Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 135
Cap. 135: Tudo de novo.




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E eu estava ali. No fim de tudo. No começo de um novo começo, meio e fim.

--- Olhem só, Jolie vai entrar. –Disse uma voz na grande multidão.

--- Cara, como você está linda! –Chris e Norma se aproximaram de mim.

  Mais uma vez vi o cara do sorriso impagável. E a mulher de sobriedade inabalável. De trás dela, saiu uma garota. Ruiva. De olhos muito significativos. Usava franja e era bem magra. Suas roupas eram um pouco desleixadas e, seu olhar, apesar de fixo, era melancólico.

--- Olá, pequena! –Disse Peter, gentilmente.

--- Oi. –Respondeu ela, apática. –Mãe, eu... Vou pegar algo para comer... –Ela disse ainda, apática.

--- Filha, Jolie já está vindo. –Norma murmurou.

--- Hm... –Raven disse, baixinho e se afastou.

--- Desculpem-me por ela. –Norma disse, desconcertada.

--- Não há porque se desculpar. –Peter disse, sorrindo. –Ela... Deve ser meio retraída.

--- Não, ela é teimosa e impertinente. –Norma disse, de repente frustrada.

--- Norma, não fale assim dela. Ela só não queria estar aqui... Está cansada de tantas emoções. –Chris disse, se manifestando.

--- Ora, não me diga o que dizer... Ela é minha filha e... –Antes que Norma continuasse, as cortinas do grande palco abriram-se, e Jolie estava lá.

  Daria qualquer coisa para ver a cara de Teddy ao vê-la. Ela era... A mesma. Sim, exatamente a Jolie estilo  Cindy Lauper.

  Usava um vestido preto, com véus. Meias quadriculadas em preto e branco. Os cabelos estavam num coque, bagunçados propositalmente. E a maquiagem forte. Usava sapatos de salto muito alto e pretos, brilhantes. Apesar de tudo, era o  social de Jolie.

--- Caros cidadãos da cidade de organização, em Dusseldorf na Alemanha... –Mal ela terminou, e todos riram alto no salão. Os homens que estavam ao seu lado fizeram sinal para que parassem. –Sim, essa foi para rirem... –Ela sorriu, gentilmente. –Bom, sabem que eu estou agora responsabilizada por tudo que aqui existe. E não pretendo mudar muitas coisas. Pois meu pai, o homem mais notável que já conheci, praticamente construiu esta nova ordem. Mas há algumas coisas com as quais eu não concordo. As quais pretendo mudar, imediatamente. Não, não se apavorem! –Ela saiu de trás do pequeno bloco de madeira onde o microfone estava. Fez uma reverencia. Voltou. –Tudo isto aqui, é de vocês também! E eu aprendi muito para estar aqui. Então, se não quiserem algo que eu fizer, digam-me. Nós discutiremos. E esta, como podem ver, já é uma das mudanças. –Jolie disse, firmemente.

  Os agentes bateram palmas tão prolongadas, que os homens os mandaram calar novamente. Entendi, então, que antes, as pessoas da organização não podiam discutir as ordens. 

--- Quero que este lugar seja pleno. Feliz e justo. Não quero que briguem. Não quero guerras. Quero paz. –Disse ela, séria. –Mas, como eu perdi meu honrado pai numa destas guerras,  sei  que não será fácil fazer o que quero. Pois o mundo não é assim. E nem todos concordam comigo. Mas, o que seria de todos nós se não tentássemos? –E uma salva de palmas eclodiu novamente no salão.

--- Pete, ela cresceu. –Disse eu, sentindo uma nostalgia –E muito.

--- Sim, cresceu. –Disse ele, feliz.

--- Cara, eu sou fã dela. –Disse Chris, em coro com Frida, que chegara sem que eu percebesse.

  Depois disto, entregaram um papel envolvido numa fita para Jolie, que era a sua nomeação oficial como matriarca da corporação. Ela piscou o olho para nós e sorriu. Tirou a fita dourada do papel e o assinou, alegremente enrolando os dedos no cabelo dourado.

  Começaram-se um monte de gritos e salvas em sua reverencia. 

--- Obrigada! –Ela gritou no microfone. –Ah, pessoal! –Ela gritou mais uma vez. –Vou cantar, mais tarde na festa. Sim, eu tenho uma banda! –Ela riu de um modo caricatural e todos gargalharam.

--- Interessante. –Kurt murmurou. –Mãe, eu quero ver a banda dela. Ela é uma linda mulher. –Ele falou. Seus olhos, quase sempre apáticos, como os da filha de Norma, cintilaram.

  Por um instante, pensei ter visto qualquer ponta de paixão naquele olhar pequeno. Mas decidi, para a minha sanidade, ignorar.

--- Mãe! Você está ai. –Raven chegou perto de nós, novamente. –É sério que aquela mulher será a nossa nova líder? –Ela perguntou, seu olhar estava menos apático.

--- Sim. –Norma respondeu, gostando da forma como sua filha se portara, naquele momento.

  De repente, Raven olhou para Kurt. Seus olhos o percorreram lentamente. Ela parou de falar, rapidamente.

--- Kurt? –Ela murmurou, quase para si mesma. 

--- Você me conhece? –Ele perguntou, sem mais cerimônia.

--- Tenho vagas lembranças... –Ela falou baixo.

--- Eu também tive vislumbres de você... Mas não lembro, realmente.

--- Meu... Nome é Raven. –Disse a garota ruiva do cabelo muito liso, porém emaranhado.

--- Hm... Já sabe qual o meu... –Kurt sorriu, devagar.

--- Bom, vamos logo nos aprontar para a festa.

  Quando eu disse isso, me virando e pegando a mão de Kurt, Bridget apareceu. Já não havia quase ninguém no salão.

--- Boo! –Ela saltitou.

--- Oh, que susto! Bridget, não faça isso. –Murmurei, botando a mão no peito.

--- Olá, pessoal! –Joe disse, chegando perto.

--- Eu nem sabia que estariam aqui! –Disse eu, surpresa. –Você parece ter esquecido que eu existo, Bridget! –Disse, com uma cara emburrada.

--- Fomos convidados. Aliás, nós nos tornamos muito amigos de Jolie, enquanto Frida ficava com vocês. –Bridget disse, sorrindo. Ela ignorou-me, completamente. Sabia que eu odiava...

--- Vamos, agora é a hora da festa. –Ela pegou meu braço e andamos juntas até a porta.
Peter, Norma, Frida, Raven, Kurt e Joe vieram atrás.


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