Behind Blue Eyes escrita por Liks


Capítulo 10
Egipto - Dia #4




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Fui acordado por alguém me chocalhando, de novo as hipóteses eram a Inuki, o Baki ou um camelo. Mais uma vez era a Inuki, mas que raio é que essa moça quer?!

-Capeta! Acorde!!!- pediu.

-Eu tou acordado =_=.

-Ah “qui” bom! =3 Vamos! Temos de encontrar o escorpião!

-Você tá louca?! O.O Quer apanhar outra ensolação?! Ou já apanhou e tá delirando?!

-Não mesmo! Eu tou bem e quero apanhar o bixaroco! =3

-Mas o Baki-san disse pra você não voltar pro lugar onde apanhou ensolação… -

-Tecnicamente eu apanhei a ensolação antes…lembra de eu falar pra você uns minutos antes?

-…Mesmo assim, não quero arriscar…quero dizer, você não devia arriscar.

-Uhum…Mas eu quero!

-Mas não vai.

-Porquê?

-Porque eu não deixo!

-Mas porquê?!

Tá, eu sei que ela sabe, e que tá apenas tentando me irritar pra eu deixar ela ir…mas eu não quero que se repita o que aconteceu ontem.

-Alô? Gaara? – ela me chamou…e chamou pelo meu nome! Nossa onde esse Mundo vai parar…!

-Hun? Diga.

-Porque é que tá sendo tão teimoso e não me deixa ir?

Pensei em dizer que apenas tava preocupado com ela…mas ela não merece isso! Então simplesmente respondi:

-Porque se você morrer (tou sendo dramático), me culpam a mim e ainda me mandam pra cadeia!

-Por negligência? – ué, ela pensou o mesmo que eu!

-Yap… - ficamos em silêncio um pouco. – Por isso é que não vamos! – dei a conversa por encerrada, me deitei, virei pro outro lado da cama e me tapei com o lençól.

Ouvi ela a sair da tenda…Graça a Deus! Ela se foi!

Pensava eu…

Não passou nem 1 minuto quando eu sinto algo gelado vindo contra minha cabeça!

-MAS QUE…?! INUKI!! QUE É QUE DEU EM VOCÊ?! – berrei com ela após me virar e me deparar com ela com uma garrafa de água vazia virada em minha direção na sua mão.

E cadê a água?

Resposta: EM CIMA DE MIM!

-Ou vem, ou eu tacarei mais água em você! – ela é persistente quando quer.

Ficamos nos encarando. Ela já vestida pra sair, com a garrafa na mão, eu ,encharcado, vestindo um moleton e camiseta de dormir…e presumo, com um ar furioso.

-…Sabe que se voltar a ficar como ontem, eu não a salvarei segunda vez… - adverti.

-…Sei. Esperava isso de você. Mas quero encontrar aquele treco!

-Ok.

Me levantei e fui ao banheiro buscar uma toalha pra secar o cabelo. Quando voltei ela ainda tava especada na minha sala.

-Ei moça! Se importa? Eu quero me vestir. – disse eu pra ela, que corou e respondeu:

-Ah, s-sim claro. – e saiu depressinha.

Não pude evitar senão sorrir, teve a sua graça.

Fiz minha higiene e me vesti. Em seguida liguei pra uma pessoa depois saí. Deparei-me com ela sentada na margem do lago molhando os pés.

Me aproximei silenciosamente, me debrucei e sussurrei no seu ouvido:

-Está pronta?

Ela se assustou e virou-se pra trás me encarando com aqueles olhos azuis. Corou muito mesmo e assentiu com a cabeça, em seguida se levantou, pegou em suas coisas e começou a andar.

Eu fiz o mesmo, mas parei á entrada do oásis.

-Então? Não vem Capeta? – perguntou, e aí está meu “querido” apelido.

-Nós temos de esperar por uma pessoa.

-Quem?

-Verá.

Esperamos uns 10 minutos até avistarmos ao longe o Baki-san em um jipe e com outro atrás.

-Isso serve Sabaku No-sama?

-Serve. Arigatou.

Ele se despediu e foi embora.

-Que é isso? – me perguntou a Inuki.

-É um jipe. – resposta óbvia!

-Eu sei que é um jipe, seu retardado! Mas porque você pediu um jipe?

-Porque assim nem precisamos andar tanto, diminuindo o risco de você apanhar ensolação e de eu ter de carregar você de volta, ou ir pra cadeia. – ups…afinal eu sempre a salvaria segunda vez.

-Hum…boa ideia…Mas pere aí! Se nós podíamos pedir um jipe…porque você só pediu agora?! – uia! Ferrou!

-Ah…porque…andar é saudável! – acho que ela vai me matar.

-Eu vou matar você…! – eu não disse?

-Se me matar não vai ter quem dirigir…

-…Bem visto…

Subimos os dois pra dentro do carro, eu no lugar do condutor, claro, e ela no lugar ao lado.

-Você sabe mesmo guiar esta coisa? – que desconfiada!

-Sei, eu tenho carta de condução! – em meus sonhos…mas isso ninguém tem de saber!

-Sério?

-…Sim!

-Tá mentindo! – porra! Como ela descobriu?!

-Não tou nada!

-Tá sim!

-Como sabe?

-Vê como tá mentindo? – ela é esperta quando quer…

-Pronto…eu tenho tecnicamente a carta… - expliquei, dando enfase na palavra “tecnicamente”.

Liguei o motor e começamos a andar.

-Como assim?

-Eu tou fazendo exames de condução, e me saio bem…então tecnicamente, eu tenho carta. – dito assim soa muito mal…

-Você é uma desgraça! -.-

-Cala a boca!

-Humpf…se morrermos eu lhe meto um processo!

-Como é que você me vai processar se estiver morta?

-…Então assombro você!

-Já assombra agora… - sussurrei bem baixinho…mas ao que parece ela ouviu.

-Que disse?

-Nada, nada… - quem diria que mesmo com aquele cabelo todo por cima dos ouvidos ela ouve bem.

XxX

Acho que esta viagem correu melhor…devia me ter livrado da preguiça de pedir um carro e de subornar o Baki-san pra não contar nada a ninguém sobre minha carta, antes…

Ela claro se queixou do calor, mas aguentou mais. Houve uma altura em que ela disse:

-Tou com calor! O sol ta batendo forte em minha cuca!

-E porque tirou o chapéu?

-Porque eu odeio usar chapéu!

-Mas tem de usar! – dito isso, peguei no chapéu e o coloquei na cabeça dela, deixando-a emburrada.

É a vida minha filha!

XxX

Estacionamos o carro, agora estavamos finalmente “frente-a-frente” com o maldito escorpião. A parte dificil seria tirar-lhe o veneno.

Segundo as aulas que tivemos, devemos irritá-lo pra ele tentar atacar e assim “partilhar” conosco um pouco do seu veneno.

A Inuki se recusou em irritá-lo, medrosa, então, ela lhe pegou. E eu, corajoso como sou, o irritei (tá, eu admito... perdi no “pedra-papel-tesoura”).

Como? (o irritei, não como perdi…essa é fácil, eu gosto de pedras e ela de papel...)

Bem, tirei um lápis da mochila e começei a cutuca-lo com ele, que rápidamente, libertou um pouco do seu veneno dentro do frasquinho que eu tinha na outra mão.

Tava tudo correndo 5*, quando a morena me pergunta:

-Já tem o veneno?

-Sim. – respondi fechando o frasco.

-Então vou largar ele tá?

E vejam só se ela se deu ao trabalho de esperar a resposta? Claro que não! Soltou logo o bixo que veio furioso na minha direção!

Ei, sem ressentimentos tá?! ^^’

É, ele tá ressentido!

Continuou tentando me picar sem nunca me deixar sossegado e parecendo não se cansar! Já eu, tava cansado de tar ali aos saltos parecendo que o chão escaldava (e escaldava…se eu não tivesse usando sapatos, bem que estaria saltando por isso).

-Inuki! Acalme o bixo! – pedi.

-Quer que eu faça o quê? – ela tava observando a cena e me parecia estar segurando o riso…maldita!

-Sei lá! Lhe deia o tranquilizante!

-E como vou fazer isso, me explica?! Ele tem tipo uma “casca”! Não consigo espetar nada naquilo! A não ser que queira que eu o convide pra tomar chá e lhe ponha a droga na bebida!

-Pare com as piadinhas! Me ajuda!

-E as palavras mágicas?

-Abracadraba, ócuspócus, wingardio leviousa!!

- Não são essas, as outras!

-Ande lá me ajuda por favor!

-Ah, agora ouvi! ^^

-Então que vai fazer? – questionei me esquivando novamente de ele espetar o ferrão em minha perna.

-Vá andando pro carro e quando eu der o sinal, prometa que me ajuda logo a subir! - ordenou.

-Nani? – que é que ela está pensando?

-Prometa! - me fitou com aquelas orbes azuis parecendo séria.

-Tá, eu prometo! – prometi, começando a andar em direção ao jipe, ao mesmo tempo que me continuava a esquivar.

Ela abriu a mochila dela e sacou…uma espécie de luva de basebol?! Ô.Õ

Mas porque raio ela precisa daquilo?!

É pra se livrar do bixo, não jogar uma partida agora!

Ah! Entendo! Ela o agarrou na cauda com a luva e o segurou, assim ele não a consegue picar. Percebi a deixa e entrei dentro do carro. Ela foi se aproximando ainda segurando o animal.

-AGORA! – gritou largando o escorpião em seguida. Este aterrou e se pôs novamente em posição de ataque.

Agarrei o braço dela e ela se agarrou ao meu ficando apoiada no apoio pra subir do jipe. Acelarei logo ainda a agarrando forte e ela quase perfurando a carne do meu braço com as unhas!

Ela aos poucos foi subindo, comigo sem nunca a largar, ai de mim que a largasse! O.O Ela me matava! Pois ela enquanto “subia” pra dentro do jipe (em andamento) gritava:

-NÃO ME LARGUE!

-Tá, eu não vou largar você! Confie em mim!

Quando ela já estava dentro do jipe, começou rindo baixinho.

-Que se passa? Porque tá rindo? – perguntei.

-Foi engraçado ver você fugindo dele! – maldita. –E nunca pensei fazer uma coisa destas.

-Acredite, nem eu!

-Imagino!

Acho que deixei escapar um pequeno sorriso.

-Ei…Capeta…

-Hun?

-No avião quando eu adormeci…foi você que apertou o meu cinto?

-Fui. Quem esperava que fosse?

-Você…não tou vendo um desconhecido apertando meu cinto de segurança…mas também não tou vendo você o fazendo.

-Mas fiz.

-Hum…ok…arigatou.

-Não tem de quê.

Ela sorriu e se virou pro outro lado.

XxX

Chegando ao óasis.

-Agora que temos o veneno, que vamos fazer no resto dos dias? – ela perguntou.

-Amanhã pode ir á vila dar uma volta, se quiser. Depois pode ver os monumentos e assim.

-Hum…quer vir comigo? – ui ela ficou bem vermelha!

-Está me convidando pra sair? – sei que é ruim envergonhar a garota ainda mais…mas é tão divertido!

Ela atrufiou e disse:

-Não é um encontro! É-é só que… eu não gosto de andar sozinha em uma cidade desconhecida… - gaguejou…mas conseguiu dizer tudo.

-Tá, eu vou.

Ela sorriu e foi á tenda dela. Eu fui pra minha, apenas vestir outra roupa e buscar o livro. Quando saí lá estava ela de bikini…devia ir nadar outra vez.

-Vai nadar? – me aproximei e perguntei.

-Vou.

-Ah…pra ver se esfria um pouco né? Abocado você parecia estar com muito calor. – ela corou.

Agora que penso nisso, ela hoje corou imensas vezes…é o charme dos Sabaku No! … Que pelo que eu sei só eu e minha irmã temos…

-Que quer dizer?

-Você estava, e tá agora, vermelha.

-É tenho calor…mas você também deve ter!! – dito e feito, me puxou pra dentro do lago e em seguida mergulhou ela.

E mais uma vez lá estou eu, ensopado olhando pra ela parecendo um peixe. Tirei minha camisola e me certifiquei que ela não morreria hoje, pois meu livro caiu segurinho no chão, longe de ficar molhado.

E tal como no outro dia ficamos a tarde nadando no lago…Acho que nunca nadei tanto em tão pouco tempo por livre vontade…


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Notas finais do capítulo

=3



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