Ok, Me Mata! escrita por boyblend


Capítulo 3
TERCEIRO ASSASSINATO: Baile das Rosas.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 3! O quatro ainda vai demorar um pouco, e aí eu vou diminuir o ritmo para um a cada semana, ou duas dependendo do nível de matéria que eu tiver no cursinho! Obrigado pelas Reviews! Vou respoder todas com muito carinho! Este capítulo ainda tem uns errinhos de português, mas já, já minha Beta, que é super mara, dá um jeito nele! Vamos ao que interessa! Espero que não se desapontem!



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 ░ ▒ ▓ ██████████ Ok. Me mata.

“Baile: Evento cerimonial para o qual

 tenho que me PREPARAR

para sair com o PARASITA.

Ou seja:

Cadê a minha bazuca?

TERCEIRO ASSASSINATO.
Baile das Rosas.

         — Me passa a merda da varinha, Lily Blair Evans!

         — Não! É tradição nossa, Alissa Philips, nunca usar as varinhas na arrumação para qualquer evento social!

         — Ou você me passa essa varinha ou eu... — começou de novo Alissa, num tom ameaçador.

         — Você... — continuou Lily, esperando pela sentença completa.

         — Eu... Destruo o vestido do Joow. Sem piedade.

         Lily Evans olhou pra garota com ódio estampado em sua face. Ela tinha plena certeza de que não poderia, de maneira alguma, arriscar o vestido. Conseqüências se ela cometesse tal ato de loucura:

         1 — Joow daria um piti e pararia na enfermaria.

         2 — Durante o piti do Joow, Lily pararia na enfermaria.

         3 — Durante sua estadia na enfermaria, Joow a mataria.

         4 — Alissa ia rir. Muito.

         Vendo que havia conseguido prender a atenção da outra, Ali correu e segurou a barra do vestido de Lily, ainda debaixo do lençol.

— Agora, devagar, me passa a minha linda Cindy. — falou a loura, com os olhos brilhando em um rosa malicioso.

— E Cindy é... ?

— A varinha, Lily. – respondeu Alissa, impaciente.

— Promete que essa é a ultima vez? — perguntou a ruiva após dar a varinha para outra.

— Rá! Nem pensar, baby. Até parece que eu vou prometer uma coisa dessas — ela largou o vestido, e com um agito de sua varinha voaram pentes, perfumes, loções, fitas e vários outros acessórios.

— Como você é safada! — resmungou a ruiva, sentando—se em sua cama, enquanto escovava os cabelos.

— Eu sei. Agora me ajuda logo, querida, eu tenho um Corvinal gostoso me esperando lá embaixo. Comece me ajudando com o cabelo.

— Lá embaixo... No salão comunal? — perguntou Lily, abaixando a escova e colocando—a em cima da cama, enquanto usava sua varinha para fazer um feitiço que penteava os cabelos da amiga.

— Isso mesmo, eu dei a senha pra ele. — respondeu Alissa, com pouco caso, se esquecendo com quem estava falando.

— Alissa! — a monitora balançou o braço, colocando—o ao lado do corpo, agora rígido, o que fez um puxão no cabelo da amiga — Como monitora da Grifinória eu não posso acreditar nisso! Você não pode sair por aí dando a senha para estranhos! Você sabe que eu vou ter que te dar uma detenção por causa disso, não sabe?

— Meu cabelo, Lily! — gritou a outra com os olhos marejados de dor, já que uma mexa de seu cabelo estava sendo puxada.

Ela voltou a manusear o cabelo da amiga com a cara emburrada — fingida, é claro.

— Mas... como amiga, é meu dever perguntar. Em que estágio vocês estão?

— Sua monitora de araque! — a outra sorriu — É claro que eu não vou te di...

— Ali...

— Nós nos beijamos no segundo encontro e estamos saindo a três semanas, eu acho que ele é muito ciumento e adoro o cheiro do cabelo dele. Eu quase morri de vontade de pedir ele em namoro, mas só fazem isso aquelas que estão realmente necessitadas. E Lily... — ela agarrou o ombro da outra com uma mão fazendo—a parar — Alissa Philips nunca foi e nunca será necessitada. — fez uma cara dramática e a soltou — Ele estava um pouquinho fora de moda, mas como eu já te disse e vivo dizendo, não há nada que um banho de loja em Hogsmead não resolva. Ou melhor dizendo, não há nada melhor que Alissa Philips para arrumar um homem.

— Certo, certo. Qual o nome dele mesmo?

— Ahn... Coisas como nomes de pessoas são desimportantes em relacionamentos duradouros como o meu. — respondeu Alissa simplesmente, enquanto colocava brincos prateados com cristais Swarovski azuis.

— E quando você vai terminar com el...

— Amanhã.

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— Pontas! Como você não contou uma coisa destas pra gente no momento em que você chegou? — exclamou Remus, indignado com o que acabara de ouvir.

— Porque, não sei se vocês se lembram desta parte da história, ele me pediu para não contar nada a ninguém! — respondeu James, girando os olhos.

— Ah, mas eu vou destruir aquele projeto de cobra! — falou Sirius entre dentes com os olhos azuis brilhando em fúria.

— Não, Sirius, você não vai fazer nada disso! Ele me disse que vai espalhar todas aquelas fotos minhas transando...

— Que são MONTAGENS! — interrompeu Sirius — James, por mais que eu ache vergonhoso que meu melhor amigo tenha guardado seu precioso Hércules para sua amada, em vez de mostrá-lo para as amantes de mitologia grega, você é virgem. Essas Fotos são FALSAS! — argumentou.

— Mas que ainda assim estragariam a minha pouca reputação com os professores! Você não entende? Não é só minha paixão pela Evans que está em jogo! — falou James exasperado — Todo o meu currículo acadêmico está ameaçado!

— Mas, James...

— Ele tem razão, Sirius. — interrompeu Remus, com o semblante pensativo — Por enquanto não há nada que possamos fazer.

— Como assim não há nada que possamos fazer? É claro que podemos fazer alguma coisa! — Sirius estava indignado com a posição de seus amigos — É só batermos bem forte na cara daquele maldito que ele devolve a câmera e o filme rapidinho! E aposto que em vez de sangue ele sangra banha!

— Mas nós não sabemos onde está a câmera, ou mesmo o filme, sendo que eles podem estar em lugares diferentes — concluiu Remus enquanto levantava e ajeitava a sua gravata borboleta — O máximo que podemos fazer por enquanto é fingir que não sabemos de nada, enquanto James segue as ordens de Snape. Eu ainda acho que você deveria falar com a Lily.

— Não, Aluado, eu não queria nem falar com vocês, quanto mais com a Evans, que era amiga daquele seboso — respondeu o outro impaciente.

— Droga! — bufou Sirius antes de olhar ameaçador para seu amigo — Eu não queria dizer nada disso, James, mas... Eu te avisei!

— Como é? — perguntaram os outros três. Pedro lembrando a si mesmo de que existia e tinha que interagir.

— Mas é claro que tudo isso é sua culpa, James! Eu sempre te falava que se você continuasse a tratar o Snape daquele jeito, ele acabaria se vingando de você mais cedo ou mais tarde. Eu, em minha inocência, fui brutalmente forçado a participar de algumas de suas peças contra o querido Ranhoso. Ah, James, você não vê? É a inveja que você sente por ele que o consome todos os dias, que o faz pensar na morte como uma saída fácil de todos os seus problemas, incluindo a disfunção erétil. — falou Sirius com uma expressão indignada no rosto, enquanto o rosto de James ficava vermelho.

— Disfunção erétil? — perguntou James, com uma voz venenosa.

— Bem, Pontas, disfunção erétil é quando o seu pênis não consegue ficar du...

— EU SEI o que é disfunção erétil, Sirius! — interrompeu o outro quase se levantando da cama — A minha pergunta é: desde quando eu TENHO disfunção erétil?

— Ah, é... É bem verdade que de noite a gente sempre consegue escutar gemidos vindos da sua ca...

— SIRIUS!

— Pontas, você está perdendo o principal da conversa. Você nunca me ouviu e agora está pagando caro por isso!

— Sua yorkshire castrada, eu vou te...

— James! Sirius! — chamou Remus — Dá pra vocês deixarem de ser infantis quando temos um problema em mãos? — perguntou, esfregando os olhos, enquanto os outros dois faziam bico — E, Pontas, eu tenho que concordar com o Sirius — então o moreno de olhos azuis se levantou e gritou “HÁ!” para James — Em parte. Eu sempre te avisei que haveria troco.

— Aluado... você não está dizendo que isto é realmente culpa minha, está? — James fez uma careta ao levar em conta o que o amigo acabara de dizer.

— Não, James — respondeu Sirius, antes mesmo que o outro tivesse a chance de responder — Ele muito inteligentemente está apenas concordando com tudo o que eu falei: que você é invejoso, idiota, impotente...

— Mas você também ficava importunando aquela cobra!

— Ah... Dããh, eu já te falei — Sirius sorri então, se divertindo extremamente com a reação de seu amigo — Eu fui brutalmente forçado a participar, se lembra?

— Ah, e como me lembro! Porque você sempre fugiu que nem um rato quando as coisas esquentavam, não é, seu covarde! — falou Potter vitorioso, sabendo que Sirius não suportava ser chamado de covarde. Ele nunca havia demonstrado medo.

— Covarde! Ora seu...

— Mas é claro! — exclamou Lupin de repente, assustando os outros dois meninos — CLARO!

— O que está claro? — perguntou Sirius, mal humorado.

— Um jeito de tentar te ajudar a sair desta encrenca! — resmungou o outro para James.

— Então desembucha! — respondeu o moreno de óculos, ansioso.

— Pedro! — Remus olhou então para seu amigo, que estava encolhido em um canto só escutando a conversa. Quando ouviu o seu nome, se esgueirou rapidamente para trás do dossel de uma cama para se esconder, como se soubesse que alguma coisa de ruim iria acontecer a ele. — Vamos Rabicho, saia daí! — ele, muito relutante, saiu detrás da cama e foi até o circulo de amigos — Transforme-se em Rato!

— Quê? — perguntou Sirius, como se o que Remus havia falado fosse uma prova de que este havia perdido a cabeça — No que isso...

— Sirius, por favor, fique quieto — respondeu Remus com educação e um pouco de irritação — Vamos Pedro, não temos a noite toda!

Pedro, então, olhando para os lados, deu de ombros e começou a se transformar. Seu nariz diminuiu e tornou-se mais longo e fino; suas pernas começaram a diminuir; seus dentes alongaram-se e sua pele criou pêlo e então, bem diante dos três outros garotos, estava um rato comum - um pouco mais feio e gordinho, é verdade.

O que acontecia era que Pedro, Sirius e James eram animagos: bruxos que desenvolveram a capacidade de se transformar em animais à vontade, sem a necessidade de uma varinha. Cada pessoa que pretende ser um animago pode se transformar em apenas um animal, que é diferente em cada pessoa, dependendo de sua personalidade. Depois de uma série de feitiços de treinamento, eles adquirem esta habilidade. Sirius se transformava em um grande cão negro e James em um cervo. Os garotos haviam aprendido animagia para que pudessem ajudar seu melhor amigo, Lupin, que possui uma “condição peluda”, como gostava de chamar Sirius.

Pedro subiu pela perna de Remus até descansar em seu ombro e este cochichou em seu ouvido algo que fez os pequenos olhinhos do rato brilharem de excitação e medo. Mas, logo em seguida, pulou no chão e saiu por debaixo da porta do dormitório.

— Mas ele não ia pro baile? — perguntou James, curioso.

— Ele não queria ir porque está sem par, e porque as vestes dele eram muito feias — respondeu Remus simplesmente.

— Mas, afinal, qual é o seu plano, Remus? — perguntou Sirius, impaciente.

— Vocês só vão descobrir depois do baile. — respondeu o outro.

— Por quê? —quis saber James, com os olhos cerrados.

— Porque sei que vocês são estúpidos o suficiente para abrirem a boca caso saibam o que está acontecendo. E porque já está na hora de descermos, nossos pares logo estarão prontas. — respondeu Aluado simplesmente, enquanto saía do quarto e descia as escadas, seguido pelos dois amigos — Seu único trabalho, James, é não irritar a Lily, e tentar cortejá-la.

Os olhos de James brilharam. Lupin previu perigo.

— E com “cortejá-la” eu quero dizer que você pode elogiá-la, fazer comentários sutis sobre como o seu cabelo ruivo brilha quando ela dança, como os olhos dela combinam com o seu rosto pálido e rosado, como suas bochechas rosas são fofas... Isso de modo algum quer dizer que você pode pegar na bunda dela ou dizer que ela é gostosa, fazendo comentários sobre seus seios e pernas. Se você fizer isso ela vai te matar antes que você possa dizer “brincadeirinha”.

— Merlin! Até parece que eu sou um pervertido! Vou ser educado, ok, Aluado? – aceitou o moreno de cabelo bagunçado enquanto jogava-se em uma poltrona em frente à lareira — Mas eu só vou ficar quieto porque estou um pouco nervoso para sair com a Evans — falou ele enquanto ajeitava suas vestes e fazia uma careta de terror.

James usava vestes a rigor negras, feitas de couro de dragão que reluziam com a luz vinda da lareira. Sua camisa social era branca e ele não usava gravata, deixando três botões abertos, dando àqueles que quisessem ver um pouco de seu peitoral definido. Seus cabelos continuavam bagunçados, principalmente em função da sua tentativa de arrumá-los. Ele usava óculos retangulares e pequenos, guardados para ocasiões especiais, só que levava os seus óculos redondos em um bolso interno das vestes, pois se sentia muito mais confortável com eles. Todas as garotas que estavam no Salão Comunal suspiraram ao vê-lo esticar as pernas e colocá-las em cima de uma mesinha de centro. Ele era, nas palavras das alunas do 5º ano que estavam na sala, o Deus grego de Hogwarts.

Já Sirius não era chamado de Deus grego. Não. Para as garotas ele era simplesmente Deus, sem tirar nem pôr, e não tinha nada de grego naquela divindade. Ele era maior que qualquer título que pudessem lhe dar. Os cabelos do garoto estavam bem cuidados, realçando seus olhos incrivelmente azuis, e ele colocara um sorriso que só poderia ser descrito como “devasso” no rosto. Ao contrário de James e Remus, ele usava apenas uma blusa social azul escuro, com os cinco primeiros botões abertos, deixando uma visão desejável de seus músculos bem definidos a todas as garotas do salão comunal. E, é claro, todos sabiam que no final da festa todos aqueles botões estariam abertos. Isso se ele não fosse pego pela McGonagall. As chances eram nulas, mas quem se importa? Sirius certamente não.

Remus, por sua vez, usava um terno comum preto com uma simples camisa azul-clara por baixo. Com uma gravata borboleta preta completando o visual, ele se destacava na multidão por não estar com um ar cansado, como sempre estava, graças a algumas poções vitamínicas de Madame Cinthia. Remus, ao contrário de seus amigos, não era relacionado a nenhuma divindade. Ele era conhecido como o Príncipe Trágico. O príncipe que não chegou ao trono de rei pois sempre parecia descuidado, não ligando para sua aparência. O “trágico” acontecia por possuir uma sorte terrível, sempre algum de seus parentes morria e ele tinha que perder aula para assistir a seus enterros. Mesmo com todo esse sofrimento (e falta de cuidado com a pele, como sempre apontava Joow) ele sempre fora belo e carinhoso, dando a algumas meninas a impressão de ser o seu príncipe em um cavalo branco ao lado de dois ladrões mascarados em jegues.

— Então, Pontas — começou Sirius chamando a atenção do menino de óculos — Você disse que está um pouco nervoso pra encontrar a Evans. Por quê? — perguntou ele sorrindo com uma sobrancelha levantada.

— Eu? — respondeu James com outra pergunta — Deve ser nervosismo de ela me matar lenta e dolorosamente — riu com amargura.

Sirius sorriu em concordância desviando sua atenção para uma quartanista que estava pronta para o baile, esperando seu acompanhante, usando o que James chamava de “vestido—tão—curto—que—ele—conseguia—ver—o—que—a—menina—havia—comido—no—almoço”. Ela lançava beijos pelo ar para o garoto de olhos azuis que somente mordia lábio inferior ficando mais belo e sexy que qualquer outro quando fazia isto. Ele então se levantou, abriu os botões restantes da sua blusa, fazendo a menina corar, e caminhou até ela. Em algum lugar do outro lado do Salão Comunal um garoto do quinto ano pagava a outro do sexto três galeões por ter perdido uma aposta de quanto tempo levaria até Sirius abrir a blusa inteira.

Remus colocou uma mão no ombro de James, apertando-o, fazendo com que o mesmo o olhasse e visse um olhar de alguém que sabe de algo que os outros não sabem. James sorriu para ele, preocupado, enquanto batia o pé no chão repetidamente, cada vez mais nervoso. A verdade era que ele estava, sim, em pânico. Como não estaria?

Lily Evans, a ruiva de cabelos sedosos que atormentava todos os seus sonhos desde que se vira completamente apaixonado por ela no seu quinto ano. A garota que o fazia perder o chão todas as vezes que ela ria com sinceridade ao lado dos amigos, aquela que o fazia perder os sentidos ao passar por ele nos corredores. E por mais que ele tentasse mudar de opinião, dizer que aquele interesse repentino por ela era apenas uma questão de atração física, ele não conseguia. Afinal, era jovem e estúpido, nunca havia se apaixonado, e não pretendia fazê-lo tão cedo.

Ele decidiu deixar seus pensamentos de lado, já que, bem... James era um garanhão. Ele sabia agir perto de garotas. “Vamos lá seu Veado duma figa. Está até parecendo um boca virgem do...”

— Quarto ano... eu nem acredito — falou Remus, balançando a cabeça, incrédulo, enquanto via a menina tirar a blusa de Sirius e passar a mão no abdômen dele, com o rosto cheio de malícia.

— Nossa... como as quartanistas estão avançadas! — exclamou o outro com um leve quê de surpresa na voz.

— James... as quartanistas não estão avançadas... Sirius as faz avançar — Respondeu Remus com um sorriso idiota — Mas eu não vi nada, nem você — falou ele enquanto Sirius fazia a garota soltar suspiros enquanto cochichava em seu ouvido.

— Sim, seu monitor de araque.

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— Lily, tem algo estranho com seu vestido, mas eu não sei dizer o quê... — falava Alissa enquanto dava os toques finais em seu cabelo, finalizando, assim, sua arrumação de última hora.

— O QUÊ? ELE RASGOU? — perguntou a ruiva, assustada, enquanto dava uma volta em si mesmo olhando para suas costas.

— Não, não... espera aí... seu vestido não tinha alças? — perguntou Alissa levantando uma sobrancelha enquanto passava gloss.

— Quê? Ah, sim, sim. Tinha, eu tirei e apertei o busto — falou Lily simplesmente, sentando-se novamente na cama.

— Você o quê?! — perguntou Alissa, impressionada — Quanta coragem...

— Não é a toa que vim parar na Grifinória — falou a outra sorrindo, divertida — E além do mais, quero dar o troco àquela bicha morena por ter me insultado tanto! Como assim “bichinha invejosa”? — perguntou Lily, fingindo aborrecimento.

— Você sabe que é uma ruiva morta, não? — perguntou Ali rindo enquanto calçava os sapatos prateados.

— Ah, meu bem... Se eu morrer, tenha certeza, o Joow vai ficar louco e parar no St. Mungus! — respondeu, abrindo a porta do quarto.

— E aí? Preparada para o seu “encontro” com Potter? — questionou Alissa, com um sorriso malicioso no rosto, fazendo aspas imaginárias com os dedos.

— Não é um encontro, Lissa — Lily girou os olhos — Mas sim, estou preparada para fazer Potter nunca esquecer este dia — concluiu a ruiva fechando a porta do quarto — Da maneira mais dolorosa possível. — e, piscando, saiu.

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Joow desceu as escadas do dormitório logo depois de escrever sua resposta àquela carta e, por mais que tentasse, não conseguia tirar sua cabeça daquelas palavras. Mas, antes que pudesse achar qualquer desculpa para não ter que ir ao baile, seus olho se iluminaram achando a distração perfeita:

— James Potter — falou ele, indo em direção ao garoto sentado em um sofá, que parecia preso em seus pensamentos — O que você pensa que está vestindo? — perguntou com um olhar de dúvida.

— Ah... Não sei... Vestes a Rigor? — perguntou James com uma sobrancelha levantada e um sorriso no rosto. O garoto de óculos sempre gostou do outro, achava-o divertidíssimo e sempre uma boa companhia. Saíram juntos durante muito tempo em seu terceiro ano — como amigos, claro.

— Foi o que pensei — respondeu o outro chegando mais perto, até estar a milímetros de James, que mantinha o sorriso no rosto. Começou então a fechar os botões da camisa do amigo — Ela lhe mataria se visse você assim — disse simplesmente, enquanto algumas garotas ao seu redor o olhavam com um ar de desgosto. Com um agito da varinha fez uma gravata borboleta aparecer em sua mão e logo começou a dar um laço no pescoço de James — Não estrague o baile, não espere que ela goste de sua companhia, não espere que ela te beije, seja gentil, e, principalmente, James...

— Você está sempre cuidando de mim, não é, Vogue? — interrompeu James, que recebeu um sorriso em resposta

— Não estrague a obra-prima que criei com tanto esforço — suspirou o outro recebendo um balanço de cabeça em resposta — Potter, gosto de você. Claro que você poderia cortar o cabelo, usar lentes de contato, dar um jeito na sua pele, mudar de colônia, malhar um pouco mais o abdômen e não se focar tanto nos braços, cuidar melhor de onde sua boca para e tudo mais. Mas esse gostar vale até o momento que você irritar a Lily. Mais do que você já o faz quando respira e coisas assim, é claro. — terminou sorrindo.

— BICHINHA INVEJOSA? EU? E você que fica agarrando o meu par mesmo que eu o odeie? — falou Lily, que vinha descendo as escadas atrás de Alissa — Isso torna você a garota mais altruísta de Hogwarts!

 Joow jogou as mãos para o alto depois de terminar o laço na gravata de James, que olhava abobado para as garotas. Nem se deu o trabalho de responder a ruiva — em vez disso, andou em direção ao portão de entrada da Sala Comunal para buscar Josh que o esperava do lado de fora.

James não conseguia formar nem uma palavra. Lily estava linda, simplesmente linda. E, a cada segundo que ele passava olhando-a, ele a achava mais bela. Ela usava um vestido rosa tomara que caia, com um decote em coração que acentuava o tamanho de seu busto. Uma renda negra cobria o corpete inteiro dela, dando um tom mais maduro ao vestido. Com o cabelo preso em um coque alto, com apenas alguns fios caindo ao lado de seu rosto, Lily era a garota mais bela de Hogwarts. Seus olhos chamavam mais atenção com a camada de lápis de olhos fina que havia usado.

Andando até James, o olhou com desprezo e o chamou de idiota, o que o fez sorrir abobalhado.

— Tira uma foto, Potter, dura mais — falou Lily, incomodada com o moreno secando—a.

— Posso mesmo? — perguntou ele, sorrindo cada vez mais.

— Não! — respondeu ela, corada, e bufou — Alissa, vem aqui agora! Não consigo ficar perto desta barata que se chama de gente por muito tempo sem você do meu lado.

A loura, que estava conversando com um garoto de vestes cinza-escuro, olhou para a amiga e caminhou até ela. Só então James percebeu que ela estava belíssima, “muito menos que a Lily”, mas ainda assim bela. Usava também um vestido tomara-que-caia, azul-escuro, e tinha alguns enfeites prateados no busto, acentuando a silhueta da garota, e na saia. O seu cabelo estava penteado em grossos cachos e ela havia mudado a cor de seus olhos para um roxo claro, fazendo-a ficar hipnotizante.

— Já está irritada, Lil? — perguntou a loira quando chegou perto do casal.

— Só pelo fato de respirar o mesmo ar que ele. Ali, você pegou a minha bolsa?

— Não — então levantou uma sobrancelha — Porque eu pegaria a sua bolsa?

— Por nada, sua besta — falou, virando o corpo, fazendo com que o cabelo espalhasse o cheiro de seu perfume no ar, deixando James tonto — Eu a esqueci no quarto, volto logo... — olhando para o garoto, fez uma careta — Infelizmente.

Enquanto Lily subia, Joow entrava pelo retrato da Mulher Gorda segurando o braço de um Corvinal de vestes azuis. Assim que eles pararam em frente ao grupo deram um selinho e Joow se voltou para a loura.

— E aí, Alissa? — perguntou Joow, como se soubesse o porquê do silêncio da outra perto de seu acompanhante — Não vai nos apresentar seu par? — perguntou, enquanto sorria abertamente e segurava a cintura de Josh, fazendo-o corar.

— Não. — respondeu simplesmente, como se esperasse a pergunta — Eu não sou escrava dele para ficar apresentando-o a todas as pessoas que vemos. Se ele quiser que vocês o conheçam, ele irá se apresentar. — jogou então os cachos para trás do corpo, lançando um olhar mortal para o amigo. Joow estava prestes a falar algo, mas foi interrompido por Remus, que acabara de dar oi para os outros.

— Sr. Vogue, Srta. Philips — começou ele tirando um bloquinho amarelo do bolso — Posso perguntá-los a que casa pertecem os seus acompanhantes? — ambos responderam “Corvinal” — Isto obviamente é uma violação do Código de Fidelidade da senha do Salão Comunal, vou ter que lhes dar uma detenção...

— Detenção? — perguntou Alissa com a boca formando um “O” quase perfeito.

— Sim, Srta. Philips, detenção.

Joow não se deu nem o trabalho de ficar surpreso — já espera algo vindo de Remus, mas ele não ia ficar parado vendo aquilo acontecer. Ah, não. Ele apenas colocou uma mão no ombro de Lupin, enquanto este destacava os papéis do bloquinho, e apontou para um canto do salão, onde Sirius e Danielle Shore praticamente se engoliam. Remus olhou para aquele lado, fez uma careta, amassou os papéis, jogou-os para trás e disse:

— Argh, deixa a Lily descer que ela dá uma detenção para ele.

Todos riram e ficaram conversando mais um pouco antes que Lily voltasse a descer. Ela chegou com uma pequena bolsinha preta nas mãos, e com uma cara de felicidade, até olhar para os pares de seus amigos.

— Vocês sabem que eu vou ter que dar uma detenção para vocês, não sabem? — perguntou a ruiva, levantando uma sobrancelha e tirando da bolsa seu caderno. Antes que Alissa pudesse protestar, Joow fez o mesmo que tinha feito com Remus: segurou no ombro da menina e apontou para o lado. Ao ver Sirius sem camisa, e Danielle se aproveitando da situação, seu rosto ficou tão vermelho quanto seu cabelo.

James olhou para o seu par e riu, pensando no quão bonita ela ficava quando estava brava. Lily caminhou rapidamente até Sirius e levantou a varinha:

Protego Externo! — e duas bolas cor-de-rosa separaram o casal antes que estes pudessem perceber o que estava acontecendo — SIRIUS BLACK! O que pensa que está fazendo? Você tem algum tipo de problema? É PROIBIDO FICAR SEM CAMISA NO SALÃO PRINCIPAL E SE AGARRAR A UMA MENINA AO MESMO TEMPO!

— Não é, não — falou Sirius com um sorriso no rosto - De acordo com a seção 20, parágrafo 15 do regulamento do estudante, “é terminantemente proibido para os alunos ficarem de roupas íntimas e em relacionamentos íntimos de qualquer espécie” — ele relatou com tanta convicção que a ruiva nem duvidou que aquela norma estivesse correta, afinal, ela também havia decorado o regulamento – E, como você pode ver, senhorita Evans, eu ainda estou usando as minhas calças – Mas se ele queria brincar de regras, ela também sabia brincar.

— Mas de acordo com o parágrafo 12 desta mesma seção, senhor Black, “é dever do Monitor zelar pela moral de sua casa, mesmo que para isto tenha que tirar pontos, dar detenções ou comunicar um professor, sobre atitudes imorais. Qualquer atitude que perturbe o senso de moralidade de três ou mais alunos pode, e deve, ser considerado como um ato contra a moralidade.” — terminou ela, com um sorriso vitorioso, e o do moreno de olhos azuis apenas murchou — Aqueles que acham que o que acaba de acontecer é um ato contra a moralidade, façam o favor de levantar a mão — pediu ela, no que Alissa, Joow e Remus levantaram a mão prontamente — Muito bem Black, Shore, detenção para os dois.

— Evans! Por favor! O parágrafo 12 foi criado para ser utilizado em caso de preconceito! Você sabe disso tão bem quanto eu! — falou Sirius exasperado.

— Sei que sim. Mas isto não muda o fato de que você me irrita profundamente — terminou ela, sorrindo, destacando dois papéis — E sua detenção, Black, começa hoje, neste momento — e falando isto ela agitou sua varinha, fazendo com que uma camisa bufante rosa-choque aparecesse no ar e se vestisse em Sirius, abotoando todos os botões até o seu pescoço. — Você tem que usar isto até ao fim da noite. E não, Black, você não pode apelar — com outro balançar da varinha o feitiço de proteção acabou — Podem se beijar. BEIJAR, eu disse. — e girou os olhos, divertindo-se com a situação.   

E com isso ela voltou para a roda de amigos e nem ligou para os xingamentos de Sirius que vinha em seu encalço. O pessoal que estava na roda estava rindo da blusa bufante do maroto quando Lily olhou para os amigos com uma cara de “não força, porque daqui a pouco sobra pra vocês”.

— Então — começou a ruiva, guardando na bolsa o bloquinho de detenção — O que eu perdi?

— Bem... Nada de especi... — começou Alissa, jogando o cabelo para trás.

— A CABEÇA! — exclamou Joow, com os olhos em fúria — O que você fez com a minha obra de arte? — ele largou seu parceiro — Onde estão as minhas alças de Deus? — ele segurou no rosto de Lily com uma mão, apertando suas bochechas, fazendo um biquinho de peixe em seu rosto — Responda, assassina!

— Eu reshpondxeria, mash vochê estxá apertchando a minha bochecha — falou a ruiva, mexendo a boca como podia e olhando pra ele com uma cara estranha.

Joow já ia soltá-la para que esta pudesse falar normalmente, mas James segurou o seu braço e o olhou divertido.

— Pede pra ela falar peixinho? — James ria entre dentes enquanto falava isso.

O quiê? — falou Lily, olhando para o moreno de óculos com um olhar assassino.

— Por favoorrr? – pediu James novamente para Joow com um olhar de cachorrinho abandonado, ignorando Lily.

A primeira resposta de Joow seria “não”, já que aquilo seria simplesmente uma humilhação terrível para sua amiga. Porém, a raiva o cegava, e ele sabia que Lily não o julgaria por aquele momento. E então, mesmo sobre seu olhar de súplica, ele virou para a ruiva e falou:

— Fala peixinho — mandou, deixando claro que ela não tinha nenhuma outra opção. Alissa poderia ajudar a amiga, mas estava rindo muito para fazer qualquer coisa que prestasse. Remus poderia tentar colocar senso no amigo de Lily, mas ele também esboçava um sorriso no rosto, achando tudo aquilo muito engraçado. Sirius não viria em seu auxílio, pois ria junto com Alissa e achava bem feito para ruiva. Os Corvinais que estavam no Salão Comunal tentavam sumir a todo custo e não tinham nenhum tipo de intimidade com ela.

Peishinhu — falou Lily, derrotada. Quando Joow a soltou, ela olhou assassina para Potter.

Depois de ter explicado ao seu amigo que aquilo era uma vingança por tê-la chamado de bichinha invejosa, ele começou um discurso, do qual irei poupar-lhes, sobre a integridade de uma amizade baseado no corte de um vestido. James teve que esperar o moreno terminar de gritar com a ruiva antes mesmo que pudesse sugerir irem ao baile.

No final das contas, ele, Lily e Joow (com seu acompanhante) foram os últimos a sair do Salão Comunal naquela noite. Remus já havia descido com Louise Venacce, Sirius sozinho e Alissa com o seu par. Enquanto desciam as escadas, Lily fez o favor de ignorar James o caminho inteiro, dando-lhe respostas curtas e secas, provando que o repudiava. E então eles chegaram ao Salão Principal.

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Baile. Evento social no qual se espera que você dance ou cantarole enquanto está sentada em uma mesa. Evento para casais que se gostam e se querem bem. Evento belo em que uma banda toca músicas agitadas intercaladas com músicas lentas. Um evento social.

Mas, para Lily Evans, isto não queria dizer nada, já que ela estava sentada com a cara amarrada.

O salão estava completamente decorado e estava mais belo que nunca. As quatro mesas principais haviam sumido e tinham sido trocadas por centenas de mesinhas de vidro quadradas para oito pessoas. O teto, normalmente enfeitiçado para parecer o exterior do castelo, estava cor de rosa claro alaranjado, lembrando o pôr do sol, e dele caiam várias pétalas de rosas que nunca chegavam ao chão — sumiam antes mesmo de alcançarem a altura de Julius Burke, o menino mais alto que Hogwarts já tivera. Velas foram encantadas para flutuarem no teto e queimavam em azul. As paredes, normalmente amareladas por conta do mármore, estavam cobertas por tecidos e mais tecidos de cor branca e vermelha.

Em cada uma das mesas tinha um buquê de rosas multicoloridas. Cada pétala das rosas dos buquês tinha a cor de uma casa de Hogwarts; amarelo, azul, verde ou vermelho. E cada mesa tinha o seu próprio Elfo Doméstico ao lado para garantir um bom serviço, diferentemente de outros bailes, onde a comida simplesmente aparecia ao ser pedida.

Graças aos professores de Poções e Herbologia, Rosas Cantantes tinham sido cultivadas para participar do baile. Eram criaturas que viviam no fundo das cavernas mais escuras da Irlanda, por serem muito tímidas. Possuíam belíssima voz e pareciam uma rosa quando animadas. Estes exemplares haviam sido muito bem cultivados em uma estufa completamente escura e estavam sob influência de uma potente poção tranqüilizadora para que pudessem cantar.

Mas, naquele momento, James Potter não estava ligando para nada disso. A única coisa que importava para ele era que seu par tinha se provado muito mais irritante do que ele previra.

— Por que você aceitou meu convite, então? — perguntou ele, irritado, depois de mais uma discussão com Lily na mesa em que estavam sentados.

— Porque eu não tinha ninguém para ir comigo. Porque a bicha e a patricinha me forçaram. Porque eu tenho que te impedir de criar confusões — respondeu ela simplesmente, enquanto pedia para o Elfo Doméstico um copo com suco de morango.

— E você não vai se divertir? Nem um pouco? — perguntou ele como uma última esperança.

— Claro que sim — respondeu ela com uma expressão de surpresa que o fez sorrir. Ela então levantou sua bolsinha preta, colocou-a em cima da mesa e enfiou o braço inteiro dentro dela. James tomou um susto ao ver aquilo e quase derrubou sua taça de champagne. De dentro da bolsa ela tirou um livro de aproximadamente oitocentas páginas com capa dura, chamado Hogwarts: Uma História — Vou atualizar a leitura — e então abriu o livro no meio, onde uma fita de seda marcava onde a ruiva havia parado de ler.

— Lily, eu não acredito que você trouxe um livro para o baile...

— Evans para você, Potter. E pode acreditar, já que ele está aqui na minha frente e eu o estou lendo, e você também consegue vê-lo – respondeu ela, sem tirar os olhos das páginas dos livros.

James já estava perdendo a paciência. Desde que haviam chegado ao baile, Lily havia se mostrado difícil de aturar. Mas ele não ia desistir tão fácil assim.

— Mas Lil...

— Evans — Lily cortou James novamente, lambendo a ponta do dedo indicador e usando-a para passar a página do livro.

— Mas, Evans — começou o moreno de óculos novamente, deixando um pouco de sua raiva transparecer em sua voz — Eu quero dançar pelo menos uma música. Por favor — pediu ele.

— Oh, que não seja por isso — ela respondeu, enfim tirando os olhos das páginas do livro. Enfiou novamente o braço inteiro na bolsa e tirou de lá um plástico rosado, entregando-o para o moreno — Você pode dançar com a Stella.

— Stella? — perguntou ele, com uma expressão de curiosidade no rosto, enquanto segurava o plático. Olhou para ele e então compreendeu — Como você tem uma coisa dessas, Evans?

— Tive de tirar de “certas pessoas” no quinto ano, e não consegui me livrar dela ainda — respondeu, com um sorriso no rosto, indicando que “certas pessoas” significava “Os Marotos” — Trouxe especialmente para você! — e com isso, agitou a varinha, falando um feitiço que fez o plástico encher e tomar a forma de uma mulher — Divirta-se com a sua boneca inflável, Potter. E aproveite. Ela é o único tipo de mulher que você vai “pegar” hoje — voltou, então, à sua leitura.

James não se agüentou e desatou a rir. Como aquela ruiva tinha um senso de humor peculiar. E, enquanto segurava a mão da boneca loira de boca aberta, levantou-se e foi até um pouco mais a frente. Ainda com um sorriso no rosto, começou a dançar com Stella enquanto cantava a música agitada fazendo caras e bocas. Lily olhava aquilo com uma expressão de confusão e divertimento no rosto. Nunca esperaria que James realmente dançasse com a boneca. Pensava que ele era estúpido demais para entender a piada. Mas lá estava ele, rindo e se divertindo que nem um idiota, fingindo que beijava a boneca, enquanto Lily deixava risadas e sorrisos sinceros lhe escaparem o rosto. Ela deveria estar repudiando a sensação que lhe abatia, afinal, o que James estava fazendo era simplesmente ridículo. Mas ela estava achando graça. Ela! Lily Evans achando graça de James Potter.

Ela sempre havia pensado em James como uma pessoa que não gostava de ter o seu orgulho ferido. Que nunca dançaria com uma boneca inflável, prova contundente de que ele não tinha conseguido um par para dançar, no meio do Salão Principal. E novamente ela estava errada sobre James Potter.

Ela não gostava de admitir isso, mas algumas vezes as loucuras d’Os Marotos a faziam rir. Sim, ela sabia, isso era o cúmulo. Era tão pecaminoso quanto matar uma pessoa. Era tão odioso quanto chamar alguém de sangue-ruim. Mas era verdade. E, por isso, Lily Evans estava cada vez mais convencida de que aquele grupo merecia sofrer.

Mas ao ver Potter rindo abobalhado, enquanto dançava, ela tomou uma decisão da qual poderia se arrepender depois. Guardou o livro na bolsa, fez um feitiço que fez a boneca inflável desaparecer e foi em direção ao garoto que tinha uma expressão de tristeza fingida no rosto. Neste momento a banda “Os Inéditos” entrou para cantar pela 19ª vez em um baile de Hogwarts. Eles começaram com uma música lenta, que quase fez Lily mudar de idéia, mas tomou coragem e continuou em direção ao garoto.

“Ok, Merlin, me mate se eu estiver prestes a cometer um erro.” Visto que não houve resposta (feliz ou infelizmente, Lily não conseguia decidir), ela balançou a cabeça e perguntou:

— Você quer dançar, James? — perguntou ela, com um sorriso sincero no rosto, indicando no seu olhar que daria uma trégua ao menino por apenas uma noite, mesmo que este não soubesse o motivo. Não que ela mesma soubesse.

— Preferia a Stella... – brincou, pegando a mão dela e levando-a para o centro do salão. Isto deveria irritá-la, mas riu jogando a cabeça para frente, não acreditando em si mesma. O que estava acontecendo? Ela não sabia responder. A única coisa que havia pensado era numa poção do amor, mas não havia bebido nada na festa nem antes. Amor? Como assim, amor? Sua confusão era nítida, mas decidiu esquecer-se disso, e, tenha certeza, ela esqueceria pelos próximos seis meses. Mas, naquele momento, dançar com James Potter parecia simplesmente interessante e nada mais que isso.

— Se quiser posso trazê-la de volta — ela disse a ele sorrindo e olhando em seus olhos, procurando pela verdade.

— Náááh — ele a girou e a puxou de volta para perto dele, fazendo seus corpos se tocarem — Você serve — sussurrou em seu ouvido e sorriu. E ela também.


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Notas finais do capítulo

N/B: esse é o meu capítulo preferido até agora. Pra mim, ele está perfeito e é isso aí. Amei todos os diálogos e a Lily, a Alissa e o Joow se superaram. Parabéns pro autor :) Se quiserem ver os vestidos e sapatos das garotas, tem link no perfil dele! Beijos e mandem reviews =))

N/A: OIIIIIIIIIIIII! Tudo bem pessoas? Eu estou muito bem, no Guarujá dia 31/12/2010. Sim, eu estava ASSIM adiantado com os capítulos. Como é bom sentir a maresia do mar enquanto escrevo, ouvir Glee e “OH MY FUCKING GOD THERE’S A SPIDER THERE”... bem, esse é o meu cunhado... oh wellSentiram minha falta? *----* Eu senti a de vocês. AH, como eu me sento feliz escrevendo, vocês não tem noção. Escrever pra mim é sinônimo de respiração, ou seja, PRECISO. Se bem que minha auto-estima estava bem baixa e eu precisei que minha beta me forçasse a escrever. Sério, estava achando este capítulo um LIXO. Mas a Del Licourt Linda, mara e f*** gostou, então tá falado. Auto estima back on tracksDel Licourt é vida. Fez os vestidos da Lily e da Alissa, deu idéias de diálogo, completou lacunas, e simplesmente ownou nos seus comentários. LINDAPORFAVOR, não esperem capítulos tão grandes assim sempre. Lembrem-se, é um baile, por isso tive de usar mais páginas para descrever as ações das pessoas. Também não sei se é porque este capítulo foi escrito mais recentemente que os outros, que tem mais de 2 anos. Bem, melhor capítulo até agora. Estamos chegando numa parte crítica, aquela que eu não façoaminima do que escrever, então não esperem grandes reviravoltas. Este capítulo é maior também porque eu demorei pra atualizar lá no fanfiction ;DQuem odeia o Snape não precisa se preocupar. Em três capítulos eu acabo com a (g)raça dele.Bem... é isso aê. Beijos, BeijosME FORCEM A ESCREVER DEIXANDO REVIEW o/BoyBlend



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