A Ultima Profecia escrita por EmyBS


Capítulo 5
Um mundo despedaçado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/149083/chapter/5

Ginny olhava assustava para o homem em cima dela, não podia acreditar que aquele era Draco Malfoy, mas não havia duvidas, reconheceria aquelas orbes cinzentas em qualquer lugar. Os olhos dele eram únicos, uma marca registrada, assim como o tom intenso verde de Harry.

O corpo dele respondia ao seu contato e ela via naqueles olhos tanta amargura, mas se ele era o Herdeiro como Harry havia dito ele deveria ser mau, muito pior do que aquele menino mimado de Hogwarts, mas ele não parecia nada disso, parecia sofrer cansado e estressado. Movimentou seu corpo que estava sendo machucado pelo peso do dele e o sentiu ainda mais quando Draco se acomodou no meio das suas pernas.

As mãos dele soltaram seus pulsos percorrendo seus braços numa suave caricia que a fez arrepiar, a boca também foi liberta e os dedos longos e finos tocaram seus cabelos, os olhos azuis cinzentos olhavam seu corpo atentamente e o corpo dele parecia ainda mais atiçado a cada olhar.

Não teve reação ao vê-lo retirar a capa do corpo, estava tão magro que parecia que poderia quebrar, mas ela sabia pelos movimentos de momentos atrás que ele tinha bastante força e agilidade. Ele se esfregou mais uma vez nela e não havia duvida do que ele queria, a vontade era nítida naqueles olhos que ficavam mais escuros pelo desejo, mas alguma coisa o fazia se impedir de continuar.

Era como se ele quisesse a permissão dela.

Suspirou fundo, não havia amor, mas ela estava acostumada aquilo. Havia necessidade, desejo carnal e a isso ela estava mais do que acostumada. Estava preparada a se sacrificar, porque podia ver no fundo daqueles olhos cinza uma dor tão forte que poderia sufocá-lo e de uma maneira inconsciente ela soube que ele não tinha culpa.

Assim como Harry ele era apenas um produto.

Ela se entregava a Harry por amor, um amor de infância inocente que ela sabia não ser correspondido, mas ela se deixava usar e se sacrificava, pois apesar de não haver amor, havia o desespero de tentar esquecer.

E agora ela se via diante do mesmo desespero.

Ginny segurou o rosto dele com suas mãos pálidas, porém muito mais vivas que a palidez mórbida dele. Os olhos cinzentos a olharam como se a vissem pela primeira vez e pareciam brilhar, mas ela sabia que ele não choraria.

Não havia nenhum motivo para chorar.

Puxou a boca dele para a sua e sentiu o corpo dele estremecer ao contato, um arfar angustiado a puxando cada vez mais forte. O beijo tinha gosto de sangue, magia, veneno e desespero. A roupa foi arrancada do corpo com pouco mais de violência que Harry usava das tantas vezes que voltava ensandecido do campo de batalha onde um amigo mais chegado falecera.

Ela se deixou ser possuída, se entregou aos desejos e necessidades dele. Talvez fosse seu pecado, mas via aquilo como um sacrifício conhecido e repetido. Draco precisava dela e ela não negaria aquela ajuda, não podia negar.

**********

O amanhecer daquele dia trouxe a visão desoladora do lugar, se antes ele parecia destruído agora não haviam palavras para descrever. Tudo estava arruinado, corpos se espalhavam pelo chão e o prédio principal desabara. Ainda havia muita fumaça e fogo por todo o lugar.

Harry passou as mãos pelo cabelo desolado, já havia previsto que com o grande número de pessoas se aglomerando ali isso acabaria acontecendo. Odiava quando tinha razão e não podia fazer nada para evitar. Sentia-se culpado por todas aquelas mortes e pior ainda por não ter encontrado os amigos e nem sua esposa.

Andava pelo lugar sem ter muita certeza do que fazer enquanto as equipes de resgate buscavam por sobreviventes em meio aos escombros da cidade. Os olhos verdes não pareciam ver nada a sua frente e tinha a nítida sensação que iria acabar desmaiando se uma mão forte não tocasse seu ombro.

- Harry.

Seu coração vibrou e abraçou seu melhor amigo, nunca admitiria a angustia que sentia cada vez que se separavam em meio a uma batalha. Sabia que era inevitável, mas mesmo assim se sentia despreparado e principalmente perdido quando tudo acabava. O terror da possibilidade de um deles estar morto o atormentava.

- Onde estão os outros? – a voz saiu embargada demonstrando o alivio que sentia por ver um dos amigos de pé.

- Precisamos de você! – havia urgência na voz de Ron que o puxava pelo braço.

- O que houve? – Harry notou a preocupação do amigo e se desesperou também.

- Hermione! – e vendo o pânico no rosto do outro completou – Entrou em trabalho de parto, Luna está ajudando, mas precisamos de você!

Harry entendeu e correu junto com o amigo, havia feito curso de parto junto com Nevelli e outros da base, Ron era muito desajeitado e sempre conseguia errar os procedimentos o que não deixava duvidas do motivo de estar tão aflito.

- Onde está Duda? – perguntou em meio à corrida para o outro lado onde uma pequena enfermaria havia sido montada.

- Recebeu algumas maldições, mas está fora de perigo. – Ron dizia já entrando no lugar se dirigindo para junto de Hermione que parecia pálida e respirava com dificuldade.

- E Ginny? – perguntou lavando as mãos e colocando as luvas se posicionando ao lado de Luna para ajudar na cirurgia.

Os olhos grandes e azuis da garota se voltaram para ele.

- Ainda não temos notícias dela. – respondeu no seu tom distante – Mas preciso de você preocupado aqui.

Harry assentiu com a cabeça lançando um olhar confiante para Hermione e Ron que estava com as mãos entrelaçadas com as da esposa e a cabeça apoiada na dela beijando a fronte de tempos em tempos. Não podia desapontar os amigos.   

**********

Acordou sentindo uma pele macia como seda em suas mãos e se assustou ao se lembrar do que havia feito na noite anterior. Seu corpo estava satisfeito e sua mente parecia muito mais tranquila, porém era uma loucura. Tinha trazido a esposa do Santo Potter para o centro dos domínios dos Comensais da Morte.

Abriu os olhos apenas para encontrar os castanhos o encarando, nunca tinha percebido que aqueles olhos tinham um tom esverdeado ao fundo. Ficaram assim por alguns minutos apenas se fitando até que Ginny pareceu desistir e deixou a cabeça cair no ombro dele.

Draco reparou que os dois ainda estavam sem roupa em baixo das cobertas. Acariciou o corpo quente e macio dela sentindo uma satisfação há muito esquecida e para sua surpresa ela não parecia recuar ao seu toque. Não se iludia ao imaginar que ela estava gostando, uma grifinória era forte e corajosa, mas era uma sensação boa de qualquer maneira.

Respirou fundo sentindo o cheiro dela impregnado no ar e se sentou começando a vestir sua roupa. De costas para ela pode sentir os olhos castanhos acompanhando cada um dos seus movimentos e sem entender ele os fazia o mais lento que conseguia.

- O que vai fazer comigo Malfoy? – a voz não lembrava em nada o tom irritante de quando ela era criança, era uma voz suave e estava levemente rouca o que fazia seu corpo estremecer.

Ginny reparou no estremecimento do rapaz a sua frente e não conseguiu evitar a onda de satisfação que sentiu. Como mulher era bom saber que ainda podia despertar esse tipo de atração em um homem e Draco havia se provado um amante tão delicado quanto Harry. Nunca imaginou que sentiria prazer numa situação como essa, mas não podia se enganar, havia gostado e pela primeira vez em sua vida acordava nua nos braços de um homem.

Sua consciência dizia que aquilo era errado e que deveria se arrepender, que deveria ter tentado fugir assim que acordou e percebeu que ele ainda dormia, porém não teve coragem. O rosto de Draco parecia tão sereno, ela tinha certeza que fazia anos que ele não dormia tão relaxado e não conseguiu abandoná-lo.

Uma grifinória descobrindo que não tinha coragem de deixar a cama do inimigo?

Aquilo era inacreditável.

Continuou na sua observação ao homem a sua frente que se vestia lentamente ainda sem responder sua pergunta. Ele era bonito, não uma beleza selvagem e forte como Harry, mas algo mais aristocrático e delicado. Os braços de Harry apesar de não serem do estilo musculoso eram muito mais evidentes que os de Draco, mas ela sabia que existiam por tocá-los.

Os cabelos loiros irregulares também davam um toque delicado ao rosto fino de nariz arrebitado. Os ossos de Draco eram bem mais evidentes e machucavam algumas vezes e ele perdia feio no quesito bunda. O rapaz a sua frente não possuía ao contrario de Harry que tinha uma bem definida.

Riu não acreditando em seus próprios pensamentos e chamando a atenção do rapaz para si.

- Do que você está rindo? – perguntou desconcertado ao terminar de vestir a camisa negra de malha.

- Você não tem bunda! – ela sorriu, um sorriso tão sincero e juvenil que o fez sorrir também.

- Você enlouqueceu Weasley.

- E você não me respondeu Malfoy. – ela se sentou na cama puxando o lençol para cobrir seu corpo – O que vai fazer comigo?

Draco se sentou na cama estreita, os dedos longos deslizando pelo braço dela fazendo-a soltar o lençol que caiu revelando seu corpo da cintura para cima. A simples visão fez o corpo dele queimar, continuou acariciando a pele macia com os olhos fixos nos dela e quando se aproximou mordendo o pescoço branco e delicado a ouviu gemer.

- O que vai fazer comigo? – Ginny voltou a perguntar sentindo a boca dele explorando seu corpo, a voz rouca e sem conseguir suprimir alguns gemidos.

Nunca havia vivenciado aquilo. Seu relacionamento com Harry era sempre rápido e básico em meio ao campo de batalha, nem a primeira vez deles havia tido tempo para beijos mais profundos ou explorações como aquela. Quando Harry tomava seu corpo com a boca era para marcar e morder e Draco não estava fazendo nada daquilo. A língua quente deslizava por sua pele como provando.

Arfou quando ele abriu delicadamente suas pernas e beijou a sua intimidade.

- Preciso tirar você daqui. – a voz dele saiu no antigo tom arrastado e ele não parava sua exploração o que a estava fazendo quase perder os sentidos. – Vão matá-la se te encontrarem.

As palavras dele mal eram ouvidas. Ginny não tinha noção do que estava sentindo, seu corpo parecia perdido em meio a sensações desconhecidas, podia sentir seu coração descontrolado e seu quadril se movia sem o seu consentimento, não tinha noção de quando suas mãos foram parar agarradas aos fios loiros dele.

- Merlin! O que você está fazendo? – ela arfou em meio aos gemidos.

Draco parou e subiu vendo os olhos castanhos arregalados, o corpo tão entregue e depois de beijar suavemente os lábios entreabertos sussurrou no seu ouvido.

- Não me diga que o Potter nunca fez isso? – Draco lambia o pescoço mordiscando atiçando.

- Não. – ela gemeu porque ele havia substituído sua boca por suas mãos.

- Então prepare-se.

Draco voltou a descer e Ginny teve certeza que aquilo era algum tipo de tortura e quase não conseguiu segurar o grito ao sentir seu corpo inteiro estremecendo em meios aos risos dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É uma pena que as pessoas não estão gostando da fic... Eu amo tanto ela... Acho que vou deixar ela de lado então...

Sim, estou fazendo drama... Eu sou da filosofia de comentar tudo o que leio... TUDO... Mesmo para dizer que é bonitinho, fofo, que não entendi ou não gostei... Eu comento... Então me acho no direito de pedir comentários...

u.u

Beijinhos e até o próximo capítulo:

Um lugar no mundo

Ele não sabia muito bem como se sentia em relação ao desaparecimento de Ginny. Havia a culpa por não ter estado ao lado dela para saber o que tinha acontecido, o sentimento estranho de deitar na cama vazia e fria e mais nada. Não sentia o desespero maior do que quando havia perdido tantos outros companheiros de batalha.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Ultima Profecia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.