Blood And Magic escrita por AnebellaCullen


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores mais lindos do mundo!!!!
#Sim, eu estou puxando o saco de vocês...
Gnt, mil perdões pela demora! Fiquei enrolada aqui e a manutenção do site tbm não ajudou muito...
#Mas se é por um motivo maior, está valendo!
Certo, eu vou parar de enrolar vocês e liberar logo o capitulo!
Divirtam-se!



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Pov Lizzie

Mantenha o controle.

Eu não estava conseguindo, apesar de estar tentando, tentando muito: A tempestade dentro de mim era incontrolável. Meus sentimentos rodopiavam e se chocavam dentro do meu peito e eu sentia uma sede horrível por sangue - Eu poderia sair por aí mordendo cada pescoço dessa cidade e ainda não seria o bastante - era como se toda a sede por sangue humano que eu havia deixado de sentir por esses duzentos anos estivesse vindo de uma vez só. Era impossível suportar...

Pare com isso! Vamos, Elizabeth! Respire fundo e pare com isso! Você controla sua sede, ela não controla você!

Respirei fundo algumas vezes e lentamente saí da minha posição ajoelhada para me por de pé. Estava decidida a manter o controle de mim mesma, ser uma pessoa forte. Isso iria passar logo, pelo menos era o que eu esperava. Precisava me concentrar em bons sentimentos, coisa nada parecida do que eu sentia.

Conforme minha cabeça foi focando em outras coisas, eu finalmente percebi o que havia acontecido: Eu enfrentei Klaus e não morri! Certo, cheguei bem perto, mas ainda assim eu estou aqui, respirando!

Essa nova perspectiva me animou um pouco – Se dessa vez eu quase acabei com Klaus, acho que da próxima, quem sabe, conseguiria atingir meu objetivo?

Respirei fundo mais uma vez, agora um suspiro aliviado, cheio de esperança e comecei a correr para a casa dos Salvatore, queria encontrar Damon e me aninhar nos braços dele para que essa sensação ruim passasse.

Parei bruscamente ao chegar na porta da frente da casa – Stefan estava lá também, prestes a entrar. Lembrei do que tinha ouvido Franciele falar, que Klaus tinha usado compulsão em Stefan e o feito desligar seus sentimentos – Isso era verdade?

O rosto frio de Stefan quando ele me olhou me fez pensar que sim. Oh Deus!.. Coitado do Stefan! Como Klaus pôde ter feito isso com ele? Transformá-lo num monstro, tirar dele sua humanidade?

-Stefan? - Chamei o fazendo virar pra mim com um sorriso divertido no canto da boca.

-Elizabeth. - Ele disse numa forma de saudação e eu quase rolei os olhos, não fosse a minha tensão.

-Klaus... Klaus usou compulsão em você, não usou? Você desligou seus sentimentos? - Perguntei hesitante e o sorriso de Stefan hesitou um pouco, mas aumentou em seguida.

-Sim, Klaus estava certo. Agora eu vejo que deveria ter desligado há muito tempo. - Ele disse de um jeito indiferente que só me fez ficar com mais piedade.

-Isso é horrível, Stefan! Não pode desistir tão fácil de quem você é! E Elena? E Damon? Eles nunca desistiram de você! Não faça isso consigo mesmo! - Discuti com ele e o sorriso dele aumentou, parecendo que segurava uma gargalhada.

-Mesmo? - Ele perguntou rindo e abriu muito silenciosamente a porta e colocou a mão na boca, pedindo silencio e começou a me guiar até uma das salas da casa. Nela estavam Elena e Damon conversando quietamente.

Não é nada, Elizabeth! Foco! Controle-se!

Stefan ao meu lado apontou com a cabeça para a direção em que eles estavam.

-Ouça. - Ele falou muito baixo, de modo que nem Damon poderia nos ouvir. Mesmo sabendo que era melhor não fazer isso, não pude evitar de ouvir a conversa deles.

-Ele se foi de verdade dessa vez. Eu vi acontecer. Depois de tudo o que fizemos para ajudá-lo. Agora ele... Se foi. - Elena murmurou, seu voz tremendo.

Olhei de volta para Stefan, que agora não tinha mais o sorriso presunçoso no rosto e sim uma expressão estranha... Não era exatamente como ele era antes, mas chegava perto.

-Onde estava, Damon? - A voz chorosa de Elena me fez tirar minha atenção de Stefan e olhar novamente pros dois. Damon tinha uma expressão pesarosa no rosto.

-Não deveria ter ido. -Ele disse e descansou uma das mãos no joelho de Elena. Eu sabia que ele só estava tentando consolá-la, mas eu odiei o modo que ele a tocou.

Acalme-se!

-Eu te prometo... Nunca te deixarei de novo.

Uma frase assim e meu autocontrole se foi. Que tipo de promessa era aquela? Como ele pode prometer isso pra ela? Deus, ela é a namorada do irmão dele que, mesmo que esteja magoada, claramente ainda o ama!

A raiva começou a transbordar dentro de mim de novo e o copo que estava na mão de Elena quebrou, provocando um barulho oco e a assustando. Tive que continuar parada, sentido que um movimento me tiraria a razão.

Respire fundo!

-Mas que acalentador. - Stefan disse, saindo de nosso pequeno esconderijo, entrando na sala e se escorando em uma coluna de um jeito indiferente. Damon logo ficou de pé, surpreso. Continuei no meu local inicial, parada e invisível para eles.

-O que faz aqui, irmão? - Damon perguntou, também tentando soar normal e seu irmão deu de ombros.

-Até onde sei, eu moro aqui. - Stefan respondeu, indo até a garrafa de wiski e se servindo. - Klaus se foi, mas me pediu para ficar de olho em você até que ele volte. De agora em diante, esta sob minha proteção. - Ele terminou, falando com Elena que ainda estava com aquela expressão assustada.

Ah, eu tinha que sair de perto dela agora ou...

-Certamente, podem continuar. - Stefan falou, já saindo mas antes parou, me lançando um olhar zombeteiro quando passou por mim. - Acho que deveria ir também ou vai atrapalhar o romance.

Hesitei um pouco, mas decidi sair do meu esconderijo e ficar finalmente visível. Damon me olhou surpreso quando eu apareci, e eu não pude deixar de lançar a eles um olhar de pura raiva.

-Eu acho que deveria ir... - Elena sussurrou, um pouco incomodada com o meu olhar, mas não me esforcei para retirá-lo dali.

-Não, eu vou. Eu lamento ter atrapalhado o clima. - Cuspi as palavras e comecei a subir as escadas.

-Lizzie, espere! - Damon pediu, se pondo na minha frente. Retesei meu corpo para me impedir de fazer algo estúpido.

-Me deixe passar. - Falei entre os dentes cerrados e desviei dele quase com violência. Corri para o meu quarto e deixei a porta atras de mim bater ao mesmo tempo ouvindo o barulho de vidro quebrando e a casa ficou escura.

Fique calma agora!

Voltei ao meu velho exercício de respirar fundo, me perguntando o porquê de eu estar assim tão volúvel – Era melhor para mim e para todos os que estavam comigo que eu mantivesse o controle, ou eu não poderia me responsabilizar pelos meus atos...

-O que aconteceu? - Damon perguntou, entrando em meu quarto com a mesma “delicadeza” de sempre...

-Hmm.. Deixa eu ver... Ah, é! Encontrei meu namorado jurando pra namorada do irmão dele que nunca mais a deixaria. Bom, até que seria romântico se eu não tivesse sobrado na situação. - Acusei, minha voz carregada de ironia.

-Lizzie... - Ele disse, chegando mais perto e segurando minha mão. Eu não podia deixar ele chegar tão perto, não comigo nesse estado.

-Não. Não me diga nada. Vá embora. - Disse me afastando e ficando de pé perto da minha janela.

-Me diga por que você esta agindo assim... - Ele pediu, novamente se aproximando de mim e colocando as mãos em meus ombros. Senti ondas elétricas onde a pele dele tocava a minha, mas o medo de me descontrolar de novo foi maior e eu me desvencilhei dele.

-Cala a boca! Eu estou completamente bem! O problema aqui é você! - Gritei um pouco alto demais pra ele e o empurrei. Damon me virou de frente pra ele e abaixou um pouco para olhar diretamente em meus olhos.

-Não, você não está. Você não é assim. Saia dessa. - Ele mandou vagarosamente.

Tive o impeto de atacar ele, mas então eu percebi que algo realmente estava estranho: Ele estava certo. Eu não estava bem, eu não era assim. Alguma coisa muito errada estava acontecendo comigo, algo que eu não entendia, algo que me controlava.

-Eu não sou... - Disse baixinho e parando finalmente de lutar para me afastar de Damon para encará-lo com terror. -O que esta acontecendo comigo? - Sussurrei apavorada, minha voz cortada em momentos estranhos pelas lágrimas.

No instante seguinte eu estava nos braços de Damon, enquanto suas mãos dele acariciavam minhas costas como se eu fosse uma criança que se feriu numa brincadeira.

-Shh... Esta tudo bem, querida. Me conte o que esta havendo. - Ele murmurou baixinho e sentou em minha cama, me levando com ele e me fazendo repousar em seu colo. Comprimi meu rosto em seu peito.

-Estou com tanto medo... Eu não quero ser má, mas tem alguma coisa errada! Por favor, eu não quero ser um monstro! - Solucei, começando a soar histérica. As mãos de Damon moveram-se para o meu cabelo.

-Você não vai, Lizzie. Respire. Vai ficar tudo bem. - Ele prometeu. Balancei minha cabeça histericamente, meus cabelos roçando contra o queixo dele.

Eu tinha o horrível pressentimento que não, nada ficaria bem. Eu precisava de Damon para me mantei inteira, ele me fazia sentir bem melhor mas, e se ele fosse embora? E se ele escolhesse Elena? Eu não poderia aguentar, eu sucumbiria.

-Você não entende... Eu queria tanto matar Klaus!... Era horrível! Eu queria ver ele sofrer, queria ver ele se contorcer em agonia e iria me sentir bem com isso! - Disse horrorizada.

-Ele matou sua família, não é imperdoável que se sinta assim, Lizzie. - Damon tranquilizou.

-Não, isso é horrível! Eu nunca quis isso! Nem mesmo no dia em que encontrei meus pais mortos... Eu não era assim! Está tudo obscuro e mau... - Discuti, parando quando um soluço irrompeu pela minha garganta, abrindo caminho para as novas lagrimas. Damon me abraçou mais forte.

-Shh... Lizzie, olhe para mim. - Ele pediu, levantando meu queixo para que eu pudesse olhar em seus olhos azuis e profundos. - Você vai ficar bem, entendeu? Nada vai acontecer. Eu não vou deixar.

Levantei meu rosto do peito dele e o encarei por um segundo antes que, instintivamente, meus lábios procurassem sua boca num beijo desesperado, tentando reafirmar pra mim mesma de que ele ainda estava ali comigo. Damon retribuiu com a mesma intensidade, provavelmente tentando ainda entender o que acontecia comigo, mas logo desistindo com um grunhido e me puxando mais pra ele.

***

-Eu odeio a escola. - Damon resmungou mau humorado e eu ri.

-Você nem ao menos precisa ir! - Argumentei, inutilmente. Damon revirou os olhos.

-Não, mas você vai. Se bem que... você poderia ficar aqui... comigo. - Ele perguntou num tom sedutor, já enlaçando novamente seus braços em minha cintura e moldando seu corpo ao meu. Arfei um pouco, a vontade de ficar contra o dever de ir.

-Damon... - Tentei começar, mas os lábios dele encontraram os meus e logo esqueci o que ia falar, só recuperando a sanidade alguns minutos depois.

-Damon, eu vou perder o horário... Sou uma estudante agora, lembra? E Stefan vai estar na escola. Eu tenho que ir e tomar conta dele. - Disse num fio de voz, tão fraco quanto a minha resolução de sair dali. Relutantemente ele me deu um ultimo beijo e levantou da minha cama.

-Ok, ok... Vou te deixar em paz. - Ele disse, saindo pela porta com uma cara amarrada e me deixando sozinha rindo feito uma boba.

Tomei uma ducha e vesti rapidamente minhas roupas, arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo e me olhei no espelho com um sorriso aprovador: Sim, eu estava bem decente... Meu primeiro dia de aula em uma escola – Quem diria que depois de dois séculos eu iria frequentar uma escola?

Desci as escadas da mansão Salvatore pulando de dois em dois degraus, tamanha era o meu entusiasmo, mas estanquei ao chegar no ultimo degrau onde os corpos flácidos de garotas estavam cobertos de sangue.

Fiquei dividida entre o horror de ver essas pobres humanas mortas assim com a sede que o sangue exposto delas estava me provocando. Senti meus dentes se alargando e lutei para manter o controle, desviando da garota e continuando meu caminho até a sala - Infelizmente, o que vi lá foi bem pior: Stefan tinha estava sentando enquanto algumas garotas humanas estavam jogando Twister. Damon observava tudo com uma carranca aborrecida.

-O que diabos você esta fazendo, Stefan?! - Perguntei pra ele, tentando não focalizar muito nas marcas de mordidas que se espalhavam pelos corpos das garotas. Stefan deu um sorriso zombeteiro.

-E olá para você também, Elizabeth. Como foi a noite ontem? Deve ter sido bem proveitosa... Você e Damon conseguem ser bem barulhentos. - Ele comentou pro meu total constrangimento. Damon pigarreou.

-Parece que meu irmão arrumou um novo modo de “Ser tudo o que ele pode ser” e também de estragar os tapetes da casa. - Damon resmungou.

-É apenas diversão. Você aceita? - Stefan perguntou, acenando para a mão mordida da garota. Arregalei os olhos e desviei o olhar da ferida.

-Não! - Foi tudo o que eu consegui por pra fora.

Stefan deu de ombros com indiferença e mordeu a mão da garota sem nem se importar que estivéssemos presentes e que eu estava com a sede mais irritante que eu já tive em toda a minha não-vida.

-Argh! Só... Não mate elas! - Eu rosnei enquanto deixava a sala.

-Não prometo nada. - A voz de Stefan disse enquanto eu saía da casa.

Teria que lidar com ele depois, logo estaríamos indo pra escola, de qualquer forma... Além disso, pude sentir meu rosto mudando e meu dentes aumentando seu tamanho.

-Lizzie? - Damon perguntou, vendo a minha reação. Estava tão distraída com minha sede que não havia percebido que Damon tinha me seguido pra fora.

-Estou bem. É só sede... Muita sede. - Expliquei, balançando a cabeça pra me livrar da sensação.

-Espere um segundo. - Ele disse e correu pra dentro da casa, logo voltou com uma bolsa de sangue e me entregou. Sorri em agradecimento e comecei a beber avidamente, ele ficou me observando até que eu acabasse.

-Obrigada... - Agradeci, jogando no lixo a bolsa seca, ele apenas continuou me encarando. - O que foi?

-Nada. - Ele disse. Reconheci a preocupação escondida em seus olhos e sorri.

-Não, Damon. Eu não vou explodir! Eu estou bem, juro. - Disse rolando os olhos.

-Tem certeza que pode ir a escola? - Ele checou e eu assenti. Ele não pareceu totalmente certo e eu peguei sua mão.

-Eu estou bem. Eu te amo. - Disse sorrindo e olhando em seus olhos e ele sorrio de volta.

-Eu sei. - Ele disse convencido e eu tentei dar um tapa no ombro dele, mas ele interceptou meu braço e o segurou, o usando para me puxar mais pra perto dele e colar nossos lábios.

Alguém pigarreou e eu me afastei rapidamente de Damon, constrangida. Era Bonnie.

-Bonnie! - Saudei, indo até ela e a abraçando.

-Olá, Lizzie. Tudo bem? - Ela perguntou. Ótimo, mais um!...

-Sim, tudo ótimo. - Disse entediada, mas logo me recuperei. - Pronta para a escola?

-Bom, na verdade, eu vim aqui falar com Damon. - Bonnie disse, deixando Damon e eu surpresos: Todo mundo sabe que os dois não e nunca foram são grandes amigos...

-Sobre?... - Damon perguntou confuso. Bonnie deu olhada nervosa na minha direção.

-Eu gostaria de falar com você a sós. Lizzie, você poderia pegar Elena e Car? - Ela pediu.

-Ok. Vou indo, então. Tchau, Dam.. - Disse dando um breve beijo nele e saindo. - Nos vemos na escola, Bon!

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Beijos pra todos os que acompanham! o/