Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 86
Cap. 86: Velocidade excitante.


Notas iniciais do capítulo

T.T



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Olhei para a pista, vendo que teríamos um longo caminho a percorrer. Olhei para o lado e vi que Norma, juntamente com Chris estavam numa moto ao meu lado. A moto em que eu estava, corria em uma velocidade um pouco lenta. Mas já era muito rápido para mim. Meus olhos semicerraram, diante de tanta resistência do ar, que ficava, cada vez maior. Meus cabelos estavam bem atrás de mim, não conseguia os ver. Agarrei-me mais a Peter.

--- Ei, Pete, porque está tão lerdo hoje? – Chris perguntou, zoando Peter. Norma ria, atrás dele.

--- Não está na hora de acelerar, Chris. –Peter respondeu, em tom alto, para poderem se ouvir. –Quando fizermos a curva, é melhor que eu acelere. Todos fazem isso. Exceto pelo falcão peregrino. Por se arriscar tanto, é que ela ganha as corridas. –Peter disse.

--- Ah, então está com medo de que ela possa sofrer algo... entendi. –Chris se referia a mim. –Bom, adeus. –Ele disse, ao se distanciar, numa velocidade gigantesca. Deixando fumaça para nós.

--- Peter... –Eu falei, num tom quase inaudível. – Corra... –Consegui manter um tom de voz , para que soasse forte.

--- Charllottie eu n –Interrompi-o. 

--- Vá, Peter. –Eu disse. Agora era uma ordem. –Não se preocupe. –Eu disse, devagar –Vocês são acostumados... Tudo bem... –Suspirei...

  Peter girou suas mãos na moto e, de repente, minha boca parecia ir para trás, meus olhos se fechavam, freneticamente e a resistência do ar era insuportavelmente sufocante mesmo de capacete. Minha barriga devia estar parecendo um bolo antes de ir para o forno. Tudo parecia se misturar dentro dela. Agarrei-me mais ainda a Peter. Minhas forças, pareciam se esvair, e, a medida que isso acontecia, tentava, cada vez mais ficar mais junto dele. Consegui, então, abrir meus olhos e enxergar que estávamos perto da curva. Peter acelerou. Na minha barriga, quase tudo queria sair. A moto se inclinava e minha apreensão aumentava. Meu corpo queria ir para o lado contrário ao que a moto se inclinava. Olhei para o chão, que estava tão perto quanto Peter estava de mim. Reprimi um grito. E mesmo que não o reprimisse, ele não sairia, a pressão era muita.

   A curva havia passado.

--- Isso é... –Quase gritei, para que Peter me ouvisse. –Muito bom. –Falei, baixo. Creio que não tenha dado pra ouvir.

  Peter aumentava a velocidade, agora, cada vez mais. O frio em minha barriga, minhas forças quase esvaídas, aumentavam também. Não sabia quem estava na frente ou quem estava atrás, já que, fechei os olhos quase todo o tempo. Então, resolvi perguntar a Peter.

--- Quem está na frente? –Perguntei.

--- Nós. –Ele sorria. Dava para ver pelos espelhos da moto, seu sorriso radiante atrás da tela do capacete.

--- Mas... e Angel? –Perguntei, numa voz alta, tentando burlar o barulho que o vento cortante fazia em nossos ouvidos.

--- Ela está em segundo. Eu acelerei demais naquela curva. Nem mesmo ela teve coragem para isso. –Peter disse.

  De repente, avistei a moto de Angel pelo vidro do espelho.

--- Lá vem ela. –Murmurei.

  Ela se aproximou, com muita velocidade da nossa moto. Seus cabelos estavam lindamente esvoaçantes, atrás da cortina de fumaça que a mesma deixava. Ela se inclinava sobre a moto, cada vez mais à medida que a velocidade aumentava. Peter aumentava a velocidade e minha barriga começava a virar um bolo de órgãos soltos e saltitantes outra vez. Minhas forças se esvaiam, meu cérebro só queria paz. Mas parecia haver outra festa, mas desta vez em minha cabeça. Era agitado. Mas meu cérebro estava começando a ficar entorpecido. Náuseas me vieram e a velocidade que me era excitante, estava letal, neste momento.

--- Peter! –Dei um grito.

--- Charllottie... –Ele gritou e olhou para trás, provavelmente sentindo que minhas mãos estavam se desprendendo de sua cintura. Isso o desequilibrou um pouco, mas ainda consegui vê-lo no controle. Senti a velocidade diminuir e Peter estava nervoso.
Inclinei minha cabeça para ver Angel. Ela estava na frente e se distanciava cada vez mais. De repente, minha cabeça doía e meu cérebro parecia chacoalhar. Uma tontura me invadiu.

--- Peter! Olhe para a frente! –Eu gritei, desesperadamente tentando fazer com que ele não perdesse o foco e o equilíbrio da motocicleta.

  A tontura já estava insuportável. Perdi meu equilíbrio e soltei-me dele, caindo da moto.

  Rolei no chão por uns segundos, provavelmente, fiquei rolando apenas por este pequeno tempo, por que a velocidade já não estava tão grande, devido a Peter tê-la diminuído quando viu que eu não estava bem. Ainda consciente, mas meio tonta e machucada, tentei levantar-me, tentando, incessantemente, ver o que havia acontecido a Peter. Consegui levantar a cabeça e vi que ele ainda olhava para trás, mas que havia uma outra curva em sua frente. Tentei, sufocadamente, gritar para que ele olhasse para a frente, mas a droga da minha voz não saía.

  Peter não olhou para a frente e, quando ele virou, já era tarde, ele estava no gramado e só uma de suas mãos segurava na moto, o que o desequilibrou, fazendo a moto derrapar e ele cair dela, rolando com mais violência que eu. Ele caiu, desacordado. Tentei, com força, me levantar ou fazer qualquer esforço, mas meus membros não respondiam aos meus comandos desesperados e meu cérebro, cada vez mais embaçava a minha visão do que estava acontecendo. “Não, inconsciente de novo não!”, pensei. Meus olhos então fecharam, e não vi nada.


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