Capítulo O2 – A seleção das casas

- Hm, uma mente nada mal, você poderia ir longe. Ousadia, coragem ... Vontade de vencer... Mas aonde coloco você? Inteligência, perfeccionismo, aplicada em tudo o que faz. Corvinal certamente concederia grande aumento dessas suas características. Mas há ousadia, coragem, vontade de vencer.

Enquanto o chapéu pensava na resposta, a garota ficava cada vez mais ansiosa, percebeu que a que mais estava demorando com o chapéu na cabeça até agora tinha sido ela.

- GRIFINÓRIA

Emily se levantou, e percebeu que poucos alunos da Grifinória bateram palmas pela sua chegada ( alguns até a olhavam feio), porém não se importou, sentou- se no banco e ficou esperando os outros alunos se apresentarem, só faltavam mais quatro alunos.

A seleção se seguiu dessa forma: Richard Murrie, Corvinal. Ruth Foschini, Lufa-Lufa. Denise Blanes, Grifinória, e por fim, Annelize Krapp, Grifinória.

O banquete se iniciou, e todos os alunos comiam (uns até um tanto desesperadamente). Depois vieram as sobremesas, a parte que Emily realmente gostou, já que era raro ela come alguma guloseima em casa.

 Finalmente alguns alunos estavam se encaminhando para seus quartos com a ajuda dos monitores de suas casas, Emily esperou a maioria deles saírem e se levantou também. A última coisa que queria era chamar novamente a atenção em meio aos alunos. Olhou para a mesa da Sonserina e viu Draco piscar para ela, gesticulando um “espere” com as mãos.

Quando restavam apenas alguns alunos os dois se levantaram para se encontrarem no centro do Salão. Draco sentiu o olhar triste da amiga, e a abraçou de lado.

 - O que f...

Antes de terminar a pergunta, seu pai apareceu na frente dos garotos.

- Venha Emily , eu quero falar com você, no meu escritório.

E saiu andando em passos largos, os meninos se entreolharam, mas nada disseram.

Draco se despediu de Emily com um abraço, e saiu à procura de algum aluno de sua casa. Emily acompanhou o pai em direção as masmorras.

 Chegando ao escritório, Snape sentou-se em sua cadeira atrás de sua mesa, e a meninas na única cadeira que tinha no local, de frente para o pai. Emily trazia um olhar ressentido e culposo.

- Precisamos ter uma conversa antes de você ir para seu dormitório.

 Snape começou, com um olhar sério que fez a meninas ficar ainda mais nervosa. Sempre que seu pai tinha essas conversas com ela, sabia que era bronca na certa.

O pai percebeu o nervosismo da menina, e deu uma risadinha pra descontrair.

 - Relaxe. Eu gostaria de falar com você sobre a hospitalidade de alguns alunos aqui na escola. Eu percebi alguns olhares tortos e até mesmo rudes, vindo da maioria deles. E eu imagino que vai ser um pouco difícil pra você, no início, sendo que quase ninguém sabia da sua existência, e o fato de ser filha de um professor da escola faz com que seja ainda mais difícil a convivência e o entrosamento com o restante dos alunos, Porém,  eu quero que saiba que não deixarei que nada nem ninguém magoe você. E peço que me prometa que vai me deixar a par de tudo o que acontecer por aqui, sendo uma coisa ou uma coisa ruim. Posso contar com você?

 A conversa tinha tomado um rumo que a menina não esperava que fosse tomar. Na verdade ela esperava uma bronca, por não ter conseguido o que seu pai esperasse que ela conseguisse. Agora estava mais aliviada.

 - Papai, eu não me envergonho nem um pouco de ser sua filha, e não ligo pra o que as outras pessoas disserem aqui sobre mim... E eu tenho ao Draco, ele é meu amigo, papai. E qualquer coisa eu jogo um feitiço poderoso neles, e garanto que nunca mais vão se quer falar o meu nome.

 Emily Disse rindo. Um sorriso que durou pouco tempo, até perceber o olhar sério do pai. Severo não admitia que brincasse com essas coisas, pois julgava que a garota ainda era muito nova.

 - Papai, me desculpe.

O pai a olhou meio questionado.

 - Desculpa pelo que, princesa?

 A garota abaixou a cabeça, e falou baixinho

 - Por ter ido para a Grifinória.

 Snape deu a volta até a cadeira da menina, e se abaixou para olhar nos olhos dela.

 - Não tem pelo que se desculpar meu amor, eu não estou chateada com você. É claro que eu iria adorar em você ter sido selecionada para a Sonserina, mas estou feliz por você ter ido para a Grifinória também.

 A menina abriu um sorriso, frágil, mas ainda assim um sorriso.

 - Mesmo?

O pai a pegou no colo, e caminhou até seu divã. A garota se recostou no ombro do pai, e escndeu a cabeça em seu peito.

 - Eu seria incapaz de me chatear com você, ainda mais por uma coisa dessas, minha querida. Eu te amo, minha princesa.

 - Eu também te amo, papai.

 E ficaram assim abraçados por alguns minutos, até que Emily bocejou e Snape percebeu que já era tarde.

 - Já está ficando tarde, princesa. Melhor você ir para o quarto, pois amanhã terá que acordar cedo.

 Emily se levantou prontamente, deu um abraço e um beijo no pai, desejando-lhe boa noite. 

- Agora vá direto para o seu dormitório, não queria criar problema antes mesmo de começar oficialmente às aulas.

 A menina deu uma risadinha e saiu correndo até seu dormitório. Chegando lá encontrou mais três garotas, todas dormino. Emily estava tão casada que se deitou e dormiu rapidamente.

***

No dia seguinte, Emma acordou bem cedo, antes das outras meninas do seu dormitório se levantar, se arrumou e desceu para o Salão Principal. Queria ver se encontrava Draco antes de começarem as aulas, porém sabia do problema do garoto com a pontualidade. Quando chegou, o salão se encontrava completamente vazio. Sentou-se na ponta da mesa de sua casa, abriu o livro que levava em suas mãos, (estava lendo “Hogwarts, uma história” pela milésima vez) e começou a ler despreocupadamente.

  Estava tão absorvida no livro, que levou um susto ao ver alguns alunos da Corvinal, que Emily julgou que conversavam alguma coisa engraçada, pois estavam rindo. Foram em direção à mesa de sua casa, e se sentaram. Emma estava começando a ficar entediada com aquela situação, até que chegou uma menina do seu dormitório, e sentou- se ao seu lado.

- Olá.

A garota desconhecida disse envergonhada.

- Olá.

Emily respondeu, com um sorriso estampado no rosto.

- Me chamo Denise, você deve ser Emily, certo?

- Sim, isso mesmo.

- Meus pais levaram um tremendo susto quando souberam que eu era uma bruxa. Na verdade minha mãe era bruxa, só que meu pai não sabia. Foi um susto e tanto pra ela.

A menina disse, entre risinhos.

- Pelo menos por isso não passei... Meu pai é bruxo, e eu convivo nesse mundo desde quando nasci.

 Viver certamente não era a palavra certa, sendo que o pai não passava mais do que 1 mês no ano com a garota, porém Emily não entrou em detalhes.

- Ah, então você deve saber um monte de feitiços, néah? 

- Que nada, apenas alguns.

Emily não queria parecer exibida na frente da menina que ela tanto tinha gostado. Ela sabia bastante feitiços, pois lia muitos livros e treinava alguns escondido.

- Já está quase na hora do café, estou louca pra que comecem logo as aulas.

Foi então que Emily notou que o salão já estava praticamente cheio, os alunos já estavam todos ali. Bem no fim do corredor, vinha Draco com outro garoto, andando apressados. Era estranho ver seu amigo usando as vestes da Sonserina, e ela com a da grifinória, queria estar junto dele.

Como estavam atrasados, os meninos deram apenas um sorrisinho para Emily, e foram para seus lugares.