Tentando Amar escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 16
Espero por meu pricípe.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *-*



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Manu

 Estava ajudando Ana a lutar, quando eu sinto alguém me puxar. Quando eu olho para a direção de quem me puxou, vejo um homem. Ele me colocou em seus ombros, me obrigando a olhar para as costas dele. Com meus pés eu tentava chuta-lo e tentar sair. Logo me veio o sonho na cabeça e eu sabia o que ele queria. Gritei o nome de Nico, mas uma nevoa me cercou me fazendo adormecer.

 Acordei em uma sala escura, muito parecida daquela que estávamos, poderia até pensar em estar no mesmo lugar, mas eles não seriam tão burros de me levar para o mesmo lugar que meus amigos estão. Eu devia estar bem longe. Eu sentia isso, sentia o mar perto de nós, e no lugar de onde estávamos não havia mar por perto.

 Tentei me soltar, mas minhas mãos e pernas estavam acorrentadas. Só ai que percebi que eu não estava com a mesma roupa de antes. Agora eu estava com um vestido azul que batia até meu joelho.

 Uma porta se abriu e um homem saiu de lá. O mesmo homem de meu sonho. Ele era alto e forte. Usava um terno.

-A minha princesa acordou – ele disse.

-Quem é você? – perguntei.

-Meu nome é Atlas.

Eu sabia quem era Atlas.

-Pensei que estaria segurando o céu. Como meu irmão te deixou.

-Bom, eu acabei conseguindo sair de lá, não vou falar como. Mas o que importa é que eu estou aqui por vingança. E eu irei matar seus amiguinhos, um por um, para eles sentirem a dor. Principalmente seu irmão. E por que não atrair ele com sua irmã?

-Eles vão me procurar e vão te matar – disse.

-Acredito que não, eu tenho uma arma valiosa. Você. Se eles tentarem me matar, você morre. Mas eu vou matá-los e você será minha dama.

-Nunca.

-Ou você morre, ou vira minha dama.

-Prefiro morrer a ser sua.

-Vai me dizer que você prefere o filho de Hades?

Não respondi. Ele começou a rir.

-Você acha mesmo que ele sente alguma coisa por você? – ele disse – Filhos de Hades não tem esse tipo de sentimento. Ele só quer você, só quer seu corpo. Ele teria ficado com você durante a luta e impedido você de sumir.

-Ele vai vir atrás de mim.

-Corrigindo: ele vai vir atrás da pedra.

Tinha me esquecido disso. A pedra estava aqui, em algum lugar.

-Bom, agora eu tenho que ir cuidar de negócios. Fique aqui. Bem quietinha.

E foi embora. Eu não sabia o que fazer, apenas esperei. Apertava o colar que Nico me dera.

Nico

 Paramos em um hotel para descansar. Eu ainda estava muito abalado. Aquela alegria que sempre me cercava já tinha ido embora, minha vontade era de matar aquele homem, mas eu sabia que eu iria matar.

 Iríamos buscar à Manu, pegar a pedra e matar esse titã.

 Pegamos um único quarto. Dividimos ente nós: Percy e Annabeth dividiram uma cama de casal. Ana e Lucas a outra (tinha alguma coisa rolando entre eles). Eu fiquei com uma cama de solteiro.

 Demorei muito para dormir. Não parava de pensar em Manu. Finalmente consegui dormir.

 Sonhei que estava na mesma caverna dos outros sonhos. Manu estava lá com um vestido azul e suas pernas e braços estavam acorrentados. Não via sangue nela. Ela tentava soltar as correntes, mas percebeu que não iria conseguir e descansou. Ela olhava para o teto e disse:

-Por favor, Nico, venha me salvar.

Uma porta se abriu e um homem apareceu. Ele estava com um terno, era alto e musculoso também aparentava ser um pouco velho.

-Atlas – disse Manu com nojo – o que você quer?

Aquele não era Atlas, eu já tinha o visto antes, e Percy acabou com ele. Olhei melhor e percebi que aquele era Atlas, só que diferente.

Atlas, eu sentia nojo dele, eu iria acabar com ele.

-Só vim ver se minha futura esposa esta bem – ele disse. Como assim futura esposa?

-Pare de me chamar assim. Eu não serei sua futura esposa.

-Vai ser sim. – ele disse chegando bem perto dela.

-Nunca – ela gritou e deu um chute na cara dele. Suas pernas estavam acorrentadas, mas ele chegou tão perto que deu para ela chuta-lo.

-Sua... – Atlas disse – Agora você morre! Mas eu não posso te matar, por que você é a isca perfeita para seus amiguinhos virem até mim. Então por que não te machucar? Seu namoradinho vai ficar com tanta raiva que vai vir correndo.

-Como assim? – ela perguntou.

-Ele esta sonhando agora com essa cena, queridinha.

Atlas pegou uma espada e colocou-a na barriga de Manu. Se perfurar, só encostou.

-Eles irão me buscar – Manu disse.

-Aqui é a Ilha de Capri, minha querida. Cheia de seguranças, vamos ver se eles vão conseguir chegar até você.

Manu fechou os olhos, percebendo que iria se machuca. Ela sussurrou uma coisa que Atlas não ouviu, mas eu não sei com, eu ouvi: Nico eu te amo.

Atlas perfurou a barriga de Manu com a espada. Ela gritou

Acordei ouvindo ainda o grito de Manu. Eu já sabia onde ela e a pedra estavam. Manu estava ferida, poderia morrer. Tínhamos que chegar o mais rápido possível. Sabia que aquilo só havia acontecido por causa do colar que eu dera à Manu.

Percy

Nico nos acordou era cinco da manha. Ele estava maluco e dizia alguma coisa sobre Ilha de Capri.

-Calma Nico – Annabeth dizia – o que aconteceu?

-Eu tive um sonho – ele disse – Sonhei com Manu. Ela estava em uma caverna. Quem a seqüestrou foi Atlas e ela e a pedra estão na Ilha de Capri.

-Você tem certeza? – perguntei – Eu derrotei Atlas.

-Absoluta. Ele voltou Percy, e enfiou uma espada em Manu. Ela esta morrendo.

Aquilo não era bom. Peguei minha mochila e partimos para a estrada.

-Você sabe onde fica essa Ilha de Capri? – Ana perguntou para mim.

-Sim. – disse – Mas tem um problema. Ela fica cercada de mar.

-Como nós vamos chegar até ela? – perguntou Lucas.

Olhei para Annabeth.

-Não – ela disse – Eu não vou naquela bolha de ar.

-O que é isso? – Lucas perguntou.

-Por seu filho de Poseidon. – disse – Eu consigo criar uma bolha de ar envolta de nós, e ela pode nos transportar por baixo da água.

-Legal – Ana disse.

-Por que não alugamos um barco? – perguntou Annabeth.

-Porque custa dinheiro.

-Nós podemos pagar.

Olhei para ela. Se for assim que ela queria. Dei de ombros. Ela me deu um beijo.

Nico estava no canto do carro olhando para a janela. Ela estava muito triste. Tive dó dele. Eu não suportaria perder Annabeth assim. Mas nós iríamos salvar minha irmã.

Alugamos o barco. Eu dirigia.

-Quanto tempo capitão? – Annabeth perguntou.

Ri do apelido.

-Uma hora, mais ou menos.

-Eu já disse que eu odeio barco?

-Foi você que quis o barco.

-Era melhor que a bolha.

-Eu não acho.

-Mas eu acho – ela disse – agora continue a navegar.

-Como quiser.

Já estávamos chegando. Eu já via a ilha, mas junto eu também via um monte de guardas.

Parei o barco a certa distancia.

-Por que você parou? – Ana perguntou.

-Esta cheio de guardas. Vamos ter que ir nadando ou na bolha.

-Não – Annabeth disse.

-Annie – disse – Você precisa enfrentar alguns medos para salvar Manu.

-Eu não estou com medo.

-Esta sim.

-Então vamos com a bolha. Eu vou provar que não tenho medo.

Isso era uma das boas coisas em Annabeth. Por ser filha de Athena ela odiava ouvir dos outros que ela tinha medo. O único medo que ela admitia era de aranhas.

Todos entraram na bolha e fomos à direção a Ilha.

Chegando lá, não poderíamos simplesmente entrar.

-Quem vai? – Ana perguntou.

-Eu vou – Nico disse.

-Não. – disse Annabeth – eu vou. Eu tenho o boné de invisibilidade.

-Tudo bem – disse.

Annabeth pegou o boné e foi. Percebi que daquele lado da ilha só tinham dois caras. Ela deu um soco em um e depois enfiou sua espada no outro. Tirou o boné e nos chamou.

Manu

Eu estava em um lugar escuro: uma caverna. Eu estava com um vestido azul de seda e tinha uma mancha de sangue nele. Eu chorava muito com a dor. Atlas entrou nesse lugar e ficou caminhando me olhando.

-Espere só mais um pouco minha Deusa – ele dizia com uma voz assustadora – logo seus amiguinhos vão vir salvar você e eu vou matá-los. Agüente firme, não morra até eles chegarem. Se você sobreviver será minha Deusa. Então viva!

 Eu chorava muito. Estava deitada do chão e meus pés estavam acorrentados. Um monstro entrou no lugar. Ele era uma espécie de fúria. Acho que era uma fúria. Entrou na sala e disse para o homem:

-Eles já estão aqui.

-O plano esta funcionando – o homem disse rindo – obrigada por sobreviver, querida. – disse para mim.

Percebi que o que estava acontecendo era igual ao meu sonho. Não agüentei e desmaiei.

Nico

 Fomos à direção a Annabeth. Ela havia pegado à chave de um dos homens no chão.

 Peguei a chave e fomos para dentro. Abri a porta e dei de cara com um corredor cheio de portas.

Eu corria no corredor, procurava Manu. Ouvia passos atrás de mim, eram meus amigos. Abri todas as portas, até que eu abro uma e vejo Manu sentada do chão. Ela estava desmaiada e em seu vestido tinha uma mancha de sangue. Corri em sua direção, eu sentia a morte chegando nela. Eu chorava.

-Parece que o príncipe encantado chegou para salvar a amada – uma voz veio de atrás de mim.

Virei e vi um homem alto e musculoso. Atlas.

-Mas pena que isso só acontece em contos de fadas – ele disse – e isso é a vida real. E você ira morrer. Se a garota sobreviver ela será minha Deusa.

Senti uma raiva no meu corpo e eu ataquei, mais fui impedido por duas correntes que me prenderam e eu fui levado para fora do quarto.

A ultima imagem foi de Manu cheia de sangue e morrendo no chão. Aquele era o meu sonho sendo verdade. Desmaiei.

 Acordei em uma sala. Todos os meus amigos estavam lá, menos Manu. Eles estavam acordados. Tudo tinha sido tão rápido. Eu precisava sair de lá.

-Sinto muito – Lucas disse para mim. Poderia ter sido para mim, mas valia para todos.

Ficamos todos em silêncio. Ouvi uma voz em minha cabeça dizendo: Você consegue. E por incrível que pareça eu sabia de quem era aquela voz: Poseidon.

 Concentrei toda a minha força no chão, no mundo inferior. Senti o chão tremer e a parede também. De repente as paredes começaram a rachar e nossas correntes foram soltas.

-Como você fez isso? – Percy perguntou levantando.

-Eu não sei - disse – Mas eu gostei.

-Aonde pensam que vão? – Atlas disse entrando na sala.

Peguei minha espada. Minha raiva dele já tinha se esgotado, e eu ataquei. Fui a sua direção golpeando seu braço. Percy atacou por trás.

-Não! – eu disse. – Essa luta é minha.

-Nico – Percy disse – eu sei que você quer se vingar, mas Manu está em perigo, quase morrendo, temos que acabar com isso, juntos.

 Ele tinha razão. Todos começam a atacar. De repente mais três guardas chegam ao local e começam a lutar contra nós.

Por um momento Atlas se distraiu, fui até ele e o golpeei, enfiando minha espada em sua barriga.

-Ela é muito bonita – ele disse.

Minha raiva piorou. Enfiei a espada em sua cabeça o fazendo morrer.

Agora eu não podia ajudar os outros. Fui à direção a Manu.

 Abri a porta e não tinha ninguém. Apenas Manu desmaiada no chão sangrando. A morte perto dela estava cada vez pior. Peguei-a no colo e sai correndo da sala. Dei de cara com meus amigos, eles já haviam matados aqueles guardas. Saímos correndo.

-Precisamos ir para o Olimpo! – Disse.

-Como? – Percy perguntou. – Nova York está muito longe.

-Fechem os olhos – Ana disse – e focalizem o Olimpio e seus pais. Talvez eles nos levem até eles.

Fechei os olhos e me foquei no Olimpo, em Hades e Poseidon.

Quando abri os olhos estava na sala do trono.


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Notas finais do capítulo

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