shaka – Seres ingratos! Podem implorar, que eu não voltarei a guiar este veículo.

Kanon – A gente ia implorar é para você sair daí mesmo.

Saga – Eu vou dirigir.

Cavaleiros – Não é uma boa idéia. – O jegue faz que concorda com a cabeça.

Saga – Eu sei dirigir, ta? Na época que eu treinava, isso fazia parte do treinamento. A geração de vocês é que foi mal treinada e não receberam aulas de direção.

Aioros – É verdade. Sei dirigir avião, trator, caminhão, jatinho, carro, moto, bicicleta e patinete.

Aioria – Oh! Meu irmão é quase tão inteligente quanto eu! – Orgulhoso.

Camus – Bem... Eu aprendi a dirigir um trenó.

Máscara da morte – Natural! Porque se você não virasse cavaleiro, viraria Papai Noel. Hahahahahaha…

Camus – Invejoso! Aprendeu dirigir algo, por acaso?

Máscara da morte – Sei andar de carroça muito bem!

Cavaleiros – Hahahahahahaha...

Máscara da morte – Que foi?

Mu – Sei andar de charrete. – Sorri orgulhoso.

Cavaleiros - ...

Shura – Fica quieto, Mu. Cala a boca.

Saga começa a dirigir o carro e aumenta muito a velocidade, deixando todos assustados.

Dohko – Sa... Saga... Diminua um pouco...

Afrodite – Ahhh, o Saga está correndo igual louco e o vento está estragando meu cabelo! Fechem a janela, fechem!

Saga para o carro bruscamente e Dohko se arrebenta no vidro da frente enquanto os demais cavaleiros e o jegue batem nos bancos.

Miro – Você está maluco! O que você pensa que está fazen...

Saga acelera o carro novamente e todos capotam outra vez.

Saga – HehehahahahaHAHAHAHAHAHAHAHA…

Máscara da morte – Ah, nem... O maluco ensandecido voltou...

Miro – Oh, não! Eu sou muito jovem e lindo para morrer! Saga, pare o caaaarro! – Com lágrimas nos olhos.

Camus – Miro, você é um cavaleiro de Atena. Coragem e força, amigo!

Miro – Camus! Sim, sou um cavaleiro de Atena!

Camus – Eu também sou!

Máscara da morte – Não diga...

Miro – Então Atena pode nos salvar!

Camus – Sim!

Camus e Miro se abraçam.

Máscara da morte – Que coisa gay... - Agarrado ao banco do carro para não capotar de novo.

Saga – HEHEHEHAHAAHAHAHAHUAHUAHUAHUAHUAHUA...

Camus e Miro – ATENAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA... ai..

Aldebaran e Kanon batem nos dois.

Kanon – Se chamar Atena, Saori vai sentir.

Aldebaran – E vai vir avacalhar nossa noite de folga.

Saga – IUHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU – Fazendo ziguezague com o carro e os cavaleiros e o jegue se agarram aos bancos, menos Dohko, que se arrebenta novamente no vidro. – Põe o cinto de segurança, véio!

Saga freia repentinamente fazendo Dohko rolar para o chão e ficar preso entre o banco, o chão e o painel de controle.

Saga – Oh!

Dohko – Me tirem daqui!

Kanon – Saga, saia desse banco! Eu vou dirigir, senão você vai acabar com o carro e aí...

Saga – Não!

Aioros – Não, o quê?

Dohko – Alguém pode me ajudar? Estou preso!

Saga – Eu já estou bem. Era o Ares que estava perturbando minha mente, mas já fiz ele ficar quieto.

Shaka – Seria melhor se eu ainda estivesse dirigindo. Mas mesmo que implorem eu não vou dirigir.

Aioria – Ninguém quer.

Shura – Eu sei dirigir muito bem.

Máscara da morte – Ficamos perdidos quando tentamos chegar naquele parque aquático.

Aioros – Que parque aquáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

Saga acelera o carro novamente, mas ao passar em uma ponte, perde o controle e cai no rio.

= Mansão Kido =

Tatsumi – Senhorita Saori, e-eu...

Saori – O mundo é meu, Tatsumi, e estou muuuuuuinto mais rica do que antes.

Tatsumi – M-Mas...

Saori – O que foi? Está querendo um pouquinho do meu ouro, é? Humm... Eu não vou te dar nada.

Tatsumi – Não, senhorita é que... Sem o santuário, onde é que os cavaleiros de ouro vão morar?

Saori – Ah, eles já estão bem grandinhos para ficarem vivendo às minhas custas. Que cada um siga seu rumo.

Tatsumi – Mas então onde será a sala do grande mestre? E o templo de Atena?

Saori – Pra quê isso? Eu nem usava mais.

Tatsumi – É que é o único lugar do mundo que você contava com alguma proteção divina. E ao vendê-lo, você profanou seu templo...

Saori – É? E daí?

Tatsumi – E Zeus pode querer se vingar. – Se vira para olhar uma estátua de Zeus que Saori mantinha na casa como enfeite.

Saori – Vai vingar nada. O templo era meu mesmo...

Tatsumi – Mas daqui a duzentos ou trezentos anos, quando Atena reencarnar novamente, ela não terá mais templo e Hades terá um lugar aqui na Terra. Além daquela caverna que você vendeu para ele no mês passado.

Saori – São negócios, Tatsumi. E eu ainda estarei aqui daqui a duzentos ou trezentos anos, portanto pare de premeditar minha morte.

Tatsumi – Não, senhorita. Atena voltará, mas a senhorita não. Deve lembrar que como Saori, você é humana e...

Saori – Não me importa. E que Zeus se dane. Eu vou comer alguma coisa.

A estátua de Zeus cai na cabeça de Saori e se quebra.

Tatsumi – A-a senhorita está bem?

Saori – Tinha que ser você! Fica comprando essas estátuas vagabundas que caem na cabeça das pessoas. Seu miserável! – Se vira e sai da sala rapidamente. Tatsumi a segue.

Tatsumi – Senhorita Saori, me escute... Isso é um sinal dos deuses!

Saori – E desde quando é sinal dos deuses tacar estátuas na cabeça dos outros? Cala a boca que você acabou com meu bom humor. Eu vou para a cozinha comer.

Tatsumi – E-eu vou preparar alguma coisa para a senhorita...

Saori – Some da minha frente, idiota. Eu pego alguma coisa na geladeira.

Saori vai para a cozinha e Tatsumi fica parado na copa olhando para o nada.

O telefone toca. Tatsumi vai para a cozinha e encontra Saori comendo direto de um pote enorme de sorvete.

Tatsumi – Quer que eu atenda, senhorita?

Saori – Não, eu tenho telefone para ouvi-lo tocar. CLARO QUE É PARA ATENDER.

Tatsumi corre e atende o telefone. Pouco segundos depois, volta para a cozinha.

Tatsumi – É-é... É...

Saori – Eu sabia... Sabia que um dia perderia o dom da fala e começaria a grunhir.

Tatsumi – Não... É que... É... Hades no telefone.

Saori – E o que faz aqui? Não posso atender porque estou comendo.

Tatsumi – E-eu vou dizer, senhorita.

Saori – Espere! Não diga que estou comendo... Não é bom que descubram que uso meus poderes divinos para manter o peso...

Tatsumi – Eu digo que está tomando banho.

Saori – Não. Eu comentei com ele que por sua culpa cortaram a água da casa.

Tatsumi – Minha culpa? Mas...

Saori – Você deveria ter me pedido dinheiro para pagar a conta. Ou melhor... Ter pagado com seu próprio salário.

Tatsumi – Mas eu te pedi. Até que você tacou uma panela na minha cabeça e...

Saori – Pare de falar merda e vá logo dizer alguma coisa que preste para Hades.

Tatsumi – Direi que está dormindo.

Saori – Não seja idiota! Se disser isso ele vai achar que sou uma preguiçosa que baixa a guarda.

Tatsumi – Mas então...

Saori – Saia daqui! E é bom que invente alguma coisa que preste.

Tatsumi sai da cozinha e pega o telefone.

Tatsumi – A senhorita Kido não pode atender.

Hades – PQP! Chama Atena, pô! Bem que ela disse que o mordomo é burro...

Tatsumi – Mas a senhorita Kido é a Atena.

Hades – Então vá chamá-la.

Tatsumi – Mas eu já disse... Ela não pode atendê-lo agora.

Hades – Como não pode me atender? Você demora um tempão para voltar e dizer que não pode atender! Seu incompetente! O que é mais importante para Atena que ela não pode falar comigo?

Tatsumi – Ela ta cagando.

Hades – E vai demorar?

Tatsumi – Acho que cerca de meia hora.

Saori, que estava escutando pela extensão do telefone, taca uma cadeira na direção de Tatsumi, que escorrega no tapete e se arrebenta todo no chão, quebrando alguns dentes.

Hades – O que foi isso?

Tatsumi – Aichunfru... biacateriano...

Hades – Que desgraça de empregado... Atena não tem competência nem para arrumar um mordomo. – Desliga o telefone.

= No rio =

Miro – O carro caiu no rio.

Aldebaran – Ainda bem que você deduziu isso, senão eu teria pensado que é o xixi do Mu que está alagando o carro. – Disse irônico.

Mu – Ei! Sem piadinhas. Eu já fiz lá no mato! Hunf!

Saga – Sim, e fomos perseguidos por capivaras...

Máscara da Morte – Isso é tudo culpa sua! Agora o Tony está assustado. – Mostra o jegue tremendo com a água fria.

Saga olha distraidamente o céu pela janela, como se não fosse com ele.

Afrodite – Dane-se o jegue. Terrível será se essa água encostar no meu cabelo. – Subindo no encosto do banco enquanto a água subia.

Máscara da Morte – Ninguéeeeeem manda o Tony se danar!

Camus – Que se danem o jegue e o cabelo do Afrodite. Será que não percebem que o carro já deve ter estragado?

Aioria – E nós vamos ficar aqui sentados esperando o carro terminar de afundar?

Dohko – Glub, Glub...

Máscara da Morte – Eu vou enfiar a cabeça de vocês pela janela e afogá-los para aprenderem a respeitar o Tony. – Pegando Camus e Afrodite pela nuca.

Afrodite - SOCOOOOOOOORROOOOOOOO! VAI MOLHAR O MEU CABEEELO!

Camus – Me solta! Pó de diam...

Shura – Não vá abrir a jane... glub, glub...

Máscara da morte abre a janela e o carro afunda completamente. Os cavaleiros e o jegue saem do carro e nadam até a beirada do rio, que ficava bem próxima de onde o carro tinha afundado.

Saga – Snif! Perdemos o carro.

Kanon – E A CULPA É SUA!

Saga – Não fui eu quem abriu a janela...

Máscara da morte – Ahhhh! Agora a culpa é minha? Quem dirigiu igual maluco? Quem jogou o carro no rio com a gente dentro?

Saga – Olhem, tem peixinhos no lago!

Máscara da morte – Cínico...

Afrodite – BUUUAAAAAAAAAAAAAAAAA... O MEU CABELO TÃO BONITO, ESTÁ TODO DESCUMCUMBELADO. BUAAAAAAAAAA...

Saga – E tem um peixe fora do lago chorando. – Apontando para Afrodite – Gostaram da piada? – Sorrindo

Cavaleiros - ...

Saga – Er... Não gostaram...

#Silêncio constrangedor#

Mu – E agora?

Camus – E agora o quê?

Shaka – Se vocês tivessem implorado para que eu voltasse a dirigir, isso não teria acontecido.

Aioros – A gente teria caído de um penhasco provavelmente.

Shaka – Não especule coisas improváveis.

Kanon – Snif... E eu queria tanto ir avacalhar o casamento da Vandimariuza...

Aioros – Ainda podemos ir! Talvez a gente consiga comer alguma coisa na festa.

Aioria – E vamos como? Não temos carro, estamos ensopados... Duvido até que Kanon saiba onde ela vai casar.

Shura – É... O jeito vai ser dormir aqui.

Afrodite – O meu cabelinho... snif... BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Miro – Credo, Afrodite. Até parece que você nunca molhou o cabelo.

Afrodite – Não com água suja igual essa!

Aldebaran – Mas a água está tão limpinha. Da até para ver o fundo do rio...

Afrodite – Mas os peixes fazem "aquilo" nessa água...

Miro – Ah, você é fresco demais.

Afrodite – Com muito orgulho, querido. Assim meu cabelo não fica cheio de pontas duplas e eu tenho que cortar curtinho igual aqueles dois infelizes ali, coitados... – Indica Aioria e Aioros.

Aioria – Temos o cabelo curto porque preferimos assim. Hunf!

Aioros – Olhem! É o Dohko lá no meio do rio.

O cavaleiro de libra nada até a margem com certa dificuldade.

Shura – Dohko! Você por aqui!

Dohko – Bando de delinquentes sem educação! Eu estava preso e vocês esqueceram de me tirar do carro.

Máscara da morte – Não é que esquecemos...

Kanon – Pensamos que queria nadar um pouco mais.

Saga – E pode ser que você quisesse conhecer a casa dos peixes no fundo do lago.

Dohko – VOCÊ! Eu estou farto de suas maluquices. E seja Saga ou Ares, é bom que se comporte. E a propósito... Isto é um rio.

Saga – É um lago. E a culpa é do Ares.

Dohko – É um rio!

Saga – É um lago. Rios não são tão fundos e tem aquelas pedras que da para deitar nelas.

Dohko – Isso é cachoeira.

Saga – Isto não é uma cachoeira! – Apontando para a água – É um lago!

Dohko – Eu não estou falando disto. Estou falando do lugar com pedras que você disse. É uma cachoeira. E o lugar onde estamos é um rio.

Shaka – Eu acho...

Saga e Dohko – Cala a boca!

Shaka – Vocês vão implorar para me ouvir e eu...

Saga e Dohko – CALA A BOCA!

Shaka – Hunf!

Saga – Não tem tubarões em rios.

Dohko – Eu sei disso.

Saga – Pois eu vi um tubarão no fundo deste lago.

Mu – Oh! Eu vi um duende aquático! – Animado.

Aioros – Deve ser o reflexo do Dohko na água.

Mu – É mesmo... – Desapontado.

Dohko – #Malditos# Também não tem tubarões em lagos.

Saga – Claro que tem. Eu vi!

Dohko – É claro que não viu!

Saga – E você vê com os mesmos olhos que eu para saber se vi ou não?

Dohko – Não, mas não pode ter visto, porque tubarões não moram em rios.

Saga – Moram em lagoas como esta.

Dohko – Tubarões vivem no mar. E isto é um rio porque tem correnteza. Lagos são parados.

Saga – Não mude de assunto. Eu vi um tubarão neste lago!

Dohko – Mas...

Aioros – Vamos usar a lógica! Se o Saga viu um tubarão e tubarões moram no mar, então isto aqui é um mar.

Dohko – Affffff!

Miro – Apoiado! Está certíssimo, Aioros.

Aioria – Como meu irmão é inteligente!

Saga – É, você pode ter razão...

Dohko – Claro que não! Até parece que vocês nunca foram à praia e não sabem a diferença.

Miro – Ih, é mesmo, Aioros. Você não acertou...

Aioros – Mas este é o outro lado do mar. O que não tem areia.

Miro – Verdade, Aioros. Você está certo.

Dohko – Não tem um "outro lado do mar" que seja assim.

Aioros – Está dizendo isso porque você nunca foi lá para ver.

Aioria – É. Suas pernas são curtas demais.

Dohko – Eu não vou mais discutir isso. Mas que é um rio, é.

Camus – É um córrego.

Máscara da morte – Córrego nada! Isto é um piscinão natural.

Camus – É um córrego sim!

Dohko – Um rio.

Saga – É um lago.

Aioros – É o mar.

Máscara da morte – Piscinão!

Aldebaran – Cascata.

Dohko – E cadê a cascata?

Aldebaran – Está em algum lugar por aí.

Shura – Estive analisando e acho que é uma cachoeira...

Dohko – Vocês são burros!

Afrodite – Mas eu não sou. Essa água não é salgada, senão minha pele estaria ressecada, portanto, não é um mar.

Aioros – Pode existir mar de água doce.

Dohko – Mas Zeus ainda não o inventou, Aioros.

Aioros – Hunf! Complô, contra mim...

Afrodite – Não é uma cascata, nem cachoeira, porque não tem água caindo de pedras. E não estamos falando da nascente. Eu saberia, porque ouvir som de água caindo é relaxante e ajuda a não dar rugas.

Camus – Exato! Pois é um córrego!

Afrodite – Não é um córrego, porque isso aqui é muito fundo para ser um.

Máscara da morte – É um piscinão.

Afrodite – Também não, porque assim como os lagos, tem água parada, como as fontes de águas termais que faço hidromassagem.

Dohko – Então é um rio!

Afrodite – Pois é. Rios têm em um monte de lugar e gentinha sem classe toma banho nele. Não é chique.

Saga – Mas eu vi um tubarão.

Máscara da morte – Você viu o reflexo da sua cara feia na água, isso sim.

Saga – Eu não sou feio!

Kanon – Claro que não é feio. Ao contrário. Você é muito lindo, Saga. E você... – Se vira para Máscara da morte – Nunca mais critique a aparência do meu irmão!

Máscara da morte – Bah! Você só se importa porque é igual.

Kanon – Lógico!

Dohko – Vamos embora daqui logo. Eu não quero virar a noite nesse córrego. Digo, rio.

Miro – É, mas não temos mais carro!

Aioros – Ah, gente. Pensem pelo lado bom. Agora temos um carro aquático. Vamos buscá-lo no fundo do rio.

Shura – Para quê? Acha que o carro vai flutuar ser tirarmos a água de dentro?

Aioros – Não custa tentar. Vamos lá!

Aioria – Vamos!

Mu – Ah... É só me dizerem exatamente onde está o carro que eu o pego por telecinese.

Aioros – Ótimo. Está lá no meio do rio.

Aioria – Grande Mu! – Dando tapinhas nas costas nele em um gesto de agradecimento. Mu olha com raiva para Aioria.

Mu – Sei que está lá no meio, mas preciso saber exatamente onde.

Aioros – Ah, procura!

Mu – Não dá!

Aldebaran – Levanta a água toda por telecinese e vê onde está.

Máscara da morte – É mesmo. Que cara mais folgado.

Mu – Vocês estão banalizando meus poderes. Não é fácil assim não, viu! HUNF!

Afrodite – Calma, Muzinho. Você consegue, querido. Não fique estressado.

Mu – SAI DAQUI.

Afrodite – Ai, que estresse... – Se afastando assustado.

Mu se senta em uma rocha emburrado e de braços cruzados, olhando para todos como se os desafiassem a falar com ele.

Miro – Er... Vamos lá trazer o carro então.

Saga – Eu não vou...

Shaka – Você vai.

Saga – Não estou afim. E a água está meio gelada...

Dohko – Você vai sim. É culpa sua isso tudo.

Camus – Nem que a gente tenha que jogar você lá.

Saga – Hunf... Podem tentar.

Miro – Desgraçado, cretino e miserável! – Procurando uma pedra para tacar em Saga.

Shura – É, a culpa é toda sua.

Afrodite – Vou mandar a conta do cabeleireiro para você!

Saga – Tô nem aí.

Kanon – Afff... Aprendam, gente... Saga, cadê o Pom Pom?

Saga, que até então, contemplava o mato distraído, olha preocupado para Kanon e revista os próprios bolsos, mas não encontra.

Saga – Oh! – Olhos enchendo de lágrimas.

Kanon – Pois é... Eu vi caído no carro. Já deve ter virado comida de peixe.

Saga – O tubarão... POM POOOOM – Se joga no rio e nada desesperadamente até o meio, onde mergulha.

Aioria – Parece que tem vaselina nesse pato... Toda hora ele some.

Kanon – Vamos lá pegar o carro.

Afrodite - Eu fico aqui para fazer respiração boca a boca caso alguém se afogue!

Miro – Valeu Afrodite. Isso é um ótimo incentivo para a gente não afogar.

Todos, com exceção de Mu, Afrodite, Dohko e Tony, mergulham na água. Cerca de dois minutos depois, voltam trazendo a limusine e a colocam na margem do rio. Saga entra no carro imediatamente e só sai depois de achar Pom Pom preso nas ferragens do carro.

Camus – Vamos unir nosso cosmo e secar o carro.

Aldebaran – Vamos! Talvez volte a funcionar.

Os cavaleiros fazem um círculo em volta do carro.

Shaka – Não vai vir ajudar, Mu?

Mu – NÃO! Vocês fizeram pouco caso de meus poderes e preferiram ir buscar o carro ao invés de me deixar fazer isso.

Miro – Mas... Mas...

Dohko – Deixa. Hoje ele se irritou de vez.

Os cavaleiros, com exceção de Mu, conseguem secar o carro usando o cosmo.

Shura – Ficou melhor do que se fosse em uma montadora de carros!

Saga - É, nem parece que caiu no rio.

Dohko – Vamos colocá-lo na estrada e ver se funciona.

Shura – Estamos muito abaixo da estrada. Vai ser difícil carregarmos o carro até lá. – Olhando para Mu, que vira a cara.

Aioria () - O Mu podia ajudar, né?

Miro () – É, pede ele.

Camus () – Pede você. Ele está nervoso hoje.

Aldebaran - Ah, ele não vai negar ajuda, gente. Mu é gente boa. Olhem só... – Se aproxima do cavaleiro de Áries – Mu, meu amigo!

Mu – Quê que foi? Não venha me encher o saco, porque eu não esqueci que você tacou uma pedra na minha cabeça.

Aldebaran – Pedra? Ahh... Mas, isso foi ha dois anos, quando te vi de costas e pensei que era a Saori.

Mu – EU NÃO SUPORTO QUE ME CONFUNDAM COM A SAORI!

Aldebaran se afasta assustado.

Aldebaran () - Acho que vamos ter que carregar o carro até lá... – Aponta a ponte.

Afrodite () - Ai, gente. Vocês não sabem pedir direito. Primeiro tem que fazer um carinho, assim ó... – Se aproxima de Mu, que lhe olha demoniacamente. O cavaleiro de Peixes da meia volta. – Acho melhor outro tentar.

Shaka – Eu vou lá. – Se aproximando de Áries. – Mu, eu estou sentindo uma aura perturbada em torno de você.

Mu – Você está me chamando de doido?

Shaka – Não. E vou lhe ensinar um método para...

Mu – Quem é perturbado é doido, Shaka. Você me chamou de doido.

Shaka – Não chamei. Mas deixe-me ensina-lo a manter-se calmo, nos momentos de tensão...

Mu – Eu não admito que um cara que anda de olhos fechados, que diz ser Buda e ao mesmo tempo reza para ele, me diga que sou doido.

Shaka – Em momento nenhum eu quis dizer isso. Na verdade...

Mu – Doido é você!

Shaka – Meditar é...

Mu – Enfia sua meditação no...

Shaka – Olha, só… Cuidado com as palavras. Se tivesse Buda em sua vida, não pensaria essas coisas...

Mu – EU NÃO QUERO MAIS FALAR COM VOCÊ.

Shaka sai de perto de Mu imediatamente.

Dohko () - Estava demorando... Sempre achei Mu calmo demais para um Ariano.

Máscara da morte () – O Tony disse que vai tentar.

O jegue cata umas graminhas bem verdinhas e leva para Mu, que continuava sentado emburrado um uma pedra.

Mu – O que foi? Porque está me dando grama?

Dohko () – Ai, meu Zeus. Isso não vai funcionar.

O jegue sorri, ainda com a grama na boca e faz a cara mais meiga que é capaz. Mu pega a grama.

Máscara da morte () - Ae! Ele está conseguindo!

Mu – Porque acha que eu quero grama?

O Jegue continua sorrindo e abana o rabo.

Mu – Acha que sou vaca?

O jegue para de sorrir.

Mu – Ta zoando meu nome, né?

Cavaleiros () - Iihh...

Mu – POIS VACA É A JUMENTA DA TUA MÃE! – Tacando a grama na cara do jegue, que corre e se esconde atrás de Máscara da morte.

Kanon () - É, gente... Não vai ter jeito. Vamos carregar o carro.

Aioros () – Mas a gente nem pediu para o Mu...

Saga () – Com esse mau humor todo, nem da para pedir nada.

Aioros – Não custa tentar.

Aioros se aproxima de Mu, que olha feio para ele. Os cavaleiros tampam os ouvidos para não terem que escutar mais berros.

Aioros – Mu, você coloca o carro na estrada para a gente?

Mu – Hunf! Ta bom.

Cavaleiros e Tony estão pasmos.

Aioros () - Era só pedir sem rodeios...

Aioria – Meu irmão, meu ídolo!

Mu usa sua telecinese e coloca o carro na estrada. Os cavaleiros sobem o enorme barranco e entram no carro. Kanon fica no volante e Saga vai ao lado.

Kanon – Não está funcionando...

Dohko – Era de se esperar... Tem partes do carro que não pode molhar.

Saga – Mas o secamos todo!

Kanon – É a gasolina que foi toda embora...

Máscara da morte – Esse carro está muito apertado...

Afrodite – É que o Dohko deveria estar no porta malas e não aqui.

Shura abre o porta malas.

Dohko – Não estão pensando que vou entrar...

Máscara da morte empurra Dohko e Tony ajuda.

Máscara da morte – Ahh, melhorou! O velho é baixinho, mas é gordo.

Dohko – Malditos!

Kanon – Alguém vai ter que empurrar o carro até o posto de gasolina mais próximo.

Aldebaran – Porque estão olhando pra mim?

Shura – Vai lá, Aldebaran. Você é grande e forte e com a sua ausência, vai sobrar mais espaço para nós aqui.

Depois de muito reclamar, Aldebaran sai e começa a empurrar, enquanto Kanon guia.

=  Na cadeia =

Abel estava sentado na cama em sua cela, olhando a lua através das barras de ferro da janela.

Policial 2 – Ô maluco! Trouxe outro psicólogo para você.

Abel o olha entediado e volta a fitar a lua.

Policial 2 – Venha comigo.

Abel nem se mexe.

Psicólogo – Abel é seu nome, né? Queira me acompanhar.

Abel – Estou conversando com Ártemis.

Psicólogo – Com quem?

Policial 2 – Ele é doido, está falando com a lua.

Abel – Com a deusa da Lua.

Policial 2 – Que seja, mas agora venha comigo.

Abel – Não...

Psicólogo – Na outra sala tem janela também.

Abel – Então ta... – Se levanta e segue o policial e o psicólogo para uma sala pequena. O policial tranca Abel em uma cela e o psicólogo se senta em frente a uma mesa do lado de fora, por precaução. O policial 2 sai e fecha a porta da sala.

Psicólogo – Podemos começar.

Abel – Não da pra ver Ártemis desta janela...

Psicólogo – Melhor assim. Agora sente-se diante de mim.

Abel se senta.

Psicólogo – Me disseram que você apavorou o outro psicólogo com um bisturi...

Abel – Ele não sabia para quê serve o bisturi.

Psicólogo – Comigo não será assim.

Abel – Espero que você saiba para quê serve um bisturi.

Psicólogo – Esse não é o assunto em questão.

Abel – Se não souber, eu posso te falar para quê serve.

Psicólogo – Não estou interessado.

Abel – É muito útil...

Psicólogo - Não vamos falar disto.

Abel – Hum... – Olhando para a janela.

Psicólogo – Primeiramente, farei um teste simples... – Liga a televisão, onde passava a matéria sobre uma garota que matou os pais. Ambos assistem a reportagem e o psicólogo desliga a televisão. – O que achou disso?

Abel – Devo confessar que a tecnologia dos humanos é muito boa. Parece mágica esta caixa falar. – Aponta a TV.

Psicólogo – Eu perguntei sobre a garota. O que achou dela?

Abel – Bonitinha, mas não é meu tipo, afinal ela está viva...

Psicólogo – Ela ainda não foi julgada...

Abel – Certamente que não, pois Lune não costuma julgar pessoas vivas.

Psicólogo – Estou disposto a ignorar suas falas absurdas.

Abel -... – Voltando a olhar pela janela.

Psicólogo – De acordo com o que ela fez, o que você faria com ela?

Abel – Matar é um ato condenável... – Se virando para o psicólogo. – E se eu fosse um humano e a matasse, estaria fazendo algo também condenável.

Psicólogo – Agora sim, parece que estamos começando a falar a mesma língua.

Abel - Eu a faria estudar filosofia.

Psicólogo – QUÊ?

Abel – Ao estudar filosofia, ela começaria a interrogar-se sobre o porquê de sua existência, o motivo do céu ser azul, e como não conseguiria descobrir, iria perder a sanidade e se matar... E quando morresse... Aí sim, eu iria querer conhecê-la... – Dando um sorrisinho safado.

Psicólogo -... Você é um louco psicopata... Eu vou receitar para você a cadeira elétrica! – Saindo da sala assustado. Abel volta a fitar a janela.

=  Na estrada =

Saga – HeheHEHAHAHAHAHAHAHA...

Kanon – Cala a boca

Afrodite – Estamos fartos de você. Deusinho mais sem classe...

Saga/Ares – Tô de volta pra animar a noite!

Aioros – Estava boa até a gente cair no rio por SUA causa.

Saga/Ares – Minha causa? HeheheHAHAHAHAHAHUAHUAHUAHUAHUA... O traidor aqui é você! HAHAHAHAHAHAHA... Gasp... Cof, cof...

Aioros começa a estrangular Ares.

Aioros – NUNCA MAIS... ME CHAME... DE TRAIDOOOR!

Mascara da morte – Deixa de moleza, cara! Corre! – Gritando pela janela para Aldebaran.

Aldebaran – Se encher o saco, você é que vai empurrar!

Ares – Acho que estou ficando muito frouxo. Faz tempo que não planejo algo diabólico.

Shaka – Nos jogar no rio foi diabólico.

Ares – Mas eu sinto falta de uma atrocidade maior, sabe... Tenho que pensar em alguma coisa...

Aioria – Melhor pra você se ficar quieto.

Afrodite – Vamos cantar?

Camus – Não quero.

Máscara da morte – Não quer porque você canta mal.

Camus – Quando eu morava na Sibéria, fazia parte do coral da igreja, se quer saber.

Máscara da morte – Huahuahuahuahuahuahua...

Camus – Detesto gente invejosa...

Ares – HEHEHAHAHAHUAHUAHUAHUAHUAHUA... Pensei em algo maligno o suficiente. Hahahahahaha...

Mu – Conte-nos. Estamos loucos para ouvir. - Irônico.

Ares – Farei um churrasco na sexta-feira da Semana Santa para o cheiro ir atazanar os vizinhos enquanto eles comem bacalhau. HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA...

Cavaleiros -...

Shaka – Se eu te jogar em um dos seis mundos, o jogarei no mundo em que os espíritos famintos comerão você.

Afrodite – Ui! Eu quero ser um espírito faminto!

Ares – Vou fazer um churrasco do lado da sua casa, Shaka. Hehehehahahaha Hehehehahahahaha...

Kanon – Ih, você não deu sua risada maligna direito agora. Está perdendo o jeito, ein!

Ares – Eu apenas dividi minha risada maligna em duas. HEHEHEHAHAHAHAHUAHUAHUAHUA...

Aioria – Que sujeito mais feliz é você...

Ares – Comigo é só alegria! Hahahahahahaha...

Miro – Comigo não... Eu queria tanto ir avacalhar o casamento da Vandimariuza... Snif…

Kanon – Pois é para lá que estamos indo. Ta pensando o quê... Se não vai casar comigo, não casa com ninguém!

Aioros – Ótimo. Adoro docinhos de festa de casamento.

Afrodite – Nossas roupas estão molhadas. Não é chique chegar lá assim. Vamos tirar toda a nossa roupa e colocar para secar fora do carro.

Dohko – Afrodite... Se não lembra, secamos nossa roupa junto com o carro.

Afrodite – Eu não falava de você. Ninguém quer te ver pelado. Mas o Muzinho está com a roupa molhada...

Mu – Não tem problema. Eu seco com meu cosmo quando chegar no posto.

Afrodite – Sem graça...

Kanon – Tem um posto ali na frente!

Aldebaran – Arf... Arf... Aleluia!

Ares liga o rádio.

Ares – Vamos cantar!

Rádio – "Você é mais queeeeeeeeeente que a lava quente do inferno..."

Dohko – Ah, de novo isso...

Mascara da morte – Vamos lá, Tony! Sacode o esqueleto!

Afrodite – O jegue está jogando pulga em mim!

Camus – É verdade. Esse jegue é pulguento!

Máscara da morte – E o Camus é piolheeento!

Aioros – Você é mais meeeeeeeeeeeeeeiga, que os filhotinhos do Cérbero...

Shura – Ah, já chega Aioros...

Aioros – Mas essa é a versão "atirei o pau no gato" que eu tanto gosto!

Rádio – Estamos aqui ao vivo, com os Infernais. Ei! Não vão embora. Voltem aqui!

Afrodite – Eles vão dar entrevista?

Aioria – Não creio que consigam entrevista-los.

Rádio – Arf, arf... Conseguimos pegá-los a tempo, ein! O que tem a dizer para os seus fãs que estão nos ouvindo?

Radamanthys – Comprem o CD.

Rádio – Você é Radamanthys, o vocalista, certo?

Radamanthys -...

Rádio – Ei não vá embora!

Locutor – Enquanto nosso repórter tenta trazê-los de volta, participe da promoção. Diga o nome dos seis integrantes da banda e ganhe uma camiseta dos Infernais! Ligue para 0800 666 999.

Rádio – Arf, arf... Voltamos. Estamos aqui com Radamanthys, o vocalista dessa banda que tem pouco tempo e já faz tanto sucesso. Recebemos várias perguntas de fãs. E uma delas é sobre o tom da sua voz. Parece que você sempre está zangado quando canta.

Radamanthys –...

Rádio – Ah, mas as fãs também dizem que é muito bonita.

Radamanthys -...

Rádio – É verdade o boato de que a música "Você é mais que o inferno" você compôs para Pandora, esta bela moça que toca Harpa?

Radamanthys -...

Rádio – Ein?

Radamanthys – DESTRUIÇÃO MÁXIMA!

Rádio – Schiiiiii... – A rádio fica fora do ar.

Locutor – Er... Tivemos problemas técnicos. Uma explosão que não sabemos explicar, deixou nosso radialista entrevistador ferido, mas já chegou outro para entrevistar os Infernais e... EI, CORRA ATRÁS DELES, ELES ESTÃO INDO EMBORA! Bem, voltando, é que nosso repórter substituto está tentando alcançá-los, mas enquanto isso, vamos ouvir " Você é mais que o inferno", versão rap.

Aioros – É, acho que não vão conseguir pegar eles não...

Miro – Radamanthys explodiu o cara e ainda querem entrevista-los... Tsc...

O carro chega ao posto. Aldebaran deita no chão de cansaço. Camus vai até o telefone público mais próximo.

Kanon – Enche o tanque de gasolina.

O sujeito do posto começa a encher.

Ares – Nós vamos pagar com o quê? Hehehehehe...

Kanon – Com sua mente maligna, você já deveria saber.

Ares – HehehehahahaHUAHUAHUAHUA… Não vamos pagar!

Shaka – Fala baixo!

Máscara da morte – Brilhante dedução...

Miro também vai até o telefone público que Camus tinha acabado de desligar.

Miro – Alô! Radamanthys, Minos, Aiacos, Pandora, Hipnos e Thanatos. Ganhei! Sim, eu vou buscar.

Máscara da morte – Da para desligar? Também quero usar o telefone.

Depois de todos ligarem para ganhar a camiseta, voltam para o carro, onde o sujeito do posto esperava ansiosamente pelo pagamento.

Máscara da morte - Não se preocupe, Tony. Eu liguei uma vez disfarçando a voz, para conseguir uma camisa pra você também.

Afrodite – A camiseta deve ter um design horrível, mas roupa é roupa né... E está cada vez mais cara nas lojas.

Kanon liga o carro, que funciona perfeitamente.

Sujeito do posto – Deu $115,40

Ares – Deu, é? Eu te perguntei alguma coisa? ACELEEEERA KANON!

Kanon acelera e some de vista, deixando o sujeito do posto maluco.

Aldebaran – Definitivamente, nós não prestamos.

Shaka – Que horror! Oh, Buda, me perdoe por compactuar com isso. Lave minha alma desse gesto impuro que é dar calote nos outros...

Aioria – Isso também serve para quando você cobra para os turistas falarem com Buda, e você inventa conselhos para eles?

Shaka fica vermelho.

Shaka – Não, porque direta ou indiretamente, eu sou Buda.

Aioria – Então quando você reza para Buda, você reza pra você mesmo? E quando você pede perdão a Buda, é você mesmo que se perdoa?

Shaka – Não interessa. O que importa é que eu tenho a consciência limpa.

Aioria – Então quer dizer que você já se perdoou por ter dado calote no cara do posto junto com a gente?

Shaka - ... – Fingindo que está meditando.

Aioria – Responde, Shaka!

Shaka – Quem pergunta muito vai para o inferno. Fique quieto porque quero meditar.

Aioria – E se eu ficar perguntando, quem vai me jogar no inferno é você ou Buda? Ou vocês vão tirar par ou ímpar para decidir quem terá o prazer?

Shaka - ... – Novamente fingindo que está meditando.

Aioria – Ô Shaka!

Shaka - ...

Aioria – Shaka, estou falando com você.

Aioros – Cutuca ele que ele acorda.

Aioria da uma cotovelada no cavaleiro de Virgem, que bate a cabeça no vidro e abre os olhos de susto e dor.

Shaka – FALA, DESGRAÇA!

Aioria – Nossa... Até esqueci...

Shaka – Oh, Buda tenha misericórdia de minha alma e perdoe-me por essas palavras feias. Garanto que não irá se repetir.

Silêncio.

Aioria – E então... Já se perdoou?

Shaka enfia a cabeça de Aioria para fora da janela.

Aioria – AAAAAHHHHH! ME SOLTA! MINHA CABEÇA VAI BATER NO POSTE!

Shaka – Me dê um bom motivo.

Aioria – Eu vou parar de fazer perguntas!

Shaka – Mas você também vai parar se eu deixar sua cabeça bater no poste.

Aioria – Se me matar vai ter que subir as escadas das doze casas de joelho para Buda te perdoar!

Shaka – Ah... É, pode ser que você tenha razão. – Soltando Aioria.

Aioros – Ares, ligue o rádio para ver se falam onde temos que buscar as camisetas.

Ares – Eu não ligo o rádio para traido... Gasp, cof, cof... Argh!

Aioros – Eu já falei pra NÃO ME CHAMAR DE TRAIDOOOR! – Estrangulando Ares.

Kanon liga o rádio. O carro sai da estrada e entra no centro da cidade.

Locutor – Várias explosões que não conseguimos descobrir o motivo estragaram parte de nossos equipamentos, e feriram nossos repórteres, mas ainda consigo transmitir para vocês ao vivo "Os Infernais". E irei eu mesmo entrevista-los enquanto estão colocando seus instrumentos musicais nas caixas. Thanatos... Da onde surgiu a ideia de usar armaduras para as apresentações? É algo realmente fascinante e criativo.

Thanatos – Hipnos, porque este mortal está falando comigo? Como ele tem a ousadia de pronunciar meu nome? Vou matá-lo.

Hipnos – Estou de acordo.

Pandora – Não. Eu disse que poderia ocorrer de isso.

Locutor – Eu não entendo o que querem dizer. É alguma brincadeira?

Infernais -...

Locutor – O que vocês têm a dizer sobre o fato de que no primeiro show de vocês, ouve uma série de roubos?

Aiacos – Se as pessoas não dormissem no show, isso não aconteceria.

Locutor – Ah, imagino que vocês ficaram chateados porque as pessoas dormiram antes do show terminar... Mas pode ser de cansaço. Afinal um show tão animado... Eu mesmo estava lá e dormi. Agora fiquei sem minha carteira, né... Mas são ossos do ofício.

Infernais -...

Locutor - Minos, as fãs querem saber... Você descoloriu totalmente o cabelo para se adequar ao estilo da banda ou já fazia isso antes?

Minos – Meu cabelo?

Aiacos – Ignora, Minos...

Minos – Descolorir? MANIPULAÇÃO CÓSMICA!

Locutor – AAAHHHH!

Rádio – Schiiiiiiii...

Aldebaran – Agora sim, já era...

Aioros – Mas não sabemos onde vamos buscar as camisetas...

Camus – Na rádio, oras!

Máscara da morte – E onde fica a rádio, ein?

Camus – Não sei. Procura na lista telefônica.

Máscara da morte – E onde vamos arranjar uma lista?

Camus – Na companhia telefônica, ué!

Máscara da morte – E onde fica a companhia telefônica?

Camus – Ah, não sei. Eu tenho que saber tudo, que droga...

Máscara da morte – Tapado... É só ligar para a rádio novamente.

Kanon – É mesmo... Vou parar perto de um telefone público e alguém vai lá e descobre o endereço.

Quase que imediatamente, Kanon avista um telefone e para logo em frente. Ares se oferece para ligar e vai até o aparelho, enquanto os cavaleiros o observavam ansiosos.

Tempo depois...

Aioria – Não acham que ele está demorando demais no telefone, para quem ia só pedir uma informação?

Miro – Está mesmo. Estamos perdendo o casamento da Vandimariuza.

Kanon – Tem razão. Se chegarmos muito tarde, não vai dar para avacalhar.

Afrodite – Eu vou lá ver o porquê da demora. – Sai do carro e vai até Ares, que falava sem parar no telefone.

Afrodite – Saginha possuído, meu amor... Eu vim ver por que...

Ares – Cala a boca! – Voltando para o telefone. – Mas como eu dizia, que tal se a gente fosse para um motel aqui pertinho? Não? Ah, pode ser aí pertinho então... Não também? Quê isso, doçura... Você só faz por telefone? Ah, mas assim não tem graça... An? Você vai desligar? Não desliga não, então pode ser por telefone mesmo... Ah... Como assim, eu liguei a cobrar?... É? Você não trabalha com ligações a cobrar? Mas que porcaria de Disque sexo é esse que não atende a cobrar?

Afrodite – Ai, eu não acredito que você ligou...

Ares – Cala a boca! Não, não é com você querida... Hahaha... E você se pergunta por que ainda não desligou o telefone na minha cara... É porque eu sou tudo de bom, e isso é um sinal divino para você se encontrar comigo... Ei, não! Não desliga!... E não me peça para ligar novamente sem ser a cobrar. O QUÊ? Como tem a cara de pau de dizer que se quero conversar de graça, é para eu procurar as putas da esquina? Sua maldita! Eu vou... Desligou... AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! COMO OUSA? A VAGABUNDA DESLIGOU NA MINHA CARA! EU VOU QUEBRAR ESSE TELEFONE!

Shura – Porque será que Ares está gritando desse jeito?

Mu – Deve ter entrado em conflito com Saga de novo.

Aldebaran – Pode ser... Mas é a primeira vez que o ouço xingar Saga de vagabunda...

Afrodite havia se encolhido em um canto, tampando os ouvidos, enquanto Ares quebrava o telefone.

Kanon – Olhem o que o vândalo está fazendo...

Chega um moto boy, que entrega várias camisetas dos Infernais para os cavaleiros e vai embora o mais rápido que pode.

Aioros – Já chegaram! E nem precisamos buscá-las!

Shaka – Ares deve tê-los ameaçado ou algo do tipo. Tolos os que acreditam nas ameaças sem fundamento dele. – Pegando o pacote que tinha seu nome escrito.

Afrodite corre para o carro, enquanto Ares quebrava ainda mais o que sobrou do telefone. Alguns cavaleiros, como Aioros, Aioria e Miro já tinham trocado de camiseta. Os outros ainda contemplavam a blusa preta com a foto dos seis integrantes da banda.

Máscara da morte – Tem algo errado com a minha camiseta. – Levantando a camisa.

Kanon – HAHAHAHAHA... A camisa do Máscara da morte é tamanho P.

Máscara da morte – Claro que eu pedi tamanho "P". Mas porque é pequena?

Aioros – Porque é "P" de "Pequeno", seu burro.

Máscara da morte – Ah... Não é de "Pai de santo"?

Shura – Ein?

Máscara da morte – Tipo... Me disseram para escolher entre PP, P, M, G e GG. Eu faço rituais, logo minha camiseta tem que ser "P" de "Pai de santo". O "M" seria de "Médium", que é a camiseta do Shaka...

Shaka – Não, eu peguei "P" de "Perto de Buda".

Cavaleiros – HUAHUAHUAUHUAHUAHUA...

Aioria – E qual seria o significado das outras letras?

Shaka – "PP" é de "Peste de Puta", "M" de "Mais ou menos perto de Buda", "G" de "Gandaieiro" e "GG" de "Gandaieiro Galinha"

Aldebaran – Bem, eu peguei "G" de "Gado". Porque Touro é um Gado... Mas mesmo assim, acho que vai ficar pequena em mim.

Miro – Peguei "G" de "Gostoso" e ficou direitinho em mim!

Aioria – Peguei "G" de "Galã" e também serviu muito bem.

Afrodite – Ai que droga... Fui pegar "G" de "Gatinha" e ficou grande demais...

Dohko – Não ficou grande, ficou normal em você.

Afrodite – Mas eu queria que fosse mais justa...

Ares volta para o carro parecendo mais aliviado por descontar seu ódio no telefone público e pega sua camiseta. Kanon da a partida e segue por ruas iluminadas e movimentadas demais para uma madrugada.

Aioros – Como fez para que entregassem a camiseta exatamente aqui ao invés de termos que ir buscá-las?

Ares – Nada em especial... Eu liguei, pedi o endereço, passei várias cantadas na atendente... Depois disse que ia lá buscar as camisas e leva-la para um motel, e aí ela disse que a chamada era rastreada e que se esperássemos um pouquinho, um moleque em uma moto iria trazer para a gente. Uma pena... Eu queria ir buscar. Fiz mais umas propostas indecentes para a atendente e ela me passou o número de um tal disque sexo que tem umas folgadas que além de não quererem conversar com ligação a cobrar, só fazem por telefone... Aí me estressei...

Aioros – Ah... Bem, foi melhor assim.

Kanon – Saga, olha só... Esses idiotas pegaram camisetas pequenas e agora vão ter que andar de barriga de fora.

Shaka e Máscara da morte se entreolham envergonhados.

Ares – Nossa, é tão pequena... – Olhando a sua.

Dohko – Claro, você pegou "PP".

Ares – Aquele maldito do Saga quis pegar a "PP".

Kanon – É? Não sabia que Saga gostava de roupa apertada. Super apertada, no caso dessa.

Ares – Eles insistiu em pegar a "PP" de "Pom Pom" ao invés da "G" de "Grande Mestre". É um idiota...

Shura – Eu sempre pensei que "G" fosse de "Grande" mesmo... Mas até que serviu.

Kanon – O meu "G" de "Gêmeos" também serviu.

Aioros – Peguei o "G" de "Ganhador"!

Ares – Só porque não tinha "T" de Trai...

Aioros se prepara para esganar Ares.

Ares – "Training"! Personal Training. Hehehe...

Aioros o encara desconfiado.

Máscara da morte – A camiseta do Tony veio "G" de jegue.

Mu – Jegue se escreve com "J".

Máscara da morte – Ah, é? Não importa. Eei, Tony! Vamos trocar! Eu te dou a "P" e você me dá essa e...

O jegue se revolta.

Máscara da morte – Ah, não quer... Tudo bem, fique com a "G".

Todos, com exceção de Camus e Dohko, já tinham vestido suas respectivas camisetas. Até mesmo Ares se espremeu dentro da camisetinha, embora estivesse difícil de mexer os braços, sem fazê-la rasgar.

Dohko – Cadê a minha camisa?

Kanon – Não tem mais pacotes aqui.

Ares – Ih, até o povo da rádio acha o Dohko insignificante demais para mandar uma camiseta. Hehehehahahahuahuahuahuahiahiahiahia...

Dohko – Hunf! Eu não queria essa porcaria mesmo...

Kanon – Sua risada está cada vez mais complexa...

Ares – Eu acrescentei o "Hia" para dar um ar mais maligno.

Aioros – Camus, vista sua camiseta logo.

Camus – Não quero.

Aioros – Fresco. Você está estragando o grupo dos Cavaleiros do Zodíaco.

Camus – Vocês que são idiotas de usarem uma camiseta com a foto desses desgraçados...

Afrodite – A camisa tem estilo, não pode reclamar disso. E eles até que estão bonitinhos...

Miro – Caramba! – Olhando para a própria camiseta, embora agora visse a foto de cabeça para baixo – Eu nunca tinha reparado como a Pandora é gostosa!

Shura – Ela não é gostosa. Se parece com a Saori.

Aioros – Ta aí! Tem toda razão. Ela não grita muito, tem a voz menos irritante, mas o resto é tudo igual.

Miro – Agora que falaram, tomei antipatia dela... – Largando a blusa e olhando pela janela entediado.

Mu – Camus, veste logo a droga da camiseta.

Camus – Eu não. Vocês parecem um fã clube. Todos uniformizados.

Aioros – Eu já disse que se você não vestir, vai estragar nosso grupo. Só está faltando você.

Dohko – E eu. Se não lembram, eu também sou um cavaleiro.

Aioria – Ah, para de encher. Na festa vão te confundir com um anão de jardim mesmo...

Máscara da morte – Poderíamos embrulhar o Dohko e dar de presente de casamento.

Dohko – Ora seus...

Kanon – É, isso sim é avacalhar um casamento...

Aioros – Camus, vista sua camiseta...

Camus – Pare de me perseguir! Que saco...

Afrodite – Que tamanho você pegou, Caminhus? "G" de "Gelo"? – Sorrindo.

Camus – Não me chame de "Caminhus".

Afrodite – Camusinho?

Camus fuzila Afrodite com o olhar. Aldebaran pega a camiseta de Camus e abre. Era tamanho "P".

Aldebaran – Já descobri o motivo de tanta resistência...

Afrodite – O Caminhus ta com vergonha de mostrar a barriguinha sarada dele. Porque pegou a "P"?

Camus - ...

Máscara da morte – Ele pegou a camiseta de acordo com o tamanho da área de lazer dele. Hahahahaha...

Cavaleiros – HAHAHAHAHAHAHAHA...

Camus – É "P" de "Poderoso". E você acha que está bonito espremido nessa camisa, né? Ta ridículo!

Máscara da morte – Melhor que a sua cara eu tô. Ae, gente... Já repararam que o poderoso aqui – Indica Camus - tem uma expressão na cara de quem está com constante dor de barriga?

Aioros – É verdade! Falou tudo. Da um sorrisinho para a gente ver a diferença, Camus!

Camus – Vocês se acham muito lindos, né?

Cavaleiros – Sim!

Camus – Vocês não são bonitos não!

Afrodite – Somos lindos!

Mu – Mas Camus, é verdade que você tem uma expressão esquisita na cara e deveria vestir a camisa...

Shura - Para ver se melhora sua cara de bunda. Isso mesmo.

Camus – Não me importa o que digam. Eu não vou vestir e não falo mais com vocês.

Miro – Mas Camus, meu amigo... Não custa nada vestir. Olha, você nem é tão feio assim...

Afrodite – Camus, isso foi uma cantada!

Miro – Epa! Não foi não!

Ares – Foi sim, confeeeeessa!

Miro – Está me estranhando?

Aldebaran – Vamos cantar uma musiquinha para eles, gente?

Ares – Beleza! – Ligando o rádio.

Rádio – "Você é mais queeeeeeeeeeeeeeeeente, que a lava quente do inferno..."

Kanon desliga o rádio.

Aldebaran – Isso mesmo, desliga porque a música é outra.

Máscara da morte e Aldebaran – O Camus e o Miro são namoraaaaadoooooooss. O Camus e o Miro são...

Máscara da morte é congelado e Aldebaran se contorce de dor por causa da agulhada do escorpião.

Kanon – Achei o lugar que a Vandimariuza vai casar!

Miro – Onde? Cadê?

Kanon – Ali na casa dela mesmo. – Aponta uma mansão.

Mu – Ohh! A casa dela é mais bonita que a da Saori.

Afrodite – Mas a essa hora, a baranga já deve ter casado.

Dohko – Acho que não.

Shura – Por quê? Já faz muito tempo desde que encontramos com ela na estrada.

Dohko – Intuição. Hehe...

Kanon passa em frente a casa de Vandimariuza, onde acontecia uma grandiosa festa. Sem achar lugar para estacionar a limusine, da voltas no quarteirão, até achar uma vaga, pois acharam melhor não deixar no ponto de ônibus dessa vez. Após estacionarem o carro muito mal, deixando metade em cima da ciclovia e outra metade na rua, os cavaleiros e o jegue saem do carro e seguem até a mansão de Vandimariuza.

Máscara da morte – Estou cansado de ser congelado por você! Atchim! Putz... Estou ficando doente. Eu vou morrer de gripe por causa desse miserável covarde.

Camus – Eu não sou covarde!

Máscara da morte – Não tem coragem de vestir a blusa nova para ir ao casamento e vai com essa azul que usava na época do treinamento do Hyoga.

Camus – E o que te importa?

Máscara da morte – Eu não quero favelado do meu lado.

Camus – Não fica perto de mim! Tenho vergonha de você.

Máscara da morte – E todos nós temos vergonha de você e da sua blusinha azul esfarrapada.

Camus – Ao menos minha cueca é nova.

Máscara da morte – Ninguém está vendo sua cueca!

Camus – Mas eu sei que é nova e isso é o que importa.

Mu – Parem de brigar e comportem-se, porque vamos entrar na casa dela agora e tem seguranças ali.

Afrodite – Certo, mas antes eu preciso confessar uma coisa para vocês, amigos...

Shaka – Fala.

Afrodite – Máscara da morte... Shaka e principalmente Ares... Vocês estão MUUUITO ridículos com essa blusinha baby look.

Silêncio.

Shaka – Vamos para a festa. – Constrangido.

Ares (Cantando) – ARES TA CHEGANDO, OLÊ, OLÊ, OLÊ... ARES VAI DETONAR, OLÊ, OLÊ, OLÁ!

Ares é colocado para fora pelos seguranças. Os outros cavaleiros e Tony seguem pelo enorme jardim, em direção a entrada da casa.

Segurança – Seu traje não está de acordo com a festa.

Camus – O que é que tem meu traje?

O segurança olha para a camisa esfarrapada de Camus e nem responde.

Segurança – Queira me acompanhar por favor.

Máscara da morte – Ô segurança... Não conheço ele não, viu?

Segurança – Tudo bem. E você, saia por gentileza.

Camus – Eu não sou gentil. Eu não vou sair.

O segurança acena para outro que vem na hora e cada um agarra Camus por um braço e o arrastam em direção à saída.

Camus – MINHA CUECA É NOVA! EI! EU JURO! AS MEIAS TAMBÉM!

Dois minutos depois, Camus entra no jardim da casa, vestindo sua camiseta dos infernais tamanho "P" e com uma expressão pior do que a mencionada por Máscara da morte anteriormente. Os cavaleiros andavam pelo jardim à procura da noiva.

Mu – Estive reparando... Toda essa gente está elegante demais e nós não chegamos nem perto disso mesmo mudando de camisa. Então porque só o Camus foi expulso?

Aioros – Provavelmente a Vandimariuza é fã dos Infernais. Vou ver se ela desiste do noivo e casa comigo.

Miro – Camus, sua cara está me assustando.

Camus – Não enche!

Um homem se aproxima de Tony e tenta arrasta-lo pela coleira. O jegue o morde, chuta e urina em suas calças. Máscara da morte faz o mesmo.

Máscara da morte – E não volte a se aproximar de Tony!

Aioros – Oh! É o Churuleu!

Máscara da morte – Ele tentou levar o Tony.

Churuleu – Oh, não! Vocês de novo! – Começa a chorar – Bem que achei o jegue familiar... Snif! Depois que fui demitido do supermercado por causa da confusão que armaram... – Encara Aioros, que olha para o jegue como se o culpasse -... Consegui um bico neste casamento, e vocês chegam outra vez... BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Shura – Coitado do cara... Ele foi demitido por causa de vocês. Deveriam se envergonhar.

Aioria – Você também teve culpa.

Churuleu – Buaaaaaaaaaa... – Sacudindo a calça que Tony e Máscara da morte molharam.

Aldebaran – Coitado do cara... E se nos comportarmos bem por aqui?

Kanon – A gente tenta...

Churuleu – Ohh, obrigado! – Enxugando as lágrimas.

Máscara da morte – Mas não tente colocar o Tony para fora de novo.

Churuleu – Mas eu não ia colocá-lo para fora. É que não conseguimos arrumar um cavalo a essa hora da madrugada para levar a noiva até o altar, e o noivo ligou dizendo que iria levar um jegue para substituir.

Shaka – O noivo ligou e disse que levaria o jegue?

Churuleu – Exatamente. E ele demorou tanto para chegar, que atrasou tudo.

Máscara da morte – Eu não vou deixar aquela mulherzinha de cabelo rosa montar no Tony.

Kanon – Cadê o noivo? Eu quero ver a cara desse desgraçado!

Churuleu – Jazicrugueitão está falando com os pais da noiva agora... Ele nem chegou adequadamente vestido. Uma falta de responsabilidade, na minha humilde opinião.

Kanon – Estou sentindo que conheço esse desgraçado desse noivo... Hunf!

Chega o mordomo de Vandimariuza.

Mordomo – Vocês poderiam ir para o palco agora? O casamento já vai começar.

Mu – Fazer o quê no palco?

Mordomo – Bem... Alguns de vocês são Os Infernais couvert que foram contratados para cantar no casamento, imagino. – Olhando para a camiseta dos cavaleiros.

Miro – Ein?

Shaka – Na verdade...

Aioros – Claro, somos nós mesmos! – Sorrindo.

Aioria () – Ta louco?

Afrodite – Desde quando esse tipo de música é música para casamento?

Aioros – Já disse, a noiva deve ser fã dos Infernais. E tem a versão para casamento daquela música.

Mordomo – Ela quer um casamento moderno. Agora vão logo para o palco.

Aldebaran – Quem são os seis que vão cantar?

Aioros – Eu, e mais cinco de vocês que souberem a letra toda para dar pra tocar.

Máscara da morte – Eu sei. Estou dentro!

Aioros – Ótimo. Quem mais?

Cavaleiros - ...

Aioros – Ahh, não é possível que só nos dois saibamos a letra toda.

Cavaleiros - ...

Aioros - Bando de burros e analfabetos!

Shaka – Cuidado com o que diz. É claro que eu sei a letra da música, mas não quero tocar.

Aioros – Ok, Shaka está dentro. Faltam três. – Encarando os cavaleiros.

Shaka – Ei, você escutou o que eu disse?

Aioros – Aioria...

Aioria – Eu juro que não sei, eu juro! – Desesperado.

Aioros – Hunf!

Camus – Eu sei, mas não vou tocar.

Aioros – Camus também está dentro...

Camus – Não estou não! Eu só quis dizer que não sou um burro analfabeto que não decora letras de música depois de escutá-las mais de oitenta vezes.

Aldebaran – Você não escutou mais de oitenta vezes...

Camus – Contando com as vezes que a música ficou grudada na minha mente e não quis sair, foram até mais do que isso.

Aioros – Estão faltando dois!

Camus – Eu já disse que não vou!

Shaka – Nem eu.

Mordomo – O que estão fazendo que ainda não subiram no palco? Rápido!

Aioros – Já estamos indo!

Máscara da morte sobe no palco e fica no lugar do cantor.

Afrodite – Eu sei a letra. Esse grupo precisa de um pouco de beleza para fazer sucesso.

Aioros – Falta só um. – Sorrindo.

Afrodite sobe no palco, passa a mão na bunda de Máscara da morte que bate nele, e vai para o lugar do teclado, dando gritinhos de felicidade. Em troca de um frango roxo que Máscara da morte tinha visto no quintal e gostado muito, ele deixou Tony levar Vandimariuza, já que não tinham cavalo.

Tempo depois...

Aioros – Inúteis mal amados! Eu vou ver se consigo fazer o Ares entrar aqui de novo. – Indo em direção a saída. O mordomo responsável pela banda começa a ficar desesperado e Kanon tenta tranquiliza-lo.

Kanon – Preocupa não, ele só foi chamar o outro integrante da banda... E está indo tudo muito bem até agora...

Mordomo – Acha mesmo? Que bom, eu...

Kanon – Confusão de verdade vai ter quando Ares chegar e começarem a cantar. Aí o casamento já era.

Mordomo – An? BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Aioros sai da casa e encontra Saga sentado na beirada da ciclovia, com o rosto apoiado nas mãos, fitando o chão com uma expressão triste.

Aioros – Saga?

Saga – Ohh! Vocês não me abandonaram!

Aioros – Vamos entrar. Preciso que fique na banda dos Infernais couvert.

Saga – Que legal! Tem karaokê?

Aioros – Não é karaokê, mas da para tocar instrumentos. Vamos.

Aioros e Saga entram sem dificuldades, pois os seguranças não reconheceram Saga como Ares. O cavaleiro de Gêmeos da falta de Pom Pom, chora, grita, esperneia, procura, não acha e encarrega Tony de acha-lo. Sagitário e Gêmeos sobem no palco. Aioros briga com Máscara da morte e o tira do lugar do cantor. Todos se posicionam no palco na seguinte ordem: Aioros no vocal, Máscara da morte na guitarra, Shaka no baixo, Afrodite no teclado, Saga na bateria e Camus na harpa. As luzes diminuem, e uma luz mais forte focaliza o palco.

Aldebaran – Enfim Shaka e Camus subiram no palco... Mas o Camus naquela harpa... Ta com uma cara pior do que quando entrou aqui depois de vestir a blusa dos Infernais.

Shura – Ainda não sei o que vão fazer... Ninguém sabe tocar instrumento e Aioros canta muito mal...

Mu – Bem... Vamos sentar, assistir e rir.

Aioria – Boa ideia.

Os cavaleiros sentam em umas cadeiras perto do palco. Começa a música cerimonial.

Música - Tan tan tan tan... Tan tan tan tan…

Vandimariuza aparece montada em Tony. Ela se agarrava ao jegue com medo de cair. Kanon procurava o noivo impacientemente com o olhar.

Camus – Por que eu tenho que ficar na harpa? Por que eu?

Aioros – Cala a boca!

Camus – Mas por que logo eu?

Máscara da morte – Melhora essa cara, pois está assustando as pessoas.

Camus – Vai cagar.

Máscara da morte – Ahhh é? Pois eu vou fazer isso e vai ser na sua cabeça!

Máscara da morte larga a guitarra e Camus se levanta do banquinho perto da harpa.

Shaka – Se não ficarem quietos, eu juro que mando vocês para um dos seis mundos.

Afrodite – Ai, gente... Não estraguem meus minutinhos de fama.

Se odiando ainda mais, Camus e Máscara da morte, voltam aos seus instrumentos.

Aioros – Se preparem pra começar.

O "tan tan tan tan" acaba e chega a hora de Aioros cantar. Este abre a boca para começar, mas é interrompido.

Shaka – Antes de tudo, eu gostaria de recitar uma oração de Buda para vocês... "Buda. Ó Buda do meu coração. Quando eu rezar pra você, não me deixe na mão...".

O mordomo desmaia. Vandimariuza olha feio para Shaka, que tinha tomado o microfone de Aioros.

Shaka – "...Eu saio correndo nos pastos floridos querendo o teu perdão..."

Máscara da morte toma o microfone de Shaka.

Máscara da morte – Ó Buda, você é carecão.

Shaka – O que está fazendo?

Máscara da morte – Terminando seu poeminha. Agora vamos cantar!

Shaka – É uma oração e não termina assim.

Máscara da morte – Mas rimou, né? Então está ótimo.

Churuleu – Ai, céus... O que estão fazendo aí?

Aioros – Vamos cantar.

Churuleu – Vocês? Ah, que cantem então. – Olhando para os convidados confusos e ansiosos, para Vandimariuza e Tony parados na entrada do corredor e para os outros cavaleiros que davam gargalhadas perto do palco.

Máscara da morte, Shaka e Afrodite começam a tocar algo completamente sem ritmo e diferente de qualquer música existente. Camus passava os dedos pela harpa de qualquer jeito e Saga, que agora era Ares novamente, batia com desnecessária força na bateria.

Aioros – Saí pra passiaaaaaaaaaá, num pude ti esquece... É qui na minha menti, só dá voooocê-ê...

Tony e Vandimariuza estavam apavorados, mas mesmo assim o jegue avançava lentamente, como fora ensaiado minutos antes de entrar.

Os convidados se levantavam discretamente, arredando suas cadeiras para o mais longe do palco que podiam.

Saori tenta entrar na festa, mas é barrada e sai xingando por não ter sido convidada.

Aioros – Na Terra ou em Giudecca, só pensu em voceeê, será puuurqueeeeê, deve ser... puuurquê-ê...

Kanon finalmente avista o noivo no fim do corredor que Vandimariuza e Tony seguiam.

Kanon – DOHKO?

Mu – Hahaha... Quê? O que tem o Dohko?

Kanon – É O DOHKO DEZOITÃO!

Aioria – Nossa! É verdade, o Dohko é o noivo e está com a aparência de dezoito anos.

Kanon – Como é que pode? Aquele miserável casar com a Vandimariuza?

Shura – Tem certeza de que é ele? Está meio longe.

Kanon – Aquele queixo quadrado eu reconheço a quilômetros! Desgraçado! E ainda está usando nome falso!

Aioros – VOCÊ É MAAAAAIS QUIIIEEEEEEEEEEEEEENTIIIII QUI A LAVA QUIENTE DO INFERNUUUUUUUUU... VOCÊ É MAIS LIIIIIIIIIIIIINNNDAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Tony avista Pom Pom em cima do bolo, no lugar do bonequinho dos noivos e lembrando da promessa que tinha feito para Saga, dispara a correr, derrubando Vandimariuza e pulando em cima da mesa.

Churuleu tem um ataque do coração. Puta de raiva, Vandimariuza segue até o fim do corredor a pé. Ares, ao ver Pom Pom, volta a ser Saga e sai correndo no palco derrubando quem estava na frente, ou seja, Camus e Aioros se arrebentam no chão e a "música" para, para o alivio dos convidados. Kanon e Miro discutiam com Dohko, enquanto seguranças tentavam afasta-los.

Miro – SEU VELHO MISERÁVEL!

Mãe da noiva – Velho? Mas Jazicrugueitão é mais novo que Vandimariuza.

Dohko – Sim, eu tenho dezoito anos. – Sorrindo.

Kanon – É MENTIRAAA!

Dohko – Não tentem atrapalhar meu casamento. Decidi que já é hora de me casar.

Kanon – JÁ PASSOU DA HORA, COM CERTEZA! ESPEROU QUASE TRÊS SÉCULOS PARA ISSO.

Vandimariuza – Kanon! Vocês!

Kanon – Então é assim, né? Tivemos noites de suruba maravilhosas e você me larga para casar com ele!

Vandimariuza – Jazicrugueitão tem mais maturidade do que você!

Dohko – Esperem aí... Quer dizer que Vandimariuza... Foi na... Suruba?

Vandimariuza – O que isso importa agora, querido? Kanon é meu passado!

Dohko – Não ligo que tenha namorado com ele, mas...

Kanon – Namoro não. Foi só uns pegas mesmo.

Vandimariuza – Pois é. Viu só, meu amor? Nem cheguei a namorar com ele.

Dohko – Mas... Mas... Quer dizer então que você... Não é virgem?

Vandimariuza – Lógico que não, mas o que isso importa?

Dohko – EU NÃO VOU MAIS CASAR!

Vandimariuza – O que?

Dohko – Onde é que já se viu? Uma desonra para família! É um absurdo. Estou decepcionado! Que vergonha, meu Zeus...

Mãe da noiva – Mas qual é o problema?

Shura – Hahahahahaha... Dohko pode ter um corpo de dezoito anos, mas a mente continua a mesma de 243 anos atrás!

Vandimariuza – Dohko?

Miro – É o nome dele.

Dohko – É... Eu... Disse que chamava Jazicrugueitão para combinar com seu nome feio.

Vandimariuza – FEIO? Eu deveria ter desconfiado quando te conheci naquela festa junina! Só tinha idiotas lá. Seu puritano imbecil! Você e seus amigos estragaram tudo! Mas ao menos não vou me casar com um inútil mentiroso, de mente atrasada e ainda por cima, difamador de nomes!

Dohko – Oh! Você me respeite, mocinha!

Aioros – Agora entendi tudo... Até porque você nem pediu camiseta dos Infernais. Quando fez uma ligação no posto, era para dizer que traria o Tony...

Vandimariuza – VOCÊ!

Aioros – Oi! – Sorrindo.

Vandimariuza – Você se passou pela banda couvert dos Infernais que eu tinha contratado!

Afrodite – A oportunidade de mostrar o nosso talento surgiu né... Não dava para desperdiçar.

Shaka – Povo mal agradecido...

Vandimariuza – FORA DAQUI! TODOS VOCÊS DÊEM O FORA!

Dohko volta a ser velho.

Vandimariuza – AAAHHH!

Dohko – Ops... Deu uma baixa de energia em mim. Hehehe...

Seguranças começam a correr atrás dos cavaleiros e do jegue. Máscara da morte pega seu frango roxo e corre também. Ao saírem, vêem seis sujeitos com perucas tentando convencer os seguranças de que eram contratados. Era a banda couvert dos Infernais.

Ao chegarem na limusine, Aldebaran, que agora dirigia, da a partida.

= Mansão Kido =

Saori – Tatsumi!

Tatsumi – Sim, senhorita?

Saori – Liguei pra Hades e... Você sabe o que ele vai fazer?

Tatsumi – Não, senhorita.

Saori – Ele vai fazer algo terrível com o santuário!

Tatsumi – Vai levar o povo do inferno para morar lá?

Saori – Não!

Tatsumi – Vai demoli-lo?

Saori – Não!

Tatsumi – Vai transformá-lo na nona prisão?

Saori – Não!

Tatsumi – Vai fazer o quê então?

Saori - Montar uma feirinha!

Tatsumi – Hades é hippie?

Saori – Seu burro! Buaaaaaaaaaaaaaa... – Da uma baculada na cabeça de Tatsumi - Eu tenho um mordomo inútil que não soube me aconselhar a não vender as doze casas... Buaaaaaaaaaaaaaaa... Agora o capeta vai fazer meu santuário virar uma vila de coisas bregas... Snif!

Tatsumi – Mas... Senhorita Saori, eu disse que era um mau negócio.

Saori – Era sua obrigação descobrir o que Hades iria fazer... Buaaaaaaaaaaaa...

Tatsumi – Não chore, senhorita. Você agora é a mais rica do mundo.

Saori – Mas eu não quero que coloquem coisas bregas no meu antigo santuário... Snif... A próxima geração de cavaleiros vai chegar lá e pensar que a encarnação da deusa Atena anterior era uma barangona... BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Tatsumi – Mas... Mas... Pense pelo lado bom, senhorita. Agora você não terá mais que aturar aquele bando de cavaleiros vagabundos que você tanto detesta.

Saori – BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA... – Da outra baculada na cabeça de Tatsumi, que dessa vez cai. – Eu não detesto eles... Snif... Eles são vagabundos e folgados, mas são bonitos...

Tatsumi – Er... Então traga-os para morar na sua casa.

Saori – IDIOTA! – Espanca Tatsumi – Se eu morar aqui com treze homens, vão achar que sou uma puta e a fundação já era!

Tatsumi – Então construa casas para eles com sua recém recebida fortuna.

Saori – BUAAAAAAAAAAAAAAAAAA... Cala a boca! Se é para gastar meu dinheiro com os outros, para quê eu vendi as doze casas?

Tatsumi – Sei lá, você é doida... Ops! Pensei alto – Vendo o raio saindo do báculo dourado que vinha em sua direção e o eletrocuta.

Saori – Tatsumi!

Tatsumi – Ugh! Si-sim, se... nhorita... – Se levantando com dificuldade.

Saori – Já me decidi. Eu vou recuperar meu santuário!

C.O.N.T.I.N.U.A...


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