My Little Fairy escrita por Luna95


Capítulo 2
A colheita


Notas iniciais do capítulo

...Não tenho muito a dizer então...Boa leitura.^^



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Na floresta, próxima ao vilarejo, na Inglaterra; as fadas voavam de um lado para o outro procurando e recolhendo frutas que haviam sobrado do outono para poderem se alimentar durante o inverno.

Alana voava lentamente passeando e observando várias fadas cantarolando enquanto cobriam a grama com neve e faziam as árvores ficarem com seus galhos secos e esbranquiçados.

Ela não aguentava tanta felicidade por causa de uma estação sem cor nem vida. Todos os animas haviam se escondido para se proteger do inverno e Alana ficaria sozinha trancada dentro do esconderijo juntamente com sua mãe e seu povo. E ela realmente não queria aquilo.

Dentro dos aposentos da rainha, ainda havia silêncio, pois como mãe, a rainha se preocupava com Alana mais do que ninguém. Seu pai não estava mais por perto e a rainha cuidara dela sozinha desde os seus 5 anos de idade.

A rainha pensava preocupada em um meio de manter Alana nos trilhos durante o inverno foi então que se lembrou de um dos amigos que Alana mencionara durante o verão passado.

*

Alana se cansara de ficar voando ao redor da floresta e flutuou até o galho de um pinheiro. Ela se sentou e ficou lá em silencio.

Como eles podem gostar tanto dessa época do ano eu nunca vou entender.-pensou Alana-É tudo tão frio e silencioso na floresta durante o inverno. Queria que a primavera chegasse logo, assim eu poderia ver aquela nuvem de borboletas de novo.

Quando a primavera chegava, havia um acontecimento que fascinava Alana desde que nascera. Quando o primeiro sinal da primavera surgia na floresta uma grande nuvem de borboletas aparecia no céu, enchendo o céu e a floresta de cor e vida. Alana não sabia de onde elas vinham e não sabia o por que elas sumiam tão de repente enquanto as estações mudavam, mas ela sabia que quanto mais rápido o inverno passase, mais rápido ela poderia descobrir da onde elas vem e pra onde elas vão.

—Hey Alana!-uma voz masculina gritou.

—Hum?-Alana se virou e olhou para baixo.-Ah, Rupert!-exclamou ela com um sorriso.

Rupert se tornara um grande amigo de Alana durante o verão enquanto eles brincavam no rio e entre as árvores. Rupert era um garoto rechonchudo de cabelos avermelhados, com sardas em suas bochechas e de olhos esverdeados. Era brincalhão, possuia um grande senso de humor e, como ele sempre dizia para Alana, a aventura era seu nome do meio.

—E ai?-falou ele flutuando na direção de Alana.-Não deveria estar fazendo o seu trabalho?

—Eu não.-respondeu ela-Você sabe como eu sou.

—É eu sei sim.-falou ele com as mãos na cintura-Voce é a única fada que odeia o inverno. E olha que voce é filha da rainha.

—Eu sei. Mas eu não posso evitar. Eu prefiro quando a floresta esta cheia de vida e de cor. Não gelada e silenciosa-retrucou ela apontando para o chão.

—Alana, você vai ter que se acostumar com isso algum dia, sabia disso?-perguntou ele arqueando as sobrancelhas.

—Eu sei.-resmungou ela cabisbaixa-Mas espera ai...-disse ela encarando Rupert-E voce? Já terminou suas tarefas?

—Eu já.-respondeu ele-Tanto que quando fui reportar a sua mãe ela me pediu que te levasse para recolher mais frutinhas.

—Mas já tem fadas fazendo isso.-falou ela irritada-Mesmo que nós comecemos a recolher agora, é provável que já não haja muitas frutinhas por ai.-ela começa a voar para o topo da arvore.

—Ah! Espera Alana!-gritou Rupert indo atrás dela.

Alana estava cansada de tantas tarefas, ela sabia que era seu dever ajudar, mas como poderia? O inverno não era a sua estação predileta e ela gostava mais era de trazer a primavera para a floresta.

Alana voou rapidamente desviando dos galhos e folhas cobertas de neve do pinheiro sendo seguida por Rupert que tentava alcança-la com dificuldade por causa de sua velocidade.

Alana atravessou as ultimas folhas e chegou ao topo se deparando com a floresta coberta de branco. Ela não podia deixar de pensar que era uma visão extraordinária quando tudo ficava branco de repente.

—Te alcancei.-falou Rupert cansado atrás de Alana.

—Olha Rupert.-disse ela ainda espantada.

—O que?-perguntou ele olhando a floresta-A floresta coberta de neve?

—Como o nosso pequeno povo conseguiu cobrir tanto a floresta em tão pouco tempo?-perguntou ela olhando o horizonte.

—Que? Voce não sabe?-perguntou ele espantado.

—Sabe o que?-quis saber Alana

—O nosso povo esta espalhado pelo país Alana.-respondeu ele-Na verdade esta espalhado pelo mundo. Quando sua mãe faz o anuncio das estações, esse é transmitido para todas as outras colonias, onde os soldados mais leais da rainha, ajudam as fadas a trazer as estações naquela área em especifico.

—Isso é incrivel! Eu nunca tinha vindo até aqui em cima antes.-exclamou Alana com um sorriso.-Hã?

Alana havia escutado um estalo vindo de trás dela e ao se virar se deparou com construções que ela nunca havia visto antes em nenhum outro lugar.

—Rupert, o que é aquelas contruções estranhas lá embaixo?-perguntou ela curiosa.

—Aquilo?-perguntou ele-Aquilo é onde os humanos moram.-respondeu sussurrando.

—Que?-perguntou ela espantada-Os humanos, voce quer dizer, aqueles humanos?

—Como assim aqueles humanos?-retrucou ele sem entender.

—É que meu pai me contava histórias sobre eles.-falou ela baixinho e temerosamente.

—Que tipo de histórias?-perguntou Rupert se assustando com o tom de voz de Alana.

—Meu pai me contou que os humanos são criaturas terriveis e sem coração.-ela começou falando aos cochichos-São eles que derrubam e queimam as árvores de nossa floresta para construir suas próprias moradias.-continuou-E dizem que são eles que matam os animais para poder come-los mais tarde. Mas o pior de tudo...

—O pior de tudo?-perguntou Rupert suando e tremendo.

—O pior de tudo é que se eles nos encontrarem, vão tentar nos capturar para assim poderem nos dissecar e ver o porque de sermos desse jeito.-respondeu ela com um ar maligno.

—Glup!-Rupert engoliu um seco sem conseguir dizer uma unica palavra.

—Então, vamos la?-perguntou Alana animada.

—Que?-perguntou Rupert deseperado-Ficou maluca! E se formos pegos?

—Não vamos.-respondeu Alana confiante.-É só tomarmos cuidado.

—Mas nós deveriamos estar fazendo a colheita aqui na floresta.-falou ele preocupado.

—Mas lá na casa dos humanos também tem frutinhas.-disse Alana apontando a cidade-Aposto que estão muito mais frescas que as nossas.-disse começando a voar em direção a cidade.

—Ah, não! Espera Alana!-gritou Rupert seguindo-a.

*

Edward havia saindo da padaria segurando o pacote que Madeline lhe dera. Ele não estava mais sorrindo. Seu rosto era sério e misterioso. Quase como se tivesse colocado uma mascara para entrar na padaria.

Edward tinha os cabelos negros e compridos até os ombros, seus olhos eram azuis claros iguais ao céu em dia de primavera e sua pele era clara. Ele estava usando uma cartola e uma capa que cobriam suas veste da nobreza.

O pai de Edward era o prefeito daquela cidade há muito tempo, e logo Edward assumiria seu lugar ao completar 21 anos quando a primavera chegasse novamente.

—Sr.Edward.-chamou um homem de terno proximo a uma carruagem.-Sua carruagem o espera Sr.

—Aguarde mais um momento Arthur.-falou Edward calmamente.-Ainda tenho que fazer mais uma coisa.

—Esta bem Sr.-respondeu Arthur ao se curvar.

*

Alana e Rupert estavam voando em um beco quando chegaram a cidade.

—Olha só esse lugar.-falou Alana-Esta tão morto quanto a floresta agora.

—Alana.-chamou Rupert-Não acha melhor irmos embora?-perguntou ele tremendo.

—Que?-perguntou Alana-Esta com medo?

—Não.-respondeu ele.-Eu não tenho medo de nada.

—Então vem.-chamou ela ao chegar no inicio do beco.-Olha só isso.

Alana e Rupert ficaram escondidos na parede do beco observando milhares de pessoas e carruagens andarem de um lado para o outro na rua.

—Olha quantos humanos.-disse Alana impressionada quase saindo do esconderijo.

—Alana!-chamou Rupert puxando-a de volta.

—Foi mal.-com um olhar inocente.-Ei olha ali.-disse ela apontando para um loja de frutas.

—O que?-perguntou Rupert tentando enxergar.

—Ali. Os morangos.-respondeu ela sorrindo.

*

Edward estava em frente a loja de frutas olhando a mercadoria quando o dono se aproximou e lhe perguntou se queria alguma coisa.

—Eu vou querer três das suas melhores maçãs e um pouco de seus morangos também.-respondeu ele ao dono.

—Saindo meu rapaz!-exclamou o dono sorridente.

*

—Rápido.-falou Alana-Nós temos que pegar aqueles morangos e voltar.

—Espera.-sussurou Rupert-Não podemos pegar todos eles.

—Eu sei.-respondeu ela-Por isso só vamos pegar um cada um.Entendeu?-perguntou ela.

—Entendi-respondeu Rupert dando sinal de "Ok".

—Preparar...-disse ela se preparando-Vai!-gritou ela começando a voar.

Rupert e Alana começaram a voar entre pés e rodas,desviando e passando entre todos os obstaculos até chegarem a cesta onde os morangos estavam espostos.

*

—Aqui esta rapaz.-falou o dono sorridente.

—E quanto será?-perguntou ele a procura de sua carteira.

—São 6 libras Sr.-respondeu o dono coçando o bigode.

*

—Ai olha só isso Rupert.-exclamou Alana com água na boca.-Não parecem deliciosos?

—Sim.-respondeu ele com agua na boca tambem-Parecem sim.

—Rápido vamos pegar um e dar o fora daqui.-falou ela.

—Tá.-respondeu ele se aproximando da cesta.

*

—Aqui está senhor.-disse Edward entregando as moedas ao dono.

—Obrigado e tenha um bom dia-falou o dono tirando o chapeu para Edward,enquanto ele se dirigia a carruagem que o esperava.

—Sr.-Arthur fez uma reverencia indicando a porta.

—Obrigado Arthur.-falou Edward olhando para o mordomo.

—Pelo que Sr?-perguntou ele levantando o olhar.

—Por me esperar.-respondeu ele dando um sorriso sem graça.

—Não foi nada Sr.-disse o mordomo sorrindo.

Edward se sentou calmamente no banco do passageiro se ajeitando para a viagem até sua casa na parte mais baixa da colina ao sul da cidade.

*

—Pronto!-exclamou Alana com o morando nas mãos-Agora vamos.

—Estou indo logo atras de voce-falou Rupert com um morango entre as mãos.

Alana foi voando na frente rapidamente,mas...

—Alana!-chamou Rupert deseperado.

—Hum?-ela olha para trás para atender o chamado.

—Cuidado!-gritou Rupert indicando o caminho para Alana.

Mas quando Alana olhou para frente já era tarde.Ela havia entrado na carruangem e batera com a cabeça na parede da cabine e ficara zonza.

Ela voou sem rumo e bateu com a cabeça no teto da cabine fazendo-a ficar mais tonta do que já estava.

Ela soltou o morango e escorregou pelo encosto do banco do passageiro até cair dentro do bolso do casaco do passageiro que estava sentado esperando a carruagem andar.

A porta da carruagem se fechara antes mesmo que Rupert pudesse entrar para resgatar Alana.

A carruagem começou a se movimentar acelerando aos poucos.

—Essa não.-sussurrou Rupert para si mesmo encarando a carruangem enquanto ela desaparecia no horizonte-Alana...

 


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...O que será de Alana agora?O que Rupert vai dizer a mãe dela?Essa história ainda não termina então fiquem ligados para o que vai acontecer no próximo capitulo.Tomara que vocês tenham gostado.^^