Naquela Noite II escrita por Talita Sagittarius


Capítulo 4
Sinfonia Infernal


Notas iniciais do capítulo

Esta é uma fanfic com personagens de Saint Seiya, série criada por Masami Kurumada.
Quando a fala estiver entre # # é porque o personagem está pensando. E quando estiver () depois do nome, é porque está sussurrando.



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  = No carro =

Camus – Cassino não...

Ares – Cassino sim!

Camus – Não...

Máscara da morte – Cala a boca!

Camus – Não ouse falar assim comigo!

Máscara da morte – Vá beber merda.

Camus – Quem vai beber é você. – Se prepara para congelar Máscara da morte, que se prepara pra jogá-lo no inferno.

Dohko – Quietos, os dois. Dentro do carro não! Esperem até chegarmos no cassino para se matarem.

Silêncio.

Kanon – Já chegou?

Aioria – Não.

Kanon – Está chegando?

Aioria – Já vou avisando que não dirijo sob pressão.

Kanon – Eu só quis saber se está chegando...

Aioria – Sei lá.

Mu – Como assim? Você não sabe onde fica o cassino?

Aioria – Não.

Shura – Anta!

Aldebaran – Jumento!

Miro – Burro!

Aioria – É leão.

Shaka – Não foi isso que quiseram dizer.

Aioros – Você está dando voltinhas sem saber onde fica o cassino?

Aioria – Bem... Não exatamente...

Ares – Por isso eu tive a impressão de já ter visto aquele supermercado pela quarta vez em meia hora...

Dohko – E porque não disse antes?

Ares – Pensei que fosse dejá vu.

Camus – Por quatro vezes em meia hora?

Ares – Er... ah, não enche!

Afrodite – Ai, um supermercado! – Olhos brilhando.

Shaka – Desiste, não vamos entrar.

Aioros – Aioria, como pretende chegar no cassino desse jeito?

Aioria – Ah, eu estava seguindo pela cidade até encontrar um por acaso...

Shura – Toupeira!

Aldebaran – Cabeça de bagre!

Miro – Pikachu!

Todos olham para Miro com desprezo.

Miro – O que foi?

Ares – Olha aí o supermercado de novo.

Máscara da morte – Olha, Tony... Como o Aioria é burro! É a quinta volta no quarteirão que ele dá e pensa que está seguindo em frente.

Aioria (envergonhado) – Não é isso! Eu... Eu voltei propositalmente para... er...

Kanon – Pra quê, ein? Ah, conta outra...

Aioria – Porque o Afrodite queria entrar no supermercado!

Afrodite – Ai, que gentil! – Abraçando Aioria por trás junto com o banco e só para quando o cavaleiro de Leão quase bate o carro.

Mu – Que decepção, amigo...

Aioria – Que foi?

Dohko – Perdemos você paro lado negro da força...

Aioria – An? – Estacionando o carro no estacionamento do supermercado.

Aioros – Deveria ter me contado. Eu aceito você como é, irmão!

Aioria – O que estão querendo dizer com isso?

Shaka – Que você tem um caso com Afrodite.

Afrodite – Verdade, querido? – Voltando a abraçar Aioria por trás embora o banco ficasse entre eles.

Aioria – LÓGICO QUE NÃO!

Camus – Não grite!

Ares – Eu não vim pra a Terra para ver essas putarias não. – Olha Afrodite acariciando o braço de Aioria que o empurrava. – Onde estão as mulheres seminuas que vão me dar vinho? – Olhando em volta, no estacionamento.

Kanon – Não tem isso aqui. O Aioria quer ir no supermercado para agradar a namorada.

Afrodite – Ah, não fala assim que eu fico sem jeito – Sorrindo feliz.

Aioria – O próximo que insinuar que tenho um caso com isso – Aponta Afrodite que estava todo sorridente – Eu juro que pulverizo.

Os cavaleiros entendem o recado e decidem se calar.

Shaka - O que vamos fazer nesse lugar?

Miro – Se está na chuva é para se molhar. Vamos dar uma volta no supermercado então.

Shaka – O ditado é “Se está no inferno, abrace o capeta”

Dohko – Da no mesmo. Se querem tanto ir no supermercado, vamos agora.

Afrodite – Ai que emoção!

Os cavaleiros e o jegue descem do carro e entram no supermercado.

Shaka – Não da no mesmo. Se disser que está no inferno e aproveitar para abraçar o capeta...

Miro – É um ditado popular de mau gosto. Prefiro o da chuva.

Shaka – Cale-se que não terminei de explicar. E o capeta...

Miro – Cale-se você! Se quer abraçar o capeta o problema é seu, porque prefiro me molhar.

Afrodite – Eu lembro quando Shaka quis abraçar o capeta.

Shaka – A conversa ainda não chegou no puteiro.

Afrodite – Você está me chamando de puta?

Miro – Lógico que ele está. Hunf... E ainda prefere abraçar o capeta...

Shaka – Seu ditado popular é sem lógica, pois o certo seria “Se está na chuva, use um guarda-chuva”.

Miro – E se não tiver guarda-chuva?

Afrodite – Eu não sou puta não, viu?

Shaka – Se não tiver guarda-chuva, entre em baixo de um toldo.

Miro – E onde vou arrumar um toldo?

Shaka – Esse supermercado mesmo tem um.

Miro – E se eu não estiver perto de um supermercado?

Shaka – Nas padarias também tem toldos.

Miro – E se não tiver uma padaria?

Shaka – Aí você corre e...

Kanon – Calem a boca! Em vez de ficarem aí dizendo asneiras, ajudem a segurar o Ares.

Ares tinha aberto uma garrafa de vinho e agora tomava despreocupadamente enquanto Dohko tentava impedi-lo.

Shaka – Eu não digo asneiras. Você que não tem cérebro suficiente para participar de uma importante discussão sobre as lógicas de ditados populares.

Kanon – Como é que é?

Shaka – E ainda é surdo. Tsc, tsc...

Kanon da um soco na cabeça de Shaka, que abre os olhos, fazendo todos que estavam na frente, ou seja, Kanon, Ares, Dohko, as garrafas de vinho e um tiozinho que estava passando, voarem longe.

Aldebaran – Olha o que você fez... OLHA BEM O QUE VOCÊ FEZ!

Shaka – Já vi, e daí?

Aioros – E daí que estão vindo seguranças e se eu tiver que voltar na delegacia, eu juro que mato você nem que seja a última coisa que eu faça.

Shaka – Você não conseguiria.

Aioros – Quer a prova?

Shaka – Óbvio.

Aioros – É óbvio que sim ou é óbvio que não?

Shaka – É óbvio que é óbvio que sim...

Aioros e Shaka preparam para se pegarem na porrada.

Aioria – Sem querer ser chato, mas acho que deveriam adiar a briga.

Shaka – É natural que queira salvar seu irmão fracote.

Aioros – Você vai engolir suas palavras!

Aioria – Agora você vai apanhar, Shaka. Ninguém chama meu irmão de fracote.

Mu – Aioria, você não está ajudando...

Segurança – O que está acontecendo aqui? – Olha das garrafas quebradas e de Ares, Kanon e Dohko cobertos de vinho, aos outros cavaleiros.

Camus – Foi o jegue.

Máscara da morte – Como é que é?

Segurança – Como deixaram esse jegue entrar aqui? É proibido entrar com animais.

Camus – Pois é.

Máscara da morte – Se levarem o Tony, vão ter que me levar também!

Máscara da morte é colocado para fora junto com o jegue.

Máscara da morte (batendo no vidro das “janelas” do supermercado) - Eu vou voltar, ein! Vocês tão tudo fudid#.

Seguranças vão na direção do cavaleiro de câncer, que corre.

Segurança – Quem é o responsável pelo jegue, que vai pagar os estragos?

Camus – É o maluco que estava batendo nos vidros. Não temos nada a ver com eles não.

Segurança – Porque ele – aponta para Ares – Está bebendo a mercadoria sem pagar?

Dohko – Er... An... É para não desperdiçar. Está tudo quebrado mesmo, né? Hehehe...

Segurança – Não pode fazer isso. Vou chamar o gerente.

Dohko – Não precisa. Ele já parou. – Aponta para Ares que corria atrás de uma mulher, com cara de tarado.

O Segurança se afasta desconfiado.

Aioros – E a nossa briga?

Shaka – Que briga?

Aioria – Se fazendo de sonso pra fugir da luta, ein? !

Shaka – Eu não brigo, eu luto.

Aioros – Que seja! – Se prepara pra lutar.

Mu – Já está difícil sair da confusão que Ares nos meteu. Vê se não piora as coisas.

Afrodite – Quem meteu? Quem?

Shaka – Pode deixar. Eu os matarei rapidamente.

Miro – Esse cara é insuportável... – Olhando Shaka com desprezo.

Shaka – Se não gostou, dane-se.

Miro – Ninguém fala assim com o poderoso, gostoso, lindo, sarado, tudo de bom: Miro de escorpião.

Shaka – Mas eu não falei com esse cara. Falei com você.

Kanon – O escorpião de merda.

Miro – EU VOU TE ARREBENTAR SE ME CHAMAR ASSIM DE NOVO.

Kanon – Perdão, eu disse errado.

Miro – Ta perdoado. O nobre, bondoso e lindo Miro de escorpião sabe perdoar.

Kanon – Não é escorpião de merda. É escorpiãozinho de merda.

Miro – Filho da Saori!

Kanon – Não ofende a mãe!

Aioros – Espera aí... Eu pego o Shaka e o Miro pega o Kanon.

Afrodite – Ninguém quer me pegar não?

Shura – Não é uma boa ideia lutar aqui.

Aldebaran – Porque não? Eu já até comprei a pipoca.

Ares – Como o bom Deus da guerra que sou, já estou até vendendo os bilhetes de apostas.

Aioria – Eu aposto no meu irmão.

Ares – Custa $1,00 o bilhete.

Aioria – Ah, está muito caro... Me vende fiado.

Ares – Se não tem dinheiro, num tem bilhete.

Shaka – Me da um bilhete. Eu aposto em mim.

Ares – Cadê o dinheiro.

Shaka – O Dohko paga.

Dohko – Eu? Por quê?

Shaka – Porque você tem cara de quem esconde grana.

Dohko – Mas eu sou pobre. Nem tenho dinheiro para comprar um chapéu novo.

Shaka – Mentira! Você fica sentado nos cinco picos o dia todo para vigiar seu cofre.

Dohko – Que cofre?

Shaka – O que você fica sentado em cima.

Miro – Puxa... Eu pensei que ele ficava sentado lá, para impedir que poluíssem a cachoeira.

Dohko – Não sejam ridículos! Eu ficava lá para vigiar os espectros de Hades.

Shaka – Ahhh! Então é na tumba dos espectros que está seu cofre!

Dohko – Eu não tenho um cofre!

Shaka – Então onde guarda a fortuna que você vigia?

Dohko – Eu não tenho fortuna.

Mu – Shaka, se o Dohko tivesse algum dinheiro... Ele já teria mudado a cara.

Dohko – Mu!!!

Shaka – Verdade...

Afrodite – Ah, mas nem todo botox do mundo daria um jeito nesse velho aí... O jeito é sair da casca e virar o garotão sarado de novo.

Dohko – Ora seus... Seus... Quero ver quando tiverem a minha idade.

Afrodite – Mas agora inventaram uns creminhos antirrugas com colágeno que fazem milagres. Pena para você que quando era jovem não tinha isso.

Kanon – É que dinossauros não ligavam para essas coisas.

Dohko – Eu não sou do tempo dos dinossauros!

Kanon – Ah, é... Eu quis dizer homens das cavernas.

Dohko – Também não!

Afrodite – Eu vou dar uma voltinha por aí... – Se dirige à sessão de produtos de beleza.

Ares – Vocês vão ou não comprar os bilhetes?

Shaka – O Dohko não quer pagar...

Camus – Acho melhor não lutarem aqui. Não estou afim de voltar para a delegacia. – Olha para os seguranças que estavam de olho nos cavaleiros.

Shaka – E a Saori está lá...

Ares – Atena! Eu quero matar Atena!

Mu – Depois...

Ares – Não! Agora! Eu vou... Eu vou... Eu vou andar no carrossel.

Aioros – Quê?

O cabelo de Ares fica azul.

Saga – Um carrossel! Tem um carrossel aqui... Onde estamos?

Kanon – Ah... Saga! Até que enfim! Aquilo é um mini parque que tem nesse supermercado.

Saga – Kanon, você pode pegar o cavalinho preto. A gente sempre brigava por ele...

Kanon – Eu não quero andar no carrossel.

Saga – Quer sim.

Kanon – Não quero!

Saga – Eu sei que você quer!

Kanon – Eu não quero. Você que quer.

Saga – Confessa... Você está louco para correr, montar no cavalinho e ficar girando a noite toda.

Kanon - ...

Saga – Confessa, vai...

Kanon – Ta bom, ta bom... Mas eu fico com o preto!

Saga e Kanon correm para o carrossel.

Aioros – UAU!!! Olhem isso! Minha nossa!

Aioria – O que foi? – Indo para a parte de CDs onde Aioros estava gritando todo animado.

Aioros – É o novo CD dos Infernais!! – Olhando para o CD com os olhos brilhando e sorriso até a orelha.

Aioria – Não conheço.

Aioros – NÃO??? Céus... Você não sabe o que está perdendo. Quanto tem de dinheiro?

Aioria – Vou ver. – Revirando os bolsos.

Dohko – Banda horrível essa aí.

Aioros – Horrível é sua cara feia de múmia.

Dohko – Me respeite!

Aioros – Não ofenda minha banda favorita.

Aioria – Tenho 25 centavos.

Aioros – Só isso?

Aioria – Sim. Achei caído no templo de Atena essa manhã quando Saori me obrigou a polir sua estátua.

Aioros – Assim não da! O CD custa $19,99. Aioria, você tem que começar a cobrar da Marin!

Aioria – Como é?

Aioros – Bem, não importa. Me da os 25 centavos. Agora só preciso conseguir $19,74.

Aioria – Não vou dar meus 25 centavos. Estou juntando para comprar uma aliança de ouro para a Marin.

Aioros – E ao todo quanto você já tem?

Aioria – 25 centavos.

Aioros – Me ajuda a comprar o CD, que depois eu te ajudo a comprar a aliança.

Aioria – Está bem... – Entrega os $0,25

Aioros – Shaka, quanto você tem?

Shaka – Não vou te dar nada.

Aioros – Mas eu quero muito comprar este CD!!

Shaka – Não tenho nada haver com isso. – Saindo de perto.

Aioros – Aldebaran!

Aldebaran – Sou pobre.

Aioros – Me da dinheiro! Eu deixo você escutar o CD, eu te empresto, copio para você...

Aldebaran – Eu nem conheço a banda.

Aioros – Você vai gostar. Eu gravo a novela das oito quando você não puder ver...

Aldebaran – Olha, eu não...

Aioros – É POR UMA CAUSA NOBRE! VOCÊ ESTÁ NEGANDO DINHEIRO PARA MIM QUE SOU SEU AMIGO... SÓ PORQUE EU SOU UM POBRE EXPLORADO, CHEIO DE FOME, QUE NÃO TEM NADA NA VIDA!

Aldebaran – Mas eu também...

Aioros – OS POBRES NÃO PODEM REALIZAR SEUS SONHOS? É ISSO QUE VOCÊ QUER DIZER? QUE SOU CONDENADO À INFELICIDADE ATÉ A MORTE?

Aldebaran – Tudo bem, pegue. – Entrega $3,00 para Aioros. – É tudo o que tenho.

Aioros – Hunf! – Pegando o dinheiro.

Aioria – Eu não sabia que sofria assim... Snif. Pegue esses $5,00 que eu estava escondendo.

Aioros – Maldito.

Ao escutarem a gritaria de Aioros, pessoas se comovem e colocam moedas no chapéu de Dohko, que Aioros estava fazendo de recipiente para esmolas.

Algum tempo depois...

Aioros – Faltam $8,54. – Olhando para Camus como se o cobrasse.

Camus – E eu com isso? Não olhe para mim, que não tenho dinheiro.

Aioros – Mentiroso! Eu sei que sua mãe manda dinheiro pra você.

Camus – Mandava. Com Saori interceptando minhas cartas, não recebo nada já faz uns dez anos. E você sabe que não podemos ter conta em banco.

Aioros – Maldita Saori... Miro!!!

Miro – Eu já te dei dinheiro. Não tenho mais.

Aioros – Ah, é... Cadê Afrodite?

Aioria – Afrodite pode até te dar dinheiro, mas vai quer “algo” em troca.

Aioros – É melhor não mexer com ele...

Enquanto Aioros oferecia seus serviços para o gerente do supermercado, os outros cavaleiros passeavam, olhando as mercadorias. Dez minutos depois, entram na loja dois indivíduos muito suspeitos. Um estava enrolado em um lençol branco e usava um grande chapéu florido que ocultava parte do rosto. A outra(?) usava um chapéu florido ainda maior, um longo vestido roxo estampado de bolas amarelas e uma sandália de salto alto. Cambaleava muito ao andar. Era extremamente desengonçada.

Miro – O que Máscara da morte e Tony fazem vestidos daquele jeito?

Camus – Estão querendo fazer o jegue se passar por gente para permanecer no supermercado.

Ao tentar manter-se em duas patas, o jegue cambaleia mais e cai, mas rapidamente é levantado por Máscara da morte.

Camus – Palhaços!

Máscara da morte – Eu te conheço?

Miro – Roubaram as roupas de algum varal?

Máscara da morte – Na verdade assaltamos umas velhinhas ali fora.

Camus – Deplorável!

Máscara da morte – Ninguém pediu sua opinião. Saiam do caminho que Tony e eu vamos dar umas voltas.

Camus – Eu vou denunciar vocês!

Máscara da morte – Faça isso e vou fazer você vai acordar com os peixes e parecer que foi acidente.

Afrodite – Acordar comigo? Claro, querido!

Máscara da morte – Não foi o que quis dizer, mas também serve.

O jegue cai de novo e é levantado por Máscara a morte.

Camus – Não me sujeito às suas ameaças sem fundamento.

Máscara da morte e Tony vão rumo a um corredor. Camus vai decidido até um segurança.

Aioros – Eu posso varrer o supermercado todo por apenas $8,54.

Segurança – Já disse que não precisamos. Temos faxineiros contratados já.

Aioros – Mas eles não cobram só $8,54.

Segurança – Vá resolver isso com o gerente.

Aioros – Falei com ele, mas ele não quis.

Segurança – Então saia daqui e pare de me perturbar.

Aioros – Então me da algum dinheiro. Eu quero comprar este CD. – Mostra o CD.

Camus – Quero fazer uma denúncia.

Segurança – Diga.

Camus – Tem um...

Aioros – Eu cheguei primeiro, espere sua vez aí.

Segurança – Já terminei com você. – Se vira para Camus – Pode falar.

Camus – É que tem um...

Aioros – Terminou nada! E o meu dinheiro?

Segurança – Não vou dar. Saia logo daqui.

Aioros - ...

Camus – Entrou um...

Aioros – Se você não tivesse chegado, ele iria me dar dinheiro.

Camus – Mas...

Segurança – Não ia não!

Aioros – Ia sim, porque eu estava insistindo e você já estava quase liberando a grana.

Segurança – Não inventa!

Camus – Eu só quero dizer que...

Aioros – Cala a boca! E você solta a grana.

Segurança – É um assalto?

Aioros – Não! Se bem que eu poderia estar roubando, matando, espancando alguém e só estou aqui humildemente pedindo dinheiro.

Camus – Eu não vou calar a boca.

Aioros – Você vai dar meu dinheiro no lugar dele?

Camus – Não.

O segurança afasta Aioros.

Segurança – SOME DAQUI!

Aioros – Você gritou comigo. Isso não foi educado. Eu não saí do santuário para vir aqui ouvir um segurança com cara de bunda gritar comigo.

Segurança – Vá para o inferno!

Aioros – Não é má ideia. O capeta é mais gentil, sabia? E você está olhando o que?

Camus – Eu?

Aioros – Vá embora daqui!

Camus – Não vou embora!

Segurança – Vão embora os dois!

Camus – E a minha denúncia?

Segurança – Não quero ouvir.

Aioros – E o meu dinheiro?

Segurança – Vá catar latinha.

Aioros – Ah... – Olhando para as latinhas de refrigerante – Boa ideia. Vou ali pegar as latinhas e vender para você.

Aioros vai até as latinhas e começa a pegá-las.

Segurança – EU NÃO VOU COMPRAR!

Camus – Eu quero denunciar o jegue que entrou aqui.

Segurança – Jegue? De novo?

Camus – Sim, ele entrou disfarçado.

Segurança – Certo. Pode me dizer o que... Ah, deixa pra lá. – Se afasta rapidamente.

Camus – Ei, onde você vai?

Segurança – Aquele maluco está trazendo as latinhas e vai querer que eu compre. Vou me esconder.

Camus – Hunf! Eu mesmo vou ter que arranjar um jeito de expulsar o jegue.

Aioros chega carregando pilhas de latinhas nos braços.

Aioros – Cadê o Churuleu?

Camus – Quem?

Aioros – Churuleu! É o nome daquele segurança que estava aqui.

Camus – Fugiu.

Ouve-se um estrondo. Várias prateleiras tombam e pessoas se afastam assustadas. O jegue tinha esquecido a “pose” e estava em cima de um balcão comendo os legumes e hortaliças.

Máscara da morte – Tony, não faz isso... Você fez uma bagunça aqui já...

Ares – Vem cá, jegue maldito!

Ao ver Ares se aproximar com um facão de jardineiro, o jegue pula do balcão e dispara a correr pelo supermercado derrubando mais coisas ao passar. Ares corre atrás.

Máscara da morte – AAHHH!!! SEGUREM ELE! VAI MATAR O TONY, SEGUREM ELE!

Mu – O que aconteceu aqui?

Camus – Tinha que ser o jegue...

Kanon – Estávamos no carrossel, quando de repente Saga virou Ares e arrancou a cabeça do cavalinho e tentou fazer um churrasco. – Olha para perto do carrossel, onde bombeiros tentavam apagar o fogo. – Não deu certo e ele resolveu comprar uma nova arma para matar Atena. Escolheu o facão, mas quer testar no jegue primeiro.

Shura – Ele pediu minha opinião. E eu como bom entendedor de armas cortantes, recomendei aquele facão de aço, com um fio perfeito. Parece até uma espada, – Sorrindo orgulhoso.

Máscara da morte – ENTÃO A CULPA É SUA!!! – Pula em cima de Shura tentando enforca-lo.

Shaka – Eu quero ir embora.

Aioros – Eu também. Vamos pagar o CD e ir embora.

Aldebaran – Arrumou todo o dinheiro?

Aioros – Não. – Sorrindo.

Cavaleiros - ...

Afrodite – Eu posso te arrumar uma graninha caso faça uns servicinhos pra mim – Sorri maliciosamente.

Aioros – Te conheço o suficiente para nunca fazer acordos com você.

Shaka – Vou ser claro com você, Aioros. Ninguém vai te dar dinheiro para o CD.

Aioros – Só faltam $8,54.

Shaka – E daí?

Afrodite – Ah, eu também não tenho todo esse dinheiro...

Miro – Vamos embora logo. Estamos desperdiçando tempo.

Dohko – Já estão todos aqui?

Máscara da morte – É, estamos todos aqui, entre a prateleira de biscoitos e a prateleira derrubada de chocolate. Todos menos o maldito Ares e o Tony que já deve ter virado mortadela. BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Dohko – Vamos resolver tudo... Shura, convença Ares a não matar o jegue e traga-os até aqui. Mu, console Máscara da morte e Shaka, pare de comer os chocolates.

Aioros – E o meu CD?

Dohko – Esqueça o CD.

Aioros – Snif...

Mu – Não fica assim...

Aioros – Obrigado por se importar. Na verdade...

Mu – Não estou falando com você. Tenho que consolar ele. – Indica Máscara da morte.

Máscara da morte – Chuinf... Mas ele já deve ter fatiado o Tony... Deve estar comendo pão com presunto de Tony agora... BUAAAAAAAAAAAAAAA...

Mu – Olha pelo lado bom... Ao menos vamos ter carne de graça para comer hoje. Pensa só no churrasco!!!

Máscara da morte - VOCÊ NÃO TEM MÃE NÃO??? BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Dohko – Mu...

Mu – Eu estava consolando ele como você pediu!

Shura volta com Tony (inteiro e vivo) e Ares, que ainda segurava o facão. Máscara da morte abraça Tony.

Afrodite – Como o convenceu a não matar o jegue? Prometeu uma noitada a ele?

Dohko – Falou com ele do amor entre os seres e o que seria de Máscara da morte sem o jegue?

Máscara da morte (enxugando as lágrimas) – Ou viu como Tony é legal e viraram amigos?

Shura – Eu só disse a ele, que se cortasse o jegue, a faca deixaria de ser nova e se tornaria uma faca usada, fazendo ela ficar um pouco desafiada, diminuindo assim a precisão na hora de matar Atena.

Aldebaran – Ah...

Dohko – Já está tudo resolvido, então vamos embora.

Aioros – E o meu CD?

Aioria – Te dou de aniversário.

Aioros – Oba! Meu aniversário é na próxima semana.

Aioria – Er... Aniversário do ano que vem.

Aioros – Pô, mas eu quero agora...

Dohko – Estamos no meio do ano, ainda falta muito para seu aniversário!

Aioros – Eu faço aniversário quando eu quiser, velho intrometido!

Kanon – Da um bom motivo pra gente te dar dinheiro para comprar este CD.

Aioros – A banda é boa...

Miro – Não vale, a gente não conhece e gosto não se discute.

Aioros – Eu empresto para vocês.

Shaka – Eu não vou gostar.

Aioros – Se comprar o CD, ganho um ingresso para o show de lançamento do CD que é daqui a vinte minutos.

Ares – Show? E o meu cassino com as mulheres nuas me dando vinho?

Shura – Mas não eram “seminuas”?

Ares – Ah, também pode ser...

Afrodite – O vocalista é bonito?

Aioros – Er... Não sou bom para julgar.

Afrodite – Como ele é? Conta! Conta!

Aioros – Ah... Bem... É loiro, alto...

Afrodite – Ai, é o Shaka!! – Agarrando Shaka.

Shaka – Não seja insolente! – Abrindo os olhos e jogando Afrodite na prateleira de biscoitos, derrubando-a.

Miro – Eu quero ir ao show!

Aioros – É!!! Vamos ao show!!!

Dohko – Eu não gosto dessa banda.

Aioros – Não liguem para o Dohko. Ele é do século retrasado... Literalmente.

Camus – Verdade...

Shura – Pode ser... Toma, é tudo que tenho. – Entrega $1,58 para Aioros.

Dohko – Vamos fazer votação. Quem prefere cassino?

Mu, Dohko, Ares e Shaka levantam a mão.

Aioria – A maioria ganhou. Vamos ao show.

Shaka – Espero que não seja aquilo que chamam de rock, onde tem barulho que interfere na minha comunicação com Buda... Oh, céus! Faz muito tempo que não me comunico com Buda! Preciso meditar.

Aldebaran – Medita no carro. Vamos pagar o CD e ir embora.

Os cavaleiros juntam o dinheiro com muito sacrifício e depois de contar até o último centavo, conseguem $20,00. Como eram muitas moedas, e estava difícil carregar tudo até o caixa, obrigaram um homem que teve a infelicidade de passar ali, a trocar as moedas por uma nota de $20,00. Feito isso, foram até a fila do caixa.

Camus – Esse supermercado está uma zona. – Olhando para o jegue.

Máscara da morte – Não culpe o Tony. É culpa desse lunático. – Aponta Ares.

Ares – Espero que tenham dinheiro para pagar o meu facão.

Dohko – Pode esquecer.

Ares – Então com o que eu vou matar Atena?

Máscara da morte – Usa um cabo de vassoura.

Afrodite – Ou enfia a cabeça dela na privada e da descarga.

Máscara da morte – Gostei! Tenho que admitir que é simples, econômico, divertido e eficaz.

Ares – Essa é boa! Se não fosse traveco, eu te convidaria para ser meu melhor amigo.

Afrodite – Eu fiz isso com um infeliz, porque me chamou de traveco.

Ares – Como eu dizia, é uma técnica muito boa, meu amigo macho.

Atendente – Aqui está seu ingresso. Muito obrigada pela preferência.

Aioros – De nada, mas você tem que me dar 1 centavo de troco.

Atendente – Ah, sim. Desculpe, mas não tenho. Posso ficar te devendo 1 centavo?

Aioros – Não, não pode.

Atendente – Ah... Eu... Vou ver se tem em algum outro caixa.

Aioros – Você não sabe o sacrifício que foi juntar esse dinheiro.

Aioria – Apoiado.

Aioros – Você diz “posso ficar te devendo?” mas eu sei que nunca paga.

Shaka – Verdade. Buda está vendo, viu?

Atendente – Desculpe, é que...

Aioros – Sabe-se lá o que você faz com a fortuna que junta, porque se de cada pessoa que está aqui você pegar 1 centavo, vai dar uns $100,00 por hora.

Atendente – Não senhor, isso não acontece sempre, eu..

Aioros sobe em cima do caixa.

Aioros – ATENÇÃO, ATENÇÃO! NÃO DEIXEM ESTA APROVEITADORA ROUBAR O DINHEIRO DE VOCÊS! ISSO É TRAPAÇA! UM ROUBO DESCARADO! TODOS NÓS, CIDADÃOS HONRADOS QUE PAGAMOS NOSSAS COMPRAS COM SUOR...

Garotinho – Você paga com suor? Eu pago com dinheiro.

Aioros – Tony, brinque um pouco com a criança.

Garotinho – Oh, um jegue... UAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Tony arrebenta o garoto.

Atendente (constrangida) – Senhor, arrumei seu 1 centavo.

Aioros – Espera um pouco. COMO EU DIZIA, SOMOS PESSOAS TRABALHADORAS QUE NÃO DEVEM SER VÍTIMAS DESSA POUCA VERGONHA!!!

Pessoas – AÊÊÊÊ!! APOIADO! APOIADO!

Ares – Você deveria ser político... Quer conquistar o mundo comigo?

Aioros desce do caixa e pega seu 1 centavo.

Pessoas – VAMOS LINCHAR A ATENDENTE APROVEITADORA!!!

A atendente se prepara para correr, mas Máscara da morte a segura.

Máscara da morte – Ei, eu conheço você!

Atendente – O que... Ah!!!

Máscara da morte – Você é a mulher da bilheteria do cinema que não queria me vender ingresso para o filme “Sentei no pepino e gostei 3” a uns tempos atrás.

Atendente – Eu já lembrei. Me solta, senhor. – Olhando para as pessoas que se aproximavam pra linchá-la.

Máscara da morte – Lembra que eu disse que ia te apresentar o pepino?

Seguranças reconhecem o jegue como o causador de todos os problemas do supermercado e tentam pegá-lo.

Segurança – Aquele outro de chapéu que está enrolado no lençol é o dono do jegue.

Máscara da morte – Opa! Melhor eu correr que estão falando de mim. Fico te devendo o pepino.

Dohko passa na porta do supermercado e a máquina detectora de roubos apita. Seguranças o seguram.

Dohko – Eu não roubei nada! Sou inocente!

Segurança – É o que veremos.

O segurança revista os bolsos de Dohko, mas não encontra nada.

Dohko – Eu disse que a máquina está estragada!

Outro segurança tira o chapéu de Dohko e vários produtos caem.

Dohko – Ops... hehehe...

O cavaleiro de Libra da umas bengaladas nos seguranças, recupera o chapéu e corre para o carro seguido dos outros cavaleiros e do jegue.

Aioros – Eu dirijo. Conheço o endereço que está no ingresso.

= Aeroporto =

Saori – Tatsumi, cadê meu passaporte?

Tatsumi - ...

Saori – Animal estúpido, estou falando com você.

Tatsumi – Er... A... A... A parte de documentos sempre fica com a senhorita.

Saori – O que quer dizer é que não trouxe meu passaporte?

Tatsumi – #Ai, la vem pancada# Sim, mas a senhorita é que costuma ficar com os documentos...

Saori – Está dizendo que a culpa é minha?

Tatsumi – Sim, digo... Não, não é. Mas é que eu pensei...

Saori – Você pensa?

Tatsumi – Sim, senhorita.

Saori - No que você pensa?

Tatsumi – Ah... Bem... Em coisas, tipo...

Saori – Na morte da bezerra.

Tatsumi – Não, eu nunca gostei muito de bezerros... Na verdade tenho pensado na morte de Sariô, meu porquinho de estimação que eu tive quando era criança. Ele era...

Saori – NÃO ME IMPORTA!

Tatsumi – É que a senhorita perguntou, então lembrei de Sariô e pensei que gostaria de saber.

Saori – Porque acha que quero saber do seu maldito porco de estimação?

Tatsumi – É que ele era bonitinho, era rosa com o pêlo roxo... Parecia você quando criança.

Saori – Está dizendo que pareço um porco?

Tatsumi – Ah... Er... Eu tenho uma foto dele. – Abre a carteira e mostra a foto de um porco enorme, roxo, vesgo e dentuço todo sujo, comendo lavagem.

Saori – Que porco horrível!

Tatsumi – Não senhorita, você não a está vendo com bons olhos. E na verdade era uma porca.

Saori – E você diz que essa aberração parece comigo? É suicídio?

Tatsumi – Não, eu não quero que me mate, não me entenda mal. É que acabamos falando de Sariô...

Saori – Sariô? Mas “Sariô” é meu nome com as letras trocadas.

Tatsumi – É... Bem... Seu avô não sabia que nome colocar em você, então falei da minha porquinha, ele mudou as letras e deu no que deu...

Saori – A origem do meu nome é a sua porca?

Tatsumi – É, né... – Sorrizinho amarelo.

Saori espanca Tatsumi com um extintor de incêndio que arrancou da parede. É segurada por policiais e só é solta depois de suborná-los.

O celular de Saori toca.

Saori – Alô? Ahh, claro... – A deusa volta com sua voz meiga fingida que usa em fim de OVA – Estarei lá em poucos minutos... Sim, sim, claro! A fundação Galar faz tudo pelo seu dinheiro, digo, pelo seu cliente... Está certo. Estarei lá. Tchau.

Tatsumi – Algum patrocinador novo para a fundação?

Saori – Cale a boca e vamos para o santuário.

Saori e Tatsumi saem do aeroporto e vão rumo ao santuário.

= No carro =

Aioros – Você é mais queeeeeeeente, que a lava quente do inferno... você é mais...

Camus – Quê isso? Que horror!

Aioros – Estou cantando.

Dohko – Então pare, porque não aguentamos mais.

Aioros – Mas eu canto tão bem!

Shura – Quem te enganou dizendo isso?

Aioros – Hunf!

Kanon – Já chegou?

Aioros – Já.

Kanon – Ta chegan... Droga! Você estragou tudo.

Ares – HehehehahaHAHUAHUAHUAHUAHUA.

Aioria – Tem certeza que chegou? Isso aqui parece mais o buraco do satanás do que lugar para show. – Olhando em volta e observando a extensa área deserta de terra vermelha e uma enorme caverna no centro.

Aioros – É que este local é propriedade de Hades apesar de estar na Terra. Soube que ele ofereceu uma quantia em dinheiro que Atena não conseguiu recusar.

Miro – Ela é mercenária demais...

Mu – Estou pensando em fazer o que a June e os cavaleiros de aço fizeram... Comprar minha liberdade.

Aldebaran – Ahh, por isso não os vi nunca mais depois da batalha das doze casas.

Mu – Soube que são felizes como dançarinos de Hula Hula no Havaí. – Disse sonhador.

Aioros – Ai ai... Não posso viver sem ti... Ai ai...

Afrodite agarra Aioros pelas costas apesar do banco entre eles.

Afrodite – Não se preocupe, meu bem. Eu vou ficar com você a vida toda e já que você insiste, a morte também!

Aioros – AHHHHHH! ME LARGAAAA!!!

Dohko tira Afrodite de cima de Aioros, que estaciona o carro.

Kanon – Culpa sua que fica cantando essas músicas românticas toscas.

Aioros – Tosca nada! É a minha música preferida!

Máscara da morte – Tony, olha como o Aioros é tosco!

Aioros estica o braço na direção do cavaleiro de Câncer tentando socá-lo.

Os cavaleiros e o jegue saem do carro e vão rumo à caverna. A entrada era estreita e tinha uma faixa em cima escrito “Show dos Infernais” e embaixo em letras pequenas “ Proibido a entrada de pobres, mesmo que tenham ingresso.”

Aioros – Acho melhor pararem de criticar...

Shaka – Ah, não... Não diga que... Essa música, se é que pode ser chamada assim, é dessa banda!

Aioros – Pois digo sim! E a música principal deles é essa.

Shura – Oh, céus...

Ares – E trocamos as mulheres seminuas do cassino por isto.

Afrodite – Afff! Você nem sabe se ia ter essas barangas lá...

Ares – Baranga é você.

Afrodite – Cachorro!

Aioros – Temos um problema.

Dohko – Já percebi. Só temos um ingresso e somos treze.

Máscara da morte – Quatorze com o Tony.

Camus – O jegue estúpido não vai com a gente.

Tony da um coice em Camus que se espatifa no chão de terra. O cavaleiro se levanta irritado, limpa a poeira da roupa e corre atrás do jegue que entra na caverna.

Shura – O Camus está esportivo esta noite, né? Ele sempre foi um cara preguiçoso e paradão... Tem preguiça até de falar. Sorte dele que as pessoas confundem a preguiça com seriedade e em vez de chamá-lo de preguiçoso vagabundo o chamam de intelectual...

Afrodite – Concordo, é um sofrimento ser vizinho dele. Nem varrer a casa ele varre. Aí a poeira vem toda para minha escadaria e tem vez que suja até o meu jardim.

Shura – O que acha de processarmos ele? Talvez o expulsem de lá!

Afrodite – Sim, sim! – Dando gritinhos de emoção – Ai, já até me imagino me bronzeando nas escadarias de minha casa sem me preocupar com a poeira vindo para cima de mim – Olhos brilhando.

Aioria – Isso tudo é muito interessante, mas olhem só... O Camus e o Tony conseguiram entrar.

Aldebaran – Verdade... Mas deixaram o bilheteiro maluco. Olha lá o cara endoidando.

Shura – Só não entendi porque ele não foi atrás deles.

Os cavaleiros se aproximam mais.

Afrodite – Ah, ele está acorrentado... Tem uma coleira no pescoço.

Shura – Eu conheço aquele cara...

Aioros – É Frog Zeros.

Afrodite – Ah... sujeitinho horrível!

Aioria – Agora já sabemos como fazer para entrar. Basta passar correndo.

Shura – Mas antes eu quero dar umas bicas naquele cara.

Aioria – Não temos tempo pra isso.

O jegue sai correndo da caverna e Camus vem atrás. Máscara da morte se coloca entre eles.

Máscara da morte – Pare de perseguir o Tony!

Camus – Vem me impedir!

Kanon – Camus, seu burro!! Você já estava la dentro. Porque saiu?

Camus – Ah... Er... – Olhando para trás desconcertado – Ei, eu não sou burro!

Shaka – Só é desprovido de inteligência.

Camus - #O que será que ele quis dizer?#

Aioros – Eu vou entrar tranquilamente com o meu ingresso, enquanto vocês passam correndo.

Afrodite – Pode ir. Eu me recuso a dar para aquele sujeito...

Cavaleiros - ...

Afrodite - ...Mesmo que seja um ingresso.

Ares – Vamos lá! Quero ver esses Infernais. Se usam a propriedade de Hades para fazer shows, deve ser boa coisa.

Afrodite – Desde que os integrantes sejam gostosos eu entro até no inferno.

O jegue e os cavaleiros, com exceção de Aioros e Shaka passam correndo pela entrada na velocidade da luz, deixando Zeros meio confuso.

Aioros – Porque não correu junto com eles?

Shaka – É um insulto o ser mais próximo de Deus passar correndo para evitar aquele pobre coitado insignificante que nada acrescenta ao mundo.

Aioros – Ah... #O Camus é calado por preguiça de falar, mas o Shaka é quieto para dar tempo de inventar frases de insulto interessantes# Então vamos.

Aioros e Shaka entram na caverna.

Zeros – Sabia que isso estava fedendo a Atena.

Aioros – Quem fede a estrume aqui é você!

Zeros - Atena é a única deusa que tem cavaleiros revoltados. Invadem o submundo, insultam Hades... E como se não bastasse entram em shows sem pagar. Isso sem falar que se vestem como rebeldes.

Aioros – É a única roupa que temos!

Shaka – Não estou aqui para te ouvir balbuciar coisas tão insignificantes quanto a sua existência. Se Buda colocou em meu destino assistir este show, assim farei, mas me recuso a me comunicar com tamanha desgraça. – Olhando Zeros com desprezo e entrando tranquilamente na caverna. Perplexo pelas palavras de Shaka, Zeros nem se mexe para impedi-lo.

Aioros – Sabe... Eu concordo com ele. – Zeros volta sua atenção para Aioros – Olha, eu tenho aqui o ingresso.

O rosto de Zeros se ilumina de alívio.

Aioros – Mas não vou te dar. – Entrando na caverna.

Zeros – SEU MALDITO! – Esperneando até onde as correntes o permitiam ir – EU VOU SER ESPANCADO POR ISSO. QUE HADES TE DÊ UM PASSAPORTE SÓ DE IDA PARA O INFERNO!

Aioros entra na caverna e repara em como era enorme e nem parecia a mesma em que entraram. Isso porque era subterrânea. O palco ficava no lugar mais alto no centro do “salão”. O cavaleiro tenta localizar os amigos e os vê se escondendo em um canto escuro - Com exceção de Ares que pulava eufórico gritando para o show de verdade começar logo, porque o instrumental que estavam tocando era coisa de bicha.

Aioros – O que foi?

Miro – Seu maldito! Que brincadeira de mau gosto é essa?

Mu – Não teve graça.

Aioria – Vamos embora.

Aioros – Nossa, o que foi?

Dohko – Avisei que não iriam gostar.

Máscara da morte – Espera aí, velho escroto... você falou que não gostava da música. Deveria ter sido mais específico sobre os integrantes.

Dohko – Mas a música é ruim mesmo!

Aioros – O que tem os integrantes?

Miro – E ainda pergunta? Olha bem os que estão naquele maldito palco!

Mu – Não quero nem olhar de novo. Vamos embora.

Afrodite – Estou chocada! O vocalista pode ser alto, loiro, não ser o Shaka, o que é uma pena, mas isto é demais! Olhar para ele faz mal para minha pele.

Aldebaran – Cadê o Camus?

Miro – Disse que precisava descontar uma coisa no porteiro. Aponta para a entrada onde Camus pisoteava Zeros.

Ares – Olhem para isso! Arrumei umas bebidas pra nós! – Mostra meia dúzia de garrafas com um líquido escuro não identificado.

Mu – Nos já estamos indo embora.

Ares e Aioros – Porqueeee???

Miro – Eu tenho traumas com esses caras. Nós os odiamos!!

A música para e a platéia aplaude e grita satisfeita.

Aioria – Vamos sair antes que notem nossa presença.

Minos – Acabamos o aquecimento e o show começa agora. Mas antes gostaríamos de agradecer à Atena que deixou seus capachos... Digo, cavaleiros, virem nos ver. E queremos deixar claro nossa boa ação do dia! Esses pobres infelizes e miseráveis não tem nenhum dinheiro e mesmo assim deixaremos que assistam ao Show. – Um enorme flash de luz ilumina os cavaleiros deixando-os no centro das atenções. – Palmas para eles, gente!!!

A platéia aplaude e assobia em tom de aprovação e ansiedade.

Mu – Droga, nos viram...

Shura – Começou a palhaçada.

Camus termina de pisotear Zeros e volta sem saber do ocorrido, até que avista o palco e estarrecido observa os seis integrantes: Radamanthys no vocal, Minos na bateria, Aiacos na guitarra, Thanatos no baixo, Hipnos no teclado e Pandora na harpa. Todos com suas respectivas armaduras. Pandora com o habitual vestido preto.

Aiacos – Para os cavaleiros de Atena temos lugares especiais! - Aponta para um espaço na frente do palco onde ficavam as grades para separar a platéia do palco.

Mu – Obrigado, mas já estamos de saída.

Minos – Não mais.

O buraco de entrada da caverna misteriosamente se fecha.

Aioria – Abram ou explodiremos.

Aioros já tinha pulado a grade e aguardava todo animado no lugar “especial” apontado por Aiacos. Ares estava envolvido em uma briga.

Pandora (falando na mente de Aioria) – Exploda a caverna e explodo sua cabeça. Gostou dos meus novos poderes? Enquanto estiverem nesta caverna, poderei fazer isso. Hehehe…

Aioria – Acho melhor ficarmos já que estamos aqui mesmo...

Miro – O que? Aioria, você vai ficar aqui ouvindo aquele infeliz que zoou com a gente e depois nos matou, cantar?

Aioria – Er... Eu... Acho que faz parte da vida saber perdoar.

Aioros – EI, AIORIA! VENHA, ESTE LUGAR É MUITO BOM!

Aioria – Eu... Eu vou lá.

Mu – Aioria... “saber perdoar” não consta no meu vocabulário quando se trata desses miseráveis. E pelo que me lembro, no seu também não. Porque resolveu ficar?

Aioria – Pandora ameaçou explodir minha cabeça.

Afrodite – Ah... Eu pensei que fosse porque aqui tem muitos cantos escuros e você quisesse aproveitar um deles comigo...

Aioria soca Afrodite.

Shura – Pode explodir, a cabeça não é minha. Só sei que vou embora. – Se prepara para abrir uma fenda na caverna.

Pandora (na mente de todos os cavaleiros) – Vou explodir a cabeça de todo mundo se tentarem sair daqui antes do show acabar.

Máscara da morte – Maldita explodidora de cabeças...

Shura – Eu deveria ter cortado a cabeça dela quando tive chance...

Aldebaran – Fazer o quê... O jeito é curtir o show. Talvez preste.

Dohko – Presta não, é muito ruim.

Máscara da morte – Velho cretino... Se tivesse falado quem era da banda, eu não estaria aqui agora sendo ameaçado de ter a cabeça explodida por uma maluca que vai tocar harpa em um show de rock...

Pandora (na mente de Máscara da morte) – Ouvi isso! Faça mais comentários desnecessários e explodo a cabeça do jegue também.

Máscara da morte – Oh, céus! Até o Tony está condenado! – abraçando o jegue.

Miro – Vou para onde Aioros está. Não estou vendo nada, tem gente demais aqui.

Shaka – Também vou. É como eu digo “se está no inferno, abrace o capeta”.

Afrodite – Ah, não, Shaka... Você vai ficar procurando o capeta agora? Ao invés disso abrace a mim!

Miro – Agora você pode usar a frase do capeta, mas eu prefiro me molhar na chuva do que ficar abraçando...

Dohko – Não comecem com isso outra vez! Vamos logo para perto do palco, porque daqui não da para ver nada.

Máscara da morte – Olha só quem está preocupado em arrumar lugar bom para ver o show... Disse que a música é ruim, seu velho...

Dohko – Não me insulte ou eu explodo sua cabeça primeiro que a Pandora. – O ameaça com a bengala.

Máscara da morte – E você acha que tenho medo, é? Vou pedir para a Pandora explodir a sua cabeça primeiro!

Aioros – Calem a boca, o show está começando.

Radamanthys – Você é mais que o inferno!

A platéia grita e aplaude.

Kanon – Quem é mais que o inferno?

Aioros – Silêncio! Esse é o nome da música.

A banda começa a tocar e Radamanthys a cantar:

Saí pra passear

Não pude te esquecer

É que na minha mente

Só da você

Na Terra ou em Giudecca

Só penso em você

Será por quê?

Deve ser porque

Ta na na na (barulho da bateria)

Você é mais queeeeeeeeeente que a lava quente do inferno

Você é mais liiiiiiiiiiiiiiinda que alma penada no inferno

Você é mais meeeeeeeeiga que os filhotinhos do Cérbero

Ai, ai...

Não posso viver sem ti

Ai, ai...

Vou te convidar pra sair

Olho pro rio Acheron

E penso em você

As águas profundas

Lembram teu olhar

Passo pelas prisões

Tentando te encontrar

Cadê você?

Onde você está?

Você é mais queeeeeeeeeente que a lava quente do inferno

Você é mais liiiiiiiiiiiiiiinda que alma penada no inferno

Você é mais meeeeeeeeiga que os filhotinhos do Cérbero

Ai, ai...

Sou louco por ti

Ai, ai...

Quero você pra mim

Cantem comigo!!

A platéia canta o refrão junto com Radamanthys.

Radamanthys - Você é mais queeeeeeeeeente que a lava quente do inferno

Você é mais liiiiiiiiiiiiiiinda que alma penada no inferno

Você é mais meeeeeeeeiga que os filhotinhos do Cérbero

Você é mais queeeeeeeeeente que a lava quente do inferno

Você é mais liiiiiiiiiiiiiiinda que alma penada no inferno

Você é mais meeeeeeeeiga que os filhotinhos do Cérbero

Você é mais queeeeeeeeeente que a lava quente do inferno

Você é mais liiiiiiiiiiiiiiinda que alma penada no inferno

Você é mais meeeeeeeeiga que os filhotinhos do Cérbero

A música acaba. A platéia aplaude, grita, assobia e pede bis.

Os integrantes da banda fazem uma pausa para tomar umas pingas para aquecer.

Aldebaran – Que música horrível!

Dohko – Avisei...

Máscara da morte – Eu gostei! Acho que o Tony gostou também!

Kanon – É, a música é boa... Acho que vou dedicá-la à Vandimariuza para ver se ela me perdoa.

Shura – Ela vai ficar horrorizada...

Aioros – Vou ao camarim deles para que autografem meu CD. Alguém quer ir comigo?

Cavaleiros – Não!

Aioros vai para o camarim. Mal entra e é posto para fora a pontapés.

Shaka – Estúpido...

Aioros – Não, é que eles devem estar ocupados...

Shaka – Eu me referia a você.

Aioros – Eu só não lhe respondo como deveria porque não quero estragar o show da melhor banda do mundo por sua causa. – Dando as costas para Shaka e indo até a cantina.

Shaka – ...

= Delegacia =

O psicólogo iniciava a consulta com Abel.

Psicólogo – Você sabe porque está aqui?

Abel – Sim, eu vim passear e conhecer novos lugares. – Olhando a sala toda, dando pouca importância ao psicólogo a sua frente.

Psicólogo – Não, você está aqui porque cometeu um crime.

Abel – Eu não cometo crimes. Somente seres insignificantes como os humanos fazem isso.

Psicólogo – E você não se considera humano?

Abel – Eu sou um Deus.

Psicólogo – Porque acredita nisso?

Abel – Sou filho do onipresente, onipotente Zeus.

Psicólogo – Ah, nota-se que você é muito religioso, mas se for assim, eu também sou um Deus.

Abel – Você é um humano tolo, portanto pare de blasfemar.

Psicólogo – Bom, você terá muito tempo na cadeia para se convencer de que não é Deus. Mas você precisa entender que necrofilia é crime.

Abel se levanta, vai até o armário, abre a gaveta e pega um bisturi.

Psicólogo – Ei, o que você está fazendo? Largue isso e sente-se.

Abel – Isso é interessante, concorda? – Mostrando o bisturi.

Psicólogo – É só um bisturi. Coloque de volta na gaveta e sente-se!

Abel – Eu acho isso interessante.

Psicólogo – Não me importa! Sente-se agora mesmo!

Abel – Eu sei porque está tão nervoso.

Psicólogo – Claro que sabe. A culpa é sua.

Abel – Você sabe que a sua vida é efêmera demais e quer fazer tudo o que pode antes de morrer.

Psicólogo – Como? Olha, para o seu azar, não pretendo morrer tão cedo.

Abel – Ninguém pretende... Mas você vai.

Psicólogo – Não quero discutir minha morte e sim terminar esta consulta antes do dia amanhecer.

Abel – O dia pode não amanhecer...

Psicólogo – O que está insinuando? Larga esse bisturi!

Abel – Porque se importa com o bisturi? Como você mesmo disse, é só um bisturi.

Psicólogo – Não quero um bisturi nas mãos de um infeliz que pensa que é deus.

Abel – Você é feliz? Gosta dessa vida miserável que tem?

Psicólogo – CALE A BOCA E SENTA LOGO!

Abel – Apesar de ser um humano insignificante e ignorante eu entendo você. Está desesperado, pois a cada segundo você se aproxima mais e mais da morte.

Psicólogo – Olha... Vamos deixar esse papo de morte e deus para depois. Primeiro quero que você entenda que necrofilia não é uma coisa boa. É errado e por isso você está preso.

Abel – Diz que é ruim porque não foi você quem se divertiu com a defunta. Inveja não é uma coisa boa, então significa que você está preso também?

Psicólogo – Não estou com inveja, eu só... Você não pode...

Abel – Poupe suas palavras. Está me julgando sendo que você está na mesma situação. Eu vou te mostrar para quê serve o bisturi.

Abel caminha rumo ao psicólogo, que assustado se levanta.

Psicólogo – Eu sei para quê serve um bisturi. Deixe-o em cima da mesa e afaste-se!

Abel – Se soubesse para quê serve, você não diria que é apenas um bisturi.

Psicólogo – A gente discute sobre o bisturi depois. Agora o deixe em cima da mesa e se afaste. – Afastando-se mais de Abel.

Abel – Você não tem tempo para deixar nada pra depois. Não se esqueça de que a morte se aproxima de você, portanto antes que se vá, lhe mostrarei para que serve o bisturi.

Psicólogo – EU JÁ DISSE QUE SEI PARA QUÊ SERVE! SAIA DE PERTO DE MIM! – Correndo até a porta e tentando abri-la, mas se lembra de que a trancou e deixou a chave sobre a mesa, onde não se atrevia a buscar, pois Abel estava ao lado dela com cara de maníaco segurando o bisturi.

Abel para de andar.

Abel – Então concorda que não é “apenas” um bisturi?

Psicólogo – Sim, claro. Quer que eu peça desculpas para o bisturi agora, é?

Abel – Seria bom.

Psicólogo – O que?

Abel – Seria interessante ver um ser insignificante reconhecendo a grandeza de seu superior e implorando clemência.

Psicólogo – Ao bisturi?

Abel – Não acha que ele é bom o bastante? – Estica o braço mostrando o bisturi. O psicólogo se encolhe de pavor.

Psicólogo – Sim, é muito bom, mas seria ainda melhor se o grandioso bisturi voltasse para a gaveta de onde o pegou.

Abel olha para a gaveta.

Abel – Não acho que seja um lugar digno de um bisturi.

Psicólogo – Céus! Para quê você acha que serve o bisturi? Deve estar confundindo com outro objeto.

Abel – Sabia... Vou te mostrar para que serve o bisturi. – Caminhando rumo ao psicólogo que se desespera e começa a esmurrar a porta gritando por socorro.

Psicólogo – AHHHH! CHAMEM REFORÇOS! ESTOU PRESO COM O MALUCO DO BISTURI!!!

Abel – Interessante... – Parando de caminhar. – Não sabia que o bisturi causava pânico. Deve ser porque você é desprezível demais. – Voltando a caminhar. – Em todo caso, eu vou te mostrar...

Abel encurrala o psicólogo no canto entre a parede e a porta. O pobre homem suava de desespero. O Deus do sol pega um abacaxi na cesta de frutas em cima da escrivaninha e começa a descascá-lo com o bisturi.

Abel – Viu para que serve o bisturi? Você com sua inutilidade não conseguiria fazer o mesmo sem um objeto cortante.

Psicólogo – A-ahh... É... T-tem r-razão... – Se erguendo aliviado.

Abel – Mas o bisturi também serve para outra coisa. – Colocando o bisturi bem próximo ao psicólogo que voltou a encolher e tremer de medo.

Chega um policial e bate na porta.

Policial – Está tudo bem aí? Ouvi gritos.

Abel – Está tudo perfeitamente bem.

Psicólogo – NÃO. ABRA ESTA PORTA!

Policial – A chave está aí dentro.

Psicólogo – ARRUME OUTRA CHAVE!!

Abel, ainda segurando o bisturi de forma ameaçadora estava parado em frente ao psicólogo encolhido no canto da parede. Rapidamente o policial buscou outra chave e abriu a porta. O psicólogo saiu correndo desesperado. Abel começa a comer o abacaxi.

Policial – Er... Vou levá-lo para a cela. Deixe o bisturi em cima da mesa.

Abel – Você sabe para quê serve o bisturi?

= No show =

Radamanthys – Você é mais queeeeeeeeente que a lava quente do inferno...

Mu – Isso é lavagem cerebral? É a terceira vez que cantam esta música...

Aldebaran – Sei lá, mas estou começando a gostar. Cante também, Mu!

A música acaba.

Platéia – QUEREMOS BIS! QUEREMOS BIS! QUEREMOS BIS!

Radamanthys – Vamos fazer outra pausa para tomar outra pinga. Façam o mesmo vocês também.

Platéia – ÊÊÊHHHHH!!!

Mulher 1 – LINDOOOOO!

Garota – THANATOS, EU TE AMO!

Mulher 2 – MINOS, CASA COMIGO!!!

Afrodite – GOSTOSOS!

Cavaleiros - ...

Saga – Alguém viu o Pom Pom?

Kanon – Ah, você!

Shura – Perdeu o pato de novo?

Saga – É, ele não está comigo... – Olhos cheios de lágrimas.

Camus – Dê adeus ao pato. – Olhando a multidão e imaginando o que era um patinho de borracha no meio daquele monte de gente.

Saga/Ares – HehehehahahaHUAHUAHUAHUA Eu taquei na privada... AAAAHHHHHHHHHHH!!!!! ESSE MALDITO VOLTOU DO INFERNO PRA INFERNIZAR A VIDA DO POM POM!!... O pato não me interessa. Eu quero matar Atena!... E O QUE O POM POM TEM HAVER COM ISSO? DEIXE-O EM PAZ!!!! Eu já disse que o pato não me interessa! Ele me incomoda. EU VOU TE MATAAAAAR!!!... Não se esqueça que eu sou você e se me matar, você também morre... NÃO ME IMPORTA!!! SE EU... VOCÊ... QUERO DIZER, EU... FAÇO MAL AO POM POM, ENTÃO MEREÇO MORRER!!!

Dohko – Precisamos ajudar o Saga!

Aioria – Para quê?

Shura – Não seja insensível! Ele está perturbado. – Aponta Saga que dava cambalhotas no chão e tentava se enforcar com o cadarço do tênis de um indivíduo que acabara de roubar. O indivíduo começa a bater em Saga para fazê-lo devolver o cadarço.

Máscara da morte – Eu e Tony vamos resolver isso... Tony, tire aquele indivíduo de perto do Saga.

O jegue detona o indivíduo, que foge apavorado sem pegar o cadarço.

Máscara da morte começa a dançar em volta de Saga sacudindo os braços e chutando quem estava no caminho.

Aldebaran – Pare com isso. Não vai resolver. – observando Saga cada vez mais roxo por apertar o cadarço.

Saga tira o cadarço do pescoço e se levanta.

Máscara da morte – Viu como está resolvendo? Dança comigo, Tony!

O jegue “dançava” como podia. Saga olha fixamente para as grades em volta do palco, dispara a correr em direção a ela e enfia a cabeça na grade.

Máscara da morte – O que você está fazendo, seu idiota? Não da para fazer macumba em volta de você agora. Tire a cabeça daí!

Saga/Ares – CORTEM A MINHA CABEÇA! NÃO FAZ SENTIDO VIVER EM UM MUNDO EM QUE POM POM JÁ NÃO EXISTE MAIS!!!... Esqueça o maldito pato! Tire a cabeça daí e vamos conquistar o mundo!

Kanon – Saga, é melhor...

Saga/Ares – AHHHHHH!!!!! MORRA, MORRA! – Sacudindo os braços em direção a Kanon, que foge.

Saga/Ares – O ESPELHO FUGIU!!!!... Idiota, não era um espelho. Era seu irmão.

Afrodite chega por trás de Saga e o abraça.

Afrodite – Me ajudem a tirar o Saginha daqui.

Aldebaran – Deixa, ele não sai daí porque não quer.

Saga/ Ares – Você... Eu... Não, é você! É um imbecil! Enfiou a cabeça na grade e agora o traveco está te pegando... AAHHHHHH ME LARGAAA!! EU QUERO MORREEER! – Chutando para trás tentando acertar Afrodite, mas não consegue e tira a cabeça da grade. Afrodite é arremessado longe.

Saga enfia a cabeça na grade novamente.

Saga/Ares – ME MATEEEM!!!

Shaka – Como vocês são fúteis! Vou mostrar como se resolve as coisas. – Se aproxima de Saga e coloca a mão na testa dele.

Afrodite – Vai lá Shakinha! Você pode!

Shaka – Saia desse corpo que ele não te pertence!!

Saga/Ares – Porque essa boneca da Xuxa está com a mão na minha testa?

Shaka – Você vai ver... – Pega uma pedra enorme, escreve “Buda” nela e taca na cabeça de Saga. – Buda, livre esse desgraçado do mal que habita seu corpo! – Continua tacando a pedra na cabeça de Saga.

Shura – VOCÊ ESTÁ MATANDO ELE! - Segurando Shaka.

Shaka – Quem é a boneca da Xuxa agora, ein?

Mu – Não liga pra ele, Shaka. Está fora de juízo.

Kanon – Percorri os esgotos daqui e encontrei o pato.

Aioros – Ótimo! Me da aqui. – Pega o pato e mostra para Saga.

Saga/Ares – An? O pato? Como pode?... POM POOOM!! ME DA ELE AQUI!

Aioros entrega o pato para Saga que se acalma totalmente.

Dohko – Ao menos agora sabemos que quando está com o pato, Ares não consegue dominar o corpo dele.

Minos – O show vai continuar. Que música vocês querem ouvir?

Platéia – VOCÊ É MAIS QUE O INFERNO!!

Mu – De novo?

Aioros – Adoro essa música!!!

Mu – Aioros, deixa eu ver a capa do CD?

Aioros – Ta, mas se arranhar, você morre.

Mu pega a capa do CD e vê as músicas. Tinha 14 faixas:

1)Você é mais que o inferno

2) Você é mais que o inferno (Com eco)

3) Você é mais que o inferno (Lenta)

4) Você é mais que o inferno (Rápida)

5) Você é mais que o inferno (Instrumental)

6) Você é mais que o inferno (com participação especial de “Atirei o pau no gato”)

7) Você é mais que o inferno (Canção de ninar)

8) Você é mais que o inferno (Pagode)

9) Você é mais que o inferno (Rap)

10) Você é mais que o inferno (Sertaneja)

11) Você é mais que o inferno (Funk)

12) Você é mais que o inferno (Especial pra casamentos)

13) Você é mais que o inferno (Especial de Natal – Dingon Bel)

14) Musiquinha pra insônia

Mu - #Ao menos a última música é diferente# - Devolvendo o CD para Aioros.

Aldebaran – Saga, agora que já tem o pato, saia daí.

Saga – Minha cabeça ficou presa. Não sai...

Miro chega com mais garrafas do líquido escuro não identificado.

Miro - Porque não tira a cabeça daí?

Aldebaran – A cabeça dele ficou emperrada.

Aioros – Ah, deixa ele aí. A música vai começar!

Os cavaleiros largam Saga e se preparam para dançar.

Saga – Alguém... Alguém pode me ajudar? Ow!! Me tirem daqui...

Radamanthys – Saí pra passear, não pude te esquecer...

= Santuário =

Tatsumi – Senhorita, posso saber por que voltamos?

Saori – Caso tenha esquecido... Claro, porque você é muito burro... Eu estou vendendo as 12 casas e o comprador está esperando.

Tatsumi – Só um? Lembro que falou com muita gente a respeito...

Saori – Mas a oferta desse comprador foi melhor do que a de todos os outros juntos.

Tatsumi – Entendo... #Mercenária#

Saori – Oh, ali está ele.

Saori e Tatsumi se dirigem a um homem alto do cabelo esquisito e de armadura preta que estava na porta da casa de Áries.

Hades – Você demorou.

Saori – Ah... Er... Tive imprevistos.

Hades – Bem, com o dinheiro que vou pagar, poderá comprar um carro decente... Ou melhor, compre toda a companhia aérea e ferroviária de uma vez. Pode fazer isso com apenas um quinto do dinheiro.

Saori – Aquele carro não é meu, não entenda mal. Vê se uma Deusa como eu, vai ter um fusca arregaçado daqueles...

Hades – Ah, entendo... Então você o roubou. Cuidado, ou pode ir parar no inferno novamente e dessa vez por atos inadequados para uma deusa.

Saori – Cale a boca. Me da logo o dinheiro que eu vou embora.

Hades – Pena que o dinheiro não compra educação... Não no seu caso.

Saori – Maldito miserável! Me da logo a porcaria do dinheiro.

Hades sorri e entrega um camburão cheio de barras de ouro. Tantas que pareciam infinitas. Mas não eram.

Hades – Agora que a propriedade é minha, não quero ver você e nem seus capachos por aqui. Essa casa... – Indica a casa de Áries – Será a casa do cachorro. Cérbero, pode entrar!!!

O enorme cão de três cabeças entra, deitando no meio da casa, fazendo-a parecer pequena.

Hades - Os novos habitantes não tardarão a chegar. Agora dêem o fora.

Saori sai do santuário meio chateada, mas isso logo passa, quando olha para o ouro no camburão.

Tatsumi – Se-senhorita... O que a senhorita fez? - Desesperado.

Saori – O melhor negócio da minha vida! Aprenda comigo, Tatsumi! Vamos, precisamos levar o camburão para a mansão Kido!

 = No show =

Uma hora e meia depois...

Radamanthys – Você é mais queeeeeeeeente, que a lava quente do inferno...

Todos os cavaleiros pareciam animados. Até Saga cantava, com a cabeça ainda entalada.

Dohko – Tipo... A música é boa, eu confesso que estou gostando... Mas não tem outra não???

Mu – Pelas minhas contas, essa é a décima terceira música do CD. A próxima é diferente!

Shaka – Aleluia!

Radamanthys termina de cantar. Novamente a platéia aplaude, grita e pede bis!!

Pandora – Agora, é nossa última música, que é cantada e tocada exclusivamente por Hipnos.

A platéia aplaude e grita ainda mais alto.

Pandora – Aos cavaleiros de Atena, que já devem estar cansados, pedimos que vão embora.

O buraco de entrada da caverna misteriosamente se abre.

Aioros – Como? Ir embora? Não estamos cansados!

Dohko – Na verdade, minhas costas doem... Eu gostaria de sentar, e...

Aioros – E quem liga para você, Dohko? Nós vamos ficar!!

Mu – Sair na última música? Seria até sacanagem. Esperei por ela desde que li o CD...

Cavaleiros – Vamos ficar!!

Pandora (na mente dos cavaleiros) – Não queremos um bando de pé rapados aqui. Saiam agora mesmo ou explodirei suas cabeças.

Máscara da morte – Lá vem o treco das cabeças de novo...

Saga – Minha cabeça está emperrada!

Shura usa a excalibur, corta as grades e tira Saga.

Aioros – NÓS VAMOS SAIR! MAS ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM NÃO, SEUS MISERÁVEIS! EU NÃO SOU MAIS FÃ DE VOCÊS!

A platéia vaia e os cavaleiros e o jegue saem da caverna.

Mu – Eu quero voltar...

Afrodite – Ai, eu também... Deve ser excitante ouvir o gostoso do Hipnos cantar...

Aioria – Porque quiseram nos tirar de lá bem na última música?

Aldebaran – Olhem, a caverna ainda está aberta.

Saga – Não podemos entrar...

Kanon – Vamos chegar perto e escutar do lado de fora.

Shura – Certo!

Os cavaleiros e o jegue se aproximam devagar da entrada, onde Frog Zeros misteriosamente tinha acabado de adormecer.

Camus – Porque ele dormiu?

Máscara da morte – Porque é idiota.

Os cavaleiros e Tony chegam na entrada da caverna e param tentando escutar a música.

Dohko – Não estou escutando...

Aioros – Você é surdo, saia daí.

Aioria – Ih, parece que a música já acabou...

Shaka – Estou ouvindo vozes.

Kanon – A voz de Buda, imagino. Fique calado que você fica melhor.

Shaka – Fico indignado que um ser degradante como você tenha a insolência de me dirigir a palavra.

Kanon – Seu...

Shura – Quietos! Está tudo silencioso e escuto aqueles infelizes conversando.

Os cavaleiros... E o jegue também, enfiam a cabeça para dentro da caverna e vêem todos dormindo, menos os integrantes da banda. Pandora, os deuses e juízes iam pegando as carteiras das pessoas.

Os cavaleiros vão para perto do carro e sentam em umas rochas.

Mu – Descobrimos o propósito desse show...

Aioros – Eles vieram do inferno. Realmente não poderia sair nada de bom vindo deles.

Dohko – Só não sei como reuniram tanta gente...

Aioros – Essa música vicia. Não é difícil arrumar fãs temporários com ela.

Aldebaran – Mas gostei da música. Vou querer o CD emprestado...

Saga – Vamos para onde agora?

Kanon – Nem sei...

Camus – Estamos sem rumo, perdidos em um deserto, sem eira nem beira, ai que tédio. – Tira papel e caneta do bolso e começa a escrever.

Miro – Não me diga que está querendo virar poeta!

Camus – Não digo nada! – Escondendo o papel.

Máscara da morte – Ei, Tony, imagina o Camus poeta! O público ia dormir só de tédio!

Camus – Cale a boca!

Saga – E aí a gente chega e pega a carteira do público.

Afrodite – Que lindo, podemos ganhar dinheiro com o Camus!

Kanon – Isso! Muito bem, Camus, continue a escrever!

Camus – Não vou escrever nada!

Shaka – Escreva, a gente te ajuda.

Camus – Até tu, Shaka??

Mu – Ajuda não, Shaka. Pode ser que você escreva bem e o público não durma.

Dohko – Conheço a história de um jovem poeta que...

Cavaleiros – CALE A BOCA!

Os cavaleiros entram no carro e vão rumo a algum lugar...

C.O.N.T.I.N.U.A...


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Notas finais do capítulo

Obs.: A música é cantável, ela tem um ritmo!



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