POV Sophia

Ele andou de um lado e para o outro e me olhou me estudando.

_ Como eu disse comunicados_ disse Miguel calmamente.

_ E quais são?_ quis saber, aliais uma parte de mim quis saber. Pois para ele esta aqui significava que algo de ruim ia acontecer.

_ Seu pai foi realmente assassinado_ disse Camila séria_ bom eu disse que eu ia procurar a verdade para você_ disse olhando para mim_ e aqui ela está. A mais pura verdade_ disse enquanto me avaliava.

_ Foram eles não foram_ disse começando sentir as lágrimas chegando.

_ Foram_ disse Camila. E as lágrimas ultrapassaram deixando minha visão embaçada.

_ E o bruxinho quer falar com você_ disse Miguel.

_ Mais o que ele quer_ disse secando as lágrimas com minha mão.

_ Não possuo a resposta que você deseja_ disse Miguel.

_ Você sabe que sempre fui leal ao seu pai_ disse Camila chamando minha atenção_ e em nome aos velhos tempos, te ajudarei na medida do possível_ disse acariciando meu cabelo e secando minhas mais novas lágrimas.

_ Claro, mas eu tenho que voltar para a festa_ disse tentando me recompor.

_ Ele me pediu para te entregar isso.

_ Um celular?_ perguntei analisando a caixa.

_ Ele entrará em contato.

_ Temos que ir_ disse Camila.

_ Tudo bem_ disse ainda analisando a caixa.

_ Apenas uma recomendação_ disse Miguel_ cuidado com as florestas.

_ Por quê? Existem mais vampiros, nela?

_ Não_ disse Camila_ são transmorfos. Então cuidado, não sabemos suas intenções.

_ Obrigada por me avisarem.

_ Foi difícil chegarmos aqui_ disse Camila pensativa_ eles estavam tipo uma fronteira nessa reserva.

_ Estranho_ disse_ vou prestar mais atenção.

_ É melhor_ disse Miguel desaparecendo da minha frente.

_ Se cuida_ disse Camila_ até um dia.

Então ela se foi. Deixei meu corpo pesado cair e meus joelhos sustentaram meu peso. Não podia acreditar na volta que a minha vida estava dando. Então a verdade mais dura de encarar prevaleceu, eles mataram meu pai. E não custa nada deles me matarem também. E para completar ele quer me ver. Isso me assusta.

POV Amanda

Assim que deu meia noite e os fogos começaram a clarear o céu puxei Brady e lhe dei um beijo. Não sei o que deu em mim, nem sei onde arranjei essa coragem. Ele ficou assustado, mas depois correspondeu o beijo. Depois falei com Sophia e fui procurar Clarie. Enquanto a procurava esbarrei em um garoto super gato. Ele ficou bem estranho. Também não é por menos não deve ser sempre que uma garota derrama refrigerante na camisa dele.

Depois do episódio voltei a procurar Clarie, mais nada dessa garota.

_ Ou cuidado_ disse para a pessoa que esbarrou em mim.

_ Foi mal_ disse Soh.

_ Sophia, você está bem?_ perguntei assim que percebi seu estado. Ela parecia que andou chorando.

_ Estou_ disse jogando o cabelo para trás_ eu estou com dor de cabeça.

_ Tem certeza?

_ Tenho, vou para casa. Não se preocupe.

_ Quer ajuda?

_ Não precisa_ disse se afastando.

POV Seth

Depois que me comecei a conversar com Brady Sophia se afastou. Quando Brady me contou sua “fabulosa” história sobre a garota que o agarrou e o beijou, fui procurar minha Sophia. Mas fui interrompido por Amanda.

_ Ei, Seth. Você sabe o que aconteceu com Soh?_ ela parecia preocupada.

_ Não sei_ disse tentando entender sua expressão_ já estou a sua procura há algum tempo.

_ Quando ela passou por mim parecia estranha_ disse fazendo uma careta.

_ Como assim estranha?_ quis saber.

_ Ela parecia meio abatida_ disse com o pensamento distante_ e parecia que andou chorando.

_ Vou procurá-la_ falei preocupado.

_ Vou dá uma volta por aqui para ver se eu a encontro_ disse Amanda se afastando.

Depois das palavras de Amanda sobre o estado de Sophia fiquei angustiado. Eu só sabia de uma coisa: preciso encontrá-la.

POV Clarie

Eu realmente estava me sentindo nas nuvens, parecia tudo surreal demais. Agora eu estava deitada na areia observando o céu que estava lindo com tantas estrelas envolvida pelos braços do meu Quil.

Sentia-me naqueles momentos que não precisava ser preenchidos por palavras e  sim pela presença daquele que eu sei que é o certo para mim.

_ Ainda bem que te encontrei_ disse Amanda aparecendo na minha frente.

_ O que aconteceu?_ perguntei preocupada.

 _ Preciso da sua ajuda_ me ajeitei e me sentei na areia sendo seguida por Quil que fez o mesmo.

_ Aconteceu algo?_ perguntou Quil.

_ Desculpa por atrapalhar, mas preciso da Clarie_ mas o que essa garota está fazendo?

_ Tudo bem_ disse Quil se levantando e me ajudando a me levantar.

_ Nos vemos depois?_ perguntei.

_ Claro.

Não sei o que deu nessa garota, ela estava vendo que eu estava com Quil. E simplesmente o ignorou e me tirou de lá.

_ O que foi tudo aquilo?_ perguntei com raiva.

_ Foi mal Clarie. Mas preciso da sua ajuda para procurar Soh.

_ O que aconteceu com ela?

_ Vamos procurando que eu te explico_ disse enquanto me puxava.

POV Sophia

Nunca me senti tão perdida, sozinha, insegura. Eu simplesmente não sabia em que decisão seguir. Minha cabeça estava uma confusão. Nada mais fazia sentido. Meu pai estava morto e quem o matou tinha um “porque” e eu tinha que descobrir esse “porque” de uma maneira.

Enquanto eu pensava e não chegava a nenhuma conclusão percebi que meu corpo me trouxe para um local distante do lual e eu estava mais próxima do mar. E esse mar me lembrava de momentos felizes que eu passei com meu pai. De quando ele chegava cedo do trabalho íamos caminhar na praia, tomar sorvete. Sei que eram momentos simples, mas eram maravilhosos.

Apenar por lembrar dele eu começo a sentir lágrimas se espalhando no meu rosto.

_ Eu preciso tanto de você_ sussurrei olhando para o céu_ você deveria está aqui comigo_ e as minhas lágrimas aumentaram_ você prometeu_ gritei_ que estaria aqui comigo, que passaríamos o ano novo juntos_ comecei a soluçar_ cadê você?

Fui caminhado em direção ao mar, tirei minhas sandálias e senti a água do mar em meus pés. Não pensei duas vezes joguei minhas sandálias e a caixa em direção a areia seca e me joguei na água em um mergulho. O que eu não esperava era que a água estivesse tão gelada. No início não me importei. Mas meus músculos começaram a doer por causa da temperatura da água. Eu tentava lutar contra os meus músculos para eles poderem me levar até a arei. Mas eles me desobedeciam.

“Então é assim o fim da vida?” comecei a conversar comigo mesma por pensamentos”Só sendo a sua vida mesmo para acabar assim mesmo, lute por ela.”, “Por que lutaria? Ela já perdeu seu sentido.”,“Então você desistirá da sua vida?”, “Pra que continuar nela?”, “Por que não continuar?”.

Senti meu corpo sendo puxado por braços quentes, bem quentes comparando com a frieza da água. Depois com o tempo percebi que o meu corpo estava sendo separado da água. E eu não sabia quem era o meu salvador, pois estava evidente que não era minha salvadora e sim meu salvador pelos músculos que eu podia sentir. Meus olhos estavam sem foco e ardiam muito pela água salgada.

_ Vai ficar tudo bem_ disse o meu salvador, mas eu infelizmente não reconheci a voz.