A História de Um Vilão. escrita por lorrayne_f


Capítulo 5
Novos amigos. Descendência.




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Depois de comer muito, como nunca havia comido em toda minha vida, fomos guiados até o salão comunal de Sonserina.

Avery me explicou que os quadros tinham vida... digamos assim, e então a escada começou a se mover, eu entrei em pânico e novamente Avery avisou que aquilo era normal, as escadas agem por conta própria. Ah, que susto. Sei que estávamos indo em direção as masmorras, ou algo assim pois ouvi alguém cochichando.

Quando chegamos à porta da Salão Comunal, havia um garoto muito exibido, cabelos tão loiros que chegavam a ser brancos.

– Eu sou Malfoy, Abraxas Malfoy. É bom que vocês me respeitem. Meu pai é muito rico e ...

– Respeitar você? – questionei. – E o que ganharei em troca? Se você impõem algo, você não esta nos respeitando, logo não merece respeito, meu caro.

– E você, quem é? – ele perguntou.

– Pra você, sou Tom Riddle.

O tal monitor da Sonserina interrompeu o que seria o inicio de uma discussão e virado para a pequena porta disse:

– Abra para seu mestre. – a porta abriu como se fosse automática. Ali dentro era com certeza o lugar mais belo de todos, ainda mais bonito que o castelo inteiro.

As paredes eram todas de pedras cinzas, dando a impressão de um lugar aconchegante e elegante. As lâmpadas circulares presas ao teto tinham a cor verde e os sofás me pareciam muito caros.

O tal Abraxas me encarou o resto da noite, enquanto todos conversavam e riam. Logo chegou a hora de meninas irem para seu quarto e meninos para o seu.

Minha cama era do lado da de Avery e do outro dormia Malfoy.

Aquela noite jamais será esquecida... a primeira na qual eu dormi. Não sei se estava cansado ou não, apenas me lembro de acordar na manhã seguinte com as pernas quase imóveis de dor. Eu estava muito cansado mesmo. Me arrastei até o banheiro onde fiz minhas higienes pessoais então notei que era realmente muito cedo e ninguém estava acordado. Depois de um longe e demorado banho deitei em minha cama e comecei ler um livro que havia ganho de Avery. ‘Os contos de Beedle, O Bardo’... se tratava de quatro contos para crianças bruxas.

Li o primeiro, denominado “O Feiticeiro e o Caldeirão Saltitante”... quando ia para o segundo, Malfoy que eu nem tinha percebido, estava acordado e caçoou:

– Engraçado, Riddle... você sabe ler?

– Aprendi com sua mã... melhor eu ficar quieto. Eu te fiz alguma coisa Malfoy?

– Ouse falar dela e se considere morto! Ah! Claro, vamos ver... você nasceu? – Vi medo em seus olhos.

– Ora, ora... medo sr. Malfoy? De mim? Eu nunca te fiz nada e você nem me conhece, então não venha me importunar. – Nessa hora, nossas falas já era gritos e Avery acordou assustado...

– Não mãe, por favor não me castigue, não foi eu quem fez xixi na tampa da privada.

Malfoy e eu caímos na gargalhada, então ele surgiu com a brilhante ideia.

– Vamos Tom, eu sei que você também esta tentado a fazer isso... por favor vai? – vi até seus olhos brilharem.

– Tá Malfoy... só porque vai ser engraçado, e não é por você.

Então pegamos um balde de água cada um e jogamos no Avery que estava deitado.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Ele pulou da cama e saiu correndo em círculos pelo quarto, acabou acordando todos que começaram a rir sem parar junto comigo e com Abraxas.

– Vocês me pagam... eu... Tom... Marvolo... Riddle... vou te matar, e seu amigo também. – ele fazia questão de falar as palavras com pausas para dar mais ênfase ao significado.

Ele começou correr em minha direção e corri em direção ao centro do salão comunal, sendo seguido por Malfoy, e as meninas acabaram acordando e foram ver o que estava acontecendo, quando deram de cara com a cena... eu e Malfoy estávamos segurando Avery ( que estava todo molhado ) e ameaçava-nos joga-lo na lareira.

– Por favor, eu sou seu amigo, não faça isso Tom... não me mate! Abraxas não ouse.

Eu soltei e ele deu de cabeça no chão. Então a plateia entusiasmada não conseguiam parar de rir e Avery saiu correndo para o banheiro.

– Bate ai! – disse Abraxas.

PLAFT! [/som de tapa de vitória]

Todos trocaram suas vestimentas colocando o mesmo uniforme, só que agora ele tinha o símbolo da Sonserina. Eu e Malfoy fomos tirar sarro com Avery. Nós três acabamos chegando atrasados para a primeira aula... que sorte, aula de transfiguração com a turma da Corvinal. Que porcaria. ( desculpem-me da falta de educação ) Nós ficamos no fundo da sala e todos ficaram nos olhando, Malfoy não parava de se vangloriar pela brincadeira matinal, e percebi que algumas meninas perguntavam de mim à ele.

A professora então começou a distribuir borrachas e mandou Malfoy calar-se ( finalmente, se ela não tivesse feito, provavelmente eu teria ), as borrachas eram comuns e ela explicou que nós deveríamos transforma-las em pedra.

No começo não compreendi, mas logo na primeira ou na segunda tentativa consegui realizar a proposta. A professora elogiou. Avery deixou sua borracha Rosa e Abraxas deixou a sua liquida.

– Mais esforço classe. – disse a professora.

Depois de mais duas ou três aulas fomos para o refeitório, a partir dali, o dia passou muito rápido e logo as aulas já haviam terminado e eu estava livre. Li um pouco, conversamos um pouco, conheci mais algumas pessoas e fui dormir.

Semanas se passaram e nós três: Avery, Malfoy e eu estávamos cada vez mais amigos... eu sabia tanto deles, e eles nada sabiam de mim, cobravam para que eu procurasse sobre meu passado, só que não sabia por onde começar. Com isso comecei as pesquisas, lia mais e mais, até que um dia descobri que eu era mestiço.

– Droga! Mas claro, minha mãe trouxa, meu pai bruxo. Como... Ninguém pode saber disso, isso é uma desonra, como terei respeito se sou um MESTIÇO. – pensei um pouco alto. Sorte a minha ninguém ter ouvido.

Fui me deitar e logo estava dormindo novamente.




Acordei atordoado de manhã, agi normalmente para que ninguém percebesse meu stress. Como eu poderia ser filho de um trouxa? Tolo meu pai. As primeiras aulas foram tranquilas.

Na hora do almoço uma garota que eu nunca tinha visto, sentou entre mim e Malfoy e começou a falar

– Oi Sr. Riddle, meu nome é Olívia Hornby mais pra você é só Lívia.

– O prazer é meu Lívia. – ela era muito bonita. Seus olhos eram azuis cor de céu, seus cabelos loiros com algumas mechas mais claras que outras. Meu coração disparou. Sua voz doce me embalou.

– Posso te chamar de Tom? – disse ela me lembrando de acordar.

– Claro. O que traz a senhorita aqui? - Notei que ela também era da Sonserina e estava acompanhada de algumas meninas que estavam paradas atrás dela cochichando e rindo.

– Vou ser sincera... acho que você ficou sabendo do passeio que vai ter... e eu gostaria que você me acompanhasse. Malfoy e Avery já tem companhias... e percebi que você não chamou ninguém, como não poderia esperar mais, vim te chamar... Posso ser sua companhia? – NOSSA! CALMA. Ela falou tudo tão depressa atropelando as palavras e tremia, eu estava demorando a responder e ela me encarava com um ar de ‘diz que sim’.

– Claro que sim, seria uma honra... a senhorita é uma sonserina.. como eu em perfeito juízo poderia negar este convite? Além disso você é muito bonita.

Na hora ela corou e Malfoy começou a rir.

– Ta namorando, ta namorando. – Ele gritava e dava alguns pulinhos toscos... – Quem diria em Riddle, você apaixonado, mas que sorte a sua em garota?

Ela começou a sorrir e não conseguia disfarçar a emoção. O passeio seria dali a dois dias... que passaram muito rápido.

– Avery, acorda! Vamos Avery, você vai ficar pra trás! – eu e Malfoy gritávamos e mesmo assim ele não se movia parecendo uma estatua. Pelas barbas de Merlin! Mais como ele dormia.

Quando finalmente levantou, foi se arrastando como uma múmia até o banheiro, deixando os cobertores jogados em todo o caminho.

Finalmente nós estávamos rumo à Hogmeade. Nós seis nos dirigimos ao ‘ Três Vassouras’. O lugar era humilde, grande e cheio. Era todo de madeira e iluminado, isso deixava o ambiente aconchegante.

– O que vão querer crianças? – perguntou um velho com cara de sujo com uma gigante pança.

– Uma cerveja amanteigada – Disse Malfoy.

– Eu também quero – As três meninas disseram ao mesmo tempo como um coral.

– Então nos vê seis cervejas amanteigadas por favor. – Exclamei deixando Avery sem resposta.

Meu olhar era fixo na senhorita Hornby, ela era realmente bonita. Modéstia a minha achar que naquela época eu já era lindo, mas é que todas as outras meninas do bar não paravam de me olhar, senti um certo ciúmes de Malfoy que queria chamar mais atenção do que qualquer um ali.

Foi uma bela tarde, todos nós tomamos muita cerveja amanteigada, passeamos muito, visitamos até o correio, compramos muitas guloseimas no Dedos de Mel e o lugar do qual eu mais gostei com certeza foi o Zonko’s. Abraxas comprou muitas travessuras para usarmos com o Avery. Coitado, nem imaginava que era tudo pra ele. Incrivelmente nós todos rimos o dia inteiro. E quando a noite chegou estávamos totalmente acabados e cansados e logo fomos todos dormir.

Os dias se passavam e Olívia se mostrava cada vez mais interessante em mim. Não podia ver alguma menina conversando comigo, ou até chegando perto de mim, que tinha ataques de ciúmes, batia o pé, falava auto e tudo para chamar atenção. Como se estivesse me marcando como dela. Isso me agradava, a determinação dela era algo que eu admirava, ela estava lutando para me conquistar, e mesmo que eu não me importasse ela não desistia.

Infelizmente o ano acabou muito mais rápido do que eu esperava. Lendo meus últimos livros, vi algo sobre Salazar Slytherin, ele era um dos poucos bruxos ofidioglota. O que ele fazia? Nada mais nada menos do que falar com cobras. Ali também tinha alguma coisa que apenas descendentes de Slytherin poderiam ter o mesmo dom, ou algo assim.

Fiquei muito contente, finalmente uma noticia boa. Isso pelo menos diminuía o meu rancor por ser mestiço. Ser aquilo era totalmente deplorável. Eu precisava que aquilo permanecesse em segredo. Mas ser descendente de Salazar, era a melhor noticia que ouvira.

Em questão à escola, sempre fui um bom aluno e o primeiro ano foi extremamente fácil, passei com excelentes notas no N.O.M.s e no N.I.E.M's. Além disso, conquistei muitos colegas e alguns fãs. Pessoas que me admiravam pela minha inteligência, e como Lívia dizia, por eu ser ‘gatinho’. O ano acabou e todos disseram até logo Hogwarts.



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Notas finais do capítulo

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