A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! A autora dessa fic continua viajando, mas ela pediu para eu agradecer a todos os reviews e dizer que ela vai responder assim que voltar.
Boa leitura.
Beijinhos da BiJe



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POV Clarisse La Rue

                Eu não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo! Eu não conseguia acreditar que eu, a filha de Ares, a melhor guerreira do acampamento, não tinha visto aquele maldito cão infernal se aproximar. Se alguém me perguntar, algum dia, se o que vou agora falar é verdade, eu irei negar com todas as minhas forças! Mas, eu sei, eu sei que não teria sobrevivido sem ele.

                Isso porque ele, em uma atitude muito corajosa, ou muito idiota, depende do ponto de vista, se colocou em minha frente, protegendo-me com seu próprio corpo. O cão infernal era imenso, peludo e com grandes dentes brancos que se destacavam na escuridão do labirinto. Talvez tenha sido essa escuridão que tenha nos salvado, pois a garra do cão infernal errou por pouco o local em que nós estávamos. Escuridão ou só sorte mesmo, isso nos deu tempo pra pegar nossas armas, eu peguei minha lança e ele a espada que levava pendurada na cintura. Nós lutávamos contra o monstro em perfeita harmonia, parecia que lutávamos juntos desde sempre e não que nunca havíamos feito isso. Estranho... Mas mesmo assim, o monstro era forte demais, eu já estava cansada e podia ver que Chris não estava muito melhor que eu. E eu já estava realmente nervosa quando, finalmente, eu consegui acertar o monstro e ele caiu. Eu suspirei aliviada e me virei para ver se Chris estava bem. Grande erro. E eu só percebi isso quando vi o terror passar pelo rosto de Chris e senti as garras do monstro cortar minhas costas.

                Eu cai no chão e senti um liquido quente, provavelmente sangue, escorrer por meu corpo e molhar o chão ao meu redor. Ao mesmo tempo ouvi o cão infernal rosnar um pouco acima de mim. Ótimo, então, é o meu fim. Eu vou morrer, como tantos outros que se aventuraram no labirinto. É, eu estava realmente achando que comigo ia ser diferente, como eu fui boba.

                Mas o que eu estava esperando não veio. Eu escutava o cão rugindo e grunhindo e também escutava alguns gritos, que eu imaginava serem de Chris, mas tudo parecia um tanto distante, a dor me consumia de forma insuportável e eu não sabia mais o que estava acontecendo. Até que ouvi passos perto de mim e logo depois a voz de Chris, próxima a meu ouvido.

                -Clarisse! Clarisse agüente firme. Vai ficar tudo bem, eu vou te ajudar.

                Eu queria responde-lo, mas não conseguia falar, então, peguei sua mão e a apertei com força. Eu precisava disso, precisava saber que ele estava ali, que eu não estava sozinha, como sempre estive. Ele ficou surpreso, mas retribuiu o meu aperto. Porém, logo a soltou, para procurar algo na minha mochila. Ele voltou com o estojo de primeiros socorros e começou a trabalhar nos cortes em minhas costas. Mas para poder fazer isso, ele tirou a minha blusa, me deixando apenas de sutiã. Não demorou pra eu sentir minhas bochechas corarem. Deuses, por favor, me digam que isso é só um pesadelo. Eu não posso realmente estar sem blusa na frente dele! Logo depois, ele passou um liquido nos machucados, que eu senti arderem de forma extremamente dolorosa e meus ombros ficaram tensos.

                -Relaxe, se você ficar tensa assim vai doer bem mais. -sussurrou ele, passando a mão em meus ombros.

                Eu tentei fazer o que ele dizia, mas era difícil, doía muito e logo as lágrimas rolavam livremente por meu rosto. Ele terminou de limpar os ferimentos e fazer os curativos, e veio em minha direção, só ai percebeu que eu estava chorando. Ele ficou surpreso em me ver naquele estado, mas pareceu entender, pois me pegou no colo e me carregou até um local distante do monstro, que só agora eu percebia estar morto, onde poderíamos acampar. Ele me colocou no chão e fez o acampamento, depois me pegou no colo novamente, e deitou nos sacos de dormir, me pondo ao lado, com a cabeça em seu peito.

                -Por que está chorando? Doeu tanto assim? Eu não quis te machucar.

                -Não, não é isso. Bom, doeu bastante, mas não é isso.

                -Então o que é? Se não quiser me contar, tudo bem, é só que eu fiquei preocupado.

                -Comigo?!- eu estava abismada. Ele riu.

                -E com quem mais seria? Então? Por que está chorando, querida?- ele respondeu passando os dedos em meu rosto, limpando as lágrimas.

                -Eu... Eu estou com medo, Chris. –eu não podia acreditar que estava realmente admitindo isso pra ele.

                -Eu também. Mas nós não podemos ficar assim. Esse labirinto é perigoso, e se você ficar assim se torna um alvo mais fácil. Acredite, eu sei o que estou falando.

                -Eu sei, eu vou melhorar. Eu tenho que melhorar.

                -Eu acho que você precisa descansar. Durma um pouco.

                -É, acho que deve ser uma boa ideia. Só uma coisa, você conseguir matar o cão infernal?

                -Sim, depois de você se virar, ele levantou e te atacou e eu... Eu fiquei um pouco irritado e o matei. - ele parecia em pouco envergonhado.

                -Ah, bem, obrigada.

                -De nada. –disse ele, rindo baixinho.

                Ele começou a passar os dedos no meu cabelo e eu me senti sonolenta. E logo depois eu dormi, ainda sem blusa, com seus dedos no meu cabelo e seus braços a minha volta.


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