O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 25
Epílogo 2


Notas iniciais do capítulo

Então chegamos ao fim. Sabem, essa foi minha primeira fic e eu pensei que não ia ter nenhum leitor, mas vocês leram, queridas. Obrigada pelos os reviews, pela recomendação, pela paciência... Eu não sei o que eu faria aqui nesse site se não houvesse vcs para motivarem a continuação dessa história que pra mim, foi um prazer escrever *----*
Estou aliviada pelo o término de um bom trabalho, mas triste por nunca mais postar capítulos para essa Fanfic que tanto exigiu de mim, mas que tbm me deixou feliz em escrevê-la ! Isso não significa que não voltarei. Eu vou escrever outras histórias sobre o JB e ainda vou reencontrar vcs lá, leitoras!!!
Obrigada por tudo, beijokas e até a próxima ;)



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A viu escrever durante horas e depois voltar para cama e abraçá-lo. Algum tempo depois, acordaram juntos e disseram-se o quanto amavam um ao outro. Ele deleitou-se com o sorriso dado por ela, lembrando-se dos minutos de amor tão rápidos que acabavam de ter naquela cama.

- Quero ver Lisy. – Disse a bela mulher com olhos cansados.

- Ela já deve estar dormindo, meu amor. – Disse ele.

- Ainda assim, eu gostaria de vê-la. Vem comigo?

Ele assentiu e os dois foram até o quarto de Lisy. A beijaram, acariciaram-na e disseram o quanto a amavam.

Ao voltarem para o quarto, dormiram, mas pela manhã, ele percebeu que ela havia dormido bem mais que ele.

- Bom dia, querida. – Ele falou ao ouvido dela, enquanto se espreguiçava. – Acho que está meio tarde, temos que acordar antes que Lisy acorde. – Ela não se movia, foi então que ele percebeu que ela também não respirava. – Oh meu Deus, Kate! Acorde, por favor!

Às pressas ele ligou para a ambulância do hospital que era bem próximo à casa que eles moravam. Kate foi levada até o hospital, e um Justin aflito não parava de apertar as próprias mãos enquanto estava sentado em uma cadeira da recepção.

- Onde ela está? – Perguntou Pattie a Justin.

- Na sala de reanimação. E Lisy?

- Está em casa com Hilary. Kate sentiu alguma coisa durante a madrugada?

- Não teve nenhuma reação depois que nos deitamos para dormir.

- Sabe que isso não é bom sinal, não é? Ela pode ter falecido logo que deitou para dormir. Ela pode estar morta há mais de oito horas e as bac...

- Cala a boca, mãe! Vai mesmo se preocupar se havia alguma bactéria no ambiente em que eu estava ou vai tentar me confortar agora? Eu ainda acredito que ela pode ficar bem. Ela pode voltar para mim...

Pattie olhou para frente e viu uma grande movimentação. Um corpo magro em uma maca sendo levado às pressas para outra sala de reanimação. Então ela percebeu que ali estava Kate.

Quando notou, Justin levantou-se e pôs-se atrás daquela grande movimentação. Chegou à frente de um visor que dava para a sala de reanimação onde Kate estava. Viu vários choques balançando seu corpo frágil, e por fim, leu os lábios de um reanimador a declamar: “a perdemos.”

Deixou lágrimas grossas rolarem enquanto batia com força no vidro forte a sua frente. Gritou o nome da amada que agora estava estirada sem vida naquela maca. Sentiu braços o circundarem enquanto o puxavam para longe, e quanto mais longe, mais o desespero de Justin crescia. Mais suas mãos agarravam o ar a sua frente e mais sua mente se transformava em um grande mar avassalador, quebrando tudo, tirando sua sanidade. Ela morreu. Seu ar simplesmente havia ido embora com ela. Kate.”

Acordou pesarosamente. Seus olhos doíam, sua mente dava voltas. Soube que acabara de lembrar de quando havia perdido sua amada Kate, a única mulher que ele realmente amou. Coçou os olhos, inspirou. Sabia que havia dormido durante muito tempo, apenas não sabia por quê. Estava num quarto de hospital, belo e escuro. Solitário.

Sentia-se tão fraco que pensou não conseguir mover um músculo sequer. Mas conseguiu. Seus olhos foram em direção a uma cadeira desconfortável um pouco distante de sua cama. Nesta, sentada estava uma bela mulher de cabelos loiros, os quais ele reconheceu como sendo de sua filha Lisy. Ela chorava copiosamente com escritos em suas mãos. Era o diário. O diário De Kate.

- Lis... Lisy. – Gaguejou Justin ao tentar pronunciar o nome da filha.

- Pai? – Perguntou a garota assustada. – O senhor acordou... Oh Deus, o senhor acordou!

Lisy esquecera-se de tudo o que havia lido há pouco. Ver seu pai acordado novamente a fazia feliz mais do que enfurecida por ele ter mentido. Não sabia o que aconteceria a seguir, tampouco sabia o que fazer em relação àquelas mentiras, mas sabia que precisava abraçá-lo para matar tanta saudade. Não importava o próximo segundo. O que lhe interessava era o agora. Era seu pai acordado novamente.

...

Enquanto Lisy estava feliz com seu pai de volta, David, em sua casa, estava apreensivo. Sempre estivera desde que sua Lisy começara a ler aquele diário, afinal, ali estava toda a verdade e conhecendo sua amada como conhecia, sabia que ela não aceitaria tudo aquilo de braços cruzados. Sabia que ela iria contra todos, e se chegasse a saber que ele também fazia parte daquilo, se voltaria contra ele também. Talvez ainda houvesse tempo de voltar ao hospital e tirar aquele diário das mãos de Lisy antes de ela acabar de lê-lo.

David ligou o carro e partiu em direção ao hospital.

...

Justin afastou Lisy de um abraço para abrir uma conversa com esta. Então, a expressão da menina mudou. Agora era séria.

- Quem lhe entregou esse diário? – Justin perguntou desprezando qualquer comemoração naquele momento. Não haveria porque comemorar se ela descobrisse o que a fizeram.

- Vovó. Ou melhor, mamãe.

- Ela aproveitou minha situação para acabar comigo! Aquela...

- Espera, espera! Você vai falar assim dela? Os dois erraram, você não é nenhum santo, irmãozinho! E... Porque isso agora? Antes você e sua mamãezinha se davam muito bem! Porque xingá-la, hein? Você não tem o direito!

- Mais direitos que ela, tenho. Ela quis entregar a filha como um objeto e agora, quebrou uma promessa. Você tem razão. Antes, mamãe e eu éramos unha e carne, mas minha paciência se esgotou a cada cuidado exagerado dela comigo, e agora, foi pelo ralo desde que ela ameaçou-me de entregar o diário. Há anos que o relacionamento de minha mãe e eu é apenas uma fachada.

- Você aceitou a “doação” dela. Deixou-a tratar-me como um objeto! – Lisy desabou no choro. – Aceitou ser meu pai de fachada... Corroborou com ela em tudo.

- E isso você leu no diário de sua mãe? Um diário é a visão da pessoa que o escreve, não o que realmente aconteceu.

- Ela não é minha mãe. Eu nunca tive mãe.

- Kate é a sua mãe! Ela cuidou de você, ela te aceitou! Pattie te rejeitou.

- Tampouco tenho pai...

- Eu sou o seu pai!

- Você é o meu irmão. Isso é ridículo!

- Não, Lisy, eu sou seu pai porque te amei e te amo! Apenas quis poupar-te!

- Você fez o capricho da sua mulherzinha. Só ficou comigo porque ela pediu!

- Kate omitiu algumas coisas no diário. Eu... Eu nunca concordei em ser seu “pai”, porém, quando eu decidi devolver-te a sua mãe para não causar problemas e sofrimentos a ti, Pattie levou você até à casa de Hilary, alegando não querer ter uma filha. Ela disse que não te amava como uma mãe, e só te via como neta, pois, você deveria ser minha, e não dela. Kate, então, implorou para eu ir pegar você. Eu fui, Lisy, e desde lá, Kate e eu amamos você como nossa filha. Você é minha filha, Lisy. Minha.

- Agora a Pattie é a única culpada? Eu sei que a Kate também concordou com isso, afinal, ela pediu!

- Kate também participou, admito. Mas, se você leu esse diário, viu o quanto ela te amou e o quanto te colocou acima de tudo... Acima dela mesma.

- Nenhuma dessas revelações diminuem o que vocês fizeram. Ainda assim podiam ter me contado quando cresci!

- O que ia mudar? Você nos odiaria da mesma forma!

- Quem sabe disso?

- Todo mundo.

Nesse momento, adentrou a sala David, fechando a porta atrás de si.

- Todo mundo? – Lisy virou-se para David. – Você sabe que eu sou filha de Pattie, David?

- Lisy, eu...

- Sabe?

- Sim.

Lágrimas grossas rolaram pela face alva de Lisy. Esta olhou novamente para o pai antes de sair do quarto de hospital rumo a qualquer lugar. Ela não tinha para onde ir.

...

Pattie havia sentado em sua cama para assistir um bom filme quando recebeu a ligação de David, avisando que Justin havia acordado. A senhora já na terceira idade piscou duas vezes antes de sorrir, pegando sua bolsa em seguida e indo rumo ao hospital onde se encontrava seu filho. E era seu filho, apesar de tudo.   

Quando chegou ao hospital, David já havia convocado Ryan para fazer companhia a Justin no quarto. Pattie também foi alertada de não ir ver Justin naquele momento. Os nervos estavam bem altos e o clima entre os dois não estava bom. Com Justin ao lado de Ryan e Pattie aonde deveria estar, David incumbiu esta de avisar o resto dos amigos e família, enquanto ele ia procurar Lisy.

- O que aconteceu com ela?

- Descobriu tudo, Pattie. Ela já sabe a verdade.

- Tenho que ir com você. – Um sorriso já brotava na face de Pattie quando David a cortou.

- Ela não está feliz com você. Mais uma vez, Pattie, você fez tudo errado. Esse não foi o melhor jeito de conquistar sua filha. Foi o melhor jeito de perdê-la.

David deixou o hospital de carro e já não sabia o quanto corria. Não lhe importava, na verdade. Não queria perder Lisy. Veridicamente, não podia. Lisy era tudo com o que ele podia contar quando não conseguia fazer o certo. Se ele errasse, receberia sermões do pai e da mãe, mas Lisy o fazia ver além do erro. O fazia andar pelo caminho certo e errar menos a cada deslize. Ela sabia exatamente como amá-lo, da maneira que ele sempre sonhou.

Ele só sabia que ela era o mais próximo do paraíso em que ele poderia chegar. Não podia ir ao inferno agora. Não podia perder o seu céu.

...

Até ele havia mentido.

Lisy pensou que David fosse o único que nunca a trairia, mas se enganou. Ele era parte daquela mentira, daquilo que a fazia sofrer. Mas, também era o que ela mais amava e apesar de tudo, o entendia. Seja lá quem tenha o incumbido com aquele segredo, o fez prometer que o guardaria. Então, seu David não era fofoqueiro, por isso escondeu dela. Ele nada poderia mudar e não a queria sofrendo, também por causa disso escondeu.

Lisy sabia que o perdoaria, e sabia que erraria se fizesse isso somente com ele e não com as outras pessoas, no entanto, não queria pensar naquilo agora. Ela não queria ficar sozinha, ela queria o abraço de David acima de tudo.

- Como entrou aqui? – A voz máscula de David a despertou de seu transe, fazendo-a virar-se para ele.

- Como sabia que eu estava aqui?

- Você sempre corre para a água quando tudo pega fogo, minha menina.

- Vamos, David! Você é muito devagar! – Dizia Lisy com seus sete anos de idade enquanto corria sítio afora em direção ao lago que havia bem no centro. Sempre adorara o ambiente em que David morava.

- Não agüento mais, Lisy!

- Por isso que você é flácido. Por favor, me ajude! Sua mãe me mata se descobrir que quebrei o abajur, tenho que me esconder!

- E porque no lago?

- Eu sempre corro para a água quando tudo pega fogo.”

- Eu usei a chave que você me deu. Ainda a tenho. Este lago é o melhor lugar onde eu poderia estar agora. O sítio dos seus pais é o meu melhor lugar.

- Não, não é. O seu melhor lugar é ao meu lado, Lisy.

Lisy olhou para suas mãos que batiam a água na superfície. Estavam engelhadas tal como toda a sua pele de tanto frio. E aquele frio não passaria com grossos edredons, e sim, com um abraço apertado de David. Mas, não queria ser tão volátil e aceitá-lo novamente tão depressa... Também não queria morrer de frio.

- Quan... Quando entrou aqui? – Perguntou Lisy ao perceber que David já estava a sua frente dentro do lago. Sem camisa, como ele não deveria estar.

- Não faz isso, Lisy. – David pegou as mãos de Lisy e as colocou dentro das suas próprias. – Você sabe que omiti tudo de você não porque queria te fazer de boba, mas porque eu não podia contar.

- Quem te proibiu?

- Minha mãe.

- Ela? Angelina era uma mãe para mim.

- Pode continuar sendo... Ninguém escondeu isso de você porque te queria ver sofrendo, e sim para não te ver como agora. Você, sem saber de nada, era feliz.

- Eu nunca fui feliz. Sempre estive numa busca desenfreada pelo diário da Kate e...

- Mas, eu... Lisy, - David segurou o rosto de Lisy em suas mãos. – eu sempre estive aqui e consegui, durante muitos momentos, te fazer feliz. E eu posso fazer de novo...

- Você não pode, por que agora é diferente. – Lisy recuou e se afastou de David.

- Diferente? Lisy, a situação é diferente, mas eu sou o mesmo. O seu mesmo David.

- Mas você mentiu para mim!

- Eu omiti, não menti.

- O que dá no mesmo! Você era o primeiro que podia me proteger dessa rede de mentiras!

- Eu seria o primeiro a te ver chorar, então. Ninguém escondeu isso de você por mal. Todos queríamos o seu bem.

- Você está do lado deles?

- Estou onde eu deveria estar. Nesse lago, com você.

- Eu já tenho a minha resposta.

Lisy saiu do lago e pegou suas roupas que estavam na beira deste. Antes que ela pudesse vestir, David abraçou-a por trás e beijou-lhe o pescoço.

- Você sabe que eu escondi porque não podia contar. Eu tinha uma promessa a honrar e você admira isso. Meu amor, só não te queria ver sofrer. Perdão.

 - Você fez como os outros...

- Esqueça os outros. – David a virou para si, enquanto acomodava as mãos na cintura desta. – Eu estou aqui, Lisy. Você está com frio, triste... Mas, eu continuarei aqui. Só tenho você com quem contar quando eu errar. Eu errei, admito. Mas, cadê você para me mostrar o caminho certo em meio ao erro? Só você sabe... Lisy, não vá. Eu te amo!

- Eu... A-Amo você, David. Não vou embora.

Lisy devolveu o abraço a David e entraram em casa. Ele a colocou para dormir e deitou ao lado dela.

Com o passar do tempo, Justin reconquistou a filha e esta perdoou a todos, menos a Pattie. Ninguém a aceitava de volta, nem mesmo Justin. Então a matriarca da família partiu para bem longe, onde ela, talvez, não errasse mais. Contudo, ninguém teve um coração tão duro que não conseguisse perdoar, e chegou o momento em que todos sentiram saudade. Lisy, somente com ela, sabia que já havia perdoado a mãe-avó e tinha vontade de reencontrá-la. Mas, era tarde demais. Não sabia onde Pattie estava, somente queria dizer que não conseguia deixar de amá-la e que sentia sua falta.

Oito anos depois.

- Outra borboleta, querida?

- Elas me perseguem, mamãe.

- Mas você gosta delas, não?

- As adoro! Onde está o papai?

- Vou procurá-lo.

Lisy ouviu David chamá-la no portão e seguiu até lá.

- Querido, sua filha está procurando você. – Quando Lisy olhou para sua frente, regozijou-se ao ver o pai. – Papai, que surpresa!

Lisy o abraçou e atrás dele, pôde ver sua mãe. Pattie havia voltado.

- Mamãe!

- Querida, que bom rever você...

Houveram comemorações e abraços naquele dia. O perdão não era apenas um gesto nobre, mas também trazia felicidade. Mães, pais e filhos juntos: uma benção de Deus.

Justin nunca poderia amar outra como amou sua Kate, e sabia que em tudo de bom, ela estava presente.

Kate viveu a vida intensamente e muitas vezes, errou. Contudo, ela teve alguém que mostrou a ela o certo em meio ao erro. Ela teve Lisy e Justin, que foram a cura para todos os seus pecados. Eles talvez fossem jóias raras, mas a verdade é que todos nós temos jóias em nossas vidas.

Sempre há alguém muito amado por nós que nos devolve o mesmo amor, e como se não bastasse, nos mostra o certo em meio ao erro, nos fazendo evitar mais ações, atitudes e até sentimentos errados. Olhe para os lados... Todos nós temos uma jóia que por obrigação, devemos cuidar, afinal, são estas que nos preservam nos momentos em que não merecemos.   


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Notas finais do capítulo

Eu já tenho planos para uma nova história do JB e se quiserem conferir algumas "coisitas" sobre a história, lá vai:
A Dama da Tarde
"Justin Bieber conhece o sedutor e pecaminoso mundo dos cabarés.
Eileen Marshall é a "dama da tarde" e esconde um segredo grave.
Extremamente bela e sexy, Eileen envolverá Justin de uma forma que o garoto não poderá voltar atrás. E nem se ele quisesse voltar... Mulheres de cabaré como Eileen sabem se tornar vícios.
'Se você for à casa dessa mulher, estará caminhando para o mundo dos mortos, pelo caminho mais curto.' Provérbios 7:27
Se quiserem, eu mando mensagem para vocês avisando quando a história estiver postada ok? Beijossss e até a próxima fic !!!



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