Sophie olhou apreensivamente para o irmão. Não sabia esconder em nada seus sentimentos e não queria mais sofrer. Near olhou para ele, tentando passar alguma confiança, mesmo que estivesse prestes a chorar.

Sophie balançou a cabeça para o gêmeo, negando silenciosamente, mas o garoto assentiu. Já sabiam que os garotos queriam conversar com eles.

Sophie passou uma mensagem silenciosa para o gêmeo.

_ Estou com medo – sussurrou.

_ Você consegue – sussurrou Near.

Eles assentiram para os garotos e os acompanharam por lados diferentes.

Logo, Sophie se encontrava no jardim. O lugar que mais amava no orfanato.

Ela parou em frente ao chafariz.

_ O que você quer? – perguntou Sophie, cruzando os braços e baixando o olhar.

_ O que você viu ontem não é... – começou ele.

_ Não é o que estou pensando? – rosnou Sophie – Eu estou pensando que eu vi o meu namorado beijando outra, é isso que eu estou pensando, Matt.

A garota já tinha lágrimas nos olhos. Sophie o amaldiçoou por deixá-la tão vulnerável.

Ele tentou aproximar a mão de seu rosto, mas Sophie bateu em sua mão, empurrando-a.

_ Por favor, me deixe reparar o que fiz...

Ele tentou se aproximar mais uma vez, mas Sophie deu-lhe um soco na boca, deixando um pequeno filete de sangue cair.

_ Eu não vou voltar com você, Matt – disse ela – Não para me machucar ainda mais.

_ Eu não vou te trair novamente – disse ele.

_ Você disse a mesma coisa quando estávamos a namorar – disse ela, amargamente – Se eu voltar contigo, no dia seguinte, tenho certeza, já estará a beijar outra pessoa. Você perdeu minha confiança, Matt. Talvez para sempre.

Os olhos do ruivo marejaram e as lagrimas escorreram pelo lindo rosto.

Sophie virou de costas e se encaminhou para dentro do orfanato.

_ Eu te amo Sophie – sussurrou Matt.

Ela parou de andar por um instante. Sem virar para trás. Não queria que ele visse o quanto seus olhos já estavam molhados.

_ Eu também te amo, mas vou superar. Pelo meu coração.

Seus pés a encaminharam para dentro da casa.

Matt caiu de joelhos no chão, enquanto Sophie corria para seu quarto.

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Mello se encaminhou para a biblioteca. Near o acompanhou, tentando não começar a chorar.

O loiro parou no corredor de livros de Mitologia. Near parou logo a sua frente.

_ Near, por favor, eu não sei por que fiz aquilo, mas por favor, volta comigo – pediu Mello.

_ Não – sussurrou Near – Pode não parecer, Mello, mas eu tenho sentimentos. Você me magoou muito. Sabia que eu não agüentaria outra facada, mas mesmo assim me esfaqueou.

_ Near... – sussurrou Mello.

_ Não tem mais Near, Mello – falou Near – Você perdeu minha confiança completamente. Talvez para sempre.

_ Eu te amo, Near... – sussurrou Mello.

_ Eu também – disse Near, sorrindo amargamente – Mas, parece que não foi o bastante, não é?

O albino saiu da biblioteca, mas, antes, Mello pode ver uma pequena lágrima escorrendo pelo rosto pequeno. Mello caiu e abraçou os joelhos, chorando.

Assim que saiu do lugar, Near começou a chorar. Correu para o quarto e entrou rapidamente.

_ O que... – começou Near, mas logo desmaiou.

Uma risada diabólica ecoou pelo quarto, enquanto os gêmeos jaziam no chão, desmaiados.

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