Lá embaixo, a coisa era um pouco mais complicada. - Porque você saiu bem quando eu estava falando com você, Daniel? – o loiro, Tom, o fitava com as mãos na cintura. Estava tendo um ataque bicha, diria eu.
- Dá pra parar, Thomas? – a frase, cheia de ironia, acertou em cheio o outro garoto.
- Por que você não pode ter uma conversa civilizada e séria? É muita informação pro seu cérebro? Fala Jones, você não é o foda que cata todas? Você não deve ser um bom partido quando fala. Você deve apenas aparecer com seus dentes brancos, e seu cabelo com chapinha, junto com seus olhos azuis, e elas já se derretem, não é? Sabe, tem gente que ta pouco se fudendo com você, e você lá dando brecha pras meninas que só querem teu corpo, assim como você só quer o corpo delas, por uma noite. E eu? Eu não significo nada? Você passa os dias comigo e faz juras de amor, e durante cada noite ta com uma menina diferente. Isso é o seu significado para amar? – o loiro já tinha lágrimas nos olhos, e o moreno, chamado de Danny, estava sem nenhuma reação. Talvez não esperasse que todas as verdades fossem jogadas em sua cara de uma só vez. Sim, ele amava o garoto na sua frente, só não sabia como lidar com a situação.

Eu e Harry estávamos ouvindo a gritaria do quarto. Resolvemos não interferir. Deitamos na cama. Eu me aconcheguei em seu peito, e ele passou a mão pelo meu corpo, dando um leve beijo em meus lábios.

- Nunca vamos brigar desse jeito, certo? - ele fazinha carinho em meu cabelo carinhosamente. - Mesmo se quisermos terminar, ou sei lá, vamos prometer ser sinceros um com o outro, né?
- Sim - respondi simples. Eu o amava, eu o idolatrava. Qual seria a vantagem de mentir para ele?
- Que bom. - Ele me deu um leve beijo na testa.

Aquele era, com certeza, o melhor dia da minha vida.