Edward estava sentado encarando a paisagem que passava pela janela de sua carruagem,enquanto estava imerso em seus pensamentos.

Ele finalmente voltava para casa após uma longa viagem para aprofundar seus conhecimentos e relacionamentos politicos através do país.

Ele saíra de casa quando tinha apenas 17 anos e deixara sua irmã e seu pai para trás.Desde aquele dia ele não pode se comunicar com nenhum deles através das cartas,pois seu endereço residencial era inconstante.

Edward estava preocupado de que seu pai não o aceitasse de volta depois de tudo o que ele havia feito.Abondonar a familia depois de 3 meses após a morte de sua mãe.

Enquanto estava mergulhado em seu passado e pensamentos,sentiu algo encostar em seu sapato.Ele olhou para o chão e viu um pequeno morango rolar de um lado para o outro no chão da carruagem.Edward se inclinou e pegou o morango entre os dedos examinando-o.

–Um morango?-ele se perguntou sussurrando-Mas como ele caiu da sacola?-Edward encarou a sacola a seu lado.

Ele olhou novamente para o morango em sua mão confuso,mas desistiu de entender como ele havia parado ali e o jogou pela janela.O pobre morango caiu na estrada sendo deixado para trás pelo caminho onde a carruagem havia passado.

A carruagem começava a se aproximar de uma mansão branca com detalhes em azul.A carruagem parou em frente a porta da mansão e Arthur,o mordomo da casa dos Lockheart,abriu a porta da cabine e Edward saltou.

–Obrigado,Arthur.-ele deu um meio sorriso.

–Irmão?-perguntou a voz de uma menininha.

–Elizabeth.-falou ele olhando para trás.

–Ed!-sai correndo na direção de Edward.

Elizabeth era uma menina de cabelos loiros longos e cacheados,sua pele era rosada e seu olhos eram azuis iguais ao céu.A menina tinha apenas 9 anos quando o irmão,Edward,partiu e acabara de comemorar seu 12º aniversário.

–Como voce cresceu.-disse ele com um sorriso ao abraçar Elizabeth.

–Eu senti tanto a sua falta Ed.-falou ela no braços do irmão-Pensei que voce nunca mais ia voltar.

–Mas eu voltei.-sussurrou ele para a irmã-E eu não vou mais te abandonar de novo.

–Que bom.-ela sorriu e apertou o irmão num abraço.

–Mas que confusão é essa Elizabeth!?-perguntou uma voz grossa que saia de dentro da casa.-Não é possivel...

Um senhor de cabelos grizalhos,olhos castanhos,pele clara e um pouco enrrugada nas covinhas onde seu sorriso se abria.Aquele senhor era John Lockheart,o pai de Edward e Elizabeth.

–Edward?É voce mesmo?-perguntou ele se aproximando vagarosamente de Edward e Elizabeth que estava em seu colo.

–Sim,meu pai.Sou eu.-respondeu ele colocando Elizabeth no chão.

–Oh!Meu filho!Meu filho voltou!-John exclamou com um sorriso enquanto ele corria com os braços abertos na direção do filho.

–É bom te ver pai.-disse Edward retribuindo o abraço.

–Vamos.Entre e me conte tudo o que te aconteceu.-falou John emocionado-Me diga...Quanto tempo pretende ficar?-perguntou ele acompanhando o filho para dentro da casa com Elizabeth logo atrás.

–Desta vez pretendo ficar.-respondeu Edward-Não vou a mais lugar nenhum.

–Isso é bom.Muito bom mesmo meu filho.-disse John com um sorriso ao colocar o braço sobre o ombro de Edward.

–Irmão.-chamou Elizabeth.

–O que Eliza?-perguntou ele olhando para a irmã.

–O que voce tem ai dentro dessa sacola?-perguntou ela encarando a sacola com um sorriso curioso.

–Ah,sim.-disse ele um pouco surpreso-Quase que me esqueço.É pra você.

Edward estendeu um pão doce embrulhado em plastico para a irmã que abriu um sorriso ao ver a delicia em suas mãos.

–Eu posso comer?-perguntou ao pai.

–Depois.-respondeu o pai.

–Tem um pra você tambem pai.-comentou Edward.

–Obrigado meu filho.-ele sorriu.-Fico feliz que tenha voltado.

–Estou feliz por ter voltado.-retrucou Edward com um sorriso gentil.

Edward pendurou seu casaco em um cabide de ferro que estava na parede.Ele se juntou a seu pai e sua e irmã em uma mesa na cozinha e começaram a colocar a comida na mesa para que assim pudessem disfrutar de seu primeiro jantar juntos depois de tanto tempo separados.

*

–Ai...-resmungou Alana-Minha cabeça.-ela olhou em volta-Onde estou?

Alana não conseguia ver nada.Estava escuro e era dificil respirar ali.Ela tentou se lenvantar com dificuldade,pois onde estava era mole e escorregadio e fez com que ela caisse novamente.

–Ai!-ela gritou-Ah.Essa não.-Alana olhou para trás-Minhas asas.

Uma das asas de Alana estava amassada,machucada e ela nem conseguia meche-la direito.

–O que eu vou fazer?-ela se perguntou-Assim eu não vou poder voar.

Alana tentou agarrar as paredes que a cercavam e percebeu que elas eram macias.Se segurou firme e tentou escalar com esforço,pois seus pés deslizavam por elas.Só depois ela percebeu que havia uma abertura bem acima de sua cabeça da onde vinha um feixo de luz.Ela foi se aproximando e quando chegou ao topo,colocando sua cabeça para fora,ela viu uma cena incomum.Uma coisa que ela nunca tinha visto em toda a sua vida.

Aquela era uma familia humana sentada a uma mesa comendo enquanto conversavam e riam juntos.Alana só pode ficar encarando surpresa e pasma.Ela estava dentro da moradia de uma familia humana.

Alana ficou encarando de boca aberta ate que percebeu que um deles a olhou.Ela se soltou e caiu dentro daquele buraco escuro espantada com o lugar aonde havia parado.

–E agora?-ela se perguntou sussurrando-O que eu faço?