Não demorou muito e Izzy chegou em casa com café e bolo, comi em silêncio pensando na noite de ontem, eu havia me descontrolado e me perguntava qual seriam as consequencias

            - O que você fez? Izzy pergunta me tirando dos meus pensamentos.

            - O que?

            - Quando você faz algo que acha errado você fica batendo os pés no chão, como está fazendo agora.

            Eu nem havia reparado que estava fazendo isso,maldito tique de infância, vi pela cara do Izzy que não conseguiria me livrar tão fácil do interrogatório e resolvi que era melhor contar logo, quando terminei ele falou:

            - Fale a verdade pra ele.

            - Ele nunca mais vai querer olhar na minha cara.

            - Então fale que foi um descontrole e que não vai mais acontecer.

            - Ai ele vai achar que eu não quero ele.

            - Porque vocês mulheres tem que complicar tudo?

            - Não ‘tô complicando.

            - Não? Ele pergunta me encarando.

            - Você não entende.

            - Eu ‘tô te dando soluções simples e você ‘tá complicando tudo.

            Me larguei no sofá me deitando e fitando o teto.

            - Acha que ele vai me ignorar?

            - Ai Soph. Ele diz saindo da sala.

            Fiquei lá por um tempo pensando, porem, depois de um tempo decidi que ficar ali só ia me fazer piorar, por isso subi tomar meu banho, me aproveitando da única muda de roupa que tinha comigo (http://www.bymk.com.br/looks/1626864/), me senti mais relaxada quando saí do banho e fui falar com Izzy.

            - Parou com a crise? Ele perguntou quando me viu.

            - Parei, foi mal fazer você passar por isso.

            - Tranquilo, eu esqueci de te contar a boa notícia.

            - E qual é?

            - Sua avó vai embora amanhã de manhã

            - Ela vai desistir? Perguntei um tanto surpresa, minha avó quase nunca desistia.

            - Ela vai lutar na justiça, mas você precisa querer pra ela te levar.

            - Pelo menos é um avanço ela ir. Digo tentando ser otimista.

            Pov Axl...

- Porque não quer que a Sophia fique aqui? Perguntei quando ela estava mais calma e o pessoal da banda havia saido.

- Você sabe muito bem o porque Willian, eu descobri o seu segredinho sujo.

- Como?

- Eu vi o exame.

Lafayette, algum momento do passado...

Axl segurava a pequena Sophia no colo, nunca gostou muito de crianças, mas aquele bebê lhe encantava, Michael estava sentado no sofá de sua sala olhando o irmão com certa raiva, Clara estava sentada de frente ao marido com um papel na mão.

- O que diz? Michael perguntou.

- Sophia é filha do Axl. Ela respondeu com a voz tremula.

Axl sorriu abertamente e começou a brincar com a pequena que acordava, ao ver o rosto do pai a criança sorriu.

- Eu vou assumi-la. Axl disse determinado.

- Não. Clara praticamente gritou.

- Ela é minha filha.

- Por isso não pode fazer isso, sabe como o pessoal dessa cidade é, a discriminariam por ter sido feita fora do casamento.

Axl suspirou, sabia que era verdade, mas queria ter sua filha por perto, coisa que sabia que não iria conseguir se o irmão criasse sua pequena Soph.

- Eu cuidarei dela. Michael falou, porem a falta de vontade em sua voz era quase palpavel.

- Poderei ve-la? Axl perguntou.

- Claro, só não conte para ela. Clara lhe implorava

- Por enquanto, mas quando ela tiver idade, podemos considerar a possibilidade?

- Claro. Ela diz sorrindo.

- É melhor você ir. Michael disse se lavantando.

- Adeus minha doce Soph.

Axl entregou o bebê para a mãe e saiu com o coração apertado por abandonar sua filha, sua doce criança.

- Como pode Willian?

- Eu não fiz nada sozinho mãe.

- Está traindo seu irmão craindo ela.

- Ele sempre a escondeu de mim, sempre me impediu de ve-la.

- Esse não é o lugar dela.

- E quem é você para decidir?

- Sou a avó dela.

- Bom, eu sou o pai.

- Não vou deixar que ela descubra essa imundice que você fez.

Pov Soph...

Passei a tarde com Izzy conversando, porem evitei falar no Slash, não queria me preocupar, pelo menos não por enquanto, logo Izzy teve que ir embora, Slash logo chegaria, por isso decidi ficar no quarto, lhe daria algum espaço para ficar sozinho, ouvi um barulho de carro e logo a porta da dala rangendo.

- Soph? Slash pergunta no andar de baixo.

- No quarto.

Ficamos em silencio depois disso, ele não subiu e eu não desci, ouvi alguns barulhos no andar de baixo mais nem me importei, ele devi estar aprontando alguma, e quanto menos eu soubesse melhor.

- Vai ficar aqui pra sempre? Ele pergunta quando sobe, depois de algum tempo que havia chegado.

- Não sei. Digo.

- Vem. Ele me puxa para fora do quarto, tapa meus olhos e me guia até algum lugar, pelo que parecia era a sala.

- Pronta? Ele pergunta

- Claro.

Ele tira as mãos dos meus olhos e eu me deparo com uma toalha de piquenique no chão da sala, com frutas, pães e várias outras coisas, incluindo uma panela com fondue de chocolate, sem contar que a sala era iluminada apenas por velas. Olhei para Slash surpresa, ele deu de ombros e disse:

- Minha mãe sempre disse que esse era o primeiro encontro perfeito.

- Sua mãe é uma mulher sábia. Digo sorrindo.

- Você nem imagina, vamos atacar?

Slash me guiou até o centro da toalha, comemos, brincamos, conversamos sobre coisas banais e até mesmo alguns assuntos um pouco mais intímos, depois eu o ajudei a arrumar tudo e lavar os pratos, panelas e talheres, quem nós visse pensaria que erámos um feliz casal, no final da noite nós fomos para o quarto, quando nos deitamos na cama Slash me beijou apaixonadamente, enlacei os braços em seu pescoço e aprofundei o beijo.

- Não tente nada Soph. Ele diz quando aprofundei o beijo.

- Não ia tentar digo sorrindo.

- Bom. Ele diz e volta a me beijar, ficamos nisso até cairmos no sono.