We Are Dust In The Wind escrita por LizzieMoon


Capítulo 9
I mean it, I'm okay.


Notas iniciais do capítulo

"E eu fiquei morgando em casa até minha mãe chegar, ela não costumava chegar tarde... Mas o quê...?"



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- Olá Lizzie. - disse, sorrindo. Encarei minha mãe que me lançou um olhar de repreensão. Ótimo.

- Oi. - murmurei mal humorada. Voltei a encarar minha mãe. Ela sorriu sem graça.

- Filha, creio que você se lembre de Robert... - ela disse, meio sorrindo.

- Sim. - murmurei. Subi as escadas e me tranquei no quarto.

Ah, e como me lembrava de Robert... Ele já foi meu quase padrasto. Não deu muito certo porque o espantei. Mas por ter merecido. Acreditam que aquele verme queria me por numa escola particular? E quando digo escola particular não é "escolinha particular com uniforme e etc" é uma porcaria de internato. Na Inglaterra. E por quê? Bom, na época tinha uns 13 anos. Era terrível. E ele não queria "criar criança dos outros", segundo o que disse pra MIM. Obvio que ele nunca mencionou isso para mamãe e nem eu. Mas dei um jeito daquilo terminar de uma vez por todas. Não iria ficar longe da minha mãe, nem morta.

Fiquei devaneando no meu quarto e acabei dormindo. E ainda por cima acordei atrasada.

Levantei num pulo da cama. Ótimo, tudo o que precisava agora era me atrasar. Tinha prova na primeira aula! Desgraça.

Sai correndo tomar um banho rápido e coloquei qualquer coisa que achei na minha frente. Uma calça preta e uma blusa do Misfits. Dei uma secada rápida no meu cabelo, que consiste em esfregar a toalha no cabelo até considerar "seco", penteei e desci as escadas.

Mal alcancei o ultimo degrau ouvi a voz desagradável daquele verme. Ótimo, ele dormiu aqui. 

Corri pra cozinha, peguei uma maçã, dei tchau para minha mãe e mostrei o dedo do meio para ele. 

Ok, a ultima parte fiz mentalmente. Mas não nego que faltou pouco.

Frank geralmente me acompanhava no caminho para a escola, mas estou tão atrasada que ele já foi. Corri quase o caminho inteiro. A parte boa disso é que meu cabelo estaria quase seco ao chegar à escola.

Avistei o grupo quando passei pelos portões. Estavam me esperando, que fofos.

- Oi. - disse meio sem fôlego.

- Ta atrasada - Ray disse. - Vamos que daqui a pouco a prova começa e...

- Ok, ok. Já entendemos, vamos. - Ge disse cortando o amigo e indo em direção a sala.

Droga. Não estudei nada pra essa porcaria... Agora que me lembrei disso. Final de ano Lizzie e você não estuda pra porcaria da prova! Ótimo, simplesmente perfeito. Meu dia começou deslumbrantemente bem.

- Que foi? - Frank perguntou enquanto caminhávamos para os jardins da escola. As aulas passaram voando.

- Nada. - murmurei e depois suspirei. - Lembra do Robert?

- O narigudo feioso? - assenti. - Sei.

- Dormiu lá em casa ontem...

- Sério? Tua mãe voltou com ele?

- Sei lá... Tomara que não. - sorri. Mikey sentou do meu lado. Aquela fofura. Abracei-o.

Meu celular tocou uns cinco minutos depois, fui obrigada a atender porque era mamãe.

- Oi?

- Filha, Robert vai almoçar aqui hoje, não se atrase e... - a cortei.

- Sabe o que é mamãe. O pessoal já combinou de ir ao shopping almoçar e depois... Dar uma volta... - olhei pra eles como falando "POR FAVOR, FAÇAM ISSO!".

- Ah... Bom, então tudo bem. Divirta-se.

- Vou. Tchau mãe.

Não gosto de mentir pra ela, mas... Almoçar com Robert? Ah não.

- Combinamos é? - Ge disse rindo.

- Porrr favorrrrr. Ela queria que fosse almoçar com ela e o chato-narigudo-feioso. - fiz bico. Frank riu dos apelidos.

- Podemos fazer esse sacrifício. - Ray disse, cutucando Gerard quando ele bufou.

- Não precisa ir se não quiser Ge.

- E você acha que Mikey não vai? Não tiro mais os olhos dele.

- Virou minha babá. - Mikey zoou.

- Cala boca.

Depois da aula todos fomos em direção ao shopping ali perto. Montei nas costas do Frank porque tava morrendo de preguiça pra andar. 

- E então ele começou a cantar YMCA e rebolar. - Ray disse rindo.

- Não fiz isso. - Frank discordou de cara emburrada.

- Frank, confesse que tu tava tão bêbado que cantou SIM YMCA na frente de todo mundo, rebolando. - Mikey disse rindo também. Comecei a rir descontroladamente.

- Ah, isso é a sua cara nanico. - enxuguei uma lágrima de tanto rir.

- Cala boca. - disse, fazendo bico. - E você que dançou na boquinha da garrafa.

- EPA. - ri - Você duvidou de mim. Tu sabe que odeio quando duvidam.

- Ainda assim dançou.

Estávamos sentados em uma das mesas na praça de alimentação. A mesa lotada de caixas que foram cheias de junk food. Ray havia começado a contar do que Gerard fez em certa festa quando estava bêbado demais para lembrar e depois acabou lembrando da história de Frank, que odeia relembrar os micos que passa.

Claro que ele iria desenterrar algo meu. Sem dúvida alguma.

- Preciso ver uns negócios pra minha guitarra... Ray vem comigo? - Frank disse, se levantando de repente.

- Anh? Ok...

- VOU JUNTO! - Ge levantou num pulo, correndo atrás deles. Idiotas. Dei risada.

Mikey e eu andamos em direção a uns sofás que tinha não muito longe da praça de alimentação. Ficar a tarde inteira sentados naquela cadeira, ninguém merece né.

Quando sentamos logo em seguida coloquei minha cabeça no ombro dele.

- Oi. - disse sorrindo, olhando pra cima em seu rosto. Ele riu.

- Tinha álcool na tua Coca?

- Você sabe que não preciso de álcool pra ser idiota. - sorri feito uma criança.

- Verdade. - olhei pra ele indignada.

- Verdade? Mikey Way! Como você ousa falar isso de mim? - coloquei a mão do peito fingindo indignação. Ele riu e se aproximou de mim. Me beijou.

Sabe quando algo bom acontece e você fica feliz? E parece que tem fogos de artificio por todo o canto do maldito lugar? Então... Foi o que aconteceu agora.

Aquele "tempo" longe dele, foi difícil. Poder beijar ele em um lugar comum, onde não tenha todas as máquinas supervisionando, era algo tão bom.

Não que não tinha sido engraçado um dia, quando fui visitar ele no hospital e beijei ele, assim do nada, e aquele troço que fica vigiando os batimentos cardíacos começou a fazer um barulho maior, porque os batimentos dele tinham aumentado.

Mikey tinha ficado vermelho feito um peru e Gerard sempre que pode zoa dele por causa daquilo. Mas confesso que até eu ri.

Enfim. O beijo foi bem calmo. Mas foi a melhor sensação do mundo. Era tão bom estar do lado dele. Ali, podendo fazer carinho no pescoço dele enquanto o beijava.

- Aprendeu uns truques? - zoei depois que paramos de nos beijar.

- Aperfeiçoei, sabe como é. Minha namorada é exigente. - corei.

- Cala boca Way.

- NO WAY! - Gerard chegou berrando e se jogando no sofá do lado.

- YES WAY! - Frank berrou, jogando-se ao lado de Ge.

- ME WAY? - Ray disse, sentando do lado deles.

- No Ray. - Mikey completou. Dei risada. Essas piadas idiotas que eles fazem.

- Vocês parecem crianças. - confessei.

- E você parece uma ninfo do lado do meu irmão.

- EEEEI, ELE É MAIS VELHO! 

- Meses, só alguns meses. - revirei os olhos.

- Cala boca Geraudo. - ri. Os outros riram, Ge emburrou.

Passamos a tarde ali conversando. Mais a noite, fomos de novo pra praça de alimentação e dessa vez comemos pizza. Aqui o pessoal é saudável ok, só come comida saudável. Depois fomos cada um pra casa.

Mikey foi com Ge, é claro. Então tive que me despedir dele antes de querer isso. Ray foi um pouco depois. E Frank me acompanhou até em casa. A noite estava linda, o céu estrelado. Poderia ficar ali fora pra sempre.

- Quer entrar? - perguntei quando chegamos na porta de casa.

- Sei lá. - deu de ombros.

- Entra. - fiz bico. - Vai que o narigudo ta ali. Não quero ter que aguentar eles.

- Ok.

Entramos e, como adivinha que sou, acertei ao pensar que o feioso estaria ali. Estavam os dois sentados no sofá vendo TV de mão dadas... Oh god.

- Oi mãe. - sorri meio a contra gosto.

- Querida! Oh, olá Frankie! Me perguntei quando você iria aparecer por aqui pra me visitar.

- Cá estou. - Frank abriu os braços, se "apresentando" ao local. Idiota.

- Você lembra de Robert querido? - mamãe perguntou, toda simpaticazinha.

- Sim. - Frank sorriu e eu, que conheço ele como minha vida, sei muito bem que foi forçado. - Olá.

- Olá. - Robert disse com aquela voz fanha e o sorri ridículo. Argh. Nojo.

- Vou pro quarto mamãe. Vem Frankie. - puxei ele pela mão subindo as escadas.

- Como você deixa? - ouvi Robert dizer.

- Deixa o quê? - mamãe perguntou distraída.

- Lizzie levar um garoto pro quarto e... - mamãe riu.

- Oh Deus, eles são mais irmãos do que amigos.

E fechei a porta. Frankie estava deitado na minha cama rindo.

- O que vamos fazer Liz? Nos pegar? - continuou rindo. Deitei do lado dele, rindo também.

- Olha, é o que o narigudo acha. - suspirei.

- Que foi? - perguntou, me olhando.

- Não quero que eles voltem. - respondi, olhando pra ele também. É tão engraçado ver as pessoas de lado, vocês não acham? Frank sorriu.

- Se sua mãe gosta...

- Mas não quero!

- Lizzie... Pare de ser tão egoísta.

- Não sou egoísta. - fiz bico.

- Então deixe sua mãe ser feliz.

- Mas ela pode ser feliz! - exclamei, sentando na cama e cruzando as pernas em posição de índio. - Só não com ele.

Frank riu e fez-me deitar novamente. Ficamos conversando, até pegarmos no sono. Acabamos dormindo com a mesma roupa com a qual saímos.

- Bom dia. – Frank sorriu quando acordei. Olhei no relógio e por incrível que pareça ainda tinha muito tempo pra me arrumar. – Tem alguma roupa minha por ai?

- Você já sabe a resposta. – falei, levantando em seguida e indo ao banheiro tomar banho.

Frank devia ter umas mil roupas aqui em casa, porque aquele cabeçudo sempre esquecia alguma coisa quando dormia aqui. E ele tem todo tipo de peça de roupa, se você me entende.

Não demorei  muito no banho porque não estava empenhada pra tomar aquele banho revigorante que mata cem por cento todas as milhões de bactérias do corpo e... Enfim.

- Aleluia também quero tomar banho. – mal sai do banheiro e Frank entrou quase me levando junto de tão delicado que é.

Coloquei outra das minhas camisetas do Misfits e um shorts jeans. Que, se querem saber, é curto e todo rasgado. Mas ta na moda hoje em dia, não tá? Sequei o cabelo, dessa vez podendo demorar e secar ele propriamente dito e quando ia sair do quarto, dei um encontrão na mamãe.

- Filha, você não poderia ficar em casa hoje? Vou ter que sair logo cedo e não queria que você fosse à escola. E você vai ficar a tarde toda sozinha então... Por que você e Frank não ficam?

- EU ACEITO!  - Frank berrou de dentro do quarto. Bufei.

- Ok. - resmunguei.

- Depois você pede pra Mikey vir, não reclame. Soltei um risinho mal humorado. Ainda assim fui em direção à cozinha, fome logo de manhã não dá. Frank me acompanhou na tigela de cereal e depois mandou uma mensagem pra Gerard avisando que depois da aula eram pra virem até minha casa.

E o resto da manhã? Se baseou em assistir desenho, comer besteira e falar merda. Só.

Mas afinal de contas... Aonde minha mãe foi?


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Notas finais do capítulo

OIE *u* foi a unica coisa que consegui escrever... Pelo menos atualizei mais cedo dessa vez OIWJHEOJISDPSKDOPKSDPOKSD aulas quase começando, nãããão ;-; Tentei fazer desse capitulo algo grande, mas faltou a criatividade e como sei que to devendo atualizações pra vocês então resolvi postar isso mesmo, veremos se no próximo capitulo a inspiração fala mais alto :3 e se tiverem sugestões de continuação vou reeeeeeeeeealmente agradecer hehe. DEIXEMMMMM REVIEWWWSSSSSS. amo vcs, bye.