Chegando lá, encontrei Frida e Jolie. Joe e Bridget.

--- Então, você também não dança? -Frida perguntou-me. Olhei para ela, com a maior cara de espanto. Franzi uma sobrancelha e semicerrei o olhar.

--- O que você quer de mim, Frida? Minha calma? Meus órgãos? Ah... pode ser meu coração. Mas... desculpe, não tenho uma caixinha de presente. Da próxima vez, trarei uma para colocar tudo dentro. Por enquanto, pode ficar com a minha calma. - Respondi, bruscamente.

--- Ora... você finalmente se mostrou. -Ela sorriu - É, posso aceitar a sua calma, se vier acompanhada de seu coração, mas depois de eu tomar estas mesmas coisas da Jolie. –Ela disse, olhando para o que Jolie estava segurando com ambição. Seus olhos verdes quase saiam de tão grandes e redondos.

--- O que é isso? Vocês querem me contar o que acontece? -Bridget perguntou, ela não era muito de falar, mas aquilo tinha a ver comigo e ela era muito “família”.

--- Eu digo o que acontece aqui, cópia... -Bridget franziu as sobrancelhas e cruzou os braços. - Só... fiquei contente por sua irmã não saber dançar, assim como nós. Não é legal, termos companhia? Era só isso. –Ela tirou a expressão presunçosa do rosto e sorriu, gentilmente. O sorriso falso que me deixava intrigada - Pena que Norma, saiba muito bem dançar tango. Acho que ela vai querer dar a honra desta dança para Peter. –

   Frida sentou-se numa das poltronas vermelhas que havia no outro grande salão.

Havia uma fonte neste salão, também, mas era menor. E só um anjo fazia jorrar água de sua boca para ela. Muitas poltronas rodeavam-na e, ao lado das poltronas, máquinas faziam chocolate e vinho jorrarem. Umas canecas pequenas ficavam ao lado das fontes. Parecia uma festa renascentista, onde anjos e demônios dançavam juntos.

--- Chocolate? -Frida direcionou seu olhar para mim - Não, obrigada. -Fiquei olhando para ela, sorrindo. Danada.

--- Esse tema de festa foi inspirado em você, não é mesmo Frida? -Perguntei, enquanto pegava uma caneca chocolate. Talvez ela tivesse envenenado o outro.

--- Foi... –Ela respondeu, a beber o chocolate - Sempre fui muito danada... Peter já deve ter te falado... ele não é mais de confiança. -Estranhei ela estar falando tanto comigo, mas senti que ela queria se dar bem comigo, porque viu que Peter me amava.

--- Peter ama você, Frida. -Eu disse.

--- Não... não posso mais ter certeza. -Ela disse e tomou outro gole de chocolate puro.

--- Hum... então, tinha certeza. -Eu disse, tomando um gole de chocolate.

--- Sabe, gosto de pessoas como você... se não tivesse chegado aqui, para destruir toda a minha confiança e vida, seríamos colegas. –Frida disse, devagar.

  Ela me fitou com veemência. Depois continuou a tomar seu chocolate como se algo a tivesse mordido letalmente.