“Querido diário, hoje Cebola e eu completamos três meses de namoro. Eu sei que não parece muita coisa, mas pra mim significa muito.

Estou muito feliz, por finalmente estarmos bem, sem discussões, brigas, inseguranças... Somos um casal perfeito agora... Ou quase. Rsrs.

Adivinha só, meu pai esta voltando da viagem de negócios. Levou 7 meses. Estou morrendo de saudade dele. Quero só ver quando ele descobrir que Cebola e eu estamos namorando. Acho que o Cebola vai ter grandes problemas, ou meu pai vai ter um ataque de nervos.

Magali e Quim voltaram ao normal, eles só brigam um pouco mais agora, mas aquele clima tenso já se foi. O que me preocupa é o Cascão. Não o vejo há muito tempo, ele não é mais como antes... Ele ta parecendo um EMO{N/AS: nada contra os EMOS do mundo}. Não sei o que acontece com ele... O Cebola sabe, mas não quer me dizer, e eu também não vou insistir, é assunto deles, bom e....

    Sou interrompida pelo despertador avisando que esta na hora de acordar. Bom, porque eu estava acordada antes da hora? A resposta é bem simples, estava conversando com o Cebola no MSN!!Sei que eu devia estar dormindo, mas estava sem sono, e o papo estava boom! Vou mostrar um pouco de minha conversa:

Monicas2: oi Cê!! Tudo beem?

Cebola. : Oi linda. Sim, como você esta?

Monicas2: ÓTIMAA, incrível, ainda mais porque estou falando com você! ;D

Cebola. : Fico feliz, mas enfim, o que faz acordada há essas horas?

Monicas2: Oras, só queria ver se tinha alguém online sabe... E nem é tão tarde assim...

Cebola. : Já é meia-noite...   :s

Monicas2: O.O... Nossa, nem percebii... hihi...

Cebola. : Monica é sério, o que houve?

Monicas2: Bom sabe, meu pai esta voltando de viagem, e estou....

Cebola. : Ansiosa pela sua chegada?

Monicas2: Também, mas não é so isso... Estou preocupada do que ele vai achar de nos ver namorando!!!

Cebola. : Nem fique assim, ele vai me aceitar se é isso que pensa... Ele me conhece faz tempo e...

Monicas2: Mas ele nunca gostou que eu comentasse em NAMOROO, esse souber que namoro o meu melhor amigo... Vai ter um troço.

Cebola. : Hey... É... Agora que você falou, posso ficar com medo! Mas ainda acho que vai me aceitar... E se não me aceitar vai nos fazer terminar? ISSO NUNCA!

Monicas2: HSUAD’ confio em você... Kiss *--*

Cebola. : ;D

     “Bom, como conversamos muito, so coloquei o começo, mas pra um diário esta ótimo” – Fechei meu diário e fui me arrumar para a escola.... Meu primeiro dia no ultimo ano... Nem posso imaginar!!!

      NARRADOR                                                                                                                                                                                                                          

      Monica se levanta e vai ao banheiro, toma banho, faz sua higiene pessoal, troca de roupa, na qual esta sempre de saia, e desce para tomar café.

-Bom dia mãe! – Diz Monica sorridente.

-Bom dia Mô, dormiu bem? – diz a mãe sem nem ao menos se virar.

-si-sim mãe, dormi muito bem! – Começou a ficar nervosa.

-Jura, então por que a luz do seu quarto ficou acesa quase a noite inteira?? – indagou a mãe. Seus olhos não tinham ódio, mas sim, duvida...

-“como ela descobriu? Tomei tanta cautela!” Bo-bom mãe, eu estava falando com o Cebola e....

-Sabia que aquele menino era má influencia, desde que conversei com a mãe dele, soube que não era flor que se cheire – Começou a ficar irritada.

-Mãe, se acalme, eu conversei com ele porque eu quis... Entrei e por coincidência ele estava online... – Levantou-se da mesa, pegou uma torrada, e foi em direção a porta!

-Monica, volte aqui, MONICAAAAA!

Monica

    Só conseguia ouvir os gritos de minha mãe ao longe. Tentaria acalmá-la mais tarde...  Só conseguia pensar agora no meu pai, no Cebola, e no meu ultimo ano!!

Cheguei à escola e fui ao mural pra ver em que sala eu estava. Por sorte caí na mesma sala que o Cê, a Magá e o Cas. Mas infelizmente era a sala Da Carmem, Denise, Irene.

Fui direto pra minha sala, que era o TERCEIRO D. Quando cheguei lá já tinha papéis voando e um monte de gente conversando.

Era aula do professor Rubens, eu sabia que a Magali ia ficar vidrada nele. Quando o Cê me viu, ele veio me beijar, e eu vi que isso provocou o aborrecimento de algumas pessoas: Tony, Carmem, Irene, e DC.

De todos eles, o DC era o que mais me preocupava, eu já tinha magoado tanto ele, não queria continuar magoando. Mas o que podia fazer? Dizer pro Cebola ficar longe? É claro que não. O DC ia superar... Ainda parecia que ele tinha raiva de mim. Porem o Maximo que eu podia fazer é tentar ignorar os olhares. Fui me sentar ao lado do Cebola, e atrás da Magá, na qual estava vidrada no professor que acabara de entrar.

-Muito bem alunos, para quem não me conhece, sou Rubens, professor de ciências. Bem vindos a mais um ano aqui na Escola do Limoeiro. Espero que todos se dêem bem aqui... Prometo tentar passar todos! – Podiam-se ouvir risos pela sala... Mas espero que ele possa me passar!

   A aula foi tranqüila, fiquei passando mensagens com o Cebola, O povinho do fundo não parava de conversar e magá nem piscava.  Só faltava uma pessoa, Cascão. O procurei pela sala inteira, mas nem sinal. O que será que aconteceu?

Quando a aula acabou, resolvi ligar pro Cascão pra ver o que tinha acontecido com ele, mas caiu na caixa postal. Achei isso muito estranho. Raramente ele não atendia ao telefone... Fiquei confusa, e o Cebola percebeu.

- O que houve Mô? – Cebola perguntou, preocupado.

- Cê, o que esta acontecendo com o Cas? Ele não veio no primeiro dia de aula, não atende o celular... Estou preocupada.

- Mô... O que vou te contar agora é confidencial, você não pode nem pensar em falar pra Magali, ok?

- Ta bom Cê.

- O Cas ta ligadão na Magá, só que quando criou coragem pra falar, ela e o Quim já tinham voltado. Agora ele vive depressivo, nem comigo ele fala.

- Nós precisamos animá-lo Cê.

- Eu já tentei gata, mas acontece que ele não me ouve... Eu já desisti.

- Como assim Cebola? Ele é seu melhor amigo.

- Mas...

- Nada de mais, quando eu passei por essa fase, meus amigos nunca desistirão de mim, eu me sentia sozinha, mas nunca realmente estava. E tudo isso graças a Magá, o Cascão, e o resto da turma.

- Mas eu não sei o que eu faço Mô.

- Sei lá Cê, convença com ele, tenta persuadir... Talvez ele só precise de um pouco mais de insistência.

- Ta bom, depois da aula eu vou até a casa dele.

Ele me puxou pela cintura e me beijou... Será que algum dia meu coração iria parar de disparar toda vez que ele me beija? É eu acho que não.

O resto do dia foi tranqüilo... No intervalo não teve nada desse negócio de casais. Ficamos todos juntos rindo e se divertindo. Só faltou o Cas mesmo. Tomara que o Cebola consiga animá-lo.

NARRADOR.

Quando a aula terminou, Cebola acompanhou Mônica até sua casa, se despediram e Cebola foi pra casa do Cascão.

Quando chegou, a mãe dele atendeu a porta e disse que ele podia ir ao seu quarto.

- E ai cara – disse Cebola.

- Cebola?! O que você ta fazendo aqui?

- Isso é jeito de receber seu melhor amigo?

- Foi mal cara, é que ultimamente eu não tenho visto muitas pessoas.

- Cascão mano, você tem que sair dessa deprê e voltar pra escola.

- Mas e a Magá?

- Você não pode acabar sua vida porque a Magá ta namorando. Que droga cara, como vai ser daqui pra frente? Você vai largar os estudos e viver trancado nesse quarto?

- Vontade não me falta.

- Mas e a nossa amizade? Vai ser assim agora? Sem futebol, vídeo game e zueira?

- Não...

- AA vai Cascão, por favor, a Mô ta muito preocupada com você. Aliás, a galera toda está... Hoje ficaram perguntando de você no intervalo.

- Cebola, eu volto a ir à escola pra ficar aquela coisa tensa de casais? Você e a Mô, Magali e Quim, Marina e Franja...

- Nada ver Cas, nem rola esse negócio de casais no intervalo. É todo mundo agindo como amigo, nem parece que tem casais lá.

- Serio mesmo que não fica aquela mega melação?

- É sério mano. Olha Cascão, se eu não te vir na escola amanhã, vou te encher de soco. Promete que vai amanhã?

- Vou tentar.

- É isso aêe mano. – Cebola se despede de Cascão e vai embora.

MÔNICA

Depois que fiz minha lição de casa, liguei o computador pra ver se o Cebola tava online. Meu coração acelerava quando pensava no nome dele.

Ele esta online, e nem foi necessário chamá-lo, assim que entrei, ele abriu uma conversa comigo.

Cebola.: Oi linda. Eu fui falar com o Cas, ele ta zuado ainda, mas disse que vai fazer um esforço pra ir amanhã.

Mônicas2: Ai que bom Cê, tomara que ele vá mesmo.

Cebola.: É... e ai, seu pai já chegou?

Mônicas2: Ainda não, ele vai chegar daqui umas 4 horas. To muito nervosa Cê, nem a minha mãe sabe que estamos namorando.

Cebola.: Faz o seguinte, não fala nada hoje, amanhã antes da aula você fala, e depois da aula eu vou falar com seus pais. Pode ser?

Mônicas2: Own que lindo Cê, você vai falar com meus pais *-*. Claro que pode ser. Vai dar tudo certo, você vai ver.

Cebola.: É, tomara... Amor, eu tenho que sair pra fazer a lição de casa ¬¬’.  Beijos linda, até amanhã.

Mônicas2: Beijo Cê, até amanhã... Te amo.

Cebola.: Também te amo.

Ele saiu, sei lá, eu não vejo mais graça no MSN quando o Cê não esta online. Desliguei o computador e fui dormir um pouquinho.

Quando acordei vi que faltava apenas 30 minutos pro meu pai chegar. Levantei e fui tomar banho. Após o banho, coloquei uma roupa bem bonitinha e desci pra sala. Esta quase tendo um troço de tanta ansiedade, quando ouvi o barulho da porta. Fui correndo pra lá e vi meu pai. Meus olhos se encheram de lágrimas. Fazia tanto tempo que não o via.

- Papai!!! – gritei, emocionada.

- Mônica minha filhinha, como você ta linda. – ele caminhou até mim e me abraçou. Eu estava tão feliz, aliás, me sentia a menina mais feliz do mundo.

- Ai papai, quase morri de saudades de você.

- Eu também filha, como você ta diferente.

Continuamos conversando ali, parados na entrada da casa. Achei muito estranho, mamãe estar parada e calada... Nem um beijo, abraço... Nem ao menos ‘oi’.

Papai foi quem tomou a iniciativa.

- Oi querida. – E abraçou-a.

- Oi Sousa...

- Senti sua falta também.

- E eu a sua.

Eles começaram a conversar, estavam estranhos, então resolvi dar um tempo a eles, subi pro meu quarto e deixei-os conversando.

Bom, o Cebola não estaria online, já fiz meu dever de casa, tomei banho... Era melhor eu voltar a dormir.

Acordei assustada com o som do despertador. Levantei, fiz minha higiene, me arrumei e desci pro café da manhã, sabendo que teria que conversar com meus pais sobre meu namoro.

- Bom dia Papai, bom dia mamãe.

- Bom dia Mônica. – responderam os dois, em coro.

Sentei-me. Meu coração estava disparado, minhas mãos suavam e tremiam. Eu tinha que falar.

- Pai, mãe, eu preciso conversar com vocês. – Disse, com a voz fraca.

- Fale filha. – Disse papai, enquanto mamãe se virava pra me olhar.

- Bom, espero que vocês tenham mente aberta e lembrem que daqui 2 meses eu completo 17 anos e....

- Dá pra dizer sem rodeios filha? – Disse minha mãe, impaciente.

- OK... É que...Bom... AAA. Cebola e eu estamos namorando.

- O que? Desde quando? – Perguntou minha mãe, surpresa.

- Já faz 3 meses mãe.- Meu pai parecia irritado.

- Mônica, você me fala isso só agora? Quem esse garoto pensa que é pra namorar com você, sem a minha permissão?

-Mas mãe, é que...

- Já chega!!! – gritou meu pai, que até agora só tinha ficado calado. – Mônica, pega sua mochila e vai pra escola. Depois que você chegar falamos sobre isso.

- Sabe o que é pai... É que depois da aula, o Cebola vai vir aqui falar com vocês.

- E esse menino ainda tem a ousadia de vir aqui, eu te falei Mônica, falei que ele não era uma boa companhia, e mesmo assim você quis namorar ele.

- Eu disse chega Luisa. – Disse meu pai, nervoso. – Então falamos depois da aula.

- Ta bom pai. Tchau.

Subi e peguei minha mochila, quando passei pela cozinha pra ir embora, eles ainda estavam calados.

Quando cheguei à escola, Cebola estava me esperando, parecia apreensivo.

- E ai Mô? Como foi? O que eles disseram?

- Ai Cê, minha mãe não gostou nem um pouco, ela quase pulou na minha garganta.

- E o seu pai?

- Ele foi mais de boa, mas estava muito estranho... Ele disse que depois da aula agente conversa.

- Cara, aposto que vou trocar as letras na frente dele, ai ele vai ter certeza que eu não sirvo pra você.

- A relaxa Cê, nada ver... Eu sei que ele vai te aprovar.

ENQUANTO ISSO, NA CASA DA MÔNICA.

- Sabe Luisa, quando mande a Mônica pra casa do meu irmão, foi porque achei que nós éramos muito ausentes na vida dela e também pra ela receber melhores estudos. Meu irmão fez um ótimo trabalho... A Mônica morou 10 anos com ele e nunca teve um namorado... E nos sete meses que eu estive fora e nos 10 meses que ela já esta morando aqui de novo, você mostrou que não tem capacidade pra ser mãe. Ela esta namorando aquele menino idiota há três meses e você nem ao menos sabia.

- Cala a boca Sousa. Você também não é o melhor pai do mundo.

- O engraçado que ela deixou pra falar desse namoro justamente quando eu cheguei significa que ela confia o suficiente em mim pra não me escondei mais essa história.

- Quer saber? A conversa que tivemos antes de você ir viajar foi que, se depois de um tempo de sete meses, nós não conseguíssemos nos acertar, era melhor pedir o divorcio. E olha só, você chegou ontem e agente ta brigando, igual antes de você ir embora Sousa.

- É Luisa, você tem razão, não somos mais os mesmo de antes... Você não conseguiu cuidar da minha filha por 10 meses. E Além do mais, não encontramos mais a harmonia que tínhamos antes. Acho que é o melhor mesmo.

- É Sousa, não agüento mais viver brigando com você, isso vai prejudicar muito nossa filha.

- Vou dar entrada no divórcio, e eu quero a guarda da Mônica, até ela completar a maior idade.

- O que? Nunca, de jeito nenhum. Você afastou minha filha de mim por 10 anos, e agora ela já vai fazer 17 e com 18 ela vai embora de novo. Você não vai afastar minha filha de mim nesse mínimo tempo que sobra.

- Se for necessário, eu brigo na justiça.

- Você vai ter coragem de expor nossa filha a isso Sousa?

- Eu só não tenho coragem de deixar minha filha na sua responsabilidade.

      ESCOLA

   P.V Monica

         Já havia se passado quase metade do dia, e não consegui pensar em mais nada a não sei o meu pai e o Cebola. Estou com medo de que algo possa dar errado. Não consegui prestar atenção em nenhuma aula até agora... Espero que não tenham dado lição. Bateu o sinal do intervalo, fui direto ao jardim, sentir a brisa em meu rosto para poder acalmar. Olhava as pessoas passarem, algumas apressadas, outras despreocupadas. Já a maioria estava aproveitando o tempo para conversar no jardim, já que, alem do mais, é a primeira semana de aula... Rever velhos amigos e fazer novos, essa é a expectativa deste ano, um ano para ser lembrado, não só por nos, mas sim, Por aqueles que têm certeza de que queiram fazer deste ano o melhor.

     Olhei para a entrada da escola e vi o Cebola me procurando, não pude deixar de acenar.

-Hey Monica, tudo bem? – perguntou-me preocupado

-Sim, só estou pensativa... Como foi a sua aula?- tentando descontrair, sabia que éramos da mesma sala, mas estava tão avoada.

-BOA.

- Ah... E o Cas, veio pra escola hoje? –Estava nervosa, ele não parecia bem né?

-Veio, só que pelo visto não quer se entrosar. Mas, viu... é... eu.... – ele começou a ficar nervoso, mas não era sem motivo. E pensar que, daqui a pouco vai ter de encarar meus pais... Até eu to muito nervosa. – Acho que pode até ser que de certo mô, mas e se não der?? E se ele me odiar?? Ai to nelvoso!! – Ai meu Deus, ele já começou a trocar letras!

-Cê... Não se preocupe, vai dar tudo certo – assim ele me abraça, e ficamos assim por um tempo. “Espero que dê mesmo”.

         O sinal tocou. Tivemos que voltar a sala, ainda meio vazia... Sentei-me, a aula estava uma bagunça: papel pra cá, papel pra lá! Uma verdadeira baderna... Acho que era a única que olhava o professor... Mesmo não ouvindo nada!  Ficava fitando a lousa... Não parava de pensar: “aai, estou nervosa... meu pai acaba de voltar e já vai ter de enfrentar problemas... principalmente sobre assunto NAMORADO! AAAAAAAAAAAAH, to com vontade de gritar... eu juro que se nada der certo, vou fugir com o Cê, pra ir morar no circo! Só prec...”

-MÔNIIICAAAA! – ouvi um grito que veio atrás de mim, “quem foi o filho da mãe?”. Virei-me pra dar de cara com a Magá gritando no meu ouvido.

-Hã... Ah, oi Magá. Desculpa, não estava te ouvindo! –‘’ Quantas vezes será que ela me chamou?’’

-Mônica, acorda amiga, estou te chamando há horas! Mas, aconteceu alguma coisa? - Pude ver sou olhar preocupado, mas sabia que não estava em melhor estado que eu! Não quero preocupá-la.

-Nada de mais Magá... Consigo dar conta sozinha ok! – Ri forçadamente, não estava com animo.

-Ah, então ta bom! Vou até a padaria do Quim... Quer vir junto? Fizeram uma nova receita de pão e me pedirão para provar!

-Não Magá, valeu. Me pai acabou de chegar tenho que lhe fazer companhia. Mas obrigada mesmo assim! – Dessa vez pude ser mais verdadeira e... Ai to com fome sim, será que da tempo de pedir um lanche lá na padaria??

-Então esta bem! Beijo amiga, melhoras no sei lá o que!- A vi indo em direção a porta... O Quim a esperava lá...

- E então Monica, vamos?? – Cê me deu uma mão para eu me levantar, bom não pude recusar. Levantamos e fomos andando até minha casa.

     Andaram até chegar ao Bairro! Estava uma calmaria... Somente podia-se ver Cebola e Monica andando de Mãos dadas.

-Cê! Esta nervoso?? – O sentia tremer! Coitado deve ser uma experiência ruim para um garoto ter de pedir pro pai da menina o namoro!

-Nelvoso? Polque eu estalia nelvoso?? Mais calmo impossível!

– Você Não me engana Cê!

-Bom, chegamos... Você vai entrar agora ou na hora da janta??? – AIII, poderia ser na hora da janta né?

-Você vai sobreviver até lá?- OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOWN, ele se preocupa comigo! Que fofo.

-Vou tentar! – Dou-lhe um beijinho de despedida e entro em casa. Faço de tudo para que minha mãe, ou meu pai não me vejam... Tudo em vão!

-Mônica. – Chama-me a minha mãe! TO FERRADA!

-AAA, oi mãe, viu a gente pode conversar depois? Quero tomar um banho antes que o Cê... Chegue... - Falei Falha no final. Por que ela esta me olhado assim?- Mãe? Ta tudo bem? – Agora fiquei preocupada.

-Nada, vai tomar seu banho! –Ela se virou de costas pra mim e voltou à cozinha! – Bom, não parece que não aconteceu nada! Hm.

    Subi pra tomar meu banho... Pude tirar um peso dos meus ombros... Mas não por completo! Sai do banho, coloquei uma blusa azul com um babado bem fashion, uma jeans escura com um sapato preto de salto. Coloquei um brinco de argola, me maquiei, e desci para esperar o Cebola.

   Descendo as escadas pude ouvir vozes, mas nada agradáveis.

-Onde esta a Monica?Aquele moleque não para de encher. Toca, toca, troca a campainha não sabe esperar? – Minha mãe estava nervosa! E... Cebola, para com essa campainha, ta enchendo e... A já entendi! Continuei a descer.

-Mãe, o Cê chegou? – perguntei sem um porque, só queria assunto.

-O que você acha? AAHH porque eu fui por campainha! Ela abre a porta de onde sai Cebola... Estava despojado, mas bonito! Muito bonito.

-Oi Cê! – Vou até ele e o puxo.

-Oi Mô! – Ficamos na sala esperando meu pai chegar, o que não demorou muito... Ele sentou na poltrona, e olhava fixamente o Cebola!

-Bom-dia Luisa. Crianças. – CRIANÇAS, ONDE EU NÃO TO VENDO...

-Bom, meu jovem, se tem algo a me dizer, é agora! – AI QUE FRIOZINHO NA BARRIGA.

-É, seu Souza, é que eu é... Bom... É... – AAAAH, ELE TRAVOU DROGA! SE EU DER UM TAPA NELE SERA QUE VOLTA O DISCO?? – Ai, enfim, eu quero lhe pedir para poder namorar a monica e....

-Vocês já estão namorando... – AAAAAAAH, FUDEU.

-E-E-EU sei seu Souza, mas é que quelia saber se o senhor aplova eu e a mô namolando!! – CÊ PARA DE TROCAR LETRA, MEU PAI VAI TE ACHAR UM RETARDADOO!

-... –Meu pai não diz nada, FALA ALGUMA COISAAA, TO SURTANDOO... PAIÊ!

- Bom o que eu posso dizer em poucas palavras... SIM ou NÃO – desembucha velho!!!!!!!  *roendo as unhas*

- Monica... – droga ele me chamou.

-S-S-Sim pai! – droga, também gaguejei... Nervosismo é droga.

-Você sabe o que penso e a minha resposta não é? – Aah pai não desanima!

-Sei sim senhor.

-Então... Porque não repete em voz alta para seu colega que eu aprovei! – AAAAAAH MERDA EU TER DE DIZER AO CÊ NÃO...

- *SUSPIRO*, Na... – PERA UM POUCO O QUE ELE DISSE! MEU DEUS EU ESTOU SOHANDO OU EU MORRI E AQUI É O CÉU...

-siiim? Pera, eu ouvi direito?? – olhei pro Cê, ele estava boquiaberto, mesma reação da minha mãe.

- Ouviu siim, só tenho uma condição! –Sabia que estava bom demais para ser verdade.

- E qual é?