Wings Of Blood escrita por Alfonso


Capítulo 10
Capítulo 10 - Happy Birth...?


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo calmo, porem com uma pequena agitação no final, espero que gostem :D



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Estava um dia bom. Nem frio e nem sol. Era a divisão perfeita entre os dois. Eu estava sentada a beira do rio, com meus pés dentro da água. Eu usava um vestido branco de pano leve, cumprido.  Ouvi o barulho passos vindo em minha direção e me virei imediatamente para ver quem era, e de imediato me espantei ao ver o Sr Jonas se aproximando. Seu rosto estava iluminado por um sorriso de orelha a orelha.

— Oi. — Ele disse. — Posso? — Perguntou olhando para o pedaço de tronco ao meu lado.

— Se quiser. — Dei de ombros.

— Então me sentarei aqui. — Ele disse, sentando-se ao meu lado. — O dia não está bom para entra na água? — Ele disse me olhando.

— Talvez. — Murmurei.

— Quer nadar comigo? — Ele perguntou.

— Não, obrigada. — respondi.

Jonas ficou calado, apenas olhando a margem do rio. Ele matinha uma expressão calma e serena, seus olhos azuis brilhavam.

— Charlotte... — Ele sussurrou. — Como acha que a morte é? — Ele disse, olhando atentamente para mim.

— Não sei. — Respondi.

Não entendia o porquê da conversa ter tomado esse rumo.

— Ela tem que morrer. — Era uma voz feminina dizendo.

— Eu sei. — Jonas disse com a voz suave. — E ela morrera! — Ele falou.

A mulher era loira de cabelos cacheados, olhos azuis. Em poucos segundos ela sumiu de onde estava e apareceu ao meu lado. Oh merda! Ela era uma vampira...

— Seu sangue deve ser doce. — Jonas murmurou.

A loira ficava a me encarar de forma desejosa, ela parecia quer me dilacerar com os dentes. Jonas segurou meu rosto com suas mãos e beijou-me na bochecha.

— Eu prometo que serei bondoso. — Ele sussurrou.

Seus olhos ficaram avermelhados, as veias em torno do mesmo se ressaltaram, e suas presas saltaram para fora. Jonas cravou seus dentes afiados em meu pescoço, enquanto me ajeitava no chão, em seguida senti outras presas perfurando meu pescoço. Eu estava ficando fraca, eles estavam levando minha vida. Eu estava morrendo.

Minha visão estava embaçada, minhas forças estavam se esvaindo, quando ao longe avistei uma figura parada, olhando para mim. Forcei meus olhos para tentar enxergar quem era. Thomas! Consegui enxergá-lo depois de muito tempo, era ele, ele iria me salvar, iria tirar todos de cima de mim. Por um momento uma pequena pontada de esperança tomou conta de mim.

— Thomas. — Jonas indagou, erguendo sua cabeça. — Venha até aqui.

Thomas continuou parado, ele me encarou, pude ver a maré azul em seus olhos se umedecerem? Ele estava chorando? Ele suspirou e correu até onde estávamos.

— Thomas... — Sussurrei.

— Venha, beba. — Jonas disse, dando espaço para Thomas.

Ele por sua vez trincou os dentes. Seus olhos assumiram o tom vermelho sangue, suas veias estavam bem ressaltadas ao redor de seus olhos, seus caninos brancos e afiados estavam a mostra. Thomas passou o polegar por minha bochecha. Ele fechou os olhos e cravou seus dentes em meu pescoço, dessa vez só o sentia sugando meu sangue. Thomas me abraçou com força, apertando-me contra seu corpo rígido, suas presas afiadas, iam rompendo cada vez minha pele, sugando todo o meu sangue. Eu já não tinha forças para me soltar dali e por mais estranho que parecença, eu não queria fazê-lo. Era algo calmo de sentir os lábios de Thomas em meu pescoço, seus dentes conectados ao meu sangue. Insano isso? Deve ser, pois se continuasse nesse ritmo eu logo estaria morta! Ele ergueu a cabeça, me soltado no chão. Encarei sua face uma ultima vez, antes de fechar de vez meus olhos.

Despertei em um susto. Eu me sentia sufocada, como se o ar tivesse entrado em meus pulmões de uma só vez, em uma rapidez absurda. Olhei em volta ainda assustada. Esses sonhos loucos ainda iriam me deixar completamente fora da minha sanidade. Eu havia me esquecido de perguntar a Lindsay algo a respeito desses sonhos, mas eu não queria contar a ela que eu sonhava com Thomas daquele jeito. Sentei na cama e peguei o celular sobre o criando-mudo.

Oi. — Thomas disse, ao atender o telefone.

— Oi. — Suspirei.

Já fazia dias que eu não ouvia o som de sua voz, e ouvi-la agora por telefone, o tornava tão irreal. Eu precisava vê-lo, precisava ficar entre seus braços. Olhar em seus olhos, tocar sua pele, eu sentia falta dele.

Tudo bem? — Ele perguntou.

— Acho que sim. — Falei, rabiscando algo em uma folha. — É hoje. — Falei.

Com toda essa montanha russa, eu nem havia explicado a Thomas sobre o sangue “despertar” aos dezoito.

Esta animada para isso? — Ele riu.

— Não, nem um pouco. — Falei. — Sinto sua falta, você não tem ido dar aulas, esta tudo bem? — Perguntei.

Esta. — Sua voz ficou fria. — Só estou tendo uns problemas para resolver.

— Ok. — Suspirei. — Você vira hoje?! — Perguntei.

Bem, eu não sou bem vindo ai e não gosto de estar aonde não me quererem. — Ele disse.

— Eu te quero aqui, é isso que importa. — Eu disse rapidamente.

Eu sei e eu realmente quero ir, mas seus amigos e sua mãe não iriam gostar de me ver ai. — Ele explicou-se.

— Eles terão de aceita-lo! — Murmurei. — Eu o estou convidando e o aniversario é meu.

Já que insiste. — Ele riu. — Eu farei de tudo para ir.

— Não fará de tudo para vim! Você vira ponto final. — Falei, fazendo-o gargalhar.

Tudo bem, não vou discutir com você. — Thomas disse rindo. — Te amo. — Ele sussurrou.

— Te amo. — Falei, em seguida desliguei o celular.

Coloquei o celular sobre o criado-mudo e joguei meu corpo pra trás, voltando a deitar em minha cama. Era hoje, não tinha mais para onde correr, meus dezoito anos estavam ai, praticamente jogados em minha cara. Eu não poderia fugir de algo que fui predestinada, algo que eu sou.

— Parabéns pra você... — Ouvi a cantoria.

Em seguida a porta do meu quarto foi aberta. Minha mãe e Logan estavam com uma fatia de torta de morango, com uma vela arroxeada no centro. Eles cantarolavam a típica musiquinha de aniversario, essa que me deixava completamente constrangida. Nunca entendi o porquê, mas eu sempre me sentia envergonhada quando começavam a cantá-la.

— Dezoito. — Mamãe, disse me abraçando.

— Pois é. — Falei pouco animada.

— Está na hora de ter seu próprio carro. — Logan disse.

— Quantos anos você tem mesmo? — Perguntei.  — Vinte e poucos certo?! Esta na hora de sair da casa da mamãe e arrumar um emprego. — Debochei.

— Há-há. — Ele forçou o riso.

Após dividirmos a fatia de torta descemos para a cozinha. Mamãe havia insistido para fazermos ao menos uma pequena comemoração, para data não passar em branco. Lindsay chegou em casa para ajudar a fazer alguns doces.

— Jared não vem? — Perguntei, me sentindo culpada.

Desde aquele incidente na escola, que ele estava me evitado. Eu me sentia culpada em parte, mas Lindsay tinha razão eu havia fechado os olhos para isso, no fundo eu sempre soube o que ele sentia.

— Você sabe. — Ela disse. — Mas ele prometeu que tentaria vim à noite. — Ela disse, sentando-se no banco.

— Mãe já que chegou ajuda, eu vou sair. — Logan disse, já saindo pela porta.

— Vai a onde?! — Ela perguntou.

— Hã... Falar com John. — Ele disse rápido.

— Tudo bem, esteja em casa antes do anoitecer. — Ela o alertou.

Ele apanhou sua mochila verde e saiu apressado.

— Deveríamos contar a ele a loucura que esse mundo é. — Indaguei.

— E iremos. — Mamãe disse. — Só espere passar o seu aniversario e contaremos tudo. — Ela suspirou.

Bosque de Drittly Villy.

Beatrice estava sentada em um tronco de madeira. Seus pés batiam impacientemente, ritmados contra o chão de terra.  Ela já estava cogitando a hipótese de ir atrás dele, quando escutou ao longe seus passos por entre a as arvores. Quando ela finalmente o avistou chegando vestindo uma camiseta quadriculada verde, um pequeno sorriso se apossou de seus lábios.

— Pensei que não iria vim mais. — Ela disse, levantando-se.

— Desculpe, eu tive que ajudar minha mãe com umas coisas. — Logan falou.

Beatrice envolveu Logan em um abraço apertado.

— Eu receava que você não fosse querer me ver, ou que estaria com medo. — Ela disse contra o pescoço dele.

— Eu tive medo. — Ele sussurrou. — Mas eu tinha mais vontade de vê-la! — Ele disse se afastando.

— Obrigada! — Ela disse, passando o polegar na bochecha dele.

Beatrice encarou por alguns segundos os olhos escuros de Logan. Ela se sentia diferente, ela estava diferente. Dias atrás ela olhava para Logan e sentia uma enorme vontade de sugar todo o seu sangue, de deixá-lo seco, mas agora ela o olhava e tinha vontade de proteger-lo, de tê-lo em seus braços. Ela ainda queria beber seu sangue, mas não até sua morte, só o necessário para prová-lo.

— Você tinha razão. — Ele disse. — Elas escondem algo de mim! — Logan disse chateado.

Logan e Beatrice já estavam se encontrando as escondidas há dias, e em um desses encontros ela mostrou a ele o que ela realmente era. Logan havia ficado assustado e com medo, mas disfarçou na hora. Beatrice disse que suspeitava que sua família escondesse algo dele e o aconselhou a investigar.

— Eu sinto muito por isso. — Ela disse, embora não sentisse tanto já que ela mesma provocou isso.

— Eu sei. — Ele disse, sentando-se no tronco. — Só não consegui descobrir direito o que é. Elas falaram sobre, sangue, vampiros, ligação, anjos.  — Ele dizia confuso.

Beatrice trincou os dentes. Ai estava a ultima prova que Hunter queria.  Finalmente ela poderia se livrar de Logan. Ela deveria se sentir vitoriosa, afinal ela ganhará. Mas então porque ela se sentia triste por ter usado Logan? Por ter seduzido ele?

— É bom saber que eu posso confiar em você. — Logan disse, encarando o rosto angelical de Beatrice.

Ela sorriu de canto de boca e desviou o seu olhar do dele.

— Logan, você já amou alguém? — Ela perguntou.

— Não que eu me lembre. — Ele disse, se aproximando dela. — Mas acho que estou me apaixonando por você. — Ele disse, franzindo o cenho.

Logan se aproximou dela. Suas mãos seguram firme no rosto de porcelana de Beatrice. Ela temia o que viria a seguir. Logan sorriu de leve e se aproximou mais ainda dela. Os lábios dos dois se conectaram em um beijo tímido e lento que aos poucos foi ficando mais rápido e forte.

POV Charlotte

Já estava escurecendo e já havia chegado alguns convidados. Lindsay terminava de passar a maquiagem, enquanto eu colocava o vestido de seda preto. Eu não sei por que raios eu tinha que usar tal roupa, já que seria algo intimo, só para amigos e familiares.

— Estou pronta. — Lindsay indagou.

— Eu também. — Falei, me levantando.

A sala estava decorada com fitas vermelhas e alguns balões coloridos. Havia uma mesa de jantar com variedade de pratos e um grande bolo no centro da mesa. Já estava com o maxilar doendo de tanto que eu havia forçado o sorriso. Eu procurava Thomas por entre as pessoas, mas não o encontrava. Mais encontrei Jared próximo da janela com um copo vermelho na mão.

— Oi. — Sussurrei, passando a mão por meu braço.

— Oi. — Ele limpou a garganta.

— Ainda esta com raiva de mim? — Perguntei me encostado a mesa.

— Não. Eu não consigo ter raiva de você. Ter raiva de você é o mesmo que ter raiva de mim. — Ele disse rapidamente.

— Respira. — Falei, fazendo-o ri.

Pela primeira vez desde que descobrira que ele gostava de mim, era que ele sorria.

— Senti falta de estar por perto. — Ele confessou.

— Senti sua falta. — Confessei.

Jared desviou os olhos de mim, e ficou a fita o céu pela janela.

— A lua cheia esta próxima. — Ele murmurou.

— Está preparado para isso? — Indaguei me aproximando dele.

— Estou, quer dizer tenho que estar. — Ele sorriu ironicamente.

— Dói? — Perguntei. — Dói se transformar?

— Não é a melhor sensação do mundo. — Ele voltou a me olhar. — Parece que seu corpo esta em chamas, que seus ossos vão se romper, você pensa em se matar para se livrar de toda aquela dor.

Um frio percorreu meu corpo. Parti daquela dor era minha culpa, eu era a culpada por ele estar se transformando. Senti um aperto em meu peito. Como eu poderia ser tão egoísta ao ponto de deixar com que ele passasse por isso, só para me manter viva, sabendo que provavelmente ele morreria tentando e mesmo assim eu poderia morrer. Suspirei para conter a lagrima e abracei Jared.

— Me perdoe. — Pedi o abraçado com mais força.

Jared apoio a sua cabeça na curva de meu ombro. Sua respiração quente batia contra minha orelha.

— Eu quero estar com você. — Falei. — Quero estar lá quando você se transforma na próxima lua cheia. — Sussurrei.

— Charlotte não há o porquê, pode ser perigoso. — Ele alertou.

— Você disse que me reconheceria. — O lembrei.

— Eu sei o que disse, mas quando estou me transformando eu perco todo o controle, eu poderia atacar até mesmo você!

— Não me importa, eu quero estar lá!

— Você não existe. — Ele riu de leve.

Mais seu pequeno riso cessou rápido. Jared se afastou de mim com frieza.

— É melhor eu ir pegar algo para beber. — Ele disse rispidamente.

Olhei na direção que ele olhava com desprezo. Era Thomas, ele acabara de chegar, vestido em uma jaqueta preta, calças jeans escura. Seus cabelos estavam bagunçados, dando-lhe um ar jovial e atraente. Algumas das amigas de minha mãe o comiam com os olhos e nem se importavam em disfarça. Percebi que Lindsay fechou a cara quando o viu. Thomas vinha em minha direção, com um olhar fixo em mim. Eu queria sorrir para expor minha felicidade de estar vendo-o novamente, mas não queria machucar Jared.

— Sinto que estou em chamas. — Thomas zombou devido à quantidade de olhares em cima dele.

— Obrigada. — Falei sorrindo timidamente.

— Espero que eu seja recompensando por isso. — Ele disse segurando meu rosto em suas mãos.

— Não. — Murmurei, desviando o rosto.

Eu não seria tão ruim ao ponto de fazer Jared presenciar um beijo nosso. Thomas olhou disfarçadamente para trás e sorriu.

— Vamos sair um pouco daqui? — Ele pediu.

Acenei com a cabeça e o acompanhei até a porta dos fundos. Thomas parou próximo de uma arvore e sorriu de leve quando seus olhos cruzaram com os meus.

— Me sinto bem melhor agora. — Thomas passou o polegar por minha bochecha.

Seus lábios se aproximaram dos meus, em um beijo lento. Suas mãos apertavam meu queixo. Thomas colou seu corpo ao meu.

— Perdoe-me por ter me afastado. — Ele pediu quando o beijo cessou.

— Não faça isso de novo! — Indaguei encostando minha testa a sua.

Thomas continuou a segura em meu rosto. Um barulho cortante que ia aumentado, fez com que nós separássemos.

— Alô. — Ele disse sem ânimo ao atender o celular. — O problema é seu, você quem arrumou isso. — Ele dizia aumentando som de sua voz. — Não quero saber. — Ele falou.

Thomas se afastou um pouco, ele gesticulava muito e parecia alterado.

— Surgiu um imprevisto. — Ele franziu a testa. — Me perdoe.

— Vai ter que ir? — Perguntei.

— Vou, eu não queria de verdade. — Ele disse, em segunda me abraçou. — Feliz aniversário. — Ele beijou-me na testa.

Thomas sumiu por entres as arvores. Estava começando a esfriar e eu estava apenas de vestido, esperei mais alguns segundos e depois voltei para dentro. Jared estava sentado no braço do sofá com o mesmo copo vermelho na mão, Lindsay estava em outro sofá ao lado de John.  Todos riam de algo que John estava contando. Eu me preparei para me juntar a eles, quando ouvi o barulho da companhia.

— Deixa que eu vou. — Falei para mamãe que preparava para se levantar.

Abri a porta e lá estava o Sr Jonas em uma jaqueta escura, calças do mesmo tom acompanhadas de um sorriso charmoso e uma pequena caixinha cinza.

— Parabéns. — Ele disse me entregando a caixa.

—Obrigada. — Falei abraçando-o

Ironia ou não, acabou que o Sr Jonas em uma semana conseguiu conquistar minha amizade.

— Entre, por favor. — Dei passagem para ele na porta.

Lindsay arregalou os olhos quando viu Sr Jonas entrando na sala. Jonas andou até a entrada da sala e encarou Lindsay e Jared com um sorriso vitorioso nos lábios.  Lindsay e Jared levantaram no mesmo instante e vieram até mim.

— Não acredito que você o convidou! — Lindsay disse.

— E por que não convidaria? — Murmurei.

— Charlotte, assim que ele botou o pé nessa casa, eu já senti o que ele era! — Jared disse. — Vampiro! — Ele sussurrou.

— Meu sonho... — Sussurrei.

— Hã? — Lindsay indagou.

— Eu tive um sonho com ele. — Murmurei. — E no sonho, ele era um vampiro! — Afirmei.

— Isso é... — Ela começou.

— Depois Lindsay. — Falei pegando uma blusa de frio que estava posta sobre a cadeira. — Preciso avisar uma pessoa sobre isso.

Jared trincou os dentes, na certa ele já suspeitava quem seria.

Casa dos Biolevertte.

Estava tudo calmo, mas as luzes estavam acesas. Charlotte temia que Thomas não estivesse em casa.  Ela mexeu na maçaneta e viu que a porta estava destrancada.

— Thomas. — Ela disse entrando na casa.

Um barulho de passos rápido acompanhados pelo uivo do vento provocado pelo solado de madeira, e Thomas apareceu ao lado dela.

— O que faz aqui? — Ele indagou nervoso. — Não é seguro!

— Do que esta falando?! Você já sabe? — Ela disse.

Thomas estreitou os olhos.

— Sei o que? — Ele disse apreensivo.

— Há um vampiro na cidade! — Charlotte disse rapidamente. — E ele é o novo vice-diretor do colégio!

— Ele não fez isso! — Thomas deu um murro no sofá. — Maldição! — Ele disse entre dentes.

— Quem? — Ela perguntou.

— Meu... — Ele começou.

— Veja Norton, a mostrengo esta por aqui. — Tiffany disse descendo a escada acompanhada por Norton. — E esta tendo um caso com o Sr Thomas! — Ela riu debochadamente.

— Você não fez isso! — Charlotte indagou furiosa. — Como pode?! — Ela desferiu um tapa em seu ombro.

— Ei! — Thomas se afastou. — Não fui eu, deixe-me explicar! — Ele disse.

— A cidade toda procurando eles, e eles aqui, com você. Não há explicação para isso! — Ela disse lhe dando as costas.

Thomas correu até ela ficando em sua frente, ele a abraçou e correu com ela pelas escadas, entrou em seu quarto e fechou a porta.

— Me escute. — Ele pediu. — Não fui eu quem fez isso, foi Hunter. Ele estava se alimentando deles. Eu queria levá-los de volta, mas tem marcas ali e não posso correr o risco.

— Duas semanas!? — Ela indagou aumentando o tom de voz.

— Há tanto que eu escondi de você. — Ele disse se sentando. — E estou farto de esconder! — Ele disse abaixando a cabeça.

Charlotte se aproximou dele. Embora ela estivesse com raiva por ele ter mentido sobre isso, ela o amava e queria saber tudo ao seu respeito.

— Conte-me. — Ela ergue a cabeça dele. — Não tenha medo.

— Eu vim para essa cidade a pedido de Hunter. — Ele disse com a voz falhada. — Eu tinha que encontrar o anjo para ele. Eu já sabia o que você era...

Charlotte endureceu o rosto e parou de ouvi-lo. Então ele sabia de tudo, sabia o que ela era. Ela não queria pensar, mas não tinha como, provavelmente ele só se aproximou dela para ganhar a sua confiança. Jared estava certo! Thomas mentira o tempo todo, a única coisa que ele queria era a confiança de todos.

—... Diga alguma coisa. — Ele pediu. — Não me torture com esse silencio eu lhe imploro.

Charlotte tentava conter as lagrimas que teimavam em querer sair. Ela não poderia deixá-lo vê-la chorar, mas seu peito doía tanto, seu coração estava tão pesado.

— Você mentiu sobre o que sentia por mim?! — A voz dela era vacilante. — Mentiu em juras de amor, em palavras em tudo. Quando na verdade só queria me sugar até a última gota!

— Não duvide do que sinto por você! — Ele disse segurando em sua mão. — Eu nunca mentiria sobre isso.

Ela não conteve a primeira lágrima que caiu de seus olhos. Charlotte puxou sua mão e levantou-se da cama, ela caminhava apressada pelo corredor.

— Que feio deixar um convidado sozinho em sua casa. — Era Jonas.

Ela se assustou ao vê-lo ali.

— Jonas. — Ela murmurou confusa.

— Oh! A propósito pode para de me chamar desse nome, ele é ridículo. — Hunter riu. — Me chama pelo meu verdadeiro nome, Hunter.  — Ele sorriu divertidamente.

— Ótimo! — Ela debochou.

— Isso é frustrante. — Ele fez beiço. — Você deveria ao menos fingir estar surpresa.

Charlotte não queria mais dar trela para ele. Ela se sentia sufocada em toda aquela mentira.

— Charlotte! — Thomas berrou.

Ele tentou alcança-la, mas Hunter segurou o irmão pelo braço.

— Me solte. — Thomas disse sem humor para o irmão.

— Não cometa o erro de se afeiçoar a ela Thomas! — Hunter aconselhou. — Não há salvação. Ela é predestinada para morrer!

— Não se eu estiver por perto. — Ele vociferou. — Farei tudo que puder para mantê-la viva!

— Pois bem se quer tanto morrer tentando salvá-la, me certificarei de matá-lo, enquanto dreno o sangue dela! — Hunter murmurou entre dentes.

— Então o faça! — Thomas respondeu no mesmo tom. Ele puxou seu braço e sumiu em seguida.

Hunter ficou furioso quando o irmão sai da casa.

— Droga, Thomas! — Ele deu um murro na parede.

Norton e Tiffany assistiram tudo em silencio.

— Você. — Hunter apontou para Norton. — Venha. — Ele o chamou.

Norton caminho com medo até o homem de olhos azuis, que estava transtornado. Era algo assustador o semblante possesso que Hunter sustentava. Norton engoliu em seco quando parou de frente para Hunter, que tomou seu rosto em suas mãos.

— Você não serve nem para se alimentar, seu sangue é uma porcaria! — Ele disse desgostoso.

Hunter fechou os olhos e em um movimento rápido ficou o corpo de Norton em uma lança de ferro próximo da lareira. O sangue pingava do corpo de Norton, mas Hunter ignorou isso por hora, em seguida ele correu até Tiffany e fincou seus caninos no pescoço da moça. Tiffany fechara seus olhos. Era loucura mais ela gostava quando Hunter se alimentava dela, ela gostava de sentir suas mãos firmes segurando-a pelo braço e gostava mais ainda de ter o corpo de Hunter próximo do dela.

— Limpe tudo, faça o que quiser com o corpo, só não quero vê-lo quando voltar! — Hunter disse após se alimentar dela, em seguida correu para o andar de cima.


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Notas finais do capítulo

Uhh... Hunter nervoso não é boa coisa. Thomas mentindo pra Charlotte D: Beatrice e Logan, será que terá futuro? hehehe aguardarei seus reviews



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