Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 107
Cap. 107: As mães.


Notas iniciais do capítulo

É, é o Gustav... E quem não sabia? rs.



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--- Gus...tav... –Angel franziu o cenho e deixou que a raiva tomasse conta de seu semblante.

--- Está surpresa?! –Gustav deu um grito. Sua expressão era pavorosa e seu rosto se contraia em  dor

Ele nos olhou, percebendo a nossa presença.

--- Calma, não vou deixar essa loura fazer nada a vocês. –Gustav olhou para Angel, com desprezo.

  Gustav quase encostou o rosto no ouvido de Angel e falou, quase gritando.

--- Onde está a minha mãe? –Ele apertou o pescoço de Angel, bruscamente, fazendo ela arregalar os olhos, sufocadamente. 

--- Eu... não vou... dizer! –Ela ainda era petulante, mesmo detida. –Eu odeio todos vocês!

--- Ah, vai sim. Ou não vai querer sobreviver a este mundo, que se tornará  torturadamente  escuro. –Gustav sempre havia gostado de metáforas.

  Lembrava-me desde que ele estava com Sam. Ele dera ênfase profunda na palavra  torturadamente...
As pessoas da organização aprendiam diretinho como fazer as outras falarem.  Era a lição de casa  número um.

--- Ela está no cemitério! –Angel disse, com uma gargalhada reprimida, já que estava sendo sufocada.

  Gustav se irou, mais ainda. Ele apertou o pescoço de Angel, fazendo-a arregalar muito os olhos e ficar quase sem ar.

--- Gustav! Sam  nunca  te perdoaria se você matasse de novo. Nem que fosse ela. –Eu disse, de repente me lembrando de Sam.

--- Não se preocupe. –Ele disse, em tom soturno. –Não matarei esta  mulher.  Ela  vai  me dizer onde está a minha mãe. –Gustav disse, com a maior certeza que já vi alguém dizer algo.

--- Como pode ter certeza de que sua mãe não está, realmente morta? –Frida perguntou, petulante. Ela sempre se metia nos assuntos dos outros sem perguntar se era chamada, porque ela era arrogante e imparcial. 

--- Eu  conheço  a Angel. Se este joguinho dela não era planejado para terminar agora, ela não mataria a única coisa que me prende a suas ordens. –Gustav respondeu, prontamente –Porque, como estão vendo, eu sou o rabo preso dela.

  Por mais que aquilo fosse totalmente inoportuno, era divertido. Era excitante. O trem corria, em sua velocidade constante e mais ou menos alta, enquanto éramos uma espécie de reunião cordial, perigosa e hipócrita ali, em seu meio.

--- Bom, eu invadi o computador de Angel Flitz. –Gustav disse, tombando a cabeça para trás num ato arrogante.

  Ele usava botas pretas de couro e uma jaqueta preta, também de couro velho, que o dava um ar de desleixado. Havia deixado a sua barba crescer, o que contribuía para isto.

--- Quando eu  trabalhava  para ela, eu era quem organizava as coisas naquele computador. Eu o conhecia dos pés a cabeça. Ela tinha vários, mas aquele era o principal. Ela preferia não alternar muito, pois suas informações poderiam ficar espalhadas e sua memória,  afinal  era como a de qualquer humano, limitada. Ou seja, ela não podia lembrar-se de todo e qualquer computador em que colocara suas informações, assim, preferindo colocá-las somente num, para que não pudesse perdê-las, por ai. 

  Ele suspirou, antes de continuar. Angel estava parada, com uma cara de raiva e indignação. Ela estava olhando para Gustav, de rabo de olho, irritada.

--- A arquitetura deste seu plano e cada detalhe dele, estava arquivado em seu computador, e eu o invadi, já disse. Eu o invadi, por sorte, um dia antes de ela o colocar em prática. Angel queria acabar com a vida de sua mãe e te deixar viva. Ela planejava matar Frida, também, porque queria acabar com todos os seus entes queridos possíveis na determinada situação. Ela iria saltar, depois que você saltasse, para que você não corresse o risco de se matar. Angel pensou em matar a sua criança, mas ela viu que seria quase  impossível  se não a matasse também, para isso. Então resolveu apenas matar a sua mãe. Eu estava tentando invadir o seu computador, fazia muito tempo. Desde que ela prendeu minha mãe, na verdade. Mas ela o sabia, então manteve todos os cuidados. Mas eu não desistiria. Eu amo a minha mãe e ela é a única coisa que tenho, por isso era impossível que eu não conseguisse. –Gustav respirou um pouco e olhou para a janela, relaxado. A noite já estava a cair. -Como Angel não planejava suicídio, ou matá-la, Charllottie, conclui que ela não acabaria com o jogo aqui. O que me fez pensar que minha mãe ainda estava sobre o seu poder, pois, como já falei, ela não jogaria fora sua carta coringa contra mim, que sou e sempre fui, de muita serventia a ela. Além disto, eu sei muito sobre ela. –Gustav sorria, de satisfação. Ele sabia que Angel estava perdida. Que não havia saída para ela, agora. –E, sabendo de seu plano, me infiltrei no vagão de carga do trem. Angel foi tão presunçosa, que não verificou isto, pois achava que seu plano era perfeito. E era, até certo ponto, onde alguém que a conhece acaba com tudo. É sempre este, o ponto fraco dela.

--- Agora, cadela loura  -Disse, repetindo as palavras de Gustav, mas com o toque que Angel havia dado ao  meu  apelido. -diga onde está a mãe de Gustav... não resta mais  nada  a você. -Disse, por fim.

--- Isso mesmo, você não vai matar mais mães aqui. –Frida disse, zombando de Angel, descaradamente.

  Angel estava com uma cara muito assustadora. Parecia que ia rasgar minha alma se me pegasse.

--- Nunca! -Angel se abaixou, bruscamente, fazendo com que Gustav atirasse, por impulso, no ar de onde ela já tinha se deslocado.

  Foi tudo tão rápido que eu mesma só escutei dois gritos de susto e já tinha acontecido. Eram os gritos meu e da Frida.

  Angel deve ter calculado meticulosamente o movimento, pois saindo bruscamente dos braços de Gustav, agora já um pouco distraídos, ele atiraria, mas no vácuo, onde ela já não estaria, dando tempo para que ele ficasse mais atônito e ela se virasse para ele, apontando a arma em sua direção. Angel não tinha mais escolha, por isso arriscou. E, como dizem, vaso ruim, não quebra. E não quebrou.

--- Eu não direi, seu protótipo de agente... –Angel cuspiu as palavras. Gustav agora estava com a arma apontada para ela e ela, com a arma apontada para ele.

--- Não? -Gustav estava atônito e suas sobrancelhas franzidas numa expressão extremamente surpresa e angustiada.

Era como se ele dissesse: “Droga, perdi".

--- Se atirar, eu atiro. Se mexer-se, também.

  Era um jogo de velocidade, a partir daquele momento.

  Frida olhou para mim, com os olhos arregalados. Peter e eu olhamos para ela, de súbito.

--- Ele vai atirar. –Frida sussurrou e fechou a boca, pasma.

  Gustav atirou.

  Angel não o esperava. Certamente, ela pensou que Gustav não arriscasse atirar, pois poderia matá-la, perdendo, assim, qualquer forma de encontrar sua mãe. E, pela cara de angústia e incerteza que Gustav fez, quando apontava a arma para Angel, ele estava completamente desorientado aturdido. Mas Gustav havia  fingido.  E atirou, no braço de Angel, o braço em que a arma dela estava, fazendo com que ela a soltasse, num espasmo brusco do braço. Como Angel tina certeza de que Gustav não atiraria, principalmente por sua expressão e condição de refém da informação que ela continha, não se deu ao trabalho de atirar antes. Queria brincar com a cara de Gustav agora que havia livrado-se de suas mão. Mas se deu mal.

  Como previsto, ele não a mataria, antes de saber o que precisava. Angel caiu, em meio a gritos de dor.

--- AAH! -Angel gritou, esganiçadamente, como se um raio a partisse.

--- Diga, maldita, diga! –Gustav gritava, exacerbado.

--- Anda, Angel, Diga! -Peter estava angustiado. Senti que ele ainda nutria um sentimento de amizade por Angel, apesar de tudo. Ele não queria que Gustav a machucasse. Ele tinha esperanças de tentar coagi-la, depois de sair dali.

--- Pete... -Angel estava chorando, mas não por causa de estar triste, ela derramava lágrimas de dor. Ela estava perdendo muito sangue.

--- Que droga, Gustav. Ela vai morrer, assim! –Frida disse, com raiva. –Esta maldita precisa ficar presa e ser torturada, por tudo que fez! –Frida disse, amarga e diretamente.

--- Não, não vai. –Gustav disse, mesmo sem tanta certeza. –Ela vai dizer não passará tanto tempo assim a resistir. A dor fará ela falar antes de perder tanto sangue até morrer.

--- Tudo bem! –Angel disse, atônita. Ela parecia, finalmente ter perdido o controle da situação. –Eu digo onde a sua mãe está, mas, por favor, faça este sangue e esta dor pararem! –Angel estava com a voz esganiçada e chorava, como se tivessem colocado cebola, diretamente em seus olhos azuis brilhantes.

--- A dor de um tiro neste lugar, onde não te deixa inconsciente, e por isso é mais difícil de suportar... –Peter concluiu, acreditando que Gustav tinha razão.

  O rosto de Gustav estava angustiado e cruel. Todos nós, para falar a verdade, estávamos ficando loucos... e ficaríamos, até o fim daquele inferno que nos azucrinava, cada vez mais. 


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Notas finais do capítulo

"Aguardem o próximo" Não foi eu quem disse. ._.



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