Only One escrita por Lukke, toromaru


Capítulo 6
Capítulo 6- Acordo no quarto da tormenta eterna


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei mesmo criar nomes de caps g.g
Espero que gostei õ/



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Quando eu acordei, a primeira coisa que eu vi foi o ventilador do teto girando sobre mim, então eu olhei para o lado e me dei conta de que estava numa espécie de quarto de hospital, totalmente branco ou melhor irritantemente branco.

Sentei-me, tentando ignorar a dor latejante na cabeça, eu usava uma camiseta de algodão e calça branca com cadarços, que não eram minhas, meus pés estavam descalços, em um momento de pânico, perguntei-me o que havia acontecido com a chave, mas tateei meu peito e lá estava ela, como um pingente num cordão.

Com dificuldade fiquei de pé, o chão era de algum piso estranho branco que eu nunca havia visto em lugar algum, eu me virei e me vi diante de um espelho com as hastes também brancas.

-Santo Cristo! –Murmurei.

Parecia que eu havia perdido dez quilos que eu não podia me dar o luxo de perder, Meu cabelo estava um ninho de ratos e minhas oleiras estavam mais profundas do que o normal, se eu visse alguém com esse rosto pedindo dinheiro no cruzamento de uma estrada, teria trancado as portas do carro.

-Vejam só quem acordou! –Disse uma voz vagamente familiar, vinda do final da sala.

Me virei na direção da voz, e entrando pela porta estava aquele estranho militar que apareceu no meu quarto acompanhado de um homem de cabelos pretos e jaleco (o que devia significar que ele era um médico). Conforme ele vinha em minha direção, os barulhos de suas botas ecoavam pelo quarto, seu uniforme militar verde camuflado o deixava meio deslocado naquele quarto branco.

-Como foi que eu cheguei aqui? –Perguntei

-É bom revê-lo também. –Respondeu ele com aquele típico tom de voz irônico que eu detestava

-Isso não responde a minha pergunta.

Eu vi os olhos dele quase que faiscarem o que me fez perguntar se eu não havia ido longe demais, mas ele apenas suspirou e revirou os olhos.

-Deite na cama Jake. –Ordenou ele enquanto empurrava meu peito na direção da cama.

Eu estava tão fraco que cai na cama facilmente, o que fez eu me sentir como um idiota, eu derrotava monstros cinza com uma espada, mas era jogado facilmente na cama como se eu tivesse a mesma e força e significância de um hamster.

-Será que você pode me responder? –Eu perguntei com um pouco de receio dessa vez.

Eu já vira pessoas misteriosas assim nos filmes, elas se ofendem facilmente, e então explodem as coisas.

-Teleportador. –Respondeu ele se afastando um pouco.

O médico que não fizera nada até ali, se aproximou e tirou do bolso de seu jaleco uma pequena lanterna médica, ele a acendeu, mirando-a no meu olho direito.

-Mas como? Eu só me lembro de ter apertado o botão. –Disse eu enquanto o médico mirava a lanterna no meu outro olho.

-Quando você apertou aquele botão, você acionou o mecanismo de um dispositivo que nós temos na órbita da Terra, quando acionado, ele dispara aquele raio de luz azul que você viu, que identifica o estado quântico da matéria do individuo que o acionou, e envia esse padrão para cá, ou para onde nós desejarmos, para reconstrução. –Explicou ele enquanto observava o médico me examinar.

-Nossa! –Exclamei meio surpreso. –Arma poderosa.

O médico então puxou um daqueles palitos de picolé, e fez um gesto com o mesmo para que eu abrisse a minha boca.

-Sim, mas ainda está em fase de testes, por tanto só funcionou com seu corpo não com suas roupas. E por falar nisso, belo abdômen. –Disse ele segurando o riso.

Eu não sou de corar, mas pensar que eu fui visto nu por ele (ou sabe-se lá por mais quem) me fez ficar um pouco vermelho, a minha sorte foi que o médico estava com aquele palito de picolé na minha boca, porque eu não tinha ideia do que falar depois dessa.

Um desconfortável silêncio se formou.

- Por que vocês simplesmente não mandaram um carro para vir me buscar? –Perguntei por fim. –Eu ainda não me acostumei a meios de transportes bizarros.  

O médico fez um gesto com a cabeça para ele o que devia significar que havia acabado, o militar assentiu. Antes de ir embora o médico me deu um pirulito azul, como se eu ainda tivesse cinco anos, não estou reclamando. Eu amo doces! Mas apenas o guardei no bolso.

 -Carros sempre foram veículos de transporte ultrapassados. –Disse ele contornando a cama e pegando uma prancheta de cima de uma cabeceira, ambas brancas que se encontrava ao lado da cama. –Nós já havíamos criados coisas melhores antes mesmo deles terem sido inventados.

Enquanto ele lia o que estava na prancheta, eu me perguntava se ele não estaria brincando, eu não sabia exatamente quando os carros foram inventados, mas imaginava que isso fora quase em eras pré-históricas... Na época em que pessoas assistiam à TV preto e branco e caçavam dinossauros.

Quantos anos tinha essa organização? E será que eles deixaram de remontar os quilos a menos que eu perdi? Enquanto eu pensava em outras perguntas inteligentes desse tipo, um pensamento me ocorreu...

-A Rachel está bem? –Perguntei rapidamente enquanto me colocava sentado, e logo em seguida continuei tentando parecer menos desesperado. –Quer dizer... Onde ela está?

Ele se limitou a erguer os olhos da prancheta, mas voltou-se para a mesma segundos depois.

-Ela está bem. Digo, ela não está aqui, mas está bem. –Respondeu ele um pouco hesitante.

Eu me senti aliviado por alguns segundos. Já que ela não fora transportada para cá como eu, eles não a viram nua, mas então eu me lembrei de Trish.

-Mas Trish estava lá! Como ela pode estar bem? -Eu perguntei relutante.

-Veja bem Jake. –Disse ele pondo a prancheta de volta onde ela estava. –Nós temos assuntos mais importantes a conversar agora que você resolveu entrar para a organização. Eu já disse que ela está a salvo, confie em mim. E em relação a seu amigo Trish, nós já cuidamos dele.

Eu não entendia por que todos diziam que ele era meu amigo. Mas enfim, eu tentei aceitar a ideia de que Rachel estava bem, por mais difícil que fosse. E me perguntei o que ele quis dizer com “nós já cuidamos dele”. Mas ele tinha razão, nós podemos pensar nisso depois, ele me deve muitas explicações.

-Na minha luta contra Trish, - Eu disse por fim. –Ele me chamou de algo como “suposto rolimã”. O que isso quer dizer?

Aquela pergunta pareceu tê-lo deixado inquieto. Pondo peso ora numa perna ora em outra.

-Você ainda está em se recuperando dessa experiência no transportador. –Disse ele indo em direção a porta. –Afinal, você não estava dormindo, estava em uma espécie de transe cerebral. Isso não te fez descansar. Amanhã nós conversaremos sobre tudo isso, por ora, apenas tenha em mente que você é uma pessoa especial. E que seus poderes o esgotam demais.

Eu não estava satisfeito com a resposta. Eu queria tudo esclarecido naquele momento. Mas realmente, eu estava muito cansado, mas só fui reparar aquilo naquele momento. Então fiz que sim com a cabeça.

-Com grandes poderes... Vem uma grande necessidade de tirar um cochilo. –Concluí, enquanto deitava na cama. 


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