Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 27
Cap. 27: Não quero nada além da verdade.




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Certamente a pessoa que estava fazendo de minha vida um inferno, estava vigiando Joe e Bridget. Se não estivesse, eles estariam à vontade para falar-me sobre tudo. Eles sempre se esquivavam do assunto, quando eu perguntava. Então, porque perguntar para eles sobre a verdade, se eles não iriam querer me dizer? Simples. Quem quer que estivesse olhando-nos enquanto eu perguntava sobre a verdade, iria agir. Mais cedo, ou mais tarde. Porque iria se sentir ameaçado. Eu me sentiria. E qualquer “bandido” que se preze é atento ao mínimo movimento. E, eu, como uma bandida que se preze, perceberia cada movimento estranho do inimigo. Além disso, eles iriam me contar algo. Alguma coisa tinha que ser “contável”.

 Eu pedi que eles dois, juntos fossem me encontrar lá em casa. Minha mãe tinha saído. Estava em mais um dos shows por outros países que nunca perdia. Ainda bem que ela vivia sua vida e não era amargurada com sua pobre filha que no caso seria eu.

 Fiquei muito entediada enquanto esperava eles. Eu afinal não era mais a garota a beira da morte com as emoções a flor da pele.

Então, recebi uma visita.


--- Lottie! – Sam gritou, pulando em cima de mim e me abraçando.

--- Sam! Já pode sair de cima de mim. – Disse.

--- Ok, Ok. – Sam me soltou e se esparramou na poltrona de minha mãe.

--- Ei! Saia daí! – Eu disse-Minha mãe vai te matar.

--- Ah, Lottie, ela nem vai saber que eu sentei aqui. – Sam disse.

--- Você que pensa. – Eu disse, lembrando da última vez que sentei-me naquela poltrona.

--- Bom, eu me entendo com ela. – Sam disse. Coitada...

--- Sam, não vá manchar o carpete com estas batatas fritas. Do jeito que você é desastrad- Fui interrompida.

--- Você... – Sam mastigou uma batata – sabe da história do seu nome? – Sam engoliu.

--- Não. – Eu disse, impaciente.

--- Sua mãe não te contou? – Sam indagou, perplexa.

--- Não. Talvez não seja tão importante. –Eu disse, enfatizando.

--- É claro que é. Você ia morrer sem saber por que seu nome é Charllottie?

--- Sim. Não vejo problema. – Eu disse.

--- Bom, tudo começou com a sua avó. Senhora Elizabeth Vanderwood sempre gostou muito de brincar com nomes. Ela colocou nomes bem bonitos em seus sete filhos. Nossa, Lottie, como você tem tios... –Ela disse, com a boca cheia. - E, quando chegou na sua mãe, ela pensou em Agatha. Mas, ela observou que o apelido de Agatha, era “Agh”. Então, não quis colocar o nome da sua mãe de Agatha, mas sim de Aghata, pois o apelido era a abreviação. Então, sua mãe colocou seu nome como Charllottie inspirada em sua avó. Já que seu apelido iria ser “Lottie” e não, “Lotte”. É, eu acho que Lotte seria estranho... – Sam acabou de falar.

--- Nossa. Foi... Esquisito. – Fiquei pensando... Porque será que minha mãe nunca havia falado sobre isso comigo? Acho que Sam não parava de falar e isso irritava a minha mãe que, querendo fazê-la calar a boca, contou a história. Talvez nem fosse verdade.

--- Lottie... Preciso ir. Tenho uns trabalhos de botânica para fazer. – Sam disse, pegando sua bolsa preta do Iron Maiden. Era tão estranho, ver uma ruivinha com cara de boa moça com aquela bolsa do Iron Maiden.

--- Tudo bem, Sam, te vejo depois. – Eu disse.

  Ela abriu a porta e saiu. Esperei mais de duas horas escutando músicas do Flyleaf e do Nirvana até que Joe e Bridget chegaram.

--- O que quer conosco, Lottie? – Bridget perguntou, entrando pela porta subitamente. Sei tom era seco.

--- É... Lottie, nós... Estamos com pressa. – Joe disse, mas percebi a incerteza em sua voz.

--- Eu acho que vocês estão mentindo. – Eu disse, secamente e sem rodeios.

--- O quê? – Bridget perguntou, perplexa.

--- Mentindo sobre o quê, Lottie? – Joseph fez uma cara de cansado de toda aquela mesma conversa.

--- Não faça essa cara para mim,Joseph. Vocês dois nunca estiveram falando a verdade. Digam. Quem é que está os persuadindo a fazer isto? É, porque vocês mal dão uma olhada um para o outro. Como poderiam ser um casal? Bridget parece ter aversão a você, Joseph. – Eu disse, com desdém.

--- Eu... Nunca disse que estava com a Bridget. – Joe disse.

--- Ah, então só ela mentiu? Há há há, sua piada é infinitamente sarcástica, Joseph. – Eu disse, com raiva.

--- Sim, é verdade, eu NÃO tenho nada com a Bridget. Mas isso não quer dizer que ela não esteja falando a verdade sobre termos fugido. Ela ameaçou te matar e eu não quis isso, por isso e somente por isso  fugi com ela. – Joseph não precisou dramatizar. Mas ele estava incerto de suas próprias palavras.

 Bridget o olhou, com repressão nos olhinhos pequenos e agudos. Mas naqueles mesmo olhos, havia uma ponta de confusão.

--- Então, não vão me contar nem um pouquinho da verdade? – Eu gritei para o silêncio.

--- Você... Quer mesmo saber da verdade? –Bridget sibilou com um sorriso diabólico no rosto.

---Não há nada que eu queira mais. –Não hesitei nem por um segundo.

--- Vou deixá-los conversar a sós. –Bridget parecia cansada. Forçada a sair. Ela riu e depois ficou com uma expressão amarga.

--- Não, Bridget! –Joe clamou por ela.

--- Cale a boca, seu inútil. –Bridget virou o rosto para ele, com uma expressão ainda cansada, mas ameaçadora. Este Cale estava enfatizado ao máximo, e, mesmo que a mensagem subliminar de Bridget não fosse para mim, eu entendi que Joe não deveria falar nada.

--- Joseph... –Eu fitei o chão. Não sabia como tentar falar com ele. Eu havia me preparado para falar com os dois, mas só com ele não. As minhas feridas ainda estavam demasiado abertas, para suportar. Mas, afinal, eu era a Charllottie, o poço de gelo.

 Ainda com a vontade de perguntá-lo, o porque de sua partida, ou tudo que o estava impedindo de me contar a verdade, meu coração me impeliu fortemente pela primeira vez em minha vida.

--- Diga que não ama Bridget. Por favor. – Supliquei.

De repente, eu estava mais perto dele, quase o beijando.

--- Não. Não a amo. –Joe me olhou firmemente. Seus olhos verdes me fitavam, tão firmes, que fiquei mais atônita ainda.

Meu coração me impelia novamente e eu estava suando. Eu estava fraca. Mas minha voz continuou saindo.

--- E... –Abaixei a cabeça - quanto a... mim? –Levantei-a.

--- E... você, me ama? –Joe perguntou, quase engolindo a minha frase anterior.

--- Eu perguntei primeiro. – Eu disse, secamente.

  Meu coração havia saído de sintonia. O que eu queria não fora me dado. Rodeios foram sendo feitos. E a minha mente tomou o controle novamente.

--- Não posso responder á sua pergunta, sem que ouça a resposta primeiramente para a minha. – Joe não me encarou.

--- Sim. Infelizmente. – Eu disse, angustiada. Eu já havia me distanciado dele.

 Eu estava magoada. O meu coração já havia ouvido a resposta. E eu odiava. Mas como sentimentos eram incômodos a mim...

--- Hum... Se me ama, então, não me faça perguntas... agora. –Joe disse, com a expressão sôfrega.

--- O quê? – Eu o olhei, friamente –Nada disso, seu imbecil. Não ouse... Joe... Não ouse ficar ai calado em relação a minha pergunta! Eu nunca o perdoarei. Me diga,  Joe, na minha cara. Diga apenas, sim ou não. E, a partir daí, eu irei fazer algo. Tudo dependerá de sua resposta. Eu só quero ter certeza. –Eu disse, agora a metros de distância dele, com uma amargura me tomando.

  Eu não queria dizer aquilo. A resposta poderia ser a pior possível. O que eu faria se ele dissesse não? Eu... não sabia. Eu cairia num buraco tão profundo quanto antes. Talvez não tentasse me matar. Mas seria tão infeliz, que não viveria de fato.


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Notas finais do capítulo

Ela realmente ama ele.



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