A História de Um Vilão. escrita por lorrayne_f


Capítulo 6
Amadas Maldições. Narcisismo.




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O ano de 1939 me traria novidades? Seria um ano de conquistas? Ou eu colocaria tudo a perder? Fiquei muito tempo refletindo sobre a vida, e o que eu faria dela.

‘Eu não quero ser apenas mais um bruxo. Desejo ser lembrado por todas as gerações de bruxos. Ser temido e respeitado seria maravilhoso. Os futuros bruxos terão medo de mim, não falarão mal de mim, ser sangue-ruim vai ser um crime. Preciso honrar minha descendência. Salazar Slytherin ficaria orgulhoso de mim?‘

Eu continuava lendo incansavelmente livros sobre Hogwarts e sobre o mundo bruxo. Novamente deixei de dormir. Encontrei algumas coisas sobre certas Maldições devastadoras, que a pena pra quem ousasse usa-las era prisão perpétua em Askaban... prisão de segurança máxima de bruxos.

Uma dessas maldições me chamou muita atenção... alias, todas as três me chamaram atenção, e estava determinado em testa-las na primeira oportunidade. Não sei porque mais a cada dia eu alimentava mais a minha misantropia. O que mais me irritava era não saber o motivo de ser abandonado por meus pais. Aquilo consumia minha mente, aqueles pensamentos tomavam conta de todos os meus atos. Eu vivia calado, não comia e não dormia. Apenas pensava e continuava lendo.

Fui acumulando muita raiva dentro de mim, queria respostas, mas só recebia mais perguntas. Eu estava me esgotando.

Resolvi dar umas voltas pra esfriar a cabeça e encontrei algo que me chamou muita atenção... havia um cachorro que acabará de ser atropelado na rua, ele chorava muito e várias pessoas estavam paradas em volta dele. Eu fiquei olhando de longe e vi minha primeira oportunidade.

– a-VA-da ke-DA-vra! – Eu falei baixinho enquanto sacudia ligeiramente minha varinha. Um flash de luz verde saiu em direção ao cão, e instantaneamente toda aquela dor e sofrimento foram interrompidos deixando lugar para que todos curiosos olhassem procurando de onde surgiu tal luz. Eu me escondi em uma lixeira que estava em um beco. A emoção era muito grande.

Alguém pegou o cadáver do tal cachorro e jogou naquela lixeira. Naquela noite eu fiquei pensando... e seu tivesse sido pego? Mais eu ainda tinha que testar mais 2 Maldições.

***

Eu estava em um beco, e via uma silhueta de uma mulher.

Ela estava chorando, e eu perguntava a ela o que havia acontecido...

Ela se virou e falou:

– Porque você não me ama Tom, por favor não me deixe. Eu te amo.

***

Acordei muito confuso... aquele rosto era muito familiar pra mim... mais eu tenho certeza que nunca tinha visto aquela mulher. Estava muito curioso... mais aquele sonho desapareceu do meu pensamento logo que lembrei do dia anterior, e o destino mais uma vez me ajudando... vejo uma aranha no chão do quarto e mais uma oportunidade:

– im-PE-ri-o – Um pequeno vestígio de fumaça foi em direção ao alvo, então a aranha começou a flutuar e depois fiz com que ela pulasse pela janela que estava entreaberta.

Ótimo, perfeito! Eu estava tão feliz e não conseguia parar de sorrir. Só faltava mais uma... Mais pelo que eu li, esse feitiço era pior do que morrer, era mais cruel do que ser controlado. Tortura. Eu com apenas 12 anos, seria capaz de torturar uma pobre criatura... e quem sabe um dia um humano? Seria questão de oportunidade? Quem sabe por reflexo... Depois de matar e controlar... acho que sim, eu seria capaz de torturar algo.

E claro... pela ironia do destino essa chance me chegou. Minha vitima de tortura seria uma pobre barata. Mais na minha mente a tortura ia durar pouco e depois eu lhe daria a morte.

– CRÚ-ci-o – a pequena deplorável e nojenta barata começou a virar e se contorcer, fazendo movimentos que eu nem imaginava que elas eram capazes. Eu fiquei vendo ela se retorcer e não conseguia fazer nada. Eu estava boquiaberto e estava contente.

– a-VA-da ke-DA-vra! – Aquele flash verde novamente saiu de minha varinha acabando com todo aquele sofrimento.

Eu me sentia a pessoa mais realizada, e aquele sentimento de ódio foi substituído por sede... sede de poder, sede de vingança. Eu precisava saber mais sobre mim mesmo. Os culpados por todo meu tempo nos orfanatos ia pagar. Eu poderia ter vivido com meus pais, ou melhor... apenas com meu pai bruxo.

Estava com saudades de passar as tardes com Avery e com Abraxas... logo o ano iniciaria.





Eu estava correndo por uma rua muito escura, e uma mulher... a mesma do outro sonho corria atrás de mim sem parar, ela tinha uma varinha na mão.

– Me espera Tom, não me deixe por favor.


Acordei suando muito, até tinha uma poça em meu travesseiro. Fui até o banheiro fazer minhas abluções... e fiquei olhando por muito tempo o espelho. Me senti até um personagem de uma história trouxa... fiquei lá parado, admirando meu reflexo.

Eu mudei muito desde que entrará em Hogwarts... era uma criança alta pra minha idade... na verdade eu já era um adolescente, cabelos pretos, olhos verdes e extremamente branco. Eu era muito bonito, até mais bonito que Malfoy. Além de bonito, simpático, charmoso e galanteador. Qualidades que mais tarde aprendi a usar a meu favor.

Felizmente hoje seria o primeiro dia de aula, corri pra me arrumar e logo já estava a caminho de Hogwarts. Malfoy não parava de se exibir nenhum minuto, como sempre. Avery continuava bobo e retardado, o que também era normal.

– Ei Tom, por que está tão calado? – Perguntou Malfoy.

– Nada Abraxas. Estou normal.

– Se você diz. Então continuando.... – Na verdade ele nem se importava mesmo.

Logo estávamos na Estação de Hogsmead e fomos guiados até carruagens que eram puxadas por Testrálios.

– Cavalos inúteis – falei pra mim, como um sussurro.

– Que cavalos Tom? – droga, Malfoy me ouviu.

– Só lembrando de um filme trouxa que eu assisti.

– Tom esta diferente Abraxas. Deixa ele. – concluiu Avery.

Olívia Hornby me viu de longe, assim que sentei na mesa do Salão Principal e veio correndo em minha direção

– Tom, eu estava com saudades de você. Me conte como foi suas férias?

– Depois nós conversamos Olívia. – Fui frio, e ela percebeu. Seu olhar congelou e ela se sentou do meu lado.

Depois da seleção dos alunos do primeiro ano, finalmente comemos e fomos para nossos quartos. Eu estava no caminho até que ouvi a voz de Dumbledore. Parei e me escondi para ouvir.

– Sim sr. Dippet, tudo bem, assumirei as aulas de Transfiguração.

– O senhor sabe que confio em você né?

– Mais do que deveria.

Continuei andando como se não tivesse ouvido nada.

Olívia era muito insistente e veio sentar ao meu lado na Sala da Sonserina enquanto eu lia um livro qualquer.

– Você ainda me acha bonita Tom? – Ela se insinuava estranhamente para mim.

– Você não mudou nada Olívia. – apenas não me interessei.

– Conheceu alguém mais bonita que eu? – não respondi – Tudo bem.

– Espere Olívia! – ela já estava indo para seu dormitório – Você me acha bonito?

– Claro Tom, você é lindo! – vi brilhos em seu olhar.

– Mais bonito que Abraxas e Avery? – continuei.

– Muito mais. Você é o mais bonito Tom. – ela era muito apaixonada por mim, e claro me aproveitei da situação.

– Obrigada Olívia. – dei um beijo em sua testa, o que fez ela se congelar e seu rosto corar – Boa noite!

Na verdade eu não estava interessando na senhorita Hornby e em nem em ninguém, mais eu queria testar até onde as pessoas iriam para agradar quem elas gostam.

Eu deixei com que as coisas ficassem estranhas entre Abraxas, Avery e eu... mais não foi propositalmente. Eu estava mudado, tinha curiosidade sobre muitas coisas ainda, e minha vida se tornou os livros.

– Viajando de novo Tom? – Avery engraçadinho.

– Desculpa se te tratei mal Very. – ele assentiu com a cabeça.

– Eai Tom, descobriu mais alguma coisa sobre você – fiquei estático. Percebi que eles notaram e prontamente respondi

– Sou sangue-puro.

Eles riram e Malfoy disse:

– Que bom cara, isso é muito bom.

Ok, eu concordo que não deveria ter dito isso, deveria ter falado que não achei nada, mentir era algo que ainda não fazia parte do meu caráter, mas foi bom dizer aquilo. Eu cheguei acreditar que era verdade. Logo todos dormimos, e nos dias seguintes as aulas estavam cada vez mais interessantes.

Nós três não éramos mais tão amigos, mas éramos mais próximos que qualquer um em Hogwarts. Notei que Dumbledore se interessava muito em mim, e constantemente fazia questão de me vigiar de perto. Mais sempre tirei as melhores notas, eu era um excelente bruxo pra minha idade.

O ano passou mais rápido que o primeiro e o natal estava chegando... esse foi um ano mais produtivo que todos. Conquistei muitos ‘seguidores’ que contavam comigo para estudar, e para mais coisas.

Acho que neste tempo acabei me interessando mais por Olívia, talvez por ela sempre estar por perto, mais eu sentia alguma coisa por ela. Eu me negava a sentir algo por alguém, afinal de contas, eu era narcisista demais para gostar de alguém sem ser de mim.


( ok, as imagens são crédito by google, não estão totalmente parecidos com os que eu queria, mais não achei melhores. A Lívia era pra ser bem bonita, então até que ficou bom. )


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Notas finais do capítulo

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