Entre Espadas e Batons escrita por BiasC


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um Capítulo!



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                POV Silena Beauregard

Eu estava sentada com meus irmãos em nossa mesa no pavilhão do refeitório. Todos os campistas estavam lá, esperando Quíron falar.

-Bem, como vocês sabem, hoje teremos a nossa Caça a bandeira- ele começou- Para deixar o jogo mais interresante, alguns monstros foram soltos na floresta.

Ótimo, pensei ironicamente, como se o jogo normal já não fosse ruim o suficiente

-As equipes já foram divididas- anunciou Quíron- Na vermelha estão os chalés de Ares, Dionísio, Zeus, Apolo e Afrodite e na azul estão Atena, Demeter, Poseidon, Hermes e Hefesto. Vocês têm 10 minutos para se preparar.

Todos se ocuparam em pegar armas e escudos então eu peguei minha espada, mas eu não conseguia sequer segurá-la direito e a perspectiva de correr por uma floresta carregando aquilo era tenebrosa.

                                               

               POV Charles Beckendorf

Quando já estávamos todos prontos, nós fomos para fora onde os grupos se dividiriam. De onde eu estava, junto com minha equipe, eu conseguia ver Silena, em um canto, nem um pouco interessada ou animada com o jogo. E por que você está notando isso, Beckendorf? Perguntei pra mim mesmo, se concentre no jogo.

Fui ao meu posto, e escutei a trombeta de Quíron soar. O jogo havia começado.

Rapidamente fui avançando pela floresta, vencendo todos os membros da outra equipe que passavam pela minha frente. Minha espada fora feita por meu pai, em um de meus aniversários. Ela era, portanto, mágica e se transformava em qualquer arma que eu quisesse. Assim, eu podia golpear com espada, adaga, duas espadas e diversas outras armas. Segui em linha reta até chegar a uma clareira, onde me deparei com uma cena assustadora.

Silena se encontrava encolhida, gritando e parecendo prestes a chorar, enquanto, um monstro enorme e perigoso andava em sua direção. Ela tentava fugir, mas não conseguia levantar, parecia estar com o tornozelo machucado e seu ombro sangrava. A espada que eu havia feito pra ela estava do outro lado da clareira, jogada no chão, de modo que ela não tinha sequer como se defender.

Eu não conseguia respirar, não conseguia pensar. Meu coração pareceu ser esmagado ao me deparar com aquilo. Nada importava, o jogo não importava, eu não estava nem ligando se ela não era da minha equipe, tudo que eu tinha em mente era que eu precisava salvar Silena. Entrei na frente dela, para chamar a atenção do monstro. Funcionou, ele se concentrou em mim, deixando ela de lado. Ao ficar em frente do monstro, ele me pareceu ainda mais assustador do que havia parecido antes. O ataquei, enquanto maldiçoava Quíron mentalmente por ter escolhido monstros tão fortes. O animal era estranho e seu corpo me parecia deformado, de forma que eu não consegui descobrir exatamente o que era. Algo me dizia que era melhor assim. Depois de muito esforço e alguns ferimentos, eu consegui cortar seu pescoço e transformá-lo em pó. Mas antes de virar pó, ele conseguiu me atingir com a cauda, me jogando no ar. Fechei os olhos esperando o impacto com o chão, mas ele não chegou. Ao invés disso cai em cima de algo. Ou melhor, de alguém.

Eu havia caído em cima de Silena, que permanecia no lugar que estava quanto eu cheguei à clareira. Mas eu não tinha simplesmente caído nela, eu tinha caído nela de modo com que nossos lábios se encostassem. Eu não sabia o que fazer, uma parte de mim queria ficar ali a beijando, para sempre. Mas outra parte de mim dizia que eu não podia fazer aquilo, que não deveria fazer aquilo. Por fim, me separei lentamente dela, mesmo não querendo totalmente. Percebi algo passar pelo rosto dela, e por um momento, achei que fosse decepção, mas afastei aquele pensamento da minha cabeça. Não podia me deixar levar por esses sentimentos.

  -Você... Você está machucada, melhor eu te levar para a enfermaria. -gaguejei, tentando agir normalmente.

 Peguei-a no colo, ignorando o aumento súbito das batida do meu coração quando fiz isso. Fui carregando ela até a enfermaria, onde as dríades poderiam cuidar dela até o fim do jogo e a chegada dos filhos de Apolo. Coloquei-a na cama e já estava saindo quando a escutei me chamar:

-Charles, eu... - ela abriu e fechei a boca várias vezes, tomando coragem para falar- Sobre o que aconteceu na clareira...

-Esqueça, foi só um acidente. – disse cortando-a.

-É claro, só um acidente- sua voz parecia triste, mas ela se virou me dando as costas.

E eu saí da enfermaria.


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Notas finais do capítulo

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