Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 22
Cap. 22: Paraíso analítico: mente.




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Olhando para a paisagem lá fora, parecia que o tempo não passava. Minha mente estava estagnada. A chuva molhava a janela enquanto minha mente viajava pelos lugares mais sórdidos do meu sofrimento, passado e angústia. Não era o que se podia chamar de uma viagem com pôneis e arco-íris.

  Eu ficava sozinha quase o dia todo, não tinha nada para fazer. Sam vinha de vez em quando, mas ela tinha sua vida, afinal. E a universidade. E parece que estava namorando. Ela me disse o nome do garoto, mas não me recordava bem. Bom, o que importava é que ela a minha mãe vinham pouco me visitar, depois que eu não estava mais morrendo, que estava quase curada, ninguém ligava mais... É assim mesmo. Quando você está morrendo, todos passam a te amar, já dizia um dos poucos sábios prepotentes, Dr. House.

  Com essa estagnação toda, eu tinha muito tempo para refletir certas coisas. Comecei, de repente, a pensar no caso de Bridget e de Joe.

  Bom, havia várias perguntas sobre esta questão... Por que eles teriam que fugir e passar este tempo todo longe, só para me dizer que resolveram ficar juntos? Eu por algum acaso, mataria eles? (Mataria, se pudesse). Eles sabiam que eu não podia agir assim... Eu não iria aceitar, lógico. Apesar de odiar. Iria querer os malditos longe de mim. Mas é claro que não poderia impedir... Daí e de muitas outras questões, como o fato de Joe mal tocar em Bridget, sendo que ele agora a ama, eu pude tirar a conclusão de que eles estavam mentindo. O motivo, era o que eu realmente precisava saber.

  Lembro-me também que Peter havia dito que Joe não queria me contar onde estava ou o que estava fazendo, não me deixando uma carta, e isso também era suspeito. Por que ele esconderia? O que eu poderia fazer de tão nocivo para eles dois, que eles precisavam fugir daqui? Não, eu estava riscada da lista. Eu não poderia oferecer ameaça alguma se eles quisessem realmente ficarem juntos. Eles não queriam ficar juntos. Já fazia um mês que Joe estava supostamente com Bridget, e eles nem se tocavam, nem planejavam um casamento ou coisa parecida. Não pareciam, nem de longe, um casal apaixonado. Eles não estavam juntos, isso era certo.

 Então, seria outra coisa. Outra coisa? Ou outra pessoa? É, uma pessoa perigosa. Bom, talvez fosse essa pessoa. Mas quem era ela? Por que ela os repeliria de perto de mim? É, uma pessoa que os estava repelindo. E essa pessoa foi quem os mandou mentir. E essa pessoa só podia ser muito perigosa, para eles terem medo.

 Bom, minha mente superior estava cansada...


--- Lottie! – Poderia acordar um pouco?! – Sam me acordou-me de meus pensamentos insípidos.

  Eu fitava a janela, pensativa, quando ela entrou, de supetão e quase me mata de susto. Mas devido ao meu temperamento ponderado, não gritei. Ela estava com um de seus vestidinhos bonitinhos, e o rosto sardento de ruiva muito feliz. Mais feliz do que de costume. Enjoativo.

--- Ah! Você me assustou Sam... – Eu disse, olhando-a, de cima a baixo.


--- Ora, Lottie, quero te apresentar o Gustav. – Sam disse, me repreendendo com o olhar meigo, mas repressivo, antes que eu reclamasse.


--- Ah, Sam, estou de saco cheio de humanos. – Eu disse, com escárnio. Não fitava o rapaz.


--- Há há. Você não vive sem humanos. Se bem, que, aqui, desse jeito, por um mês presa, você vai acabar se tornando o cúmulo da misantropia. –Ela riu.


--- Só não te mando calar a boca, por que estou cansada de fazer isso, e não dá jeito mesmo. – Eu disse, desabafando...

 --- Gustav, esta é Lottie, você já viu que ela é simpática até demais. Mas de qualquer jeito, ela é legal. Não amável, claro, mas legal. – Sam falou seriamente.

  Ela não resistia à oportunidade de me caluniar. Não naquela ocasião, mas em muitas outras. Das quais eu realmente não lembrava.


--- Olá, Senhorita Charllottie. – Gustav era um homem alto, loiro e de olhos azuis. Seu rosto me era meio familiar. Tinha a impressão que era por causa de Peter. E sua voz também era familiar a mim.

--- Oi. – Eu disse, cautelosamente. –Sou Charllottie Vanderwood, como pode ver, não sou amistosa, mas trate a Sam bem e a faça ficar menos irritante e ganhe seu lugar no céu e no meu coração. –Aqui, fiz um coração com as mãos.

--- Não ligue, Gustav, ela está amarga ainda. Ela é bastante emo nas horas vagas. – Sam disse, olhando Gustav apaixonadamente e sorrindo.


--- Sim, se divirta às minhas custas. – Eu disse. –Adoro que o façam. –Eu disse, sorrindo de modo nada amigável.

--- Está bem, já vamos embora, mas não é só por que você está implorando, viu Lottie?! – Ela disse, saindo do quarto e dando uma piscadela para mim.

--- Adeus. – Eu disse.


 Onde será que este mundo vai parar? Não esperem uma resposta minha, eu não sei. E nunca pretendi discutir sobre isso, mas as possibilidades...  


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