Naquela Noite II escrita por Talita Sagittarius


Capítulo 1
O Contador de Histórias


Notas iniciais do capítulo

N.A.: Quando a fala estiver entre # # é porque o personagem está pensando. E quando estiver () depois do nome, é porque está sussurrando.



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 Atena e seus cavaleiros haviam derrotado Hades e voltado todos estropiados para o santuário. Como Seiya, o cavaleiro preferido da Saori tinha morrido, Atena resolveu ressuscita-lo. Indignados por somente Seiya ter sido revivido, os cavaleiros que estavam no inferno iniciaram um protesto, que assombrava Saori nos seus mais profundos sonhos. Cansada de ter cavaleiros puxando seu pé toda noite, a deusa decidiu ressuscitar todos os cavaleiros que tinham morrido, e o santuário assim voltou a ter mais vida. Dohko, para economizar energia, voltou à sua forma anã e roxa.

Um mês depois de Atena ter ressuscitado os cavaleiros...

... Estes estavam em uma das cansativas reuniões com a deusa. A única coisa que queriam é voltar para sua casa e dormir. Sonhar que estavam em um paraíso sem Atena. Mas a realidade era bastante diferente.

Saori – AFRODITE, VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO?

Afrodite – Ein? Tô, claro! – Respondeu assustado, escondendo o estojo de maquiagem que estava usando.

Saori – O que eu falei então?

Afrodite – Er... Que a reunião acabou? – Disse esperançoso.

Saori – Sim, e que hoje dou permissão para tirarem a noite de folga e saírem do santuário.

Máscara da morte – Cagão. Aposto que se jogar na loteria você ganha...

Afrodite – Nossa, essa foi por pouco mesmo...

Saori – VOCÊS ESTÃO PRESTANDO ATENÇÃO NO QUE EU TO FALANDO?

Mu – Claro, Saori. Você é a deusa.

Saori – Pois bem, então não percam tempo. Podem ir.

Shaka – Obrigado por liberar a gente para dormir mais cedo hoje. Vou aproveitar o tempo livre e rezar pela alma de Máscara da morte pra que ele deixe de ser macumbeiro.

Máscara da morte – Não se atreva a rezar pela minha alma! Sempre que faz isso eu não consigo dormir!

Aldebaran – Vai dar tempo de ver o finalzinho da novela das oito hoje.

Saga – E o Kanon vai aproveitar o tempo livre e tirar as porcarias dele que está lá em casa.

Kanon – Não! Saori, o certo é eu morar com meu irmão, não é?! Pois ele está me expulsando de casa.

Saori – Vocês entenderam o que eu disse?

Saga – Sobre o Kanon ficar lá em casa?

Saori – Não!

Miro – Ah, gente! Ela falou que a reunião acabou mais cedo hoje. Vamos embora.

Saori – EU DISSE PARA VOCÊS APROVEITAREM A NOITE DE HOJE E SAÍREM DO SANTUÁRIO PRA PASSEAR!

Cavaleiros estão pasmos.

Shura – Eu tinha ouvido isso, mas pensei que era alucinação.

Camus – É, eu também. Pensei que o clima quente da Grécia estava fritando meus neurônios.

Miro – Beleza! Valeu, Saori! Eu quero mesmo dar umas voltas por aí!

Saori – Que bom, Miro!

Shaka – Pois eu vou ao templo budista rezar pela alma perturbada do Máscara da Morte.

Saori – Isso mesmo, Shaka!

Máscara da Morte – E eu vou ficar na minha casa fazendo vodu para o loirão.

Saori – NÃO VAI NÃO! Eu disse SAIR DO SANTUÁRIO. Vá fazer vodu no túmulo do meu avô, mas no santuário ninguém fica.

Máscara da morte – Grande ideia! No túmulo do seu avô! Que honra! – Olhos brilhando de emoção.

Saga – Saori, o Kanon pendura as cuecas dele no banheiro. Eu quero que ele vá embora da minha casa.

Kanon – Não eram minhas cuecas. Eram as suas.

Saga – Saori, o Kanon usou as MINHAS cuecas e pendurou as MINHAS cuecas no banheiro.

Saori – Resolvam o assunto das cuecas fora do santuário. Agora eu vou fazer uma limpa aqui.

Camus – Ah, conta outra. Vai dizer que você sabe limpar alguma coisa?

Mu – Saori, estou com sono. Pode fazer a sua limpeza sossegada, porque eu vou dormir e não vou incomodar ninguém.

Saori – Sua presença me perturba. O fato de você respirar o ar presente no meu santuário já é um incômodo. Entendeu, porque não quero ninguém aqui esta noite?

Aioros – Na verdade, não. O que você vai ficar fazendo aqui com o santuário vazio?

Saori – Sabe, o ar aqui está muito carregado. Vou usar meus poderes de deusa maravilhosa e purificar o santuário.

Aioria – Nossa, que deusa maravilhosa nós temos! – Disse irônico.

Dohko – Fico tão feliz que se preocupe tanto com a gente – Olhos cheios de lágrimas.

Saori – É, isso aí. Agora podem ir. E não se atrevam a voltar antes das seis da manhã.

Shaka – Eu não sei não, mas sinto como se esse momento já tivesse acontecido comigo antes...

Afrodite – É porque aconteceu, querido! Lembra da nossa sessãozinha íntima no cinema?

Shaka – Não!

Shaka se lembra dos traumas que passou na única noite de folga que teve na vida, e teme em ter que passar tudo de novo.

Os cavaleiros começam a descer as escadas e se reúnem na casa de Miro.

O cavaleiro de escorpião sorria animado.

Miro – Eu pensei que momentos como este, nunca fossem acontecer... De novo!

Shaka – Temos muito azar...

Shura – Azar? Shaka, aquela noite foi demais!

Shaka – Hum!

Aioros – Que noite?

Aioria – Uma noite de folga que o Ares deu pra gente quando usava o corpo dele. – Aponta para Saga.

Miro – Foi a única coisa boa que Ares fez pra nós. Sem contar, é claro, o dia que tentou matar Atena. – Olha feio para Aioros.

Aioros – Não me olhem assim! Eu já pedi desculpas. Já disse que não salvarei Atena novamente.

Camus – Você é o traidor do santuário, Aioros. Traiu todos os cavaleiros e isso foi e sempre será imperdoável.

Aioria – Parem com isso. Aquele dia em que meu irmão salvou Atena, ele estava bêbado. A gente faz burradas quando está bêbado. Perdoem-no.

Shaka – Está perdoado. Espero que Buda também o perdoe.

Miro – Bem... Aproveitando que temos a noite toda de folga, onde vamos? – Perguntou animado.

Afrodite – Boate! Ai, que saudade daquela boate!

Dohko – Eu nunca fui em uma boate quando era jovem...

Máscara da morte – Natural! Dinossauros não frequentavam boates.

Dohko – Eu não sou tão velho assim!

Máscara da morte – Não, né?! Você vai completar três séculos este ano ou já completou ano passado?

Dohko – Para sua informação, eu só tenho 243 anos. Ainda falta muito para completar três séculos e... Er... Isso não vem ao caso. Quero ir na boate e pronto!

Afrodite – Ai, que emoção! Vamos voltar naquela boate!

Aioros – Boate! – Sorriu aprovando a ideia.

Mu – De jeito nenhum! Eu ainda tenho pesadelos quando lembro daqueles travecos tentando me agarrar.

Aioros – Travecos?

Saga – Olha só... Eu dei a noite de folga para vocês e vocês foram em uma boate dançar com os amigos do Afrodite? Huahuahuahuahua

Afrodite – Sim!

Shura – Não!

Aldebaran – Foi culpa do Miro.

Miro – Não! Eu não sabia que era uma boate gay!

Afrodite – Uma boate linda!

Aioros – Eu prefiro ir comer uma pizza. Não gostei dessa tal boate...

Dohko – Er... Se vocês gostam de boates gays, bem... Cada um tem um gosto, mas estou fora.

Kanon – Eu fui convidado para uma festa. Eu não ia, porque estava com medo de sair de casa e Saga jogar minhas coisas na rua, mas já que temos que sair mesmo, acho que seria divertido.

Camus – Odeio festas...

Máscara da Morte – Eu gosto de festas de Halloween!

Aldebaran – Estamos no meio do ano. Halloween é só no fim de outubro.

Miro – Eu aprovo a ideia do Kanon.

Shura – Eu também.

Shaka – Eu prefiro ir no...

Afrodite – Não vamos a templos budistas.

Shaka – Eu iria dizer que prefiro ir no drive-in.

Afrodite – Ai, eu também, Shaka, querido! – Disse agarrando o braço de Shaka e se esfregando nele – Deixa eles pra lá e vamos no drive-in!

Shaka – Mudei de ideia – Empurrando Afrodite – Acho que vou gostar mais da festa.

Miro – Então estão todos de acordo em ir à festa que o Kanon arrumou?

Todos – Sim!

Miro – Ótimo. Vamos descer e ver se o carro da Saori está lá para... Bem... Pegarmos emprestado.

Mu – Acha uma boa ideia? Ela ficou puta demais quando encontrou o carro todo arrebentado e sem gasolina lá perto daquele clube aquático que o Shura levou a gente.

Camus – Mas ela não descobriu que fomos nós.

Shura – Até o Camus está de acordo. Vamos lá pegar o carro.

Os cavaleiros começam a descer as escadas das doze casas.

Saga – Estou sentindo uma sensação esquisita...

Kanon – Normal. Você tomou banho hoje. Para quem não está acostumado, é estranho mesmo.

Saga – Não, imbecil... É uma sensação muito... Estranha dentro de mim... A minha cabeça está estranha.

Aioria – Não... Ela sempre foi grande mesmo.

Kanon – A cabeça dele é perfeita. Não ouse criticar a aparência de meu irmão!

Aioros – Deve ser o entusiasmo de ganharmos uma noite de folga. Eu ainda estou custando a acreditar. Vou guardar este momento para sempre!

Saga – Estou sentindo uma sensação familiar...

Miro – É. Acabamos de chegar na casa de gêmeos.

Saga – Não era isso, mas... Esperem um pouco. – Saga vai correndo para dentro de casa e volta rapidamente.

Kanon – Não acredito...

Saga – Tinha esquecido o Pom Pom. – Mostra o pato amarelo.

Aioros – Podemos ir agora? Estamos perdendo o precioso tempo de uma noite que duvido que vá se repetir.

Saga – Sim... E o teu pato, Kanon?

Kanon – Prefiro deixar Pimpão em casa, longe da violência e poluição das ruas.

Dohko – Que meigo, mas agora estou com pressa.

Shura – Essa voz me é familiar...

Dohko da um chute na canela de Shura, e este olha para baixo.

Shura – Ai! Oh, você está aí!

Dohko – Imbecil! Não se fazem mais cavaleiros como antigamente...

Saga - # Continuo com uma sensação estranhamente familiar... Ai que vontade matar Atena... O QUÊ? Não... Eu não posso ter pensado isso. Que horror!#

= Entrada do Santuário =

Miro – Como eu imaginava! Olhem lá a limusine preta da Saori!

Aioros – Vamos arrombar o carro?

Shura – Nem precisa. O mordomo é uma toupeira. Sempre deixa a porta destrancada e a chave dentro.

Mu tenta abrir a porta do carro, mas não consegue.

Mu – Desta vez ele trancou.

Miro gruda a cara no vidro e olha dentro do carro.

Miro – Mas a chave está lá dentro...

Dohko – As pessoas aprendem um pouco com seus erros. Tem uma história de um velho mercador, que...

Todos – NÃO QUEREMOS SABER.

Dohko – Hunf! Vocês não são bons como Shiryu. Ele sempre escuta minhas histórias.

Máscara da morte – Por interesse. Se não escutasse, não ganharia a armadura.

Dohko – Isso não tem nada haver.

Máscara da morte – Não tem nada haver? O que aconteceu com o outro garoto que treinava junto com Shiryu?

Dohko – O Okko?

Máscara da morte – Sim. Ele não tinha paciência de escutar suas histórias e você se recusou a continuar a treina-lo.

Mu – Isso é verdade?

Dohko – Sim, mas...

Máscara da morte – Nada de “mas”. O fato é que só ganharia a armadura de dragão quem tivesse mais paciência. E o Shiryu é um nojento igual o velho...

Dohko – Você me respeita, moleque!

Máscara da morte – Ah, cale essa boca! O que você pode fazer? Vai tentar me matar com sua bengala? Cuidado para não confundir a bengala com o sabre de luz, seu clone do Mestre Yoda!

Camus – Dohko não é um clone do mestre Yoda!

Dohko – Obrigado, Camus!

Camus – O mestre Yoda é verde e o Dohko é roxo.

Máscara da morte – Bem observado...

Kanon – Vocês aí! Da para pararem de discutir e ajudarem a arrombar a porta do carro?

= Templo de Atena =

Saori – Agora que esses inúteis estão fora do santuário, posso colocar em prática meu plano para ficar trilionária.

Tatsumi – Logo os compradores irão aparecer.

Saori – Ótimo!

Tatsumi – Você não acha que os cavaleiros vão ficar com raiva quando souber que você vendeu a casa deles?

Saori – Acho que não, eles me amam de qualquer jeito. E isso não importa. O importante é que essa vai ser uma vila famosa, e com o dinheiro eu vou investir na minha carreira de cantora.

Tatsumi – Vai o que?

Saori – Investir na minha carreira de cantora pop star. Nunca me ouviu cantando, Tatsumi?

### Flash Back ###

= Mansão Kido =

Saori estava tomando banho e Tatsumi aproveitando o tempo para ver televisão sentado na cadeira luxuosa de Saori, que se sonhasse que ele estava sentando nela, o mataria.

De repente a televisão começa a pifar. A tela trinca e começa a sair fumacinha. Os vidros que tinham na casa explodem e Tatsumi apavorado, se esconde em baixo do tapete.

Tatsumi – A senhorita Saori deve ter instalado câmeras ocultas e visto o que eu estava fazendo... Piedade, senhorita. Me perdoe!

Ao ver que Saori não estava perto dele, Tatsumi se levanta e vai até o banheiro onde a deusa tomava banho, para saber se ela estava bem.

Ao se aproximar do banheiro, ouve um som agudo, estridente e infernal, que cantava:

Saori – Lua de cristal... Que me faz sonhar... Faz de mim estrela, que eu já sei sambaaar... Lua de cristal...

Os vidros continuavam explodindo. Assustado, Tatsumi bate na porta. Saori para de cantar e os vidros param de quebrar.

Saori – O que foi? Não posso nem tomar banho sossegada!

Tatsumi – Nada, senhorita. Só queria saber se está tudo bem com você.

Saori – Tô ótima. Agora me deixa em paz!

Saori continua cantando e os vidros se quebrando. Duas horas depois, Saori sai do banho e vê a casa destruída.

Saori – MORDOMO VAGABUNDO! DESTRUIU MINHA CASA!

Depois de apanhar, Tatsumi assinou um contrato em que iria trabalhar de graça para Saori durante 12 anos.

### FIM DO FLASHBACK ###

Tatsumi – Não, senhorita... Nunca ouvi você cantando.

Saori – Então vou cantar para você ficar maravilhado com minha voz.

Tatsumi – NÃO, SENHORITA!

Saori – Tatsumi... Você está se recusando a me ouvir cantar? Está insinuando que tenho voz de taquara rachada?

Tatsumi – Nunca! Acontece que... É que... Eu sou só um mordomo e não sou digno de ouvir sua... Er... Belíssima voz de deusa.

Saori – É verdade. Vá esfregar o chão.

Tatsumi – Sim, senhorita.

= Entrada do Santuário =

Aioria – Acho que precisa de um pau maior.

Afrodite – Tem o meu.

Miro – Afrodite... Estamos falando de um pedaço de madeira que estamos usando para arrombar o carro.

Afrodite – Eu também, seus maldosos! – Mostra um pedacinho de madeira, um pouco maior do que o que Miro estava usando no carro.

Miro pega a madeira das mãos de Afrodite e enfia no lugar que coloca a chave.

Miro – Não da... Tem que ser maior ainda.

Afrodite – Tem o do Shaka.

Shaka – An?

Miro – Me da aí, Shaka.

Shaka – Eu o que?

Afrodite – Da pra ele, Shaka! Olha, ele está pedindo. Você vai negar? Então pede para mim, Miro. Eu dou pra você com o maior prazer.

Miro – Traveco desgraçado.

Dohko – Calma. Não devemos chamar os homossexuais de traveco. É feio dizer isso. E ser trave... digo, ser homossexual, é a opção de cada um. E traveco seria um travestir que é um homem que se veste de mulher e...

Aioros – Cala a boca, Dohko. O fato de estarmos aqui perdendo nosso tempo com esse carro está me estressando.

Saga estava olhando um barranco que tinha perto da entrada do santuário.

Dohko – Aioros, você precisa ser mais paciente. Eu sei que não é sua culpa, afinal a impaciência é um mal do signo de sagitário, mas você pode dominar isso. Eu sei que você pode...

Saga () - Ai que vontade tacar esse velho nesse barranco...

Kanon – Boa ideia! Eu arrasto ele até aqui e você joga.

Saga – Ein? O que? No que eu estava pensando... Droga! Odeio esses pensamentos que tem surgido de repente em minha mente...

Kanon – Você não estava falando comigo?

Saga – Não. Eu apenas pensei alto.

Kanon – Maldito... Estava planejando tacar o velho no barranco e nem ia contar para mim...

Miro – Consegui!

A porta do carro abre e ressoa um barulho ensurdecedor. Era o alarme.

Aioros – O que é isso?

Aioria – Isso se chama alarme. Foi inventado depois que você morreu. É para evitar que roubem o carro.

Aioros – Mas você não avisou para o carro que a gente só ia pegar emprestado?

Aioros vai até o carro e começa a falar com a limusine.

Aioros – Não grita não, eu juro que não vamos roubar você! – Dando leves tapinhas no capô, em um jeito de quem está consolando.

= Templo de Atena =

Tatsumi entra em pânico.

Tatsumi – Oh, céus! A Saori voltou a cantar!

Saori – Tatsumi!

Tatsumi – Oh, senhorita, por favor, pare!

Saori – O que está dizendo, sua anta? Não está escutando o alarme? Estão roubando meu carro.

Tatsumi sorri aliviado.

Tatsumi – Então era isso...

Saori – NÃO FICA AÍ PARADO! VAMOS ATÉ LÁ! CORRA!

Saori e Tatsumi começam a descer as doze casas correndo.

Entrada do Santuário

Máscara da Morte – Aioros, seu burro! O carro não vai entender você!

Aioros – E você ele entende?

Máscara da morte – Saia daí!

Máscara da morte começa a dançar em volta do carro.

Mu – O que ele está fazendo? Macumba?

Aioria – É o que parece. Mas o carro não vai parar de gritar com a macumba dele.

Shaka – Saiam da frente. Eu vou resolver o problema.

Todos se afastam e Shaka entra no carro e começa e encarar (de olhos fechados) pacientemente o painel perto do volante.

= Casa de Capricórnio =

Saori – EU PEGO VOCÊ, LADRÃO MISERÁVEL! CORRA, TATSUMI! PARECE UM CABRITO!

= Casa de Libra =

Jabu estava sentado da porta da casa de Libra e conversava com seu jegue, que estava sentado ao seu lado.

Jabu – Sabe, Tony, a vida está difícil... O santuário é o lugar onde os cavaleiros devem ficar, mas estou pensando em me mudar para o Havaí. O que você acha? Tem lindas mulas lá, acho que você vai gostar.

= Entrada do Santuário =

Shaka ainda fitava o painel do carro com cara de quem sabia o que estava fazendo, mas na verdade não sabia nem distinguir o volante do freio de mão.

= Casa de libra =

Jabu – Tudo bem se prefere as cabritas... As cabritas havaianas também são muito bonitas.

Saori – Merda.

Jabu – Oh! Veja quem chegou, Tony! É a Senhorita Saori! O que faz aí espatifada no chão, senhorita?

Saori – EU CAÍ, NÃO ESTÁ VENDO?

Tatsumi – Oh, senhorita! Tudo bem? A senhorita se machucou?

Saori – É CEGO? NÃO ESTÁ VENDO QUE ESTOU BEM?

Tatsumi – É que a senhorita veio rolando desde a casa de Sagitário, então pensei que...

Saori – NÃO PENSOU NADA. VOCÊ NÃO PENSA. AGORA CORRE, QUE ESTÃO ROUBANDO MEU CARRO!

Saori encara o jegue. O jegue encara a Saori.

Jabu – O que foi, Tony?

O jegue sai correndo.

Saori – JEGUE MALDITO, VOLTA AQUI! SE EU MONTAR EM VOCÊ VOU CHEGAR MAIS RÁPIDO!

Saori, Jabu e Tatsumi correm atrás do jegue, que descia desesperado as doze casas.

= Entrada do santuário =

Saga () – Vou acabar socando a cara de trouxa do Shaka, se ele não fizer esse carro se calar...

Kanon – Eu ajudo!

Saga – O que?

Kanon – Ah, vai dizer que estava planejando socar o Shaka e nem ia me contar! Você é egoísta!

Saga - # Outra vez falei algo que me veio em mente de repente. Não sei o que está acontecendo comigo...#

Máscara da morte – Se não vai fazer o alarme parar, eu vou voltar com a minha macumba que é muito mais eficiente.

Dohko – Shaka, se você não consegue, tudo bem. Uma vez, há muito tempo, um fazendeiro tentou fazer crescer um pé de dinheiro. Mas como o...

Shaka – CALEM-SE TODOS, SEUS MISERÁVEIS! QUE O CARRO PARE DE GRITAR E O DOHKO FIQUE MUDO.

Shaka abre os olhos e uma parte do painel do carro se arrebenta, fazendo o alarme estragar.

Aldebaran – Ele conseguiu! O alarme desligou!

Aioros começa a chorar.

Aioros – Snif... A única noite de folga que eu tenho na vida e agora o Shaka destrói o carro e não vou nem poder ir na festinha... Buaaaaaaaaa...

Máscara da morte – Mas o Dohko se calou!

Dohko – Eu não fiquei mudo. Aliás, tacar praga nas pessoas é uma coisa muito feia, Shaka. Isso me lembra de uma história em que um homem avarento amaldiçoou o vizinho porque...

O cabelo de Saga começa a mudar de cor e seus olhos ficam vermelhos.

Afrodite – Saga, eu disse que essa tinta de cabelo era vagabunda. Só porque passou um ventinho ela já está saindo.

Kanon – Meu irmão não pinta o cabelo!

Camus – Saga, seus olhos estão irritados. Se não tem colírio, use óculos escuros.

Aioria – Não chore, irmão... A gente vai dar um jeito...

Aioros – Mas... O Shaka... O carro... BUAAAAAAAAAA...

Dohko - ... E o vizinho comeu o alface da horta do outro, então o dono do alface tacou uma praga no vizinho...

Shura chuta Dohko despistadamente.

Shura – Oh, perdão! Você estava aí!

Dohko – Cretino!

Saga volta ao normal.

Kanon – Viu? O cabelo dele é azul. Ele não pinta, entendeu?

Afrodite – Ta, eu já entendi... Credo!

Miro consegue ligar o carro. Aioros para de chorar e se joga dentro da limusine.

Aldebaran – Vamos entrar logo, porque ainda temos a noite inteira pela frente.

Os cavaleiros começam a entrar no carro. Kanon dirige e Saga vai do lado. A limusine estava bem apertada por causa da quantidade de cavaleiros.

Kanon da a partida e começa a sair do santuário.

= Casa de Áries =

Saori – OLHA LÁ MEU CARRO INDO EMBORA! PARE OS LADRÕES, TATSUMI!

Tatsumi – Ei! Devolvam o carro!

Saori – PEGA ELES, TATSUMI!

Jabu – Cadê o Tony? Ele sumiu!

Aioria – Pare o carro! Estamos esquecendo o Mu!

Mu – Estou aqui.

Aioria – Então o que é aquela coisa de cabelo roxo na casa de Áries?

Camus – É a Saori!

Mu – Não falo mais com você, Aioria. Me confundiu com a Saori... – Mu estava profundamente ofendido.

Aioria – Desculpe, é que eu olhei só para o cabelo.

Mu – Meu cabelo é muito melhor do que o dela! Imperdoável...

Kanon acelera o carro se afastando do santuário.

Afrodite – Ai, isso aqui está apertadinho do jeito que eu gosto...

Shura – Alguém podia ir no porta malas para sobrar mais espaço aqui...

Máscara da morte – Vai você.

Shura – Eu não. Vai você, que é fedido.

Máscara da morte – Eu não. Então que vá quem está do meu lado.

Shura – Só se for do seu lado esquerdo, porque estou à sua direita.

Silêncio.

Aioros – Quem está do seu lado esquerdo?

Máscara da morte – É o Camus.

Camus – Não, pois estou ao lado do Miro e do Aioria.

Máscara da morte – Está tudo escuro aqui. Onde acende a luz?

Mu – No teto. Vou acender.

Aioros – Ô criatura que está do lado do Máscara da morte... Identifique-se!

Silêncio.

Mu acende a luz e todos veem que era Tony, o jegue do Jabu.

Máscara da morte – Cara... Da onde saiu esse jegue?

Camus – Você me confundiu com um jegue!

Saga – É o jegue do Jabu.

Kanon – Oh, vocês se conhecem?

Saga – Sim.

Afrodite – Ai, tira esse animal daqui!

Máscara da morte – Que isso! Deixa ele passear com a gente. Qual o teu nome?

O jegue da um sorrisinho.

Mu – Está escrito “Tony El Matador” na coleira.

Máscara da morte – Ae, Tony! O que faz aqui? Também ganhou uma noite de folga da Saori? Ein? Ein?

Miro – Ele não vai responder...

Máscara da morte – Não importa. Mas conta aí, Tony... O que tem feito ultimamente?

Máscara da morte continuava conversando com o jegue, e Dohko murmurava algo pra si mesmo.

Aldebaran – O que foi, velho?

Dohko – Que pecado... Roubamos o carro da deusa Atena... Isso me lembra de um príncipe que roubou um anel para...

Os cavaleiros prendem Dohko no porta malas e seguem rumo à festa que o Kanon foi convidado.

C.O.N.T.I.N.U.A...


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